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Que o diferente nunca fique igual, mas que todos os envolvidos em uma expatriação sejam valorizados!

Olá, Coexpat!
Quando eu nasci, os sutiãs já tinham sido queimados.
A minha mãe e o meu pai já acreditavam que fosse filho ou filha, tinha que estudar e se preparar para ser autossustentável.
Em casa, lavar louça e limpar o carro, fazer comida e tirar o lixo sempre foram vistas como atividades unissex.

Da minha parte: adorava ajudar meu pai com o carro, não conseguia evolução na cozinha - o que ocorre até hoje e sempre amei limpar e arrumar a casa, até hoje. 
Nesse momento de altos debates, e às vezes, de embate entre homem e mulher, admito: meus pais ainda são da antiga. Gente - absurdo - eles ainda acreditam que meninas e meninos são - no mínimo - biologicamente, fisiologicamente, neurologicamente diferentes. Pode? Nossa, na idade deles, que liberdade, eles podem tudo!
Para eles o humano tem de carregar um princípio básico: respeito, próprio e ao próximo. Para eles, menino e menina têm a mesma essência: raciocínio, sentimentos, emoções. Mas eles também acreditam que homens e mulheres conversam, pensam, sofrem e amam de maneiras diferentes.
Existem correntes que dizem que tudo isso é uma construção social. Defendem que meninas e meninos podem ser absolutamente iguais. Pode ser, ou não...mas acho que eu também acredito que somos de Vênus e eles de Marte, é isso, ou o contrário? Enfim, somos de planetas diferentes...me julguem, eu aguento!
Você: "ok, tudo bem, mas o que o salto tem a ver com a meia calça? O que esse assunto tem a ver com o mundo 'expatriático?"
Tudinho!
O ponto em que quero chegar é que, para uma expatriação dar certo, homem e mulher tem que embarcar juntos nessa, tirando proveito das igualdades e, principalmente, das diferenças, sejam nossas, sejam deles.
Se, na expatriação, levamos na mala a armadura, cada ponto positivo pode ser usado como arma para crítica, tensão e disputas. Aí, as habilidades de cada um, que deveriam equilibrar a relação, podem servir mesmo é para romper.
Só para exercitar, vamos supor a cena: tentativa de ida com os filhos ao parque depois do jantar.
Ela, cuidadosa: "crianças, ponham o tênis, peguem capacete e joelheira se quiserem andar de patins."
Ele, prático: "não precisa, vamos de chinelo, só pra andar um pouco por aí."

A partir daí, o que vem a seguir é só loucura:
Ela: "você não está nem aí 'pras' crianças."
Ele,: "para!"
Ela: "por que? Tá cansado, né? Só pensa no seu trabalho!"
Ele: "para, vai!"
Ela: "é só isso que você sabe dizer?"
Ele: "não! Eu quero dizer que não tem sido fácil a vida aqui e tem ficado pior com uma louca neurótica que só sabe reclamar e impor as suas vontades!"
Ela: "você não me escuta, não está nem aí pra tudo o que deixei pra trás para te acompanhar!"
Ele: "tudo bem, a gente volta, eu procuro outro emprego."
Ela: "vai a mer..!"

Ele: "vai você!"
E as crianças só queriam ficar em casa, na sala, com todo mundo junto. A pequena curtindo suas fantasias. O pequeno "quebrando" qualquer brinquedo. Mas os dois querendo ver papai e mamãe em paz, reclamando aqui, tirando sarro ali, resmungando acolá, mas juntos, cúmplices no crime de enriquecer a experiência de vida no exterior.
Você pode ter achado essa conversa machista demais. "Por que, no exemplo, papai trabalha e mamãe está em casa?"
Realidade, baby...Lembra que quando o assunto é família expatriada, de cada 10 famílias transferidas, 8 embarcaram por causa da carreira dele? Então, pelo menos quando o assunto é expatriação, o debate/embate ele x ela está ainda nos anos de 1950. 

Nesse caso, não defendo a igualdade, que aqui seria o casal tendo as mesmas oportunidades profissionais no exterior (isso seria maravilhoso, mas - na prática - cruel com os filhos). O que defendo é o mesmo nível de valorização das atividades exercidas, seja ele "botando o dinheiro dentro de casa" seja ela "deixando a casa em pé" ou vice-versa. Defendo a valorização da família expatriada como um todo, que - embora receba benefícios para deixar sua pátria - ainda embarca sozinha, rumo ao desconhecido e pode, sim, se despedaçar por falta de um olhar que admita que todos os envolvidos estão exercendo um papel fundamental para a expatriação ser um sucesso!
Se você sente-se só, sem apoio e não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br

Não desperdice nenhuma chance de viver a vida que você quer!
Carmem Galbes

Tudo de bom!

Olá, Coexpat!
Gezur Krislinjden, Frohe Weihnacht, Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand, Nedeleg laouen, Bon Nadal, Chuk Sung Tan, Čestit Božić, Feliz Navidad, Gajan Kristnaskon, Hyvää joulua, Joyeux Noël, Kala Christougena, Kellemes Karácsonyt, Merry Christmas, Buon Natale, Merii Kurisumasu, Kung His Hsin Nien, GOD JUL, Buon Nadal, Wesołych Świąt Bożego Narodzenia, Sarbatori Fericite, S prazdnikom Rozdestva Hristova, Klidné prožití Vánoc, God Jul, Srozhdestvom Kristovym.
Tudo isso para que meus votos de feliz natal cheguem às mais distantes esquinas!
Que o blog da Leve continue sendo um espaço para que as Coexpats possam olhar com carinho para essa tal experiência de deixar muita coisa de lado em nome do sucesso de outra pessoa e, assim, tenham elementos para compreender o importante papel que exercem nesse mundão de Deus!
Torço para que em 2010 “você trate-se bem na medida do possível. Não se prive de um dia feliz, nem deixe escapar um desejo legítimo.” Eclesiástico 14, 11 e 14.
Obrigada pela companhia até aqui. A gente se encontra no novo ano!
Carmem Galbes

Visita ao expatriado: saudade, bagagem e gastos...

Olá, Coexpat!
Eu sei que essa época do ano costuma ser bem intensa para quem está longe da família. A fase não passa em branco. É que a família expatriada - aqui incluo as pessoas que partiram e as que ficaram - vai ficar extremamente feliz - por ter a chance de matar a saudade - ou muito triste, por passar as festas longe de quem ama.
Desejo que você tenha a chance de estar juntinho de quem mora pra lá da fronteira. Ah, dessa vez é você que está embarcando?
É...eu sei, além de muita expectativa, emoção, saudade, cartinhas, presentinhos e quitutinhos, parente-amigo-amor de expatriado acaba lotando a mala com uma preocupação: dinheiro. Quanto levar? Como levar?
Não tem jeito, o valor só você pode definir. Mas vale lembrar que, para conseguir entrar em alguns países, você vai ter que provar que tem dinheiro para se manter por lá. Isso não é oficialmente declarado, mas tem lugar da união européia, por exemplo, que avalia se o estrangeiro tem condição de gastar cerca de 60 Euros por dia. Se não for o caso, a entrada no país pode até ser negada.
No que diz respeito a como levar o dinheiro, o portal da Exame traz algumas dicas.
O repórter Thiago Bronzatto lista quatro maneiras: dinheiro em espécie, travellers checks, cartão de crédito e o cartão pré-pago.
Qual escolher? Segundo o texto, tudo vai depender do perfil do turista. “Na dúvida sobre qual é a melhor maneira de comprar dólar, especialistas em câmbio recomendam que sejam avaliados os seguintes critérios: destino, tempo de permanência no país, cotação do dólar e restrições orçamentárias.”
Para facilitar sua decisão:

  • Dinheiro vivo - Vantagens: define o quanto será gasto no exterior e é aceito em qualquer lugar. Desvantagem: risco de ser roubado.
  • Traveller check - Especialistas dizem que o traveller pode ser até R$ 0,01 mais barato que o dinheiro vivo. Isso porque é possível negociar a taxa de câmbio. Quanto mais alta a quantia de dólar a ser comprada, melhor o câmbio. O que não se pode deixar de lado é a cobrança lá fora para converter o cheque em papel moeda. A taxa pode variar de 5% a 10% do valor da compra. Além disso, nem sempre é fácil encontrar pontos de troca. Vantagem: segurança.
  • Cartão de crédito - Além da taxa de manutenção do cartão internacional - que varia com a bandeira - o turista paga 0,38% de IOF sobre cada compra. Algumas bandeiras definem a taxa do câmbio no dia da compra, outras no fechamento da fatura. De qualquer forma, os dois modos são um fator surpresa. Você só vai ter condição de saber o quanto está gastando em Real quando já estiver longe. Vantagem: segurança.
  • Cartão pré-pago: Pode ser carregado com crédito de US$ 200 a US$ 20.000. O usuário paga IOF de 0,38% sobre o valor de cada recarga. A administradora cobra US$ 2,50 por saque. Vantagens: segurança e maior controle de gastos, já que o valor do dólar é fixado na data da recarga. Boa viagem! 
Carmem Galbes

Para justo o seu balão não ficar vazio!

Olá, X!
A dica de hoje também está em uma prateleira, só que virtual.
Todo mundo sabe como a tentativa de falar na língua de uma cultura anfitriã é - no mínimo - simpática.
E para você não ficar com cara de paisagem do outro lado da fronteira, Priscila Andrade - que sempre passa por aqui - sugere um site que, além de traduzir palavras em português para 3 idiomas, reúne ferramentas como jogos, testes e fóruns para você não ter medo de enrolar a língua.
O bab.la também tem em pdf o “Guia de sobrevivência para conversas”. Pena que o material traduz apenas a escrita. No guia chinês, por exemplo, é possível ver que a saudação “oi” é igual a 你好. Mas como se fala essa coisa?
De qualquer forma - caso descubra como se diz - com o guia em mãos, você tem a chance de não passar fome, de ir e vir com segurança, de dormir em um lugar decente e, se necessário, de pedir ajudar em 14 idiomas.
Valeu pela dica Priscila!
Imagem: SXC

O chefe global.

Olá, Coexpat!
Ao mesmo tempo que o convite para uma expatriação sugere um reconhecimento, a proposta é também um dos maiores testes na carreira de quem está partindo. A dúvida é de martelar: “será que estamos preparados?”
Por isso não é difícil ver gente bem aflita com o chamado, não é raro encontrar quem diga não à proposta.
O fato é que a expatriação exige uma adaptação na vida pessoal e profissional. No dia a dia a gente vai se adaptando. Aprende aqui, escorrega ali, tenta de novo e vai se encaixando. Mas e na vida profissional? Qual é o nível de paciência e a disposição dos colegas, subordinados e lideranças que estão nos recebendo? Até quando vão entender que estamos em fase de adaptação?
A edição de hoje do jornal Valor Econômico abre o debate. O jornalista Jacílio Saraiva ouviu quarto executivos brasileiros que atuam lá fora para reunir algumas dicas de como ter sucesso como chefe no exterior. Texto disponível só para assinantes do jornal.Se alivia a angústia, o vice-presidente de vendas da Sun Microsystems para a América Latina, Miguel Martinez, diz na matéria que “pela nossa cultura de respeitar diversidades e relacionamentos, estamos bem preparados para executar essa função."
O diretor-geral dos mercados emergentes da China, Ásia-Pacífico e América Latina da Netgear, Victor Baez, lembra que "o líder não pode ter uma postura colonizadora, porque essa atitude amedronta e causa desrespeito. Todo mundo sai perdendo."
O gerente regional para a América do Norte da Modulo, João Ambra, acrescenta que “o segredo é aproveitar as qualidades de cada indivíduo, independentemente da origem."
Então, segundo especialistas e experientes no assunto, resumindo os requisitos para o chefe expatriado seguir de bem com a carreira:
- Falar o idioma local. Por mais complicada que seja a nova língua, saber, ao menos, as principais saudações já ajuda a quebrar o gelo.
- Entender a cultura local, para não agredir e fazer exigências descabidas. O americano, por exemplo, não mistura vida pessoal e profissional. O indiano adora envolver a família...
- Respeitar prazos. Já falamos sobre isso aqui.
- Ouvir e incentivar a participação das lideranças locais.
- Não limitar o contato apenas ao e-mail. Fuso horário atrapalha, mas uma ligadinha sempre ajuda a matar aquela pulguinha.

Carmem Galbes
Imagem: SXC

Expatriação e fim de ano: oba, visita!

Olá, Coexpat!
Fim de ano é sempre muito intenso para quem está longe, por dois motivos: ou a coexpat vai continuar distante ou vai visitar o Brasil.
A época é marcante para quem fica, porque a família expatriada tem uma grande oportunidade de se envolver com outras tradições. Tem a chance também de se afundar na saudade e no “como seria...”, aí é uma questão de escolha.
Para quem está de viagem marcada, o momento é sempre de correria. O bom é que entre pousos e decolagens vamos aprendendo a lidar melhor com essa viagem, pelo menos deveríamos.
Se ajuda, resolvi dividir uma das minhas principais manias com você: fazer lista. Botei no papel o que acho importante para que a visitona - sim porque para expatriada não tem essa de visitinha - seja a mais prazerosa possível, apesar do caminho no fim de ano ser, geralmente, tumultuado.

Para começar:1 - Óbvio: uma lista com todas as providências! Eu costumo reunir os tópicos em um papel só, uma estratégia para a gente se encontrar quando tudo parece perdido.
2 - Agende o pagamento das contas. Se tiver boleto para chegar, tente pedir para uma amiga pagar, ou se prepare para fazer - do Brasil, ou de onde quer que esteja - o pagamento via internet. Aí são necessários alguns números, como o do cliente. Uma dica é mandar essas informações por e-mail para você mesma.
3 - Se for inverno onde você vive hoje, cheque se é preciso tomar alguma providência para evitar problemas na volta, como água congelada no encanamento.

Documentos:
1 - Passaporte.
2 - Carteira nacional de motorista. Já que a carteira traz todas as informações, eu costumava deixar os originais do RG e CPF na casa expatriada.
3 - Dedique um tempo especial para separar os documentos da criançada. Atente para a burocracia, principalmente, quando for voltar.
4 - Pense se terá de tomar alguma providência - como venda ou compra de algum bem no Brasil - e separe os documentos necessários.

