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Quando o pimpolho já nasce um expatriadinho.

Olá, X!
Hoje a conversa é inspirada nas amigas de longe, abençoadas pelo crescimento da família.
Dizem que o planeta está com menos fronteiras - particularmente não acredito muito nisso. Dizem que o bom é ser cidadão do mundo. Nossa, falam tanta coisa. O fato é que se a gente não sabe para onde vai, tem que ao menos ter uma noção de onde vem.
Isso foi um problemão até pouco tempo atrás para o filhote de brasileiros que nascia no exterior.
Entre 1994 e 2007 muitos pimpolhos simplesmente ficaram sem nacionalidade porque uma emenda à Constituição dizia que para ser brasileiro nato não bastava, como previa a Carta de 1988, que a criança expatriada fosse registrada no consulado brasileiro. Passou a ser necessário que ela vivesse no Brasil antes dos 18 anos.
Você pensa, “ok, meu filho vai ter a nacionalidade de onde nasceu.” Só que a gente sabe que a vida não é simples assim. Como alguns países não dão nacionalidade local aos bebês de pais estrangeiros, muitos brasileiros acabaram apátridas. A estimativa é de que 200 mil brasuquinhas ficaram sem um registro de referência.
A confusão foi resolvida com o ajuste da lei em 2007. Se o seu baby nasceu nesse período nebuloso, em que se emitia passaporte provisório para os herdeiros de brasileiros lá fora, fique atenta às regras.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, “para que filho de cidadão brasileiro tenha a nacionalidade brasileira é necessário realizar o registro de nascimento em repartições consulares brasileiras até a data em que a criança completar 12 anos. Após essa data, o registro de nascimento somente poderá ser efetuado no Brasil, por ordem judicial. A certidão consular de nascimento deverá ser posteriormente transcrita, no Brasil, no Cartório do Primeiro Ofício do Registro Civil do local de residência do registrando. Na falta de residência ou domicílio no Brasil, a transcrição será feita no Cartório do Primeiro Ofício do Registro Civil do Distrito Federal.”
Já ouvi, sim, brasileiro dizendo que não fazia questão de o filho ser também brasileiro, e acrescentava um sonoro “nada como ter passaporte de uma região desenvolvida...”
Mas, como lembra o advogado Marcel Moraes Mota, a palavrinha nato faz - sim - diferença, “os casos previstos na Constituição são quatro: extradição (art. 5º, LI), cargos (art. 12, § 3º), função (art. 89, VII) e direito de propriedade (art. 222).
Sei que seu filho será a melhor pessoa do mundo, mas vai que...
O brasileiro nato em nenhuma hipótese pode ser extraditado, o que não ocorre com o naturalizado, que poderá ser entregue à Justiça de outro país em caso de crime comum, cometido antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico de drogas afins.
Outra coisa, vai que sua cria queira entrar para a carreira política pelas bandas de cá. Só brasileiro nato pode seguir carreira diplomática, ser presidente ou vice-presidente da República, ser presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ministro do Supremo Tribunal Federal ou da Defesa.
E se ele tiver a chance de se transformar em um mega empresário? A propriedade de empresa jornalística e de radio é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos. “Não se trata de impedir, de forma absoluta, aos naturalizado tais propriedades, mas de condicioná-la a prazo de dez anos de naturalização”, explica Marcel.
Então, se o seu expatriadinho está quase chegando, aproveite para se atualizar sobre os trâmites burocráticos na hora do registro. A página do Ministério das Relações Exteriores traz mais informações sobre o assunto.
Imagem: SXC

Expatriação! Aceito?

Olá, X!
Outro dia vimos aqui que tem muita gente que, apesar de receber o tão desejado convite para fazer as malas, escolhe não cruzar as fronteiras. Os motivos vão do receio de que a família não se adapte à nova cultura até a dúvida de que a experiência internacional realmente gere benefícios para a carreira.
O bom é que medos e incertezas para fulano podem ser a oportunidade que beltrano esperava.
É fato que as empresas não vão deixar de expatriar, ainda mais em um mapa-múndi cada vez mais padronizado.
Então segue um contraponto para a matéria da edição de setembro da Revista Você SA.
O Jornal Valor Econômico de hoje mostra, por exemplo, que a Odebrecht tem investido pesado na expatriação. Texto só para assinantes do jornal.
A reportagem de Marli Olmos aponta que dos 90 mil funcionários da empresa 47 mil trabalham longe de seus países de origem.
O vice-presidente internacional de pessoas e organização, Genésio Lemos Couto, diz no texto que “ao se internacionalizar a empresa percebeu necessidade ainda maior de dissipar a cultura entre os empregados nos países onde atua. Ao mesmo tempo, percebeu-se que enquanto sobrava mão de obra qualificada em alguns lugares havia falta em outros. Isso trouxe a necessidade do intercâmbio de talentos.”
Então para você que está aí em meio aos sinais de mais e de menos, vai mais um dado para ajudar a dificultar a sua escolha de ficar ou de partir. Porque se a decisão fosse simples, tenho certeza que você trataria logo de complicá-la.
Imagem: SXC

