O Brasil que encontrei.

Olá, Coexpat!Não tem jeito, quando você passa um tempo fora nunca mais volta para o Brasil que deixou.
O Brasil que encontrei:
Mercado de trabalho: tem mais vaga que profissional qualificado, mais patroa que diarista e cada vez mais pessoa jurídica que física.
Mercado financeiro: tem mais dólares, mais opções de investimentos, maior número de pequenos investidores.
Mercado de imóveis: tem mais comprador que apartamento e mais inquilino que casa.
Mercado da beleza: tem mais cliente que horário no salão, mais botox e morte durante lipo que cara lavada.
Mercado da educação: tem mais criança que creche de qualidade, mais universidade que gente com vocação.
Mercado informal: tem cada vez mais cara de formal...
Encontrei apagão e IPI zero.
Admito que o Brasil que encontrei parece ter mais a ver com o tal do país do futuro. Mas ainda falta tanta coisa...
Tem inflação controlada, mas ainda não tem empresário com coragem para investir de verdade.
Tem mais crédito para o consumo, mas ainda falta muita renda.
Tem vacina contra gripe do porquinho, mas ainda tem gente morrendo na fila do hospital.
Lógico que esse Brasil que encontrei existe faz um tempinho, mas às vezes é preciso "sair do corpo", ir pra longe, para perceber algumas coisas.
O fato é que gosto de viver aqui. Gosto do clima. Gosto do visual, da beleza. Gosto da língua. Gosto do jeito informal.
Mas, como já disseram, quem ama educa...
Como já sugeriram: importa muito mais que filhos vamos deixar para o país do que que país vamos deixar para eles.
Carmem Galbes

Entre GPS e taxa de juros.

Olá, Coexpat!
Outro dia conversamos sobre como pode ser prudente deixar bem claro onde estamos e para onde vamos quando fixamos residência pra lá da fronteira - por mais que muitas vezes nem a gente saiba. O fato é que a matrícula consular funciona como uma espécie de GPS.
Ok, na cidade onde você mora não tem consulado. No problem, o consulado vai até Maomé. São os consulados itinerantes. Aqui você fica sabendo se e quando estarão na sua cidade ou, pelo menos, próximo dela.
Por falar em mobilidade, o portal consular tem uma guia para quem está voltando para o Brasil. O Guia do Brasileiro Regressado traz informações - por exemplo - sobre bagagem, validação de diplomas conquistados no exterior, como resolver pendências com a justiça eleitoral e assim por diante. Vale uma olhada, porque - na volta - são tantas providências emperrando o dia dia, que acabamos esquecendo completamente de alguns detalhes importantes.
É...acho que estou bem econômica hoje. Será culpa do Copom que quer esfriar e tal do ânimo consumista?
Carmem Galbes

