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Quando a mãe vira uma expatriada...

Pense em um filho demorando para andar, para falar, que prende o cocô, que não come nem ar, com aquele nariz que não para de escorrer, sem se adaptar na escolinha. 
Mesmo que esteja tudo ok, que o pequeno esteja demonstrando todos os sinais esperados de desenvolvimento - inclusive com as devidas birras - pense em você tendo que lidar com o dia dia - normalmente - sozinha da Silva. Lembre de você podre de cansaço. Agora imagine tudo isso em outra língua!
Imaginou? Tudo bem, um-dois,três, respira, vooolta é só um exercício. E olha, tranquilo, tem gente que garante ser possível sobreviver a isso. Melhor, tem mulher que fala que maternidade no exterior pode ser fortificante.
Achei bem interessante o relato  da publicitária Camila Furtado sobre criar filho em outro país. No caso dela, na Alemanha.
Ela faz uma lista - daquelas que a gente adora por aqui - sobre tudo o que já aprendeu sendo uma mãe expatriada.
Dá um pulo lá no blog "Tudo sobre minha mãe." Espero que o texto te encoraje, te de um norte, um alívio. Porque ser mãe é...nossa não tenho nem palavras para qualificar as maravilhas da maternidade, mas todas nós também sabemos que não é fácil...pra lá da fronteira então...
Para ler o texto da Camila, clique aqui.
Precisa de ajuda para por as coisas, as ideias, os sentimentos no lugar para poder aproveitar todo o potencial da vida longe do ninho? Vamos converar, eu sei como te ajudar!
Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais iformações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Expatriação e maternidade.

Em se tratando de maternidade, tenho certeza que nos seus sonhos, assim como nos meus, o mundo é perfeito. 
E a maternidade é mesmo incrível. A parte linda é maravilhosa. O amor, o carinho, os sorrisos, as brincadeiras, as palavrinhas, o desenvolvimento, as conquistas. A possibilidade de reeditar a própria infância! De recriar a própria vida. Um mundo de descobertas e a descoberta de um novo mundo!
A questão é a parte difícil.
Vamos lá:
Pense em náusea. Agora pense em um enjoo que deveria - eu disse de-ve-ria - terminar passando o terceiro mês de gravidez. 
Pense no parto. No que você deseja e no que será possível fazer. 
Agora pense nos primeiros dias em casa com um ser que depende absolutamente de você.
Pense em você sem dormir direito, sem comer direito, sem tomar banho direito e sem saber direito o motivo daquele choro...o do bebê e o seu. 
Pense em como vai ser quando ele deixar o peito, o que vai comer, se vai comer direito. 
Pense na febre que não passa, na tosse que insiste, no sintoma que você nunca tinha ouvido falar.
Ainda, pense no desenvolvimento, pode ser que ele fale mais tarde, ande bem depois, não ganhe tanto peso, não cresça tanto...
Pense no primeiro dente, nos tombos, nas birras. 
Imagine a escolinha, a escolinha perfeita que não existe. Pense no choro pela separação nos primeiros dias, primeiras semanas, primeiros meses...Pense na primeira mordida...
Agora pense em tudo isso em outra língua, num ambiente com costumes diferentes dos seus, longe de casa. Pior, longe de casas: dos avós, tias, primas, amigas e de toda aquela gente que poderia te dar uma tremenda força!
Mas por que tudo isso agora?  Porque a blogueira e mãe Gisa Hangai pediu para contar no blog Mãe Bacana como é a experiência de criar filhos no exterior. 
Então se você está em busca de experiências mais concretas, dá uma passada lá no blog da Gisa que ela fez uma série de posts com mamães expatriadas. Interessante!!
Não está lá sabendo como conciliar os papeis de mulher, esposa, mãe expatriada? A expatriação não está sendo a experiência enriquecedora que você esperava? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Expatriado feliz, expatriadinho idem.

Tenho a impressão de que tem mãe ou pai por aí que acredita estar criando um ser global pelo simples fato de o pequeno - aos 3 anos de idade - já dizer hello, yellow e Thank you.
Claro que não vou contestar o fato de que aprender mais de um idioma - e logo na primeira infância - pode incrementar nossa mobilidade entre lugares e entre situações.
Mas penso que a lapidação de um expatriado feliz está muito mais nas entrelinhas, nos detalhes, no dia a dia mesmo, do que em um esquema "the book is on the table". Acontece que ensinar pela cartilha do cotidiano exige presença, disponibilidade e um olhar atento de quem cuida.
A gente não pode querer, por exemplo, que o filho entre sem traumas em uma outra cultura se briga para que a prefeitura remova um albergue ou não construa uma estação de metrô porque vai trazer um povo "diferenciado" para o bairro.
Não dá pra acreditar que ele estará apto a experimentar novos sabores se o que sempre provou foi a mesmice das comidas industrializadas, congeladas, de isopor.
É loucura achar que o filho vai se aventurar em ir e vir se ele nunca teve um porto seguro, se nunca soube onde encontrar apoio e amor.
Também não se pode desejar que ele tenha a disposição de encarar o estranho se toda a vida teve que se espremer em um padrão. Aqui faço questão de ser mais específica.
A cena: procura por jardim da infância.
Coordenadora pedagógica de uma escola tida como exemplar diz: "vamos conversar lá fora, parece que seu filho não gosta de lugar fechado."
Aproveitando: "como lidam com uma alma que tem certa resistência à paredes?"
"Então", começa a expert em crianças: "tem que vir da rotina da famíia. Você tem que diminuir as saídas, acostumá-lo a ficar mais dentro de casa."
Ah...tá! Poderia, imagino, começar dizendo a ele que lá fora tem bicho papão, que correr na areia da praia é nojento e que brincar no parquinho pode ser muito perigoso, já pensou no tombo do escorregador?