Expatriada, nem por isso descabelada.

Olá, X!
Dia desses a gente conversava sobre aquelas coisinhas da vida que podem dar um up no dia-dia de quem está longe. Uma manicure, por exemplo.
Pensar na morte da bezerra, lidar com os medos, tratar das angústias pode ser mais fácil, ou no mínimo mais belo, quando fazemos isso fitando - mesmo com aquele despretensioso olhar baixo - unhas com cutícula em ordem, esmalte inteiro...
Naquele bate-papo eu dizia da dificuldade de se encontrar uma profissional no exterior mestre na arte de tratar as pontas dos dedos.
Mas para a expatriada Bianca - que vive na Espanha - difícil mesmo é encontrar depiladora e cabeleireiro competentes. Vai ver que é por isso que tantas Xs! conseguem deixar as madeixas mais longas durante a experiência “expatriática”...Vou parar na cabeleira...
A Bianca tem razão. Se no Brasil já é difícil você sair do salão com o corte que sonhava, imagine lá longe.
A primeira barreira é a da língua. Leva um tempo até você descobrir como pedir para cortar só as pontinhas, desfiar só um pouquinho, etc e tal.
Outra coisa, para evitar reclamação, tem profissional que faz exatamente o que você pede, se você não pede, não vai ter...No começo pode ser difícil aquela troca de ideia, tipo: “ai...o que você acha, vai ficar legal?”
E tem mais, entender a cultura local é fator decisivo para um bom relacionamento entre cliente e fornecedora. Por exemplo, não sei se os profissionais nos salões da Califórnia conseguem entender as tais das luzes californianas, bem famosas no Brasil.
Complicado mesmo pode ser na hora de acertar as contas. Não tem jeito, nas primeiras vezes é normal você ficar com aquela sensação de estar esbanjando...Mas cabelo é assunto delicado, na minha leiga opinião, vale o investimento em um profissional que vai te fazer sentir melhor e não pior!
O fato é que, mesmo pagando caro, tem serviço que exige muita reflexão, caso da “queridésima” escova progressiva.
A Veja dessa semana traz em uma matéria aquilo que a gente já desconfiava: a escova brasileira está domando os fios mundo afora.
Boa notícia para quem esperava as férias de fim de ano para correr ao salão brasileiro. Mas vamos com calma.
Dois pontos: no exterior o tratamento custa em média US$ 300, no câmbio de hoje R$ 540 - se bem que já defendi aqui que não acredito ser muito saudável ficar fazendo essa conta o tempo todo. A outra questão é a fórmula. No Brasil, muitos salões avisam já na recepção que não usam formol em seus tratamentos, por ser perigoso à saúde e por haver restrição da Agência de Vigilância Sanitária. Lá fora não há nenhuma restrição. Só que ninguém quer couro cabeludo queimado, fios danificados...ainda mais longe de casa.
Bom, o que posso fazer para tentar ajudar é dividir minha primeira experiência “cabelística” no exterior. Evitei tratamentos químicos no começo. Preferi conhecer a profissional testando a destreza dela com a tesoura. Resumindo: para não ter mal-entendido, tentei me garantir com um recorte de revista. Cheguei e disse que gostaria de um corte daquele jeito. Tudo bem que tem profissional que não gosta de ficar copiando. Mas senti que a cabeleireira ficou mais à vontade com a minha estratégia. Gostei do resultado. Ela da gorjeta. Fui para casa feliz!
Imagem: SXC

Comprar x alugar, mais um pitaco na sua dúvida.

