Brasileiro e relógio, eterno desencontro!

Olá, Coexpat!
Eu sei, eu sei...tentar ser pontual em uma nação de atrasados - sem trocadilhos, sério! - é no mínimo pedir para entrar no rol das antipáticas pela porta da frente.
O fato é que o povo fala, sabe? E brasileiro tem uma fama péssima quando o quesito é pontualidade.
Não me refiro apenas às relações comerciais, que resultam em cancelamento de contratos e prejuízos. Falo também das coisas corriqueiras que roubam o nosso tempo. Da espera pelo médico. Do horário do voo. Do convidado que chega às 9 da noite, quando o encontro era às 8. Do almoço que começaria à uma e não às duas da tarde. Do ônibus que passaria de 15 em 15 minutos e não quando desse...
Se ajuda a convencer os atrasadinhos de como isso soa estranho e é irritante para outras culturas, a última edição da revista Veja explora - com um pouco de pressa, aliás - o assunto.
Segundo o texto, durante viagens pelo Brasil, o psicólogo americano Robert Levine ficou tão espantado com a falta de cuidado que o brasileiro tem com o próprio tempo e com o dos outros, que resolveu estudar mais o tema. Da análise nasceu o livro Uma Geografia do Tempo. O estudo - que avaliou o comportamento de moradores de 31 países - nos coloca entre os que mais tem problemas de relacionamento com a pontualidade. "Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz.
Relação social uma ova! Me inclua fora dessa, porque me sinto profundamente agredida, e fico magoada de verdade com atrasos...
O problema é que todo pamonha que não cumpre horário tem a desculpa pronta! Aí a infraestrutura fica com a má fama. Trânsito, alagamento, operação em favela, fila no elevador, apagão, neve...neve?!
De qualquer forma cuidado! É que esse negócio de tapinhas nas costas, seguido de um “puxa, desculpe” pode deixar a vítima do atraso ainda mais doida.
Ah tá...você só lida com brasileiros? E aquele negócio de expatriado virtual?
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Cinco perguntas e uma boa surpresa! Itália.

Olá, Coexpat!O destino de hoje tinha tudo para exercitar os sentidos, e a moda, a culinária, a arte, os vinhos poderiam ser alguns dos caminhos para isso.
Pena que as delícias italianas têm sido ofuscadas nos últimos tempos pela recessão - que já teria acabado - e corrupção. Uma das potências da zona do Euro está com quase 8% da população economicamente ativa sem emprego. Em 2010, o endividamento do país pode corresponder a 127% do PIB, seria o mesmo que dizer que toda a riqueza que a nação produzir no ano que vem não será suficiente para pagar a dívida.
Tem ainda a desmoralização política, com denúncias contra o primeiro ministro Silvio Berlusconi.
Mas essa é uma visão muito calculista sobre a “Bota”. Que tal uma pitada mais pessoal sobre a vida, especialmente a de brasileiros, na Itália?
A Cristiane será nossa guia. A história dela como expatriada começou há dois anos. O amor por um italiano fez com que partisse do Rio rumo a Florença.
O relato sóbrio da Cristiane só faz aumentar a crença de que, sim, somos capazes - quando queremos - de fazer seja lá o que for. “Uma frase que eu gosto muito e que devemos levar sempre no pensamento, independente do país que a gente viva: nosso tempo nesta terra é sagrado, e devemos celebrar cada momento", diz.
Para mais detalhes da vida pela Itália, dê um pulo no Notícias da Bota, o blog dela.
Valeu Cris!

Cinco Perguntas:

X - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
Cris - O processo realmente é muito lento, devagar quase parando. Não posso dizer que não me sinto adaptada (acredito que o pior já passou), mas também não posso afirmar que me sinto totalmente em casa. Vamos dizer que estou no meio do caminho, que, às vezes, me sinto em casa, mas em algumas ocasiões sinto que jamais vou conseguir. Quando estou aqui, sinto falta do Brasil, mas quando vou ao Brasil de férias, sinto falta daqui, da minha casa. Não me sinto em casa aqui, e também não me sinto em casa no Brasil. Um dia eu chego lá...

Leve - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
Cris - O mais difícil de tudo é a concorrência desleal com os "nativos". Eu nunca vou conseguir disputar com eles nada com igualdade de condições, isso implica na vida profissional. Eu tinha uma vida profissional definida e de sucesso no Brasil, e aqui, por mais que eu estude, retorne pra Universidade, por mais que eu me esforce, nunca vou conseguir chegar ao ponto que eu cheguei no Brasil. E tudo isso simplesmente porque sou estrangeira. Abrir mão da minha vida profissional foi o mais difícil de tudo.

Leve - O que faria diferente?
Cris - A única coisa que eu faria diferente seria estudar mais línguas...Inglês, francês, alemão, chinês...todas as línguas que eu pudesse! O motivo? Quem fala diversas línguas aqui encontra portas abertas para todos os lados. Quanto mais idiomas você fala, mais portas abertas você encontra!

Leve - Toparia ser expatriada de novo?
Cris - Taí uma pergunta que eu não sei te responder! Hoje eu diria que não, que eu não teria saco para recomeçar...Mas meu espírito aventureiro pode falar mais alto...é um mistério!!!

Leve - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
Cris - A expectativa de voltar a estudar se concretizou. Recomecei a universidade numa área diferente que eu exercia no Brasil. Acho que para o meu curriculo, principalmente se algum dia eu voltar a viver no Brasil, será algo grandioso. O que virou pó, ou está virando pó, é voltar a trabalhar na minha área de atuação, que é Recursos Humanos.

A boa surpresa:
Descobrir, através da experiência, que o ser humano é completamente adaptável e que a felicidade existe dentro da gente, independente da onde vivemos e das pessoas que nos rodeiam.

Leve Entrevista. Expatriação e alimentação.

Olá, Coexpat!
Você organiza tudo. Pesquisa os costumes no novo endereço, procura imóvel pela internet, faz as contas, prepara a mudança, fecha as 500 malas, separa os documentos e embarca nessa aventura.
Depois de um tempo você percebe que entrou para o time de Xs! Mas nem tudo é tão saboroso...Tem algo estranho na cozinha. Pode acontecer com você, com o parceiro ou parceira, com algum filho...A comida simplesmente não cai bem.
Por isso a conversa hoje com a nutricionista Pérola Ribaldo. A especialista em qualidade e segurança dos alimentos argumenta como é importante dedicar atenção especial às refeições pra lá da fronteira, mesmo antes de partir.
Para quem busca mais ingredientes sobre o tema: http://www.perolaribaldo.com.br/
Bom apetite!