Ah, e poderia ainda convencê-lo de que vento, Sol e chuva só existem para atrapalhar a vida.
COMO UMA COORDENADORA PEDAGOGICA PODE SUGERIR TAL DOMESTICAÇÃO? Tá, desculpe, me exaltei.

Mas será que não existem outras maneiras de mostrar que também pode ser interessante ficar em sala de aula?
Mas, enfim, não é esse o ponto.
O que penso ser importante na formação do tal ser global - seja na busca por colégio, na escolha do lazer, no emitir uma opinião, no oferecer um prato, é ajudar a armazenar ferramentas para desbravar, abrir caminhos, vasculhar, atravessar opiniões, preconceitos e fronteiras.
Meu papel como mãe é ampliar e não conter. É expandir e não reter. É mostrar que o mundo é grande e repleto de vertentes.
Quero é passar adiante um dos meus principais aprendizados sobre a vida: a de que ela é repleta de possibilidades. E quanto mais arraigada essa ideia, desconfio que mais felizes poderemos ser.
Carmem Galbes

Expatriada e mãe!

Olá, Coexpat!
Pra você mamãe que vive na Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, China, Colombia, Dinamarca, Equador, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Países Baixos, Peru, Suiça, Taiwan, Turquia, Uruguai, Venezuela ou Zambia - ufa, falei sem respirar - domingo deve ser aquele dia de almoço especial fora de casa, beijinhos, miminhos e outros inhos.
E andando por aí, dei de cara com uma ideia de presente, a mais interessante que vi. Um espelho! Sim mamãe expatriada, um espelho, porque quando o filho nasce, muito em nós morre para abrir espaço para uma outra realidade. Quando não nos damos um tempo para avaliar o que está acontecendo, a identidade vai mais um pouco para o fundo da mala, onde parte dela já estava quando decidimos mudar de vida para apoiar a carreira de outra pessoa em outro lugar. 
Me lembro que, numa troca de e-mails durante a minha expatriação, uma "maga" da sensibilidade disse: "aproveita que você está sem fazer nada para ter filho."
Pensei: @&*$#.
E ponderei: primeiro que essa de Coexpat não fazer nada é lenda. Nem que a gente quisesse muito daria para ficar sem fazer nada. Penso também que a decisão de ter filho não deve ser tomada assim, para aproveitar.
Tudo bem, nada de errado se você percebeu que o momento da expatriação é também o período ideal para uma gravidez. Mas saiba que esse processo longe de casa não é fácil.
No meu caso, se não fossem a sintonia com meu marido e todo cuidado e atenção dele, teria pirado - ou ficado doente mesmo - com tanto enjoo.
Mas se o desejo de dar um up na família segue firme mesmo pra lá da fronteira, um estudo mostra que Noruega, Austrália, Islândia, Suécia, Dinamarca, Nova Zelândia, Finlândia, Holanda, Bélgica e Alemanha são os melhores lugares para se ter um bebê.
E para você, global que é, encontrei um apanhado dos nomes próprios mais comuns no mundo. O único porém é que o levantamento é de alguns anos atrás.
Mas esse papo tá muito de mãe, e como uma típica mãe, digo que vai ficar mais ainda.
Aqui você pode saber mais uma sobre filhos e expatriação.
E nesse texto você fica por dentro da burocracia para registrar os expatriadinhos.
Para saber quando é o dia das mães em outros cantos no mundo, dê um pulinho aqui.
Bem, é isso, seja feliz, todo dia, sendo mãe, ou não!
Carmem Galbes

Expatriação em estudo.