Olá, X!
Ainda sobre o dilema comprar ou alugar lá fora.
Um brasileiro - dono de 60 propriedades em Londres - é um exemplo de como essa decisão exige pesquisa e sangue frio.
Expatriado há 9 anos, ele conta à reportagem da BBC que, em um ano de crise, perdeu 10% do que tem investido em imóveis.
No caso dele, o ciclo escassez do crédito - queda do consumo - desemprego resultou na perda de 40 inquilinos, a maioria estrangeiros que voltaram para a terra natal.
Para tentar estancar a debandada de moradores, o investidor teve que baratear o aluguel. Ele diz que o prejuízo só não foi maior porque os juros dos financiamentos das casas dele também cairam.
Como acompanhamos na entrevista abaixo, os especialistas dizem que o momento está bom para as compras.
O expatriado brasileiro ouvido pela reportagem diz que não pretende por a mão no bolso pelo menos até o ano que vem. Aí vai de cada um...
Imagem: SXC

Contratando.

Olá, X!
Essa vai para quem está “doidio” para voltar, mas não sabe por qual caminho.
Um ano depois do início da chamada maior crise econômica desde 1929, as notícias parecem ser mais amiguinhas.
Um levantamento conduzido em 35 países pela consultoria de recursos humanos, Manpower, revela que as empresas no Brasil estão entre as que mais vão contratar no último trimestre do ano, atrás apenas da Índia.
A expectativa é que os setores de serviços e financeiro sejam os campeões em contratações.
A China é outro país que vai abrir vagas. Nas Américas, Colômbia e Argentina também pretendem aumentar seus quadros de funcionários.
Já os empresários dos Estados Unidos e México indicam que vão, no máximo, conseguir manter o número de colaboradores.
O estudo está na edição de hoje do Valor Econômico - matéria disponível só para assinantes.
Pela pesquisa, as demissões no período devem ocorrer principalmente na Europa, Oriente Médio e África.
Pedro Guimarães, diretor comercial da Manpower Brasil, disse ao repórter Rafael Sigollo que "o mais importante é que não se trata apenas de simples otimismo, mas de planos concretos das companhias para aumentarem seus quadros."
Imagem: SXC

"Pirambulando"

Olá, X!
Já conversamos várias vezes sobre a importância de cuidar da saúde do corpo, da mente e da alma quando decidimos embarcar na aventura da expatriação.
É que pode acontecer cada coisa nesse processo...a lista é grande: tem de dor de barriga à depressão.
Navegando por aí, fiquei sabendo que estamos sujeitos a desarranjos ainda mais estranhos...
Por exemplo, você conhece a síndrome de Stendhal?
Pois é, ela atinge estrangeiros maravilhados com as atrações mundo afora. Sim, tem gente que enlouquece com tanta beleza! Os sintomas são vistos mais em mulheres solteiras, com menos de 40 anos, que viajavam sozinhas e se manifestam sob forma de vertigem, perda do sentido de identidade, falta de ar, taquicardia e alucinações.
Em geral, dizem os especialistas, as pessoas melhoram assim que deixam o local, fonte de tanto encanto.
Segundo a matéria publicada no Le Monde e divulgada pelo Uol, “essa síndrome acomete (principalmente) japoneses que vão morar em Paris e não conseguem se adaptar, deprimidos por uma cidade que não é como eles haviam idealizado.”
E sobre a síndrome da Índia, já ouviu falar?
Os ocidentais são as principais vítimas. Segundo Régis Airault, psiquiatra que trabalhou no consulado de Mumbai, o choque cultural é tamanho que alguns perdem a cabeça. "A viagem, como uma separação, uma mudança, pode causar um colapso nervoso nas pessoas...Essa desconexão física parece se produzir com mais facilidade em certos lugares carregados de sentido pela história e pela cultura de origem da pessoa", explica.
Então o negócio é ficar atenta. Ninguém está livre de "pirambular", de dar umas piradinhas esporádicas, o bom é que para algumas delas a gente já consegue dar - pelo menos - nome!
Imagem: SXC

Off road.