Leve - O turbilhão das providências que antecedem uma expatriação desvia o foco de algo essencial, as refeições no novo endereço. É possível se preparar para reduzir os impactos de uma nova cultura alimentar?
PR - Procure pesquisar um tempinho antes quais as opções alimentares do seu novo endereço. É importante chegar sabendo o que é o que para não cair em "armadilhas". Busque na Internet, converse com amigos ou conhecidos que já moraram no país para onde você pretende mudar e tente vislumbrar os alimentos que se parecem com aqueles aos quais você está acostumado. Depois de algum tempo "adaptando" o que a região te oferece aos seus hábitos, aí sim é hora de experimentar. Em resumo, primeiro você deve buscar os alimentos mais próximos possíveis do seu hábito e só depois acrescentar a nova cultura à sua rotina... assim o choque é menor e os riscos também.

Leve - Produtos desconhecidos, temperos exóticos, preparo diferente. A culinária a que o expatriado passa a ter acesso pode ser um sonho ou um pesadelo. Os extremos podem resultar em excesso ou perda de peso, sem contar nas infecções. Como não adoecer?
PR - Nunca experimente aquilo que você não conhece. Colegas de trabalho e outras pessoas que estejam na mesma situação que você, de expatriado, podem te dar dicas e até ajudar com experiências positivas ou negativas que tiveram com a cultura alimentar local. Depois de saber o que você deve ou não comer, é hora de conhecer os novos alimentos, mas sempre em pequenas quantidades. Lembre sempre que cada corpo reage de forma diferente aos alimentos, portanto use sempre doses pequenas até estar seguro! Nunca chegue querendo conhecer tudo imediatamente, tenha calma e aos poucos vá se incorporando aos hábitos locais.

Leve - Especialistas da área de saúde insistem na atenção que os expatriados devem dar ao consumo da água, que pode estar contaminada. Quais os cuidados com a alimentação?
PR - Comida sempre deve ser feita com água fervida. Já os vegetais devem ser lavados com água filtrada e fervida ou deixados em imersão de água com água sanitária (1 colher de sopa de água sanitária para cada litro de água) por pelo menos 15 minutos. A água de beber deve ser filtrada e fervida.

Leve - Durante essa outra entrevista sobre cuidados com a saúde, a enfermeira Adélia Apareceida Pinto fala da importância do brasileiro preparar uma “farmacinha particular” antes de deixar o país. O mesmo valeria para a cozinha? Existe algum ingrediente ou produto que facilite a adaptação alimentar em outro país?
PR - É sempre interessante ter produtos que façam a esterilização dos vegetais (tipo Puriverde) para garantir a higienização adequada dos alimentos que comemos crus. No mais, vale a pena manter alguns temperos que você goste muito e que não são fáceis de encontrar, como louro desidratado e coentro em pó. Porém, dependendo do país para onde você irá se mudar, é possível encontrar uma gama enorme de condimentos...por isso vale sempre pesquisar antes!!

Leve - Preparar a própria comida pode ser uma boa dica para o expatriado que não consegue se adaptar ao cardápio estrangeiro. Ocorre que nem sempre é fácil encontrar ingredientes que estamos acostumados. Quais as dicas para resolver essa “congestão”?
PR - Para o cardápio ficar mais leve, vale uma regrinha: as refeições devem ser sempre compostas por um carboidrato (arroz, batata, mandioca, mandioquinha ou macarrão), folhas verdes (que podem ser refogadas), legumes (que podem ser cozidos mesmo após congelados), leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, soja ou grão de bico) e uma opção de carne ou ovo. Procure fazer a receita da forma mais simples possível, usando óleo e sal, sem arriscar condimentos que você não conhece. Evite carne mal passada e molhos que você desconhece os ingredientes. Se puder use tudo o mais fresco possível ou busque alimentos coringa, como os congelados e enlatados. Depois de algum tempinho no país, com certeza você estará mais à vontade para "testar" receitinhas locais.

Leve - Com relação às crianças, qual a estratégia para apresentá-las à nova culinária sem que isso resulte em grandes traumas?
PR - Manter ao máximo a rotina da família, oferecendo receitas simples, sem muitos molhos e temperos. O cardápio acima é uma forma simples de se alimentar, que certamente não terá "erros".

Leve - Quanto às grávidas, comer “longe de casa” pode ser um desastre. Quais as orientações para quem precisa se alimentar, mas não consegue engolir as receitas do país em que vive?
PR - Procure fazer a própria comida. Não dá para buscar em outro país a comida que temos aqui, a menos que a façamos nós mesmas. Mantendo um preparo pouco elaborado fica mais simples (ex: macarrão com molho de tomate fresco ou tomate pelado batido no liquidificador, arroz e carne grelhada, batatas assadas e filé de frango, purê de batatas e lombo suíno...)

Leve - Sugere alguma fonte de pesquisa?
PR - Sites de receitas, como o Mais Você e o Tudo Gostoso, contam com receitas internacionais "adptadas" ao nosso paladar. Podem ser boas fontes de pesquisa para quem mora em outros países utilizar os ingredientes disponíveis, mas sem perder o "jeitinho brasileiro".

Leve - Gostaria de acrescentar algo?
PR - Gostaria de reforçar a idéia de, antes de arriscar, primeiro conhecer o país , conversar com nativos e especialmente com pessoas que estejam na mesma realidade que você. Assim o risco de "entrar numa fria" é bem menor.

Families in Global Tansition - conferência 2010.

Olá, Coexpat!
Dica rápida para quem quer pensar um pouco além sobre essa história de expatriação.
Families in Global Transition acaba de abrir inscrição para a conferência anual sobre o que eles chamam de mobilidade global das famílias.
Como de praxe, a texana Houston, nos Estados Unidos, vai sediar os três dias de evento, que acontece entre 4 e 6 de março do ano que vem.
Até 31 de dezembro, a taxa de inscrição é de US$ 700, depois dessa data é de US$ 750.
Se você quiser tentar uma bolsa, passe por aqui até 15 de dezembro.
Na edição de 2010, o foco é a criança expatriada. Especialistas, expatriadas e expatriados vão debater aspectos como o impacto da expatriação nos pequenos e o papel das chamadas escolas internacionais.
FIGT é uma instituição sem fins lucrativos que visa facilitar o processo de expatriação através de pesquisas, troca de experiências e debates sobre o tema.

Destino: Brasil.

Olá, Coexpat!
Sinto que em breve este espaço terá de mudar de nome. Expatriadas não servirá mais. Pelas notícias, Repatriadas será mais conveniente.
Isso mesmo, dizem que o Brasil está com tudo: bonito, rico e simpático! Pode?
Reportagem de hoje do Estadão argumenta que “na contramão das resistências legais e políticas aos imigrantes na Europa e Estados Unidos, o Brasil se tornou um atraente destino de estrangeiros, graças à boa fase da economia e a um amplo programa de anistia aos irregulares.”
Na edição desta segunda do Valor Econômico, a repórter Stela Campos conta que o Brasil anda mesmo bem falado por aí, principalmente nos States e pelas bandas do velho mundo.
A ONU já calculou que a migração para o Brasil vai começar a crescer a partir de 2010, uma mudança de rumo, já que nos últimos 50 anos esse movimento só caiu.
No texto do Valor - disponível só para assinantes do jornal - Steve Ingham, CEO da Michael Page, uma das maiores empresas de recrutamento de executivos, avalia que a entrada de estrangeiros no Brasil só não será maior por causa da língua e da dificuldade de adaptação da família do expatriado.
Mas independente do endereço da “firma”, Ingham é da turma que acredita que cruzar fronteiras pode dar um gás e tanto na carreira. É aquele negócio de estar na hora certa, no lugar certo. "Um engenheiro da área de petróleo certamente pode mudar da Austrália para o Rio pois ele vai querer estar onde o petróleo está", diz.
É...às vezes as coisas parecem simples assim...
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Viagem de dinheiro, o que pode e quanto custa.