Dinheiro:
1 - Cartão do banco brasileiro.
2 - Cartão de crédito.
3 - Se tiver Real em espécie, leve! Ok, cartões são aceitos em todo canto, mas panes acontecem... Imagine você, depois de séculos de viagem, exausta, na fila do caixa eletrônico?
4 -Carregue também a moeda do país onde vive, precaução na volta!

Bagagem:
1 - Cheque peso e dimensões da bagagem no site da companhia que você irá viajar, isso pode te preparar para gastos extras - já que as empresas não estão facilitando com o excesso. Pior é quando elas não permitem que a bagagem seja despachada. Para evitar o mico de ter que abrir a mala e dividir a bagagem ali no check in, siga as regras.
2 - Use lacres plásticos para trancar as malas. Leve alguns extras na bolsa, em caso de ter que abrir alguma mala. Não se iluda, cadeado não é garantia de mais segurança.
3 - Lembre-se de que é verão no Brasil e tem feito um baita calor!
4 - Vale a pena investir em mala com quatro rodinhas!
5 - Se estiver carregada de presentes, pense em colocá-los em uma mala que possa deixar no Brasil...isso facilita a viagem de volta.
6 - Se estiver do lado de cima do Equador, lembre-se de estar preparada para o calor no desembarque no Brasil. Ah, não se esqueça de que você v ai voltar, então separe a pele para retorno...ai, chique...
7 - Organize sua bagagem de mão. Ajuda muito separar os documentos por pessoa: seu passaporte, com a sua passagem dentro, passaporte do Jr, com a passagem dele dentro e assim por diante.
8 - Separe seus remedinhos e dos queridinhos em um zip lock. Facilita na busca por aquele alívio para dor de cabeça!
9 - Por falar em criança, lembra quando foi uma? Sim, é chato ter que esperar, ficar trancado por horas em um espaço limitado, sem poder correr...Então pense em estratégias para passar o tempo dos pequenos. Reserve espaço para brinquedinhos, DVD, bolachinha, etc e tal. Outra coisa, a pressão pode dar dor de ouvido na gente, imagine nos petiticos? Chupeta e mamadeira ajudam a aliviar a dor.
10 - Vai levar o bichinho de estimação? Confira a documentação necessária aqui.

Compras:
1 - Faça uma lista de presentes, e com previsão de gastos! Além de diminuir o risco de deixar alguém para trás, os valores no papel podem ajudar a controlar o orçamento.
2 - Eu costumava levar os presentes em uma mesma mala, mais uma forma de garantir que todos os queridos seriam devidamente mimados. O problema é que, em caso de extravio, todos os presentes podem sumir. Vale lembrar que objetos de valor não devem ser despachados.
3 - E por falar no monstro do sumiço de bagagem, encontrei algumas dicas interessantes nesse site que podem afastar essa ameaça.
4 - Junte todas as notas das compras, leve na bagagem de mão. Pode ser que tenha que apresentá-las à Receita. Confira aqui a legislação sobre bagagem.

Voo:
1 - Chegue com a antecedência indicada, geralmente é o tempo suficiente para resolver imprevistos e não se estressar.
2 - Se você está nos Estados Unidos, fique pronta para o Raio X. Quanto mais penduricalhos, mais tempo para passar. Sapatos difíceis de calçar também são o ó do borogodó.
3 - Escolha um estilo confortável. Você nunca sabe quanto tempo nem em quais condições terá de esperar pelo voo.
4 - Prepare-se para o excesso de passageiros, uma oportunidade para substituir o estresse pelo lucro! Você pode até ser candidata a trocar de voo, é só avisar no check in. É possível ganhar um dindim, ou passagem, dando lugar a um passageiro que tem pressa para chegar. Mas, atente para a dica de quem já foi ressarcido com bilhete por causa do overbooking: nem sempre é uma boa, porque a passagem não pode ser usada quando você quiser. Prefira o dinheiro vivo.
5 - Se você quer embarcar e não está conseguindo, veja seus direitos aqui. Se bem que a lei varia de lugar para lugar...

No mais, não se esqueça de que o percurso faz parte do passeio. Então, aproveite tudinho!
Imagem: SXC

Bonzinhos demais!

Olá, Coexpat!
Não sei qual foi o impacto da notícia para você que está longe de casa. Mas aqui no Brasil, o povo não gostou nadinha da participação de Robin Williams no programa Late Show. O âncora David Letterman - sim, o mesmo que admitiu ter traído a mulher com colegas de equipe - riu muito do que o ator falou sobre a vitória do Rio para sediar a Olimpíada de 2016.
Para o Williams, nem Oprah, nem senhora Obama - que defendiam Chicago - foram páreo suficiente para as strippers e a cocaína que teriam regado a campanha para o Rio receber os jogos.
Não, não vou contorcer cara e boca como forma de reprovação ao que muitos chamaram de piada de mau gosto. Por um único motivo: o Brasil dá brecha para a constante campanha difamatória a que está exposto!
Exemplo: zapeando pelos televisivos requentados de hoje cedo, fiquei sabendo que a Interpol tenta desmantelar um mega esquema de prostituição de mulheres brasileiras em hotéis de luxo na República Dominicana e em Cassinos de Las Vegas.
De acordo com a matéria exclusiva da Rede Record, 14 pessoas comandavam a exploração.
Ainda segundo a reportagem, na chegada, as mulheres recebiam um manual de como lidar com os clientes, numa “oportunidade para ganhar dinheiro e fazer amigos.”
Pelo texto, eu entendi que tinham as garotas que embarcavam nessa sabendo de tudo e as que caiam de gaiatas...
Interessante foi ver a entrevista, na penumbra - claro - de uma profissional do sexo comentando como pode ser perigoso aceitar um convite para se prostituir fora do Brasil!
Gente?!
É...o Brasil pode bancar uma empresa super profissional para conquistar a sede das Olimpíadas, mas enquanto não patrocinar a mudança de mentalidade, vai ficar sujeito aos tais dos comentários “injustos”.
Você pode perguntar, “como assim?” As autoridades fizeram bonito, usaram vários idiomas. Lotamos Copacabana, torcemos pelo Rio, fizemos uma linda festa, legítima, sem baixaria...
Sim, fizemos tudo isso, mas não deixamos de fazer as coisas que mancham - lá fora - a imagem do brasileiro de verdade: aquele que trabalha honestamente, que é criativo, receptivo...
Continuamos achando tudo muito normal. É normal expor o bundão, porque o que é bonito tem que ser mostrado! É normal uma mulher gostosa fazer um dinheirinho com um ricaço! É normal não contabilizar dinheiro guardado na meia! É normal ultrapassar o sinal vermelho! É normal não ter escola pra todo mundo!
Qual é? Somos felizes e bonzinhos! Só não pode ter menos ingresso que torcedores, aí a gente fica uma fera. Também não pode tirar traficante da favela. Aí tem ônibus que pega fogo e granada que explode do nada!
Eu sei, o texto ficou uma lambança. Sem buscar justificativas...é que o comentário de Robin Willians parece ser só a pontinha de um grande nó, parece ser mais do que um sintoma de pura grosseria...apesar de ser o autor do comentário, nem Robin Williams tem consciência da gravidade da situação por aqui...


Imagem: SXC

Hora de planejar!