Olá, X!
O Estadão de hoje traz duas histórias típicas de gente que nasceu em um país marcado por tormentas econômicas, mas que nem por isso está preparada para lidar com o problema lá fora.
Na reportagem, uma brasileira - manicure na Espanha - conta como a clandestinidade e a crise fizeram com que ela voltasse para a prostituição em Madrid.
No Japão, é um operário de 52 anos - agora sem teto - quem relata como as exigências tem afunilado o já estreito mercado de trabalho nipônico.
Toda vez que recebo notícias sobre dramas de brasileiros no exterior a linguística furta meus pensamentos.
O dicionário Michaelis traz que imigrante é aquele que se estabelece em país estranho. Expatriado é quem deixa voluntariamente a pátria. Então, todo aquele que vive pra lá da fronteira é imigrante ou expatriado, tanto faz - ou faria. É que a semântica trata de diferenciar bem os dois. Tanto é que o imigrante pode carregar o adjetivo clandestino. Nunca vi um expatriado ilegal.
Diria que enquanto o imigrante parte com um planejamento próprio, o expatriado conta com uma rede de apoio que envolve aspectos psico-sócio-econômicos, o que ajuda - e muito - a integração e a permanência no exterior.
O fato é que, na recessão ou não, com ou sem apoio, quem decide partir tem que carregar na bagagem uma maleta pessoal de primeiros socorros.
É que se o imigrante não tem nenhuma garantia de que vai viver bem ao chegar ao novo endereço, o expatriado não tem nenhuma certeza de sucesso na volta para casa.
Portanto, mesmo que a viagem tenha começado em uma linda estrada pavimentada,
quem está longe corre sempre o risco de cruzar com trechos off-road, e sem GPS!
Mas...o que levar mesmo na maletinha? Cada um sabe onde o calo aperta.
Imagem: SXC

Destino: ali na esquina.

Olá, X!
Eu sei, a carreira tem pautado nossas últimas conversas. É que, vira e mexe, tem alguém falando sobre como o expatriado - ou aquele que quer ser um - deve trabalhar o currículo para embarcar nessa aventura.
Eu também sei que a família que planeja uma mudança dessas viaja legal nas promessas de regiões como Europa e Estados Unidos, mas tem gente dizendo que esse trajeto anda meio congestionado.
O jornal Valor Econômico traz na edição de hoje uma matéria que aponta que muitas das vagas para expatriação estão por aqui mesmo na América Latina.
Texto na íntegra só para assinantes do Valor.
O repórter Rafael Sigollo ouviu Carlos Ferreira, o
responsável pela Michael Page, consultoria especializada no recrutamento de executivos de média gerência. O entrevistado aponta os endereços em alta. "Nosso foco está na contratação e movimentação de executivos em países como Colômbia, Peru, Costa Rica, Panamá e Venezuela", diz.
Na reportagem, Ferreira comenta as particularidades de cada destino. "A Colômbia tem um grande mercado e é um dos que mais contratam hoje. Já a Venezuela possui profissionais com excelente formação e dispostos a se mudarem devido à situação política e a falta de oportunidades do país. No Panamá, por sua vez, a remuneração é muito atraente e há demanda por executivos, mas falta pessoal qualificado. Geralmente, os expatriados ocupam os cargos mais seniores por lá", afirma.
Então tá, o negócio e dar um gás no espanhol...
Imagem: SXC

Qualificação, expatriação e a "marvada".

Olá, X!
Dia desses conversamos aqui sobre como esse tal de mercado está cada vez mais seletivo com quem planeja incluir no currículo a badalada experiência estrangeira.
Ok, você pode abarrotar seu portfólio com requisitos tecno-sócio-culturais, mas no fim das contas quem decide se você vai ou se fica lá longe tem sido mesmo uma dona poderosa, a tal da crise, aquela que começou com o rerererefinanciamento de imóveis nos Estados Unidos.
Pois bem, apesar de o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, ter dito que "já melhoramos muito”, ele advertiu que “ainda precisamos melhorar muito mais".
O fato é que enquanto as coisas não têm essa melhora pretendida pelo secretário, cabeças - ou melhor - cabeções - rolam pelo mundo.
Um exemplo. A Espanha é o país com a maior taxa de desempregados na zona do Euro: 18,1%. Um levantamento da Universidade de Navarra aponta que a situação é menos grave entre os espanhóis com diploma universitário, faixa em que o nível de desemprego é de 8,1%. Até aí, nada de novo. Minha bisavó já dizia que diploma ajuda.
A coisa está pesada mesmo para os “colaboradores” estrangeiros com alta qualificação. Nesse caso nem o canudo salva a lavoura. O índice de desemprego entre imigrantes com nível universitário que vivem na Espanha atingiu 20,3%, mais que o dobro entre os nativos com terceiro grau.
Aí você pode pensar que o jeito é enfiar a viola no saco e fazer o caminho de volta. O interessante é que uma pesquisa do HSBC feita com expatriados em 26 países - inclusive Espanha - mostra que apenas 15% falam em repatriação mesmo com a "marvada" na cola...