Olá, X!Tem gente que leva na cueca, na Bíblia...
Mas entre as formas convencionais, você pode levar o dinheiro no bolso, na bolsa, mandar pelo banco, pelo cartão de crédito, por uma corretora e até pelos Correios. Aliás, com um click você movimenta a quantia que puder. Apesar da digitalização do sistema financeiro, fazer o dinheiro cruzar a fronteira ainda desperta muita dúvida. Enfim, o que é permitido na expatriação e na repatriação do dindim?
Para facilitar o processo - ou tentar - o Banco Central lançou uma cartilha sobre o assunto. O material também está disponível no canto direito do Expatriadas, em X! Utilidade.
Mas o bê-a-bá exclui um dos pontos mais nebulosos na hora de fazer o dinheiro viajar: impostos. Dá até para entender, já que essa é uma área da Receita Federal.
Se você, como eu, reclama que as informações são muito misturadas no site da Receita, vai achar interessante essa ajuda do Centro de Orientação Fiscal - Cenofisco.
Mas antes de abrir espaço para as orientações do advogado tributarista, Lázaro Rosa da Silva, vale lembrar que o governo diz que não é necessário qualquer tipo de autorização para fazer remessas do Brasil para o exterior e nem para receber recursos do fora.
O que o Banco Central e a Receita Federal querem é saber de onde vem e para onde vai esse dinheiro. Exigem explicações mais detalhadas quando o valor transferido ultrapassa os US$ 3 mil.
Os documentos com essas informações devem ser guardados pelo prazo de 5 anos.
Outra coisa: as taxas de câmbio praticadas no Brasil são livremente negociadas entre quem compra e quem vende a moeda, claro que isso obedece à lei de mercado de oferta e procura. O site do Banco Central traz as cotações diárias para as diferentes moedas.
Quanto ao valor do serviço de transferência, isso depende de como você vai mandar o dinheiro.

X - Em quais situações as remessas de dinheiro do Brasil para o exterior são tributadas?
Cenofisco
- As remessas para o exterior sempre são tributadas, mas há casos de:
- Isenção:
• Rendimentos pagos à pessoa física residente ou domiciliada no exterior por autarquias ou repartições do Governo brasileiro situadas fora do território nacional e que correspondam a serviços prestados a esses órgãos;
• Rendimentos auferidos no País por governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo Governo brasileiro (Lei nº. 154, de 1947, art. 5º);
• Rendimentos pagos ou creditados à empresa domiciliada no exterior, pela contraprestação de serviços de telecomunicações, por empresa de telecomunicação que centralize, no Brasil, a prestação de serviços de rede corporativa de pessoas jurídicas.
- Dispensa da retenção:
• Para pagamento de apostilas decorrentes de curso por correspondência ministrado por estabelecimento de ensino com sede no exterior;
• Os valores, em moeda estrangeira, registrados no Banco Central do Brasil, como investimentos ou reinvestimentos, retornados ao seu país de origem;
• Os valores dos bens havidos, por herança ou doação, por residente ou domiciliado no exterior;
• As importâncias para pagamento de livros técnicos importados, de livre divulgação;
• Para dependentes no exterior, em nome dos mesmos, nos limites fixados pelo Banco Central do Brasil, desde que não se trate de rendimentos auferidos pelos favorecidos ou que estes não tenham perdido a condição de residentes ou domiciliados no País, quando se tratar de rendimentos próprios;
• As aplicações do United Nations Joint Staff Pension Fund (UNJSPF), administrado pela Organização das Nações Unidas, nas Bolsas de Valores no País;
• As remessas à Corporação Financeira Internacional (International Finance Corporation - IFC) por investimentos diretos ou empréstimos em moeda a empresas brasileiras, com utilização de fundos de outros países, mesmo que o investimento conte, no exterior, com participantes que não terão nenhuma relação de ordem jurídica com as referidas empresas;
• Cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes ou domiciliadas no País, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais;
• Pagamento de salários de funcionários de empreiteiras de obras e prestadores de serviço no exterior, de que tratam os arts. 1º e 2º do Decreto 89.339, de 31 de janeiro de 1984;
• Pagamento de salários e remunerações de correspondentes de imprensa, com ou sem vínculo empregatício, bem como ressarcimentos de despesas inerentes ao exercício da profissão, incluindo transporte, hospedagem, alimentação e despesas relativas a comunicação, e pagamento por matérias enviadas ao Brasil no caso de free lancers, desde que os beneficiários sejam pessoas físicas residentes ou domiciliadas no País;
• Remessas para fins educacionais, científicos ou culturais, bem como em pagamento de taxas escolares, taxas de inscrição em congressos, conclaves, seminários ou assemelhados, e taxas de exames de proficiência;
• Remessas para cobertura de gastos com treinamento e competições esportivas no exterior, desde que o remetente seja clube, associação, federação ou confederação esportiva ou, no caso de atleta, que sua participação no evento seja confirmada pela respectiva entidade;
• Remessas por pessoas físicas, residentes e domiciliadas no País, para cobertura de despesas médico-hospitalares com tratamento de saúde, no exterior, do remetente ou de seus dependentes;
• Pagamento de despesas terrestres relacionadas com pacotes turísticos.
- Alíquota zero:
• Receitas de fretes, afretamentos, aluguéis ou arrendamentos de embarcações marítimas ou fluviais ou de aeronaves estrangeiras, feitos por empresas, desde que tenham sido aprovados pelas autoridades competentes, bem como os pagamentos de aluguel de containers, sobrestadia e outros relativos ao uso de serviços de instalações portuárias;
• Comissões pagas por exportadores aos seus agentes no exterior;
• Remessas para o exterior, exclusivamente para pagamento das despesas com promoção, propaganda e pesquisas de mercado de produtos brasileiros, inclusive aluguéis e arrendamentos de estandes e locais para exposições, feiras e conclaves semelhantes, assim como as de instalação e manutenção de escritórios comerciais e de representação, de armazéns, depósitos ou entrepostos;
• Valores correspondentes a operações de cobertura de riscos de variações, no mercado internacional, de taxas de juros, de paridade entre moedas e de preços de mercadorias (hedge);
• Valores correspondentes aos pagamentos de contraprestação de arrendamento mercantil de bens de capital, celebrados com entidades domiciliadas no exterior;
• Comissões e despesas incorridas nas operações de colocação, no exterior, de ações de companhias abertas, domiciliadas no Brasil, desde que aprovadas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários;
• Solicitação, obtenção e manutenção de direitos de propriedade industrial, no exterior;
• Juros decorrentes de empréstimos contraídos no exterior, em países que mantenham acordos tributários com o Brasil, por empresas nacionais, particulares ou oficiais, por prazo igual ou superior a quinze anos, à taxa de juros do mercado credor, com instituições financeiras tributadas em nível inferior ao admitido pelo crédito fiscal nos respectivos acordos tributários;
• Juros, comissões, despesas e descontos decorrentes de colocações no exterior, previamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, de títulos de crédito internacionais, inclusive commercial papers, desde que o prazo médio de amortização corresponda, no mínimo, a 96 meses;
• Juros de desconto, no exterior, de cambiais de exportação e as comissões de banqueiros inerentes a essas cambiais;
• Juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento de exportações.
X - Quais são as taxas?
Cenofisco
: Alíquota de 15%, quando não tiverem tributação específica, inclusive:
• Os ganhos de capital relativos a investimentos em moeda estrangeira;
• Os ganhos de capital auferidos na alienação de bens ou direitos;
• As pensões alimentícias e os pecúlios;
• Os prêmios conquistados em concursos ou competições;
- Alíquota de 25%:
• Os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, e os da prestação de serviços;
• Ressalvadas as hipóteses a que se referem os incisos V, VIII, IX, X e XI do art. 691, do Decreto nº. 3.000/99, os rendimentos decorrentes de qualquer operação, em que o beneficiário seja residente ou domiciliado em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a vinte por cento, a que se refere o art. 245.
X - Qual valor máximo é possível enviar por período (exemplo: mensal) do Brasil para o exterior?
Cenofisco -
A legislação tributária não estabelece qualquer limite neste sentido.
X - As remessas do exterior para o Brasil são tributadas?
Cenofisco -
Sim. Se efetuada, a pessoa física estará sujeita ao carnê leão, cujo pagamento do imposto incidente deverá ser efetuado até o último dia útil do mês seguinte ao do recebimento.
X - Quais as taxas e quais as possibilidades de isenção?
Cenofisco
- Em se tratando de beneficiário Pessoa Física, a tributação se dará pela aplicação de tabela progressiva, cuja alíquota corresponde a 0%, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%, conforme o montante recebido.
X - A Receita Federal estipula valor máximo a ser enviado do exterior para o Brasil por período, exemplo mensal?
Cenofisco
- Não.
X - Qual é a legislação sobre envio de dinheiro do ou para o Brasil?
Cenofisco
- O art. 682 e seguintes do Decreto nº. 3.000/99 tratam de remessa do Brasil para o exterior. Já quanto ao recebimento por pessoa física no Brasil, o art. 106 do mesmo Decreto define a tributação.
X - Há algum planejamento tributário que possa ajudar a reduzir impostos entre aqueles que se preparam para partir ou estão voltando para o Brasil?
Cenofisco
- Qualquer planejamento neste sentido deve observar a real necessidade do contribuinte, pois o pagamento do imposto deverá ser feito sempre por ocasião da remessa ou do recebimento, considerando os respectivos valores.
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Senta que lá vem mais lista...

