Coexpatriad@: quando é preciso um neologismo para explicar a importância de quem acompanha o profissional.

Olá, Coexpat!
Já falei aqui sobre as diferenças de conotação entre termos que deveriam dizer a mesma coisa: expatriado e imigrante.
No dicionário Aurélio, expatriado é aquele que reside fora de sua pátria. Mas no "corporativês", sabemos que expatriado é o funcionário "promovido", que vai assumir responsabilidades em outro lugar. Então se expatriado é o "cara", quem segura a barra é o que?
Querem um nome? 
Ok. Quem acompanha é uma Coexpatriad@! 
Como assim? Tem no dicionário? Não e eu vou explicar porque criei esse termo de 2015 para 2016, período em que já estava farta de ver um estado civil reduzir o importantíssimo papel de quem acompanha um profissional transferido.
Coexpatriad@ com @ no final por uma economia na comunicação, para englobar esposas e maridos expatriad@s. Embora o uso do "@" para incluir todos os gêneros ainda não seja reconhecido pela norma culta, já é bem usado e entendido na comunicação informal. Carimbei o prefixo CO