O Oscar vai para o...chororô

Olá, Coexpat!
Semana de anúncio de Pib negativo, de chororô por causa dos royalties do pré-sal, mas foram mesmo o Oscar e o dia internacional da mulher que alimentaram o bla-bla-bla com meus botões. No mundo da expatriação, o tal do sexo frágil está bem longe de exercer o papel principal. Na maioria dos processos de exportação de profissionais, os homens ainda são o motivo da mudança de país. Até aí nada de novo.
No fundo, no fundo, não há nada de novo sobre o tema. Dizem que a mulher que acompanha o profissional ainda é vista pelas empresas que expatriam como um adendo, uma parte que tem de receber suporte. Ô povinho difícil de entender que somos na verdade um dos principais alicerces desse circo. Só que esse alicerce pode desmoronar, por isso precisamos - sim - de um apoio adequado, que vá além de alguém treinado para dizer qual a melhor marca de sabão em pó.
O site IG traz uma
matéria interessante sobre o que a esposa enfrenta quando topa cruzar a fronteira por causa da carreira do marido.
No texto, a psicóloga Monica Domiano Núñez, expatriada que se especializou em tratar dos dramas enfrentados por muitas Coexpats - identificou um padrão emocional entre aquelas que partiram com marido, mala e cuia. “No começo, principalmente nos seis primeiros meses, a mulher fica ótima. Gosta das novidades e se diverte. Depois desse período, vem a tristeza, o estresse, a saudade da família e do trabalho e, em muitos casos, a depressão – é a chamada síndrome de Ulisses, uma referência ao herói grego que passou por muitas adversidades e sofrimentos. Há mulheres que, mesmo não tendo depressão, acabam sofrendo de um outro problema: após a 2ª ou 3ª expatriação já não conseguem mais voltar para a cidade natal. Elas criam essa necessidade de mudança, porque tudo caba se tornando monótono.”
Resultado, 89% dos “nãos” ao convite de expatriação estão relacionados à família e 28% dos expatriados que voltam para casa antes do tempo fazem isso por problemas com esposa ou filhos. Os dados estão em um relatório da Brookfield Global Relocation Service,
Engraçado é que faz tempo que dizem que a família está acabando, está fora de moda...vai entender!
E como estou mesmo bem cri-cri, aproveito para estampar a dica da expatriada Maria Ribeiro. Ela indica o site do Observatório da imigração
. A página é recheada de artigos e pesquisas sobre essa mobilidade que a gente tanto ama.

Carmem Galbes

Entre terremotos e imposto de renda.

Olá, Coexpat!

Dizem que dá azar pensar no pior. Que atrai desgraça! Será? Será mesmo que o fato de um prédio ter uma rota de fuga atrai terremoto? Será que uma reserva de água potável e comida enlatada provoca furacão? Desde quando sair com guarda-chuva traz tempestade e levar a blusa chama o frio? 

Depois do Haiti e Chile, a precaução não parece ser um quadro tão neorótico como alguns adoram pintar . Mas é só depois que a terra treme, afunda, inunda que fica a pergunta," mas por que eu não fiz isso antes?"Enfim, também não dá para passar a temporada no exterior tentando se esquivar de todos os riscos. Mas só para garantir, vai que...a dica é deixar bem claro onde você está, como pode ser contatado e onde encontrar seus parentes no Brasil.
Um caminho para isso é a matrícula consular. O registro é de graça. Cada consulado tem seu procedimento, por isso consulte a página do consulado da região onde você está. Mais informações aqui.
Agora se você quer mesmo que o mundo te esqueça, bico fechado...cada um é cada um, né?
Você só não vai conseguir se livrar é do leão.Toda temporada de caça é a mesma coisa, expatriados com muitas dúvidas.
A receita federal  disponibiliza alguns canais para as questões de quem está longe.
- Email: residente.exterior@receita.fazenda.gov.br
- Telefones: 0055 61 3412 4100 / 4116 / 4119- Fax: 005561 3412 4141


Pelo que acompanho, a maioria quer saber mesmo quão dolorosa vai ser a mordida sobre o patrimônio acumulado no exterior.
O consultor Lázaro Rosa da Silva, do Cenofisco - Centro de Orientação Fiscal, é quem nos ajuda com essa angustiante dúvida.


Leve- O que acontece com os bens e a riqueza acumulados no exterior? É preciso recolher imposto sobre esse patrimônio?
Cenofisco - Os bens e riquezas acumulados no exterior deverão ser informados na declaração de bens. Para evitar variação patrimonial negativa o mesmo valor deverá ser informado na ficha "Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis". Neste caso não é necessário recolher imposto de renda.


Leve - Mesmo depois de entregar a declaração de saída definitiva., quando voltar a viver no Brasil, o repatriado passa a ser residente automaticamente? Quando deve voltar a entregar a declaração de IR normalmente?
Cenofisco - Sim, o brasileiro que adquiriu a condição de não-residente no Brasil e retorne ao País com ânimo definitivo, na data da chegada, é considerado como residente. A partir desse momento estará obrigado à apresentação da Declaração de Ajuste Anual de acordo com as regras estabelecidas pelo fisco Federal.
Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...