Olá, X!Sigo matutando na lista de itens e atitudes fundamentais na bagagem de quem cruza a fronteira.
Encontrei mais sete:
- Livros, para você se atualizar e não perder o contato com as formalidades da língua materna.
- MP3,4,5..., porque as músicas preferidas são um santo remédio para a melancolia.
- O telefone de alguma brasileira legal - aquela amiga da amiga - um socorro e tanto no início.
- Estoque de lentes de contato, porque tem país que não vende sem receita.
- Resultados de exames de rotina, para facilitar a sua conversa com o médico.
- Produtos típicos do Brasil, porque - como ensinaram os portugueses - as lembrancinhas abrem caminho.
- Santos, amuletos, patuás, porque fé e proteção suavizam o processo.
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Listas, que expatriada não faz?

Olá, X!Eu amo listas. Elas são minhas amigas. Me ajudam, no mínimo, a lembrar do que esqueci de fazer. Sim, eu checo listas.
Listinhas são úteis, reduzem desperdício de tempo, dinheiro, recursos...
Pensando sobre a minha expatriação, rascunhei uma lista básica com tudo que aprendi ser importante levar do Brasil. São itens e atitudes necessários já no desembarque, porque no meio do processo as coisas se perdem...
São 19 sugestões. Por que 19? Para fugir do óbvio, 10, 100, 1000...
Se tiver alguma dica, fique à vontade para compartilhar!
Então, ao preparar a mudança separe para a mala de mão:
- Disposição, para começar de novo.
- Coragem, para experimentar o novo.
- Desapego, para abrir espaço para o novo.
- Saúde, para aproveitar o potencial que existe no novo.
- Dicionário, para entender, ser entendido e se entender.
- Carteira de motorista, para ter a chance de se perder.
- Mapa, para se encontrar.
- Organização, para se localizar.
- Bom humor, para não perder a piada...que é você.
- Noção, para saber quando dar um tempo.
- Apetite, para engolir - inclusive - alguns sapos.
- Gentileza, para amaciar.
- Paciência, porque dizem que é bom ter.
- Fotos, para matar a saudade.
- Diplomas, porque você nunca sabe o que pode acontecer.
- Remedinhos de homeopatia, para facilitar.
- Alicate de unha, por precaução.
- Pinça, para distrair.
- Aquele trapo de camiseta que você só usa em casa, para confortar.
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Pensa rápido!

Olá, X!
Sabe aquele negócio de que a gente aprende mesmo é na prática? Ok, a experiência é insubstituível, mas pode ser que você não consiga aprender no dia-dia tudo o que precisa sobre a vida lá fora a tempo de explorar e mostrar todo o talento que você possui.
Há algum tempo que cursos de especialização, pós e MBA vêm tentando sanar a questão com uma espécie de mini-intercâmbio. O aluno estuda no Brasil, e passa um período visitando uma instituição estrangeira conveniada.
Apesar do seu esforço financeiro para bancar o estudo, da dedicação de tempo e do empenho emocional, saiba que o mercado está querendo mais que o conhecimento global proporcionado por esses treinamentos. Pelo menos é o que está na edição de hoje no Valor Econômico - reportagem disponível só para assinantes.
Na matéria, a jornalista Soraia Duarte ressalta que “a tendência atual é oferecer cursos que de fato exponham os alunos a outras culturas, promovendo o convívio e a troca de experiências com pares estrangeiros - algo muito além das já conhecidas parcerias com universidades estrangeiras, que se resumem a visitas de uma semana com o grupo de alunos.”
Mas o que me prendeu a atenção foi uma outra novidade, de acordo com a matéria, dos cursos criados para preparar o tal do “profissional global”: buscar respaldo na produção científica, até então limitada ao mundo acadêmico. No texto, o diretor-presidente da Fundação Instituto de Administração (FIA), Claudio Felisoni, argumenta que "as empresas exigem velocidade de resposta, e acredito que uma escola de negócios precisa tirar o indivíduo dessa atividade automatizada, porque só a pesquisa permite repensar os padrões estabelecidos e descobrir ações transformadoras."
Interessante é que quase sempre pesquisa não combina com velocidade, exatamente por isso que a atividade automatizada tem espaço nesse mundo.
Pelo que vejo, resumindo, tão querendo reinventar a roda, ou colocar alguns badulaques nela. Eu sei, eu sei, a capacidade de raciocinar - apesar de humana - é pouco explorada. Claro que ela faz a diferença. Mas ter que fazer curso para lembrar disso? Pior que tem...