Olá, Coexpat!
Primeiro de dezembro. Começa a temporada oficial de planejamento de curto e longo prazos.
O natal será assim, o réveillon assado e 2010 será o ano para isso, aquilo e aquilo outro.
Com a ressalva daquelas decisões pessoais: poucas guloseimas, menos estresse, mais amor próprio, etc e tal - muitas resoluções requerem um mínimo de patrocínio.
Se entre as suas metas para o próximo ano está a de ser uma expatriada, fique atenta: dólar em baixa ajuda e muito!
Gustavo Cerbasi já deu aqui dicas preciosas para quem está para embarcar, e também para quem está voltando.
A última edição da revista Você SA reúne - em vídeo - outras orientações bem práticas, entre elas: quantos dólares comprar? Em que investir até a viagem? Pagar com dinheiro ou cartão lá fora?
Então nada de desviar o foco! Eu sei que o 13º. cintila na conta. Mas se o seu desejo é entrar para o time, carimbe o X! na sua alma e vá em frente sem perder o rumo!
Imagem: SXC

Brasileiro e relógio, eterno desencontro!

Olá, Coexpat!
Eu sei, eu sei...tentar ser pontual em uma nação de atrasados - sem trocadilhos, sério! - é no mínimo pedir para entrar no rol das antipáticas pela porta da frente.
O fato é que o povo fala, sabe? E brasileiro tem uma fama péssima quando o quesito é pontualidade.
Não me refiro apenas às relações comerciais, que resultam em cancelamento de contratos e prejuízos. Falo também das coisas corriqueiras que roubam o nosso tempo. Da espera pelo médico. Do horário do voo. Do convidado que chega às 9 da noite, quando o encontro era às 8. Do almoço que começaria à uma e não às duas da tarde. Do ônibus que passaria de 15 em 15 minutos e não quando desse...
Se ajuda a convencer os atrasadinhos de como isso soa estranho e é irritante para outras culturas, a última edição da revista Veja explora - com um pouco de pressa, aliás - o assunto.
Segundo o texto, durante viagens pelo Brasil, o psicólogo americano Robert Levine ficou tão espantado com a falta de cuidado que o brasileiro tem com o próprio tempo e com o dos outros, que resolveu estudar mais o tema. Da análise nasceu o livro Uma Geografia do Tempo. O estudo - que avaliou o comportamento de moradores de 31 países - nos coloca entre os que mais tem problemas de relacionamento com a pontualidade. "Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz.
Relação social uma ova! Me inclua fora dessa, porque me sinto profundamente agredida, e fico magoada de verdade com atrasos...
O problema é que todo pamonha que não cumpre horário tem a desculpa pronta! Aí a infraestrutura fica com a má fama. Trânsito, alagamento, operação em favela, fila no elevador, apagão, neve...neve?!
De qualquer forma cuidado! É que esse negócio de tapinhas nas costas, seguido de um “puxa, desculpe” pode deixar a vítima do atraso ainda mais doida.
Ah tá...você só lida com brasileiros? E aquele negócio de expatriado virtual?
Imagem: SXC

Families in Global Tansition - conferência 2010.

Olá, Coexpat!
Dica rápida para quem quer pensar um pouco além sobre essa história de expatriação.
Families in Global Transition acaba de abrir inscrição para a conferência anual sobre o que eles chamam de mobilidade global das famílias.
Como de praxe, a texana Houston, nos Estados Unidos, vai sediar os três dias de evento, que acontece entre 4 e 6 de março do ano que vem.
Até 31 de dezembro, a taxa de inscrição é de US$ 700, depois dessa data é de US$ 750.
Se você quiser tentar uma bolsa, passe por aqui até 15 de dezembro.
Na edição de 2010, o foco é a criança expatriada. Especialistas, expatriadas e expatriados vão debater aspectos como o impacto da expatriação nos pequenos e o papel das chamadas escolas internacionais.
FIGT é uma instituição sem fins lucrativos que visa facilitar o processo de expatriação através de pesquisas, troca de experiências e debates sobre o tema.

Destino: Brasil.

Olá, Coexpat!
Sinto que em breve este espaço terá de mudar de nome. Expatriadas não servirá mais. Pelas notícias, Repatriadas será mais conveniente.
Isso mesmo, dizem que o Brasil está com tudo: bonito, rico e simpático! Pode?
Reportagem de hoje do Estadão argumenta que “na contramão das resistências legais e políticas aos imigrantes na Europa e Estados Unidos, o Brasil se tornou um atraente destino de estrangeiros, graças à boa fase da economia e a um amplo programa de anistia aos irregulares.”
Na edição desta segunda do Valor Econômico, a repórter Stela Campos conta que o Brasil anda mesmo bem falado por aí, principalmente nos States e pelas bandas do velho mundo.
A ONU já calculou que a migração para o Brasil vai começar a crescer a partir de 2010, uma mudança de rumo, já que nos últimos 50 anos esse movimento só caiu.
No texto do Valor - disponível só para assinantes do jornal - Steve Ingham, CEO da Michael Page, uma das maiores empresas de recrutamento de executivos, avalia que a entrada de estrangeiros no Brasil só não será maior por causa da língua e da dificuldade de adaptação da família do expatriado.
Mas independente do endereço da “firma”, Ingham é da turma que acredita que cruzar fronteiras pode dar um gás e tanto na carreira. É aquele negócio de estar na hora certa, no lugar certo. "Um engenheiro da área de petróleo certamente pode mudar da Austrália para o Rio pois ele vai querer estar onde o petróleo está", diz.
É...às vezes as coisas parecem simples assim...
Imagem: SXC

Viagem de dinheiro, o que pode e quanto custa.

Olá, X!Tem gente que leva na cueca, na Bíblia...
Mas entre as formas convencionais, você pode levar o dinheiro no bolso, na bolsa, mandar pelo banco, pelo cartão de crédito, por uma corretora e até pelos Correios. Aliás, com um click você movimenta a quantia que puder. Apesar da digitalização do sistema financeiro, fazer o dinheiro cruzar a fronteira ainda desperta muita dúvida. Enfim, o que é permitido na expatriação e na repatriação do dindim?
Para facilitar o processo - ou tentar - o Banco Central lançou uma cartilha sobre o assunto. O material também está disponível no canto direito do Expatriadas, em X! Utilidade.
Mas o bê-a-bá exclui um dos pontos mais nebulosos na hora de fazer o dinheiro viajar: impostos. Dá até para entender, já que essa é uma área da Receita Federal.
Se você, como eu, reclama que as informações são muito misturadas no site da Receita, vai achar interessante essa ajuda do Centro de Orientação Fiscal - Cenofisco.
Mas antes de abrir espaço para as orientações do advogado tributarista, Lázaro Rosa da Silva, vale lembrar que o governo diz que não é necessário qualquer tipo de autorização para fazer remessas do Brasil para o exterior e nem para receber recursos do fora.
O que o Banco Central e a Receita Federal querem é saber de onde vem e para onde vai esse dinheiro. Exigem explicações mais detalhadas quando o valor transferido ultrapassa os US$ 3 mil.
Os documentos com essas informações devem ser guardados pelo prazo de 5 anos.
Outra coisa: as taxas de câmbio praticadas no Brasil são livremente negociadas entre quem compra e quem vende a moeda, claro que isso obedece à lei de mercado de oferta e procura. O site do Banco Central traz as cotações diárias para as diferentes moedas.
Quanto ao valor do serviço de transferência, isso depende de como você vai mandar o dinheiro.