Olá, Coexpat!
Tudo começou de repente. Foi mais forte que eu. Eu não fazia a mínima ideia de como isso funcionava, nem de como mudaria a minha vida.
Confesso que não recebi nenhum convite. Me envolvi por pura curiosidade. Começou com uma olhadela aqui, uma pesquisada ali. Quando me dei conta, não tinha mais volta! O blog estava no ar.
Essa aventura “bloguística” me ajudou um bocado nos últimos tempos. Não só por ter me envolvido com algo novo para mim - a blogosfera - mas por, entre outras coisas, ter tido a chance de conhecer mais de perto esse mundo “expatriático”.
Interessante que quando caí nessa vida - há um ano e meio - não encontrava, ou não sabia procurar? - muitos estudos e livros sobre o tema.
Agora estão pipocando.
Vira e mexe encontro algo. E mexe e vira me perguntam sobre especialistas, bibliografia e pessoas com experiência prática no assunto.
Para facilitar a ponte entre pesquisadores e pesquisados, abre-se mais um espaço nesse ambiente: “Expatriação em estudo”.
Funciona mais ou menos assim: você manda um e-mail para contato@leveorganizacao.com.br, falando um pouco sobre o estudo e quem gostaria de contactar para seguir no projeto. Para facilitar a vida de todo mundo, disponibilize um e-mail.
Começamos com um chamado da psicóloga, especialista em gestão internacional, Graziele Zwielewski.
Ela busca famílias expatriadas, com filhos de qualquer idade que tiveram dificuldade de adaptação na cultura anfitriã. Essas famílias vão embasar uma pesquisa científica sobre adaptação cultural.
O contato da Graziele é: grazizw@hotmail.com
Quem já teve de vasculhar o Google atrás de uma luz para as angústias da expatriação sabe da importância de ajudar a organizar o pensamento sobre o tema.
Ela agradece!
Carmem Galbes

Leve Entrevista. Adaptação ao Diferente.

Olá, Coexpat!
Com uma bagagem que inclui a própria expatriação, a psicóloga Andrea Sebben fala sobre assuntos bem conhecidos de quem está longe do ninho, como medo e solidão. 
A profissional, especialista em ajudar @ brasileir@ a ser bem-sucedid@ lá fora, trata das dificuldades da expatriação e sugere caminhos para que essa seja, sim, a melhor viagem da vida. Aproveite!

Leve: O seu trabalho é uma prova de que as empresas estão empenhadas em investir na adaptação d@ expatriad@ e sua família. No que se refere à família, ela conseguem ter a noção dos desafios pessoais dessa experiência ou a maioria ainda subestima o futuro dia a dia em uma cultura diferente?
Andrea: Acho que a grande maioria ainda subestima as dificuldades da expatriação. Há algumas razões para isso, no meu ponto de vista. A principal delas é defender-se de seu próprio medo e angústia, afinal de contas, não se pode falar em migração sem falar em medo e insegurança. Portanto, menosprezar as dificuldades é uma forma também de sentir-se mais seguro e no controle da situação - o que é praticamente impossível. Migração é risco e é ambivalência também. Lidar com esses aspectos é muito difícil mesmo. Outra razão é a quantidade de aspectos burocráticos que precisam ser resolvidos não deixando tempo para uma reflexão mais consistente.

Leve: Assim como há pessoas que não possuem determinados talentos, é possível dizer que há profissionais que não têm e não conseguirão desenvolver um perfil para a expatriação?
Andrea: Sim, é possível dizer isso à luz da psicologia Intercultural, que define as personalidades migratórias. Existem pessoas que são naturalmente bem-sucedidas na migração por terem facilidade em criar vínculos, em experimentar coisas novas, em adquirir um novo idioma e, principalmente, porque conseguem participar de grupos muito facilmente. Fazer parte de uma comunidade e vincular-se ao país hospedeiro são cruciais para o expatriado - o que explica tantos grupos de expatriados ao redor do mundo.
Outra personalidade é aquela que sofre com a separação, que tem dificuldade em criar vínculos, em sentir-se parte do grupo, em aprender um novo idioma, em experimentar novos alimentos, enfim. Essa sofre na partida, durante a expatriação e quando volta - pois uma vez que se estabelece na cultura estrangeira, sofre demais também ao retornar ao país de origem.


Leve: No seu livro "Intercâmbio Cultural:um guia de educação intercultural para ser cidadão do mundo" a senhora fala sobre stress aculturativo, desentendimentos, gafes e retorno ao país de origem. Quais seriam as principais características da família e da escola preocupada em formar um expatriad@ feliz?
Andrea: Nesse caso você está falando d@ estudante estrangeir@ numa casa de família hospedeira. Acho que tanto os hospedeiros como as escolas deveriam fomentar a amizade com nativos - e não com estrangeir@s. Tenho uma certa resistência às escolas americanas - ou escolas internacionais como chamamos aqui no Brasil - que fazem uma grande reunião de estrangeir@s e falam outro idioma que não o português. É praticamente a criação de um gueto, porém, de estrangeiros.
@ estudante pode aprender a apreciar a escola, o idioma e a cultura local e é nesse sentido que se criam vínculos interculturais - na diversidade. De que adianta, por exemplo, ir aos Estados Unidos e frequentar uma escola de brasileiros e falar português? Quando isso acontece aqui no Brasil acho que todos perdem, sobretudo a criança.

Leve: Qual a sugestão para @ expatriad@ que ainda não conseguiu identificar as belezas e delícias dessa experiência?
AS: Abrir-se definitivamente. Não se entra na experiência intercultural com uma visão fechada, etnocêntrica, que nos convida apenas à comparação e ao julgamento. Enquanto não conseguirmos apreciar as pessoas, os sabores e as paisagens a partir do contexto local, não conseguiremos compreender, perceber e apreciá-los tais como são.


Andrea Sebben é psicóloga, mestre em Psicologia Social e membro da IACCP - International Association for Cross-Cultural Psychology. www.andreasebben.com.br

Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...