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Cinco perguntas e uma boa surpresa! Tailândia.

Olá, X!
Praias lindas, férias dos sonhos. Mas a Tailândia tem sido muito mais que uma opção turística. A falta de profissionais qualificados transformou a região em um importante destino para os expatriados.
O país saiu da recessão, e no fim de outubro o Banco Central de lá elevou a expectativa de crescimento do PIB de 3,3 para 5,3% em 2010.
Um dos maiores exportadores mundiais de arroz, a economia desse país asiático também se apóia na agricultura, além da venda para o exterior de produtos como computadores, sapatos e brinquedos.
O país monárquico, essencialmente budista, tem no Tai o idioma oficial. A moeda é o Baht. No câmbio de hoje Bht 1 vale R$ 0,05.
Quem dá mais detalhes sobre como pode ser a vida dos brasileiros por lá é a Renata, que prefere ser conhecida como uma esposa expatriada.
O marido recebeu o convite para a mudança profissional, a família aceitou. ”Não foi muito difícil decidir, posto que sabíamos que seria uma oportunidade única para todos nós”, diz.
Então em abril empacotaram tudo e partiram.
Outros detalhes da vida deles na Tailândia você confere no blog dela: http://www.umaesposaexpatriada.blogspot.com/
Valeu Renata!
Cinco Perguntas:
X - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
RC - Antes de me mudar, vim (sem as crianças) conhecer o país. Tive uma boa impressão do lugar, pois pareceu muito com uma cidade do interior do Rio de Janeiro: Campos dos Goytacazes, onde, inclusive, minha mãe nasceu. Isso foi muito importante. Nessa ocasião, conheci uma expatriada holandesa que me disse: “traga alguma coisa pessoal, da sua casa, como um quadro, por exemplo”. Bem, não somente trouxe “um quadro”, mas todos os quadros, móveis, enfeites, etc. Isto também foi decisivo para me “sentir em casa” - extensivo à toda minha família.
Como sou muito disciplinada e organizada, logo (em menos de um mês) estava com a casa toda pronta e montada, e, assim, pude começar a “viver o país”.
X - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
RC - Antes de me mudar com meus três filhos para cá, fiquei 45 dias sem meu marido. Nunca tinha ficado tanto tempo sem ele! E tive um tremendo “jetleg”. Se meu casamento suportou isso, pode suportar qualquer coisa! Rsrsrsrsrs!
X - O que faria diferente?
RC - Na verdade acho que nada...
X - Toparia ser expatriada de novo?
RC - Claro! É uma experiência impar à família, que se já era unida, fica ainda mais forte. Posso ainda conhecer novos países, novas regiões, novas culturas e treinar/usar meu inglês! Para as crianças é igualmente rico, e para o meu marido uma super oportunidade profissional!
X - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
RC - Sinceramente? Só se decepciona quem se ilude. Aprendi essa frase quando ainda era uma estagiária... e acredito nisso. Muita gente não compreende meu temperamento neste campo, mas não sou de criar muita expectativa sobre o “novo”. Conto com ele, e vou a luta!
Ademais, desde o começo tinha um “plano” secreto: criar um blog, e consegui! Eu estou amando! Cada dia parece que consigo aprimorá-lo e torná-lo uma revista semanal! Está sendo delicioso cuidar dele. Vocês precisam visitá-lo, toda semana tem novidades: http://www.umaesposaexpatriada.blogspot.com/

A boa surpresa:
Ver que eu tinha razão em relação à criação de meus filhos e de que minha família era realmente feliz e unida! Explico a questão dos filhos: sempre os criei para serem pessoas globais, com mente aberta para o mundo, e eles nada estranharam tantas novidades a que foram impostos!

Do convite à expatriação, o difícil processo de escolha.

Olá, X!
Embora o convite para uma expatriação dê - geralmente - uma bela massageada no ego, ele vem acompanhado de muita dúvida, muita coisa a ser considerada, além da proposta em si.
Como decidir?
Abra espaço para a informação. Vale se aprofundar no pacote de incentivos, pesquisar o destino, escarafunchar a cultura, conversar com quem já foi...
Eu sei, eu sei, tudo isso pode ser muito abstrato. Você pode ter uma tonelada de informações e mesmo assim continuar em dúvida.
Tudo bem que às vezes é possível tomar o caminho do meio. Mas outras vezes você não vai ter como escapar: direita ou esquerda? Para cima ou para baixo?
O fato é que, até se posicionar, você vai ter queimado a cachola, mais precisamente o córtex pré-frontal, a casa da razão, e amígdala, nosso depósito de lembranças emocionais.
Caso não saiba, tem gente pesquisando pra valer maneiras de se chegar a melhor escolha - se é que ela existe - são os especialistas em ciência da decisão. São eles os ouvidos na edição dessa semana da Revista Istoé. A reportagem assinada por João Loes e Suzane G. Frutuoso traça uma espécie de roteiro para quem está na trilha da escolha e estampa como algumas pessoas lidam com as opções.
De acordo com o texto, para acertar na escolha:
- Durma bem. Pesquisas mostram que o sono é o momento em que estamos livres de preconceitos que podem atrapalhar as decisões.
- Controle a impulsividade, que pode embaçar as chances de oportunidade ou potencializar os medos.
- Estabeleça prazos para decidir. A indecisão pode abrir espaço para que outras pessoas acabem escolhendo por você.
- Fique atenta à intuição, mas não se apegue à ela. É que, dizem os especialistas, a intuição é “uma percepção do hoje influenciada pela associação com situações que ocorreram no passado...e nem sempre as coisas acontecem da mesma maneira.”
- Busque conselhos, mas não se esqueça que você tem seu próprio jeito de lidar com as situações.
- Considere seus reais desejos.
- Não se acanhe em escrever as opções que tem. Liste os prós e contras de cada uma. Quanto mais pontos positivos, maior a chance daquela ser a melhor opção.
- Pense sobre as emoções que cada opção provoca.
Lógico que tudo isso dá trabalho. Às vezes parece até bobo. Mas partir, mesmo que por um prazo determinado, vai impactar a sua vida, e da sua família, para sempre. Então é digno e legítimo, pelo menos, tentar acertar.
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Já que a vela foi acesa, vamos rezar!