X - Em quais situações as remessas de dinheiro do Brasil para o exterior são tributadas?
Cenofisco
- As remessas para o exterior sempre são tributadas, mas há casos de:
- Isenção:
• Rendimentos pagos à pessoa física residente ou domiciliada no exterior por autarquias ou repartições do Governo brasileiro situadas fora do território nacional e que correspondam a serviços prestados a esses órgãos;
• Rendimentos auferidos no País por governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo Governo brasileiro (Lei nº. 154, de 1947, art. 5º);
• Rendimentos pagos ou creditados à empresa domiciliada no exterior, pela contraprestação de serviços de telecomunicações, por empresa de telecomunicação que centralize, no Brasil, a prestação de serviços de rede corporativa de pessoas jurídicas.
- Dispensa da retenção:
• Para pagamento de apostilas decorrentes de curso por correspondência ministrado por estabelecimento de ensino com sede no exterior;
• Os valores, em moeda estrangeira, registrados no Banco Central do Brasil, como investimentos ou reinvestimentos, retornados ao seu país de origem;
• Os valores dos bens havidos, por herança ou doação, por residente ou domiciliado no exterior;
• As importâncias para pagamento de livros técnicos importados, de livre divulgação;
• Para dependentes no exterior, em nome dos mesmos, nos limites fixados pelo Banco Central do Brasil, desde que não se trate de rendimentos auferidos pelos favorecidos ou que estes não tenham perdido a condição de residentes ou domiciliados no País, quando se tratar de rendimentos próprios;
• As aplicações do United Nations Joint Staff Pension Fund (UNJSPF), administrado pela Organização das Nações Unidas, nas Bolsas de Valores no País;
• As remessas à Corporação Financeira Internacional (International Finance Corporation - IFC) por investimentos diretos ou empréstimos em moeda a empresas brasileiras, com utilização de fundos de outros países, mesmo que o investimento conte, no exterior, com participantes que não terão nenhuma relação de ordem jurídica com as referidas empresas;
• Cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes ou domiciliadas no País, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais;
• Pagamento de salários de funcionários de empreiteiras de obras e prestadores de serviço no exterior, de que tratam os arts. 1º e 2º do Decreto 89.339, de 31 de janeiro de 1984;
• Pagamento de salários e remunerações de correspondentes de imprensa, com ou sem vínculo empregatício, bem como ressarcimentos de despesas inerentes ao exercício da profissão, incluindo transporte, hospedagem, alimentação e despesas relativas a comunicação, e pagamento por matérias enviadas ao Brasil no caso de free lancers, desde que os beneficiários sejam pessoas físicas residentes ou domiciliadas no País;
• Remessas para fins educacionais, científicos ou culturais, bem como em pagamento de taxas escolares, taxas de inscrição em congressos, conclaves, seminários ou assemelhados, e taxas de exames de proficiência;
• Remessas para cobertura de gastos com treinamento e competições esportivas no exterior, desde que o remetente seja clube, associação, federação ou confederação esportiva ou, no caso de atleta, que sua participação no evento seja confirmada pela respectiva entidade;
• Remessas por pessoas físicas, residentes e domiciliadas no País, para cobertura de despesas médico-hospitalares com tratamento de saúde, no exterior, do remetente ou de seus dependentes;
• Pagamento de despesas terrestres relacionadas com pacotes turísticos.
- Alíquota zero:
• Receitas de fretes, afretamentos, aluguéis ou arrendamentos de embarcações marítimas ou fluviais ou de aeronaves estrangeiras, feitos por empresas, desde que tenham sido aprovados pelas autoridades competentes, bem como os pagamentos de aluguel de containers, sobrestadia e outros relativos ao uso de serviços de instalações portuárias;
• Comissões pagas por exportadores aos seus agentes no exterior;
• Remessas para o exterior, exclusivamente para pagamento das despesas com promoção, propaganda e pesquisas de mercado de produtos brasileiros, inclusive aluguéis e arrendamentos de estandes e locais para exposições, feiras e conclaves semelhantes, assim como as de instalação e manutenção de escritórios comerciais e de representação, de armazéns, depósitos ou entrepostos;
• Valores correspondentes a operações de cobertura de riscos de variações, no mercado internacional, de taxas de juros, de paridade entre moedas e de preços de mercadorias (hedge);
• Valores correspondentes aos pagamentos de contraprestação de arrendamento mercantil de bens de capital, celebrados com entidades domiciliadas no exterior;
• Comissões e despesas incorridas nas operações de colocação, no exterior, de ações de companhias abertas, domiciliadas no Brasil, desde que aprovadas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários;
• Solicitação, obtenção e manutenção de direitos de propriedade industrial, no exterior;
• Juros decorrentes de empréstimos contraídos no exterior, em países que mantenham acordos tributários com o Brasil, por empresas nacionais, particulares ou oficiais, por prazo igual ou superior a quinze anos, à taxa de juros do mercado credor, com instituições financeiras tributadas em nível inferior ao admitido pelo crédito fiscal nos respectivos acordos tributários;
• Juros, comissões, despesas e descontos decorrentes de colocações no exterior, previamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, de títulos de crédito internacionais, inclusive commercial papers, desde que o prazo médio de amortização corresponda, no mínimo, a 96 meses;
• Juros de desconto, no exterior, de cambiais de exportação e as comissões de banqueiros inerentes a essas cambiais;
• Juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento de exportações.
X - Quais são as taxas?
Cenofisco
: Alíquota de 15%, quando não tiverem tributação específica, inclusive:
• Os ganhos de capital relativos a investimentos em moeda estrangeira;
• Os ganhos de capital auferidos na alienação de bens ou direitos;
• As pensões alimentícias e os pecúlios;
• Os prêmios conquistados em concursos ou competições;
- Alíquota de 25%:
• Os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, e os da prestação de serviços;
• Ressalvadas as hipóteses a que se referem os incisos V, VIII, IX, X e XI do art. 691, do Decreto nº. 3.000/99, os rendimentos decorrentes de qualquer operação, em que o beneficiário seja residente ou domiciliado em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a vinte por cento, a que se refere o art. 245.
X - Qual valor máximo é possível enviar por período (exemplo: mensal) do Brasil para o exterior?
Cenofisco -
A legislação tributária não estabelece qualquer limite neste sentido.
X - As remessas do exterior para o Brasil são tributadas?
Cenofisco -
Sim. Se efetuada, a pessoa física estará sujeita ao carnê leão, cujo pagamento do imposto incidente deverá ser efetuado até o último dia útil do mês seguinte ao do recebimento.
X - Quais as taxas e quais as possibilidades de isenção?
Cenofisco
- Em se tratando de beneficiário Pessoa Física, a tributação se dará pela aplicação de tabela progressiva, cuja alíquota corresponde a 0%, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%, conforme o montante recebido.
X - A Receita Federal estipula valor máximo a ser enviado do exterior para o Brasil por período, exemplo mensal?
Cenofisco
- Não.
X - Qual é a legislação sobre envio de dinheiro do ou para o Brasil?
Cenofisco
- O art. 682 e seguintes do Decreto nº. 3.000/99 tratam de remessa do Brasil para o exterior. Já quanto ao recebimento por pessoa física no Brasil, o art. 106 do mesmo Decreto define a tributação.
X - Há algum planejamento tributário que possa ajudar a reduzir impostos entre aqueles que se preparam para partir ou estão voltando para o Brasil?
Cenofisco
- Qualquer planejamento neste sentido deve observar a real necessidade do contribuinte, pois o pagamento do imposto deverá ser feito sempre por ocasião da remessa ou do recebimento, considerando os respectivos valores.
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Pensa rápido!

