Olá, Coexpat!
Nesse mundo em que a gente acha que tem tanto a dizer e em que o tempo todo é convocad@ a falar, ficar em silêncio é quase uma derrota.
Ok, poder falar e conseguir dizer o que se pretende é tudo de bom.
Mas hoje queria conversar um pouco sobre aquele outro silêncio. Eu sei...esse tema é quase clichê de tão debatido, estudado, explorado - até. Mas, na prática, quem consegue encontrar o silêncio interno, a tal da quietude?
Engraçado, é quase um autoelogio falar: “nossa, não consigo ficar quieta!” Isso tende a soar como "nossa, sou super esperta, agitada, envolvida com o mundo, bacana, jovial, legal..."
Mas, será que se a gente fechar os olhos e abrir os ouvidos não vai conseguir ouvir um: "nossa, não consigo parar cinco minutos para dar espaço ao nada."
Que fuga é essa do nada?
Será que o fato de estar assim tão longe de casa, do ninho, eu não posso ficar quieta?
É que a gente sabe que isso pode doer, né?
O silêncio dói, a pausa dói!
É que a gente sempre acha que no silêncio ouve assombração...
Mas como tudo é uma questão de foco, de para onde direcionamos a nossa atenção, a gente pode ouvir passarinho também... e grilo... e miados & latidos... e ideias... e respostas que não conseguiríamos prestar atenção em meio a tanto barulho...
Então acho que vou pedir ao Supremo, não ao Tribunal Federal, mas ao Supremo Poder do Universo que me conceda o direito - ou a coragem - de ficar calada. Que me conceda o privilégio de não dizer nada, apesar das exigências internas e das expectativas alheias, apesar das urgências, dos receios, da angústia, dos questionamentos.
Tudo porque quero ter a chance de ouvir o que o silêncio tem a me dizer!
Carmem Galbes
Nesse mundo em que a gente acha que tem tanto a dizer e em que o tempo todo é convocad@ a falar, ficar em silêncio é quase uma derrota.
Ok, poder falar e conseguir dizer o que se pretende é tudo de bom.
Mas hoje queria conversar um pouco sobre aquele outro silêncio. Eu sei...esse tema é quase clichê de tão debatido, estudado, explorado - até. Mas, na prática, quem consegue encontrar o silêncio interno, a tal da quietude?
Engraçado, é quase um autoelogio falar: “nossa, não consigo ficar quieta!” Isso tende a soar como "nossa, sou super esperta, agitada, envolvida com o mundo, bacana, jovial, legal..."
Mas, será que se a gente fechar os olhos e abrir os ouvidos não vai conseguir ouvir um: "nossa, não consigo parar cinco minutos para dar espaço ao nada."
Que fuga é essa do nada?
Será que o fato de estar assim tão longe de casa, do ninho, eu não posso ficar quieta?
É que a gente sabe que isso pode doer, né?
O silêncio dói, a pausa dói!
É que a gente sempre acha que no silêncio ouve assombração...
Mas como tudo é uma questão de foco, de para onde direcionamos a nossa atenção, a gente pode ouvir passarinho também... e grilo... e miados & latidos... e ideias... e respostas que não conseguiríamos prestar atenção em meio a tanto barulho...
Então acho que vou pedir ao Supremo, não ao Tribunal Federal, mas ao Supremo Poder do Universo que me conceda o direito - ou a coragem - de ficar calada. Que me conceda o privilégio de não dizer nada, apesar das exigências internas e das expectativas alheias, apesar das urgências, dos receios, da angústia, dos questionamentos.
Tudo porque quero ter a chance de ouvir o que o silêncio tem a me dizer!
Carmem Galbes