Olá, X!
Eu sempre amei chuva, trovoada, relâmpago, raio. Mas confesso que depois de Houston esse amor ganhou um friozinho na barriga. Culpa do Ike. Para mim, o furacão que atingiu a região do Golfo do México, em setembro de 2008, não teve cenas de casas e vaca voando pelos ares, apesar de ter havido - sim - muita destruição e, infelizmente, mortes. Ele veio em forma de falta de energia, que resultou em corte no fornecimento de água - porque as bombas pararam de funcionar. Resultou ainda em toque de recolher, por causa do aumento da criminalidade na escuridão. Resultou também em racionamento de combustível, que não tinha como ser produzido nas refinarias.
Tudo isso incomodou mesmo. Mas o que mais atormentou foi perceber a incapacidade do poder público em apontar os responsáveis pela normalização do sistema. A prefeitura dizia que a responsabilidade era do governo do Texas, o governador dizia que era das empresas de fornecimento, os empresários diziam que era de São Pedro, uma vizinha insistia que o culpado era o mordomo! E ouvíamos tudo isso do mp3 a pilha, trancados no banheiro - o lugar mais seguro da casa, diz o esquema de proteção contra furacões.
Então toda vez que chove vem a pergunta, quando será que a luz vai acabar?
Estava ao telefone, com a minha mãe, quando a noite bateu pra valer ontem. Como o telefone é ligado àquela caixinha da internet, ficamos sem linha. Desconfiei de algo estranho, quando - eu, do celular no Rio, descobri que meus pais, em São Paulo, também estavam no breu.
“10 anos depois, seria mais um apagão? Não pode ser”, pensei. “O calor deve estar atrapalhando meu raciocínio lógico”, pensei de novo.
E não é que foi mais um apagão. Parece coisa de filme. Os números do impacto de ontem foram bem parecidos com o de uma década atrás: 60 milhões de pessoas atingidas, em 10 estados, por cerca de quatro horas, a partir de 10 e pouco da noite.
Hoje, antes mesmo de terminar o café já tinha essa lista de culpados: chuva, vento, raio, sabotadores, hackers e...talvez...quem sabe...pode ser...sobrecarga em um sistema que não acompanhou o crescimento da economia.
Ai-ai-ai-ai-ai.
Então o país do olé-na-crise-mundial-sede-da-copa-do-mundo-casa-das-olimpíadas tem mais demanda que oferta?
Ah, não seja exagerada, isso sempre aconteceu por aqui. Sempre teve mais analfabeto que escola, doente que hospital, passageiro que ônibus, morador que casa. Por que não teria mais equipamento que energia?
Outra coisa, às vésperas de 2010, 5 milhões de brasileiros não sabem o que é estar envolvido pelos confortos da energia elétrica, isso pelos cálculos do governo. Sem contar o povo que só tem acesso à base dos gatos. Parece que no mundo, 1.6 bilhão de pessoas não desfrutam das maravilhas de uma tomada ou de um interruptor. Então, não reclame e aprenda com eles. Lampião a gás, forno a lenha, sal, banho rápido, frio, de canequinha...
Eu cínica? Cínico é quem fala que isso já é um reflexo do fim do mundo em 2012!
Mas vamos às dicas práticas. No Texas - região vulnerável aos furacões - existe a indústria de sobrevivência a eles. Pouco antes de maio chegar, quando começa a temporada de furacões - já é possível encontrar kits para enfrentar os reveses desse período. Ele é composto por lanterna, pilhas, uma reserva de água potável e de comida enlatada.
Aqui no Brasil faria uma pequena adaptação do kit: lanterna, pilhas - que sirvam na lanterna - claro, um radinho a pilha também ajuda. Se optar por velas, não se esqueça dos palitos de fósforo. Tenha também uma reserva de paciência e uma boa dose de bom humor, porque afinal, somos um dos povos mais alegres e felizes da galáxia!
Sei que o assunto fugiu um pouco da proposta deste espaço, mas é que o mundo falou disso hoje. E vai que alguém pergunte a você - que pode estar em qualquer lugar do planeta - o que aconteceu...
E se você souber a reposta, diz pra gente, tá?
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Mudar de casa! Como não pirar?

Olá, X!
Ir daqui pra lá, vir de lá pra cá, partir de lá pra longe... Esse vai-e-vem pode ser bem rico. Mas no meio do caminho tem um monte de pertences, de miudezas, de história, de caixas para arrumar.
Dizer que mudar de casa não é fácil é quase tão óbvio quanto apelar à doce e nada mole rapadura.
Mas que organizar uma mudança - ainda mais para outro país - pode ser um processo estressante, cansativo e até traumático - a, isso pode!
Acabo de passar por uma há alguns meses. Acho que foi a mais fácil das 5 que atravessei nos últimos 8 anos. Pelo menos a gente aprende um pouquinho, né...
Acho que a principal lição diz respeito ao desapego. Expatriação e apego definitivamente não combinam. Para expatriado, a memória é a única coisa que dá para guardar de verdade, sem viver a angústia da ameaça da perda.
No que diz respeito a objetos, ter poucos, o essencial - se é que isso é possível - ajuda muito quando chega a hora de empacotar. O interessante é isso que facilita não só o embrulhar, mas tirar as coisas das caixas também fica mais tranquilo. E assim a vida volta ao normal de forma mais rápida.
Acho que a minha vida já voltou ao normal, só ainda não sei definir ainda o que é normal, enfim...
Mas, entendendo que as coisas passaram a ter uma certa organização, me peguei pensando como seria - ou será - a próxima mudança.
Tentei rascunhar um roteiro, talvez ajude também outras pessoas. Só não posso esquecer, na loucura da mudança, que uma vez rascunhei um roteiro...
1 – Trabalhe com o tempo de expatriação. É preciso pensar se o período que você vai passar fora compensa desmanchar uma casa, organizar a mudança e esperar uns dois meses até que as coisas cheguem ao outro pais.
2 – Se decidir fechar a casa e partir só com as roupas, lembre-se de providências como: redirecionar correspondências, cancelar alguns serviços - como TV a cabo, e colocar o pagamento de outros no débito automático. Faça as contas. Compensa deixar o imóvel fechado? Vale a pena alugar para um conhecido?
3 – Se optar por não ficar na casa, mas deixar os móveis no Brasil, você pode vendê-los - saiba que isso exige tempo, ou guardá-los. O Brasil não tem tantos guarda-móveis como os Estados Unidos, mas há empresas que alugam espaços a partir de 1 m3. Uma vez ouvi de uma psicóloga que, mesmo não fazendo a mudança, vale a pena levar alguns objetos que ajudem a matar a saudade, como fotos ou aquele edredon gostosinho.
4 – Se estiver levando a mudança para o exterior, não deixe de pensar no tempo que ficará sem suas coisas. Por isso terá de levar em conta morar por um tempo em um local mobiliado.
Quanto à organização da mudança, geralmente o expatriado conta com o trabalho de empresas especializadas, que acabam fazendo tudo. Mesmo assim, a gente não escapa de ter que colocar a mão na massa. Até porque, quando a mudança chega, vem tudo de uma vez, aí é preciso ter o mínimo de organização para não pirar.
Dê uma olhada nessas dicas de Augusto Campos:
- Antes de encaixotar, reduza! Você certamente tem em casa hoje muitas coisas que nunca mais irá usar ou precisar. Livros que não vai reler nem consultar, revistas, instrumentos, utensílios, roupas e muito mais. A exceção são as toalhas, panos de pratos e lençóis velhos que podem ser usados para embrulhar os itens mais frágeis
- Empacote e encaixote desde cedo: comece assim que estiver firmemente decidido a mudar, ou 10 dias antes da data da mudança.
- Comece pelos itens menos importantes e utilizados. Se for contratar uma empresa de mudanças, deixe para ela todos os itens menos frágeis e menos sensíveis.
- Não empacote antes da hora nenhum item que você ainda vai precisar usar.
- Proteja seus objetos mais frágeis.
- Imediatamente após encher uma caixa, marque o exterior dela de uma forma bem visível com um pincel atômico, indicando o conteúdo e o cômodo de origem. Considere tirar uma foto do conteúdo antes de fechar. E no caso dos itens de valor, não escreva claramente isso na etiqueta da caixa - ao invés de “porta-jóias”, coloque “miudezas”, e assim por diante.
Esse site de uma empresa de mudanças traz outras dicas para quem está partindo. Interessante que o material traz uma espécie de cronograma.
Agora, se você vai fazer o caminho inverso, o da repatriação, seguem outras coisinhas para você pensar.
- Vale a pena trazer a mudança?
- Vale a pena pagar pela mudança?
- Ela vai chegar antes de você conseguir encontrar um lugar para morar?
- Você vai ter um local com estrutura para ficar até suas coisas chegarem?
- Realmente vale a pena comprar para trazer? Será que com o Real fortão assim, a diferença de preço compensa o fato de trazer equipamentos que não terão garantia no Brasil?
- Os equipamentos importados vão funcionar em terras brasileiras? Lembre-se, por exemplo, que o sistema de cor de uma tv americana é diferente do sistema brasileiro...
Nessa página de uma outra empresa de mudança, você consegue ter uma ideia dos procedimentos burocráticos - traduzindo: documentação necessária para trazer suas coisas gringas.
Então, boa sorte e muita paciência!