Olá, X!
Sabe aquele negócio de que a gente aprende mesmo é na prática? Ok, a experiência é insubstituível, mas pode ser que você não consiga aprender no dia-dia tudo o que precisa sobre a vida lá fora a tempo de explorar e mostrar todo o talento que você possui.
Há algum tempo que cursos de especialização, pós e MBA vêm tentando sanar a questão com uma espécie de mini-intercâmbio. O aluno estuda no Brasil, e passa um período visitando uma instituição estrangeira conveniada.
Apesar do seu esforço financeiro para bancar o estudo, da dedicação de tempo e do empenho emocional, saiba que o mercado está querendo mais que o conhecimento global proporcionado por esses treinamentos. Pelo menos é o que está na edição de hoje no Valor Econômico - reportagem disponível só para assinantes.
Na matéria, a jornalista Soraia Duarte ressalta que “a tendência atual é oferecer cursos que de fato exponham os alunos a outras culturas, promovendo o convívio e a troca de experiências com pares estrangeiros - algo muito além das já conhecidas parcerias com universidades estrangeiras, que se resumem a visitas de uma semana com o grupo de alunos.”
Mas o que me prendeu a atenção foi uma outra novidade, de acordo com a matéria, dos cursos criados para preparar o tal do “profissional global”: buscar respaldo na produção científica, até então limitada ao mundo acadêmico. No texto, o diretor-presidente da Fundação Instituto de Administração (FIA), Claudio Felisoni, argumenta que "as empresas exigem velocidade de resposta, e acredito que uma escola de negócios precisa tirar o indivíduo dessa atividade automatizada, porque só a pesquisa permite repensar os padrões estabelecidos e descobrir ações transformadoras."
Interessante é que quase sempre pesquisa não combina com velocidade, exatamente por isso que a atividade automatizada tem espaço nesse mundo.
Pelo que vejo, resumindo, tão querendo reinventar a roda, ou colocar alguns badulaques nela. Eu sei, eu sei, a capacidade de raciocinar - apesar de humana - é pouco explorada. Claro que ela faz a diferença. Mas ter que fazer curso para lembrar disso? Pior que tem...

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Do convite à expatriação, o difícil processo de escolha.

Olá, X!
Embora o convite para uma expatriação dê - geralmente - uma bela massageada no ego, ele vem acompanhado de muita dúvida, muita coisa a ser considerada, além da proposta em si.
Como decidir?
Abra espaço para a informação. Vale se aprofundar no pacote de incentivos, pesquisar o destino, escarafunchar a cultura, conversar com quem já foi...
Eu sei, eu sei, tudo isso pode ser muito abstrato. Você pode ter uma tonelada de informações e mesmo assim continuar em dúvida.
Tudo bem que às vezes é possível tomar o caminho do meio. Mas outras vezes você não vai ter como escapar: direita ou esquerda? Para cima ou para baixo?
O fato é que, até se posicionar, você vai ter queimado a cachola, mais precisamente o córtex pré-frontal, a casa da razão, e amígdala, nosso depósito de lembranças emocionais.
Caso não saiba, tem gente pesquisando pra valer maneiras de se chegar a melhor escolha - se é que ela existe - são os especialistas em ciência da decisão. São eles os ouvidos na edição dessa semana da Revista Istoé. A reportagem assinada por João Loes e Suzane G. Frutuoso traça uma espécie de roteiro para quem está na trilha da escolha e estampa como algumas pessoas lidam com as opções.
De acordo com o texto, para acertar na escolha:
- Durma bem. Pesquisas mostram que o sono é o momento em que estamos livres de preconceitos que podem atrapalhar as decisões.
- Controle a impulsividade, que pode embaçar as chances de oportunidade ou potencializar os medos.
- Estabeleça prazos para decidir. A indecisão pode abrir espaço para que outras pessoas acabem escolhendo por você.
- Fique atenta à intuição, mas não se apegue à ela. É que, dizem os especialistas, a intuição é “uma percepção do hoje influenciada pela associação com situações que ocorreram no passado...e nem sempre as coisas acontecem da mesma maneira.”
- Busque conselhos, mas não se esqueça que você tem seu próprio jeito de lidar com as situações.
- Considere seus reais desejos.
- Não se acanhe em escrever as opções que tem. Liste os prós e contras de cada uma. Quanto mais pontos positivos, maior a chance daquela ser a melhor opção.
- Pense sobre as emoções que cada opção provoca.
Lógico que tudo isso dá trabalho. Às vezes parece até bobo. Mas partir, mesmo que por um prazo determinado, vai impactar a sua vida, e da sua família, para sempre. Então é digno e legítimo, pelo menos, tentar acertar.
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Já que a vela foi acesa, vamos rezar!

Olá, X!
Eu sempre amei chuva, trovoada, relâmpago, raio. Mas confesso que depois de Houston esse amor ganhou um friozinho na barriga. Culpa do Ike. Para mim, o furacão que atingiu a região do Golfo do México, em setembro de 2008, não teve cenas de casas e vaca voando pelos ares, apesar de ter havido - sim - muita destruição e, infelizmente, mortes. Ele veio em forma de falta de energia, que resultou em corte no fornecimento de água - porque as bombas pararam de funcionar. Resultou ainda em toque de recolher, por causa do aumento da criminalidade na escuridão. Resultou também em racionamento de combustível, que não tinha como ser produzido nas refinarias.
Tudo isso incomodou mesmo. Mas o que mais atormentou foi perceber a incapacidade do poder público em apontar os responsáveis pela normalização do sistema. A prefeitura dizia que a responsabilidade era do governo do Texas, o governador dizia que era das empresas de fornecimento, os empresários diziam que era de São Pedro, uma vizinha insistia que o culpado era o mordomo! E ouvíamos tudo isso do mp3 a pilha, trancados no banheiro - o lugar mais seguro da casa, diz o esquema de proteção contra furacões.
Então toda vez que chove vem a pergunta, quando será que a luz vai acabar?
Estava ao telefone, com a minha mãe, quando a noite bateu pra valer ontem. Como o telefone é ligado àquela caixinha da internet, ficamos sem linha. Desconfiei de algo estranho, quando - eu, do celular no Rio, descobri que meus pais, em São Paulo, também estavam no breu.
“10 anos depois, seria mais um apagão? Não pode ser”, pensei. “O calor deve estar atrapalhando meu raciocínio lógico”, pensei de novo.
E não é que foi mais um apagão. Parece coisa de filme. Os números do impacto de ontem foram bem parecidos com o de uma década atrás: 60 milhões de pessoas atingidas, em 10 estados, por cerca de quatro horas, a partir de 10 e pouco da noite.
Hoje, antes mesmo de terminar o café já tinha essa lista de culpados: chuva, vento, raio, sabotadores, hackers e...talvez...quem sabe...pode ser...sobrecarga em um sistema que não acompanhou o crescimento da economia.
Ai-ai-ai-ai-ai.
Então o país do olé-na-crise-mundial-sede-da-copa-do-mundo-casa-das-olimpíadas tem mais demanda que oferta?
Ah, não seja exagerada, isso sempre aconteceu por aqui. Sempre teve mais analfabeto que escola, doente que hospital, passageiro que ônibus, morador que casa. Por que não teria mais equipamento que energia?
Outra coisa, às vésperas de 2010, 5 milhões de brasileiros não sabem o que é estar envolvido pelos confortos da energia elétrica, isso pelos cálculos do governo. Sem contar o povo que só tem acesso à base dos gatos. Parece que no mundo, 1.6 bilhão de pessoas não desfrutam das maravilhas de uma tomada ou de um interruptor. Então, não reclame e aprenda com eles. Lampião a gás, forno a lenha, sal, banho rápido, frio, de canequinha...
Eu cínica? Cínico é quem fala que isso já é um reflexo do fim do mundo em 2012!
Mas vamos às dicas práticas. No Texas - região vulnerável aos furacões - existe a indústria de sobrevivência a eles. Pouco antes de maio chegar, quando começa a temporada de furacões - já é possível encontrar kits para enfrentar os reveses desse período. Ele é composto por lanterna, pilhas, uma reserva de água potável e de comida enlatada.
Aqui no Brasil faria uma pequena adaptação do kit: lanterna, pilhas - que sirvam na lanterna - claro, um radinho a pilha também ajuda. Se optar por velas, não se esqueça dos palitos de fósforo. Tenha também uma reserva de paciência e uma boa dose de bom humor, porque afinal, somos um dos povos mais alegres e felizes da galáxia!
Sei que o assunto fugiu um pouco da proposta deste espaço, mas é que o mundo falou disso hoje. E vai que alguém pergunte a você - que pode estar em qualquer lugar do planeta - o que aconteceu...
E se você souber a reposta, diz pra gente, tá?
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Mudar de casa! Como não pirar?