As indecifráveis qualificações de um expatriando.

Olá, X!
Primeiro vem o zum-zum-zum de abertura de vaga. Para a rádio corredor divulgar os candidatos é um pulo. O convite chega. O estômago gira. Lá está você fazendo mil planos para a mudança e com a maior fé de que a expatriação seja uma baita alavanca em sua vida, e será...de uma forma diferente para cada pessoa, mas será!
Diante das promessas, muita gente abraça a causa e embarca nessa espécie de fila de transplante, já que depois da experiência internacional seu coração, seu cérebro, seu estômago...nunca mais serão os mesmos.
Se você é um dos que planejam entrar para o grupo dos X, segue um resuminho dos requisitos que o mercado avalia ao decidir quem vai embora pra longe.
Sob o título de “Globalização made in Brazil” a repórter Elida Oliveira, do Estadão, ouviu especialistas e listou as qualificações.
Sugiro uma pitada de abstração na interpretação. Boa sorte!
“Quem pensa que só a faculdade é suficiente estará em desvantagem. É preciso ter perspectiva global.” Rodolfo Eschenbach, líder da área de organização e talentos da consultoria Accenture.
“Precisamos de profissionais que analisem, entendam e interfiram no mundo.” Matias Spektor, coordenador do Centro de Estudos Internacionais da FGV.
“Cada vez mais as equipes são multiculturais e precisamos de pessoas que tenham uma visão de mundo diferente e complementar. Isso é viver a globalização.” Vivian Broge, gerente de Recursos Humanos da Natura.
Expatriado “é alguém que desenvolve projetos e, ao mesmo tempo, opera redes de gestão dispersas no mundo.” Roberto Carlos Bernardes, especialista em estratégia empresarial e gestão da inovação do Centro Universitário FEI.
“Precisaremos de pessoas fluentes em mandarim. Leva-se em média oito anos para aprender o idioma. Os jovens de hoje devem correr.” Denise Gregory, diretora-executiva do Centro de Estudos Brasileiros de Relações Internacionais (Cebri) e analista de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento.
Imagem: SXC

Fique à vontade.

Olá, Coexpat!
O Blog está temporariamente sem novos posts, mas nem por isso está desatualizado.
São mais de 180 textos, participações, impressões e entrevistas sobre a vida longe de casa.
Logo ao lado você ainda encontra trilhas para outros ambientes relacionados ao tema.
Sigo em contato por e-mail.
Volto à ativa assim que possível!
Enquanto isso, fique à vontade para viajar por aqui...

Carmem Galbes

De volta!

Olá, Coexpat!

Desculpe! Foram duas mudanças de datas de retorno sem ao menos uma explicação...
Garanto que a pausa foi inevitável e ainda temo que o ritmo demore a se normalizar...enfim, seguem mantidos os compromissos assumidos na despedida: participações de outras X! e uma entrevista sobre os cuidados com a saúde antes da mudança.
Atualizando leituras, cheguei a última edição da Você SA. A revista traz uma matéria sobre oportunidades no Brasil para os brasileiros descendentes de japoneses com experiência profissional lá no outro lado do mundo.
Segundo a reportagem da jornalista Ursula Alonso Manso, a Optotal Hoya - joint venture brasileira e nipônica de lentes oftálmicas - buscou brasileiros que já tinham passado pela unidade japonesa para assumir os cargos na fábrica no Rio de Janeiro.
Até agora a empresa contratou 18 decasséguis e - segundo a matéria - promete mais vagas.
É que se no Japão o pior cenário econômico desde a segunda guerra mundial mina qualquer ânimo de investimento, os executivos da fábrica brasileira dizem que os negócios estão crescendo mais rápido que o esperado.
Tudo bem, o dado que não pode calar: hoje 300 mil brasileiros se engalfinham no apertado mercado de trabalho do Japão.


Carmem Galbes

Férias.

Olá, Coexpat!

A gente aprende na escola: se pressão e temperatura mudam, o resultado tende a ser diferente. Então para a coisa não ficar estranha, o blog entrou em férias.
Enquanto isso, que tal aproveitar para visitar ou rever alguns assuntos desse nosso mundinho "expatriático"?
No canto direito há entrevistas com profissionais do ramo, participações de expatriadas, muitas impressões e algumas ideias.
Volto em 15 de junho com troca de experiência direto da Espanha, além de uma conversa com dicas de saúde bem interessantes para quem se prepara para a mega mudança de endereço.
Até lá!