Destinos sonhados, destinos possíveis.

Olá, X!
Aprender outra língua, conhecer outra cultura, viajar, experimentar, evoluir na carreira, receber em moeda mais forte - se bem que o Real não vai nada mal - dependendo do ponto de vista, claro... A expatriação traz uma enxurrada de expectativas.
Ser transferido para uma potencia econômica e-ou uma referência cultural está na lista de “exigências” de quem segue a estrada da expatriação.
Mas entre o ideal e o possível tem os
BRICs.
Para você não achar que o fulaninho que partiu para as “Oropa” se saiu melhor que você que não conseguiu aquela vaga nos States ou no velho mundo, aí vai uma
pesquisa fresquinha da PricewaterhouseCoopers.
Começando pelo Brasil, o levantamento da assessoria mostra que a cidade de São Paulo - hoje a 10ª. mais rica do mundo - pode ser a 6ª mais rica até 2025. A previsão é de que o Produto Interno Bruto da capital paulista cresça cerca de 4,2% por ano até lá. Assim ficaria na frente de locais como Paris, Osaka e Cidade do México.
Quanto ao Rio de Janeiro, a previsão é de que a cidade maravilhosa suba da 30ª para a 24ª posição na lista das mais ricas.
Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Fortaleza e Salvador tem chances de ficar entre as 150 cidades com mais dinheiro.
As asiáticas Xangai, Pequim e Mumbai também figuram entre as que mais vão enriquecer nos próximos 16 anos.
Já o crescimento do PIB anual de pólos como Nova York, Tóquio, Chicago e Londres não deve ultrapassar os 2%, prevê o estudo.
Mesmo assim, até 2025, se o mundo não acabar, Tóquio, Nova York e Los Angeles vão seguir como as principais ricaças do planeta.
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Expatriação: entre dicas e clicks.

Olá, Coexpat!Conversando por aí, é possível achar dicas valiosas sobre expatriação.
Na coluna Cinco Perguntas e Uma boa Surpresa! tem de tudo. Tem gente que fala que estudaria mais o idioma local, tem quem diga que - antes da partida - terminaria projetos no Brasil. Já ouvi gente dizer que negociaria melhor o pacote de benefícios, que tentaria ser mais aberta à nova cultura, que trabalharia no exterior. Uma amiga aconselha não se desfazer de eletrodomésticos brasileiros, pois - com adaptador de tomada - funcionam perfeitamente em outro país. Além disso, alguns são peça rara. Nos Estados Unidos é missão quase impossível encontrar espremedor de laranja, diz minha amiga.
Tem também o time que jura que não faria nada diferente.
Como meu prazo de expatriação não era lá tão longo, eu tentaria ir com propostas mais definidas, como cursos com data certa para começar, se bem que a busca por opções foi por si só uma grande experiência.
Se vale outra dica, não tenha medo de tomar decisões. Por uma questão didática, não dependa tanto da ajuda de compatriotas, embora o apoio de brasileiros longe de casa seja um alento.
Outra coisa que acho muito útil para quem está longe da terrinha, investir em tecnologia - na máquina e em quem fica em frente a ela.
Já conversamos aqui sobre minha admiração pelo telefone dos Jetsons. Poder ver a pessoa com quem a gente está falando é um alívio e tanto.
Tem também expatriada usando blogs para resolver os dramas, dilemas e sofrimentos que surgem com a expatriação. O tal do diário virtual ajuda a dividir o peso dessa vivência e a compartilhar experiências.
Então, por que não - em meio às malas, mudança de casa e burocracia - pesquisar um equipamento que dê conta das suas necessidades e investir em um cursinho rápido para se familiarizar com a linguagem digital?
Quem sabe não está aí a chave para uma super porta.
Isso me faz lembrar das interessantes coisas que ouvi no Simpósio sobre Jornalismo Digital, na universidade do Texas, e das pessoas totalmente envolvidas pelo ambiente "internético".
O responsável pela cadeira na universidade, o professor brasileiros Rosental Calmon Alves, esteve no Brasil mês passado e frisou a importância de a gente se preparar para trilhar esse tal caminho sem volta que é a era virtual.
Porque, resumindo, é cada um em um canto, mas todo mundo bem pertinho...e - como a gente viu outro dia - de repente você vira uma expatriada mesmo sem deixar o Brasil...