Olá, X!
Ir daqui pra lá, vir de lá pra cá, partir de lá pra longe... Esse vai-e-vem pode ser bem rico. Mas no meio do caminho tem um monte de pertences, de miudezas, de história, de caixas para arrumar.
Dizer que mudar de casa não é fácil é quase tão óbvio quanto apelar à doce e nada mole rapadura.
Mas que organizar uma mudança - ainda mais para outro país - pode ser um processo estressante, cansativo e até traumático - a, isso pode!
Acabo de passar por uma há alguns meses. Acho que foi a mais fácil das 5 que atravessei nos últimos 8 anos. Pelo menos a gente aprende um pouquinho, né...
Acho que a principal lição diz respeito ao desapego. Expatriação e apego definitivamente não combinam. Para expatriado, a memória é a única coisa que dá para guardar de verdade, sem viver a angústia da ameaça da perda.
No que diz respeito a objetos, ter poucos, o essencial - se é que isso é possível - ajuda muito quando chega a hora de empacotar. O interessante é isso que facilita não só o embrulhar, mas tirar as coisas das caixas também fica mais tranquilo. E assim a vida volta ao normal de forma mais rápida.
Acho que a minha vida já voltou ao normal, só ainda não sei definir ainda o que é normal, enfim...
Mas, entendendo que as coisas passaram a ter uma certa organização, me peguei pensando como seria - ou será - a próxima mudança.
Tentei rascunhar um roteiro, talvez ajude também outras pessoas. Só não posso esquecer, na loucura da mudança, que uma vez rascunhei um roteiro...
1 – Trabalhe com o tempo de expatriação. É preciso pensar se o período que você vai passar fora compensa desmanchar uma casa, organizar a mudança e esperar uns dois meses até que as coisas cheguem ao outro pais.
2 – Se decidir fechar a casa e partir só com as roupas, lembre-se de providências como: redirecionar correspondências, cancelar alguns serviços - como TV a cabo, e colocar o pagamento de outros no débito automático. Faça as contas. Compensa deixar o imóvel fechado? Vale a pena alugar para um conhecido?
3 – Se optar por não ficar na casa, mas deixar os móveis no Brasil, você pode vendê-los - saiba que isso exige tempo, ou guardá-los. O Brasil não tem tantos guarda-móveis como os Estados Unidos, mas há empresas que alugam espaços a partir de 1 m3. Uma vez ouvi de uma psicóloga que, mesmo não fazendo a mudança, vale a pena levar alguns objetos que ajudem a matar a saudade, como fotos ou aquele edredon gostosinho.
4 – Se estiver levando a mudança para o exterior, não deixe de pensar no tempo que ficará sem suas coisas. Por isso terá de levar em conta morar por um tempo em um local mobiliado.
Quanto à organização da mudança, geralmente o expatriado conta com o trabalho de empresas especializadas, que acabam fazendo tudo. Mesmo assim, a gente não escapa de ter que colocar a mão na massa. Até porque, quando a mudança chega, vem tudo de uma vez, aí é preciso ter o mínimo de organização para não pirar.
Dê uma olhada nessas dicas de Augusto Campos:
- Antes de encaixotar, reduza! Você certamente tem em casa hoje muitas coisas que nunca mais irá usar ou precisar. Livros que não vai reler nem consultar, revistas, instrumentos, utensílios, roupas e muito mais. A exceção são as toalhas, panos de pratos e lençóis velhos que podem ser usados para embrulhar os itens mais frágeis
- Empacote e encaixote desde cedo: comece assim que estiver firmemente decidido a mudar, ou 10 dias antes da data da mudança.
- Comece pelos itens menos importantes e utilizados. Se for contratar uma empresa de mudanças, deixe para ela todos os itens menos frágeis e menos sensíveis.
- Não empacote antes da hora nenhum item que você ainda vai precisar usar.
- Proteja seus objetos mais frágeis.
- Imediatamente após encher uma caixa, marque o exterior dela de uma forma bem visível com um pincel atômico, indicando o conteúdo e o cômodo de origem. Considere tirar uma foto do conteúdo antes de fechar. E no caso dos itens de valor, não escreva claramente isso na etiqueta da caixa - ao invés de “porta-jóias”, coloque “miudezas”, e assim por diante.
Esse site de uma empresa de mudanças traz outras dicas para quem está partindo. Interessante que o material traz uma espécie de cronograma.
Agora, se você vai fazer o caminho inverso, o da repatriação, seguem outras coisinhas para você pensar.
- Vale a pena trazer a mudança?
- Vale a pena pagar pela mudança?
- Ela vai chegar antes de você conseguir encontrar um lugar para morar?
- Você vai ter um local com estrutura para ficar até suas coisas chegarem?
- Realmente vale a pena comprar para trazer? Será que com o Real fortão assim, a diferença de preço compensa o fato de trazer equipamentos que não terão garantia no Brasil?
- Os equipamentos importados vão funcionar em terras brasileiras? Lembre-se, por exemplo, que o sistema de cor de uma tv americana é diferente do sistema brasileiro...
Nessa página de uma outra empresa de mudança, você consegue ter uma ideia dos procedimentos burocráticos - traduzindo: documentação necessária para trazer suas coisas gringas.
Então, boa sorte e muita paciência!

Destinos sonhados, destinos possíveis.