Carmem Galbes

Quando a expatriação é para o país de origem.

Olá, Coexpat!Parece que esse negócio de voltar pra casa está em pauta mesmo.
A Elite Internacional Careers - EIC - empresa inglesa de recrutamento, lançou um programa de repatriação de latinos. Ou a expatriação para o seu próprio país! 

Explico: basicamente, a empresa vai em um país com alta concentração de imigrantes e elevado nível de desemprego e seleciona candidatos para vagas nos locais de origem desses profissionais. A notícia está no Estadão dessa quinta-feira.
O último grande cliente foi a construtora Norberto Odebrech. O repórter Paulo Justus informa que 2 mil profissionais mandaram currículo. Perfil dos candidatos: idade média de 34 anos e a maioria com MBA.
A seleção foi feita em Barcelona - Espanha, onde dos 3,6 milhões desempregados, 500 mil são estrangeiros.
Além de abrir vagas no Brasil, a empresa também selecionou engenheiros, arquitetos, economistas e administradores para trabalhar na Argentina, México, Panamá, Peru e República Dominicana.
A matéria salienta que, ao substituir expatriados por profissionais dos países em que mantém operação, a construtura pretende aumentar a identificação com as comunidades locais. Mas a empresa admite que a atenção está focada na crise e no corte de custos.
A Odebrech tem 6,3 mil expatriados de 53 nacionalidades nos 20 países em que atua. O pacote de expatriação inclui pagamento de moradia, assistência médica, escola para filhos e passagens.
A EIC anunciou que tem mais dois programas de repatriação de latinos em 2010.
Interessante isso, porque a gente já viu aqui como o pacote de benefícios e recompensas pode ajudar na hora de convencer um profissional a partir para locais não tão fáceis de se tocar a vida. Mas quando já se é natural de um endereço assim, quando a crise bate à porta, o caminho de volta pode ser mesmo mais nítido e colorido.
Carmem Galbes
Imagem: SXC

Passagem de volta.

Olá, Coexpat!
A repatriação motivada pela crise já foi assunto de nossas conversas aqui e aqui.
E parece que a revoada está mesmo forte. Pelo menos é isso o que indica as empresas de recrutamento ouvidas pela repórter Andrea Giardino, da revista Você SA.
A edição de maio mostra como a desaceleração da economia nos Estados Unidos e na Europa vem motivando brasileiros no exterior a fazer o caminho de volta, seja pela demissão ou pela ameaça de ficar sem emprego longe de casa.
Um indicativo desse movimento é dado pelo diretor da Hays, Gustavo Costa. Na matéria, ele diz que dos 280 currículos recebidos para uma vaga de segurança e meio ambiente, 20% eram de brasileiros interessados em voltar.
Profissionais de recursos humanos já falaram aqui que o Brasil tem sido um território de oportunidades em meio à tanta turbulência. Tanto que já vimos aqui que a busca por visto de trabalho para estrangeiros no Brasil tem aumentado.
Resta saber como vai ser depois que essa onda, ou tsunami - como preferem alguns - passar. O especialista em imigração, Demetrios Papademetri
ou, alerta que “quando a prosperidade retornar, a economia dos países ricos sofrerá se demorarem a reconquistar os imigrantes necessários. Os trabalhadores mais flexíveis são os imigrantes, e sua mobilidade geográfica é extremamente importante para os mercados de trabalho.”
Carmem Galbes
Imagem: SXC

Gripe Suína.

Olá, Coexpat!


Impossível não tratar da gripe suína por aqui.
Então vamos lá.
Países com casos confirmados da doença:
Canadá, Estados Unidos, México, Costa Rica, Alemanha, Áustria, Dinamarca, França, Espanha, Holanda, Irlanda, Nova Zelândia, Reino Unido, Suíça, Israel, Coreia do Sul e China.
No Google maps é possível acompanhar em tempo real as cidades que têm, inclusive, casos suspeitos da doença. Clique aqui para acessar o mapa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde os sintomas da gripe suína são:
- febre repentina, superior a 38ºC, acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas:
- tosse,
- dificuldade respiratória,
- dor de cabeça,
- dores musculares e nas articulações.