Carmem Galbes
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Expatriação na estante. Expatriados.com

Olá, X!
O aprendizado com a experiência é indiscutível, mas - às vezes - um mapinha é providencial.
Por isso, puxe uma cadeira e fique à vontade. O momento é de conversar com gente que pesquisa e escreve sobre expatriação. Essa é a proposta desse novo ambiente aqui no Expatriadas.
Fique à vontade também para indicar bate-papo com especialistas e lançamento de livros sobre o tema. O canal é o expatriadas@hotmail.com
O espaço hoje é de Andrea Sebben, que acaba de mandar para as prateleiras o Expatriados.com, da editora Artes e Ofícios.
Ela, outros pesquisadores e, claro, os expatriados tratam do sobe-desce dessa experiência: família, adaptação cultural, carreira e por aí vai...
X - O Expatriados.com é uma compilação de ideias de diferentes especialistas no assunto, quais os temas abordados no livro?
AS - A ideia foi trazer referências na área para falar como é a Política de Expatriação dentro das empresas, por isso a participação da Odebrecht, Bosch, Alstom, Maerks, entre outras.
Do mesmo modo, alguns expatriados ilustraram o livro contando como é estar lá fora. Os estrangeiros contam como é viver aqui no Brasil.
Tive o cuidado de ver as diferentes facetas disso: esposas que acompanharam, noivas que ficaram, maridos que largaram tudo para dar suporte às suas esposas.
X - O livro é direcionado aos profissionais da área, ou também ajuda quem está se preparando para essa experiência?
AS - Ambos. Quem trabalha na área vai entrar em contato com conceitos novos que venho introduzindo ao mercado: Treinamento Intercultural - baseado em Ciências Interculturais, os RHI´s - Recursos Humanos Interculturais - com o perfil dos profissionais que ali atuam, quais seus objetivos, enfim, uma reflexão bem séria sobre esses RHI´s que se multiplicam em nosso país.
Para quem vai ser expatriado, o livro traz relatos bem-humorados sobre o dia-dia de quem já cruzou as fronteiras. A ideia foi produzir uma obra bem completa.
X - Você tem vários livros publicados sobre expatriação, quais as novidades do Expatriados.com?
AS - A novidade é o aporte científico que trago, já que nunca fui de trazer autores ou abrir discussões acadêmicas sobre o tema. O relato de expatriados legitima a teoria.
O caminho da prática à teoria é, aliás, um diferencial muito importante na minha carreira. Frequentemente as pessoas vão à teoria nas Universidade e depois partem para a prática. Comigo o destino fez o inverso: tive experiências riquíssimas na Itália, na Espanha, na Bélgica e nos Estados Unidos e a partir delas fui em busca da teoria. Sei que isso dá um aporte fantástico tanto para quem ensina, como para quem aprende. E no expatriados.com tentei seguir a mesma linha.
X - A crise - que dizem já estar no caminho da superação - mudou os desafios da expatriação?
AS - Não creio nisso. Do ponto de vista da Educação e da Psicologia Interculturais a expatriação é um fenômeno complexo e profundamente intimista. Nada vai mudá-lo, pois ele é vivenciado dentro do sujeito. Agora, se estiveres falando dos processos, dos pacotes de benefícios, dos países de destino, eu diria que houve, sim, uma diminuição importante nos projetos de expatriação. Estávamos numa crescente até o ano passado e, este ano, percebe-se claramente o mercado mais cuidadoso.
X - Qual o balanço que você faz de 2009 para os expatriados?
AS - Meu balanço é otimista em todos os sentidos. Na área do treinamento Intercultural, por exemplo, até dois ou três anos atrás tínhamos uma ou duas empresas no país envolvidas nessa área - era quase um monopólio. Hoje já temos mais de dez. Certamente tem gente não qualificada buscando oportunidade nesse novo mercado, mas também há pessoas se preparando seriamente para poder atendê-lo.
Além disso, o debate sobre o tema vem ganhando espaço, já que a literatura sobre expatriação se intensifica e os eventos se multiplicam.
X- Quais as expectativas para os expatriados em 2010?
AS - O mercado está se reaquecendo e creio que 2010 será um ano fantástico com novas surpresas e um avanço importante em qualidade. De nossa parte, por exemplo, teremos um grande evento a ser lançado no início do ano reunindo nossos experts do Expatriados.com.
X – Um recado...
AS - Agradeço a oportunidade da nossa conversa. Fico ao inteiro dispor para quem quiser seguir nessa conversa. Um beijo afetuoso a todos! http://www.andreasebben.com.br/

Cinco Perguntas e uma boa surpresa! Emirados Árabes.

Olá, X!
O Expatriadas desembarca hoje nos Emirados Árabes Unidos.
Considerado um dos berços da humanidade, esse país asiático está entre aqueles em que Islã e petróleo de misturam.
Independente da Inglaterra desde 1971, o território é dividido em sete emirados, cada um governado por um Xeque. A cada 5 anos o conselho de emires - os descendentes de Maomé - se reúne para escolher entre eles os próximos presidente e vice-presidente.
Como consta na página do consulado, atualmente o chefe de Estado é o presidente Sua Alteza Xeque Khalifa Bin Zayed Al-Nahyan e o chefe de governo: primeiro-ministro Sua Alteza Xeque Mohammed L Rashid L Maktum.
O idioma oficial é o árabe e a moeda é o Dirham, que neste momento vale R$0,48.
Metade dos 4,4 milhões de habitantes é estrangeira. Por isso o inglês predomina. Por isso a maior abertura cultural.
Quem traz mais detalhes sobre a região é Solange Barros Piñeiro, que vive em Dubai.
Ela deixou o Rio de Janeiro há quase 4 anos para acompanhar o marido, piloto de avião.
Solange diz que a ideia é ficar por lá por mais uns 9 anos, “conta feita pelo marido para conseguir reservas pessoais e se aposentar.”
Solange é corretora de imóveis, mas se define como uma mulher de negócios em geral. “Aparece uma oportunidade eu desenvolvo e sigo fechando negócios.” Ela atua como guia turístico exclusivamente para brasileiros, “apenas para a família ou grupo de amigos”, diz.
Então vamos aproveitar esse atendimento vip para conhecer um pouquinho dos costumes da região. Obrigada Solange! Outros detalhes aqui, no blog dela.

Cinco Perguntas:

X - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
SP - Isso nunca aconteceu!!!
X - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
SP - Vender minhas coisas pessoais. Deixar um filho de 29 anos no Brasil, isto é, dividir a família ao meio porque veio comigo o filho de 11 anos na época. Hoje ele tem 14 anos e o do Brasil está casado e me deu um neto, que hoje tem um ano.
X - O que faria diferente?
SP - Terminaria minha faculdade de direito, porque faltava apenas um ano. Em paralelo, faria um intensivo em inglês.
X - Toparia ser expatriada de novo?
SP - Sim. No Brasil não tem campo de trabalho saudável para a profissão do meu marido, piloto da Emirates Air Line.
X - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
SP - A que se concretizou foi o filho de 11, hoje com 14, ter fluência em Inglês.
A que virou pó foi eu achar que também teria essa fluência. Ilusão! Estou cercada de brasileiros. Aqui os locais não se dedicam aos estrangeiros, e os estrangeiros estão cuidando da própria sobrevivência e sem tempo de criar novos laços. Aqui todos estão de passagem, ninguém veio para se estabelecer e morar para sempre.

A boa surpresa:
Conseguir trabalhar sem dominar o inglês, idioma predominante - já que todos são estrangeiros de algum lugar do planeta.

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...