Olá, X!
Aprender outra língua, conhecer outra cultura, viajar, experimentar, evoluir na carreira, receber em moeda mais forte - se bem que o Real não vai nada mal - dependendo do ponto de vista, claro... A expatriação traz uma enxurrada de expectativas.
Ser transferido para uma potencia econômica e-ou uma referência cultural está na lista de “exigências” de quem segue a estrada da expatriação.
Mas entre o ideal e o possível tem os
BRICs.
Para você não achar que o fulaninho que partiu para as “Oropa” se saiu melhor que você que não conseguiu aquela vaga nos States ou no velho mundo, aí vai uma
pesquisa fresquinha da PricewaterhouseCoopers.
Começando pelo Brasil, o levantamento da assessoria mostra que a cidade de São Paulo - hoje a 10ª. mais rica do mundo - pode ser a 6ª mais rica até 2025. A previsão é de que o Produto Interno Bruto da capital paulista cresça cerca de 4,2% por ano até lá. Assim ficaria na frente de locais como Paris, Osaka e Cidade do México.
Quanto ao Rio de Janeiro, a previsão é de que a cidade maravilhosa suba da 30ª para a 24ª posição na lista das mais ricas.
Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Fortaleza e Salvador tem chances de ficar entre as 150 cidades com mais dinheiro.
As asiáticas Xangai, Pequim e Mumbai também figuram entre as que mais vão enriquecer nos próximos 16 anos.
Já o crescimento do PIB anual de pólos como Nova York, Tóquio, Chicago e Londres não deve ultrapassar os 2%, prevê o estudo.
Mesmo assim, até 2025, se o mundo não acabar, Tóquio, Nova York e Los Angeles vão seguir como as principais ricaças do planeta.
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Expatriação: entre dicas e clicks.

Olá, Coexpat!Conversando por aí, é possível achar dicas valiosas sobre expatriação.
Na coluna Cinco Perguntas e Uma boa Surpresa! tem de tudo. Tem gente que fala que estudaria mais o idioma local, tem quem diga que - antes da partida - terminaria projetos no Brasil. Já ouvi gente dizer que negociaria melhor o pacote de benefícios, que tentaria ser mais aberta à nova cultura, que trabalharia no exterior. Uma amiga aconselha não se desfazer de eletrodomésticos brasileiros, pois - com adaptador de tomada - funcionam perfeitamente em outro país. Além disso, alguns são peça rara. Nos Estados Unidos é missão quase impossível encontrar espremedor de laranja, diz minha amiga.
Tem também o time que jura que não faria nada diferente.
Como meu prazo de expatriação não era lá tão longo, eu tentaria ir com propostas mais definidas, como cursos com data certa para começar, se bem que a busca por opções foi por si só uma grande experiência.
Se vale outra dica, não tenha medo de tomar decisões. Por uma questão didática, não dependa tanto da ajuda de compatriotas, embora o apoio de brasileiros longe de casa seja um alento.
Outra coisa que acho muito útil para quem está longe da terrinha, investir em tecnologia - na máquina e em quem fica em frente a ela.
Já conversamos aqui sobre minha admiração pelo telefone dos Jetsons. Poder ver a pessoa com quem a gente está falando é um alívio e tanto.
Tem também expatriada usando blogs para resolver os dramas, dilemas e sofrimentos que surgem com a expatriação. O tal do diário virtual ajuda a dividir o peso dessa vivência e a compartilhar experiências.
Então, por que não - em meio às malas, mudança de casa e burocracia - pesquisar um equipamento que dê conta das suas necessidades e investir em um cursinho rápido para se familiarizar com a linguagem digital?
Quem sabe não está aí a chave para uma super porta.
Isso me faz lembrar das interessantes coisas que ouvi no Simpósio sobre Jornalismo Digital, na universidade do Texas, e das pessoas totalmente envolvidas pelo ambiente "internético".
O responsável pela cadeira na universidade, o professor brasileiros Rosental Calmon Alves, esteve no Brasil mês passado e frisou a importância de a gente se preparar para trilhar esse tal caminho sem volta que é a era virtual.
Porque, resumindo, é cada um em um canto, mas todo mundo bem pertinho...e - como a gente viu outro dia - de repente você vira uma expatriada mesmo sem deixar o Brasil...

Carmem Galbes
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Família, família...

Olá, X!
Demorou para os experts darem o braço a torcer. Aliás, tem gente que ainda resiste em admitir. Embora não precise ser gênio para saber, o diretor do curso de especialização da escola de negócios do MIT, Stephen Sacca, salienta que sem o ajuste da família não há estudante expatriado - por mais brilhante que seja - que tenha sucesso no programa. "Como grande parte dos alunos vem de outros países, tentamos criar uma comunidade sólida de relacionamento e apoio para suas esposas, maridos e filhos. Assim, as famílias não se sentem tão deslocadas durante o período do programa", diz.
Sacca conversou com o repórter do Valor Econômico, Rafael Sigollo. Texto completo só para assinantes.
Lendo sobre as estatísticas do curso do MIT, difícil mesmo não prever o peso da família no processo.
Para começar, a média de idade dos alunos é de 38 anos, período - geralmente - de criançada correndo pela casa.
O curso é puxado. Exige dedicação integral, além de disponibilidade para viagens, durante um ano.
Para completar, o investimento é alto. O próprio MIT prevê que, em 12 meses, o aluno gaste cerca de US$ 80.000 - isso com matrícula, livros, casa, comida e roupa lavada.
O fato é que metade dos alunos tem bolsa de suas empresas, além de licença remunerada. Então não dá para levar - e nem seria possível - o programa na brincadeira.
Quem financia quer, no mínimo, envolvimento e grandes resultados.
Mas tem uma coisa que o poderoso do MIT não salientou. O apoio da família é fundamental, inclusive, depois do canudo conquistado. É que - como já conversamos aqui - por mais que o investimento da empresa seja alto, não há garantia de nada na volta para a casa.
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Expatriado Virtual.

Olá, X!
Você pode ser uma expatriada e não saber. Aliás, você pode ser uma expatriada mesmo sem botar o pé fora do Brasil. É que para ser expatriada hoje basta estar conectada!
A edição de outubro da newsletter da consultoria Mercer usa uma palavrinha para dar uma abrangência e tanto ao conceito de expatriação, virtual. Isso mesmo, as empresas agora tem o expatriado virtual, “este colaborador caracteriza-se por ter um local de trabalho num determinado lugar, mas com responsabilidades e papéis em outros países, com os quais mantém contato permanente via videoconferências, conversas on-line, etc. Viaja para os outros países ocasionalmente por curtos períodos de tempo”, explica o texto.
Pelo jeito não adianta mesmo. Você pode até recusar o convite de transferência, mas não tem como escapar à tal das adaptações culturais, porque de repente puf, e você é uma expatriada...sem as angústias da mudanças, mas sem as compensações financeiras do processo...
A consultoria tem percebido ainda algumas mudanças nos processos de expatriação. A mobilidade internacional vem descendo os degraus hierárquicos, “cada vez mais os processos de expatriação estão abertos a colaboradores mais juniores, que ainda se encontram numa fase inicial de carreira.”
Isso, de acordo com a consultoria, traz consequências interessantes. As chamadas transferências de curto prazo - menos de um ano - têm sido mais constantes, assim as famílias têm por opção não acompanhar o profissional expatriado, que volta com mais frequência para a casa.
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Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...