Todos que estão - ou estiveram nos últimos 10 dias - nas áreas afetadas devem ficar atentos aos sintomas.
Embora o diretor da OMS, Keiji Fukuda, tenha dito que fechar fronteiras ou restringir viagens tem muito pouco efeito na contenção do vírus da gripe suína, a orientação geral é que se evite ir para regiões com casos da doença.
Para quem está em alguma das áreas afetadas, o Ministério da Saúde do Brasil recomenda (outras informações aqui):

-Usar máscaras cirúrgicas descartáveis durante toda a permanência em áreas afetadas.
- Substituir as máscaras sempre que necessário.
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.
- Evitar locais com aglomeração de pessoas.
- Evitar o contato direto com pessoas doentes.
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.
- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes às áreas afetadas.
- Não usar medicamentos sem orientação médica.


Carmem Galbes

A arte de transitar.

Olá, Coexpat!

Vivendo por aí percebemos ou aprendemos na marra o valor de entender que o que é normal para mim pode ser uma afronta para o outro. Ter esse entendimento bem claro é uma boa ferramenta para reduzir o estresse nos relacionamentos, isso até mesmo dentro da nossa cultura, dentro de casa...
Interessante mesmo esse tal de costume. Outro dia uma japonesa me perguntou se eu sabia o que queria dizer o cumprimento entre duas americanas, que - ao se despedirem - trocavam um breve abraço.
Eu não entendi muito bem a dúvida dela, porque para mim o abraço sempre teve um significado global: amizade, que pressupõe uma certa intimidade...global no meu globo, né? No globo dos japoneses abraço é coisa de outro mundo...

Mas voltando à japonesa, ela fez aquele sinal de positivo com a cabeça, movimento bem comum - aliás - entre os japoneses, que ainda não descobri se quer dizer que a pessoa concorda, que está entendendo ou quer mesmo é deixar o assunto para lá.
Enfim...
Para tentar evitar qualquer mal-entendido, devolvi o sim com a cabeça e tentei - mas não consegui - esconder meu sorriso com a mão. Me limitei, na despedida, a acenar a uma certa distância...

Pra mim isso tudo soa tão antipático da minha parte...eu queria mesmo era dar um abraço bem forte naquela japonesa super fofa, mas longe de mim ser uma agressora!

Carmem Galbes

Expatriação e reviravolta, nem todo mundo quer...

Olá, Coexpat!
A não ser que você entre em coma ou decida se fechar em uma mala, penso ser impossível alguém sair ilesa do processo de expatriação. A reviravolta acontece por dentro e por fora.
Esteticamente falando, a globalização das tendências facilita muito a vida de quem partiu para longe. Saber que seu guarda-roupa, ou uma boa porção dele, vai “caber” em outra língua economiza tempo, dinheiro e horas daquele lenga-lenga interno: “será que estou muito exótica?”
Mas existe alguma coisa, que eu ainda não sei dar nome, que - mesmo com a tal uniformidade estética - faz da moda de cada país algo absolutamente particular.
Não sei se é o estilo, pode ser o corte ou tecido. Seriam as cores? Percebo essa diferença mesmo dentro do Brasil. A moda do Rio é diferente da de São paulo que não tem muito a ver com a do Recife.
Eu sei...dependendo do momento em que você está, você pode soltar um: "para Carmem, isso é quase 'desimportante'. Ok, pode ser se o drama é outro e é dos grandes...

O que noto mesmo  é que eu já não sei mais dizer o que vai contra a minha definição de belo, não tenho mais uma ideia clara sobre os padrões estéticos.
No que se refere à aparência, mudei muito de 2007 pra cá - ano em que embarquei na minha jornada nômade. Já mudei corte e cor do cabelo, revolucionei o estilo dos sapatos, deixei o closet mais descontraído, mais enxuto, enfim...
Quanto à reforma interna, bem, é esse o aspecto que mais trato aqui no blog, porque esse - sim - é punk! Sempre que tenho a oportunidade não deixo de contar como a minha experiência “expatriática” tem mexido com minha mente e meu coração.
Coexpats que encontro por aí dizem o mesmo, que a mudança vem, o que varia é a velocidade.
A questão é saber se a gente quer mesmo passar por isso. Acho que é uma reflexão justa. Para mim, a expatriação tem uma aura de coisa boa, mas pondero que essa super expectativa do bem que se levanta em torno dela pode minar um processo que, para ser rico, deveria ser iniciado com responsabilidade.
Nessa Leve Entrevista, que trata da vida profissional da Coexpatriada, a especialista em transição de carreiras, Elaine Saad, fala sobre a importância de pensar com carinho na proposta de expatriação: “simplesmente ir embora sem se ter certeza que a chance é realmente de crescimento e desenvolvimento.”
Por isso, nada de culpa por ousar pensar que a expatriação pode não ser para você, pode não fazer sentido para os valores e a visão da sua família.


Carmem Galbes
Imagem: SXC

O estrago de ficar e de partir.

Olá, Coexpat!
Depois de um fim de semana trágico para imigrantes nos Estados Unidos, abro a Folha e vejo o especialista em imigração,
Demetrios Papademetriou, dizer que a situação para quem está em outro país só tende a piorar.
Em entrevista à repórter Andrea Murta, do caderno Mundo, Papademetriou lembra que, até essa crise estourar, jamais tanta gente havia decidido viver longe de casa. “Não seria um exagero dizer que nos primeiros sete anos do século 21 deixávamos a era das migrações e entrávamos na era da mobilidade. Sem contar a imigração forçada, vivíamos o maior fluxo migratório de todos os tempos. Tanto a migração dos altamente qualificados quanto a dos ilegais estavam várias vezes acima do que jamais foram”, diz.
O fato é que muitos estão fazendo o caminho de volta, diz o pesquisador, “há indícios de que não só a imigração já atingiu seu pico como os imigrantes estão mesmo voltando para casa.”
Interessante é ver que o estrago já foi feito. Não importa a decisão, ficar ou partir, não tem consequência boa para ninguém, imigrante ou não, alerta Papademetriou. “Se o fluxo de retorno aumentar muito, os países de origem vão sofrer, pois a imigração é sabidamente um forte redutor de pobreza para as famílias do Terceiro Mundo. Nos países de destino, temo que se chegue ao ponto em que imigrantes, particularmente ilegais, se tornarão alvos da população doméstica, como se fossem responsáveis pela falta de empregos. Além disso, quando a prosperidade retornar, a economia dos países ricos sofrerá se demorarem a reconquistar os imigrantes necessários. Os trabalhadores mais flexíveis são os imigrantes, e sua mobilidade geográfica é extremamente importante para os mercados de trabalho.”
Ok, a conversa de hoje tem um tom bem pessimista. Mas não, não é por causa da segunda-feira, nem da frente fria, nem da crise estampada em todas as partes, é um especialista falando...

Carmem Galbes
Imagem: SXC

Infomaníaca.

Olá, Coexpat!
Expatriação e vida profissional são temas que costumam caminhar bem juntinhos. Uma explicação para isso pode estar no fato de, geralmente, o trabalho ser - diretamente ou não - o veículo para levar a gente pra longe.
Assim fui parar no artigo “O humanismo revisitado nas empresas”.
Me chamou a atenção o fato da autora, Andréa Sebben, pontuar algo que parece, mas não é tão óbvio assim: não importa o endereço, ser alguém aberto ao diferente facilita a vida em outra cultura e também no próprio país, na relação familiar, entre amigos, "quanto mais evitarmos o claustro do individualismo, numa forma monocultural de ver e perceber o mundo e de nos relacionar com as pessoas de forma mecânica, ausente ou distante, tanto menos nos fossilizaremos e mais prepararemos o terreno para uma mentalidade intercultural, onde a tolerância será o recurso para seu desenvolvimento de um ponto de vista de maior humanização”, diz a especialista em expatriação.
A autora concorda que esse não é um exercício fácil e diz que a evolução das mídias sociais não facilitou esse processo como o esperado. Para ela “se por um lado o mundo se estreitou e nos deu essa possibilidade de contato e informação, por outro lado trouxe-nos dimensões de vida, valores, práticas, crenças que ainda não sabemos ordenar em nosso sistema cultural local.”
Interessante é que uma dica bem comum quando se está para encarar o novo é destrinchar o desconhecido, ir fundo na pesquisa, procurar saber, saber, saber.
De que adianta, então, tudo isso? Pelo jeito a gente sabe colecionar informação, o problema é o que fazer com ela!
Mesmo assim vou continuar coletando, é mania, ou vai que um dia eu descubro pra que serve...


Carmem Galbes
Imagem: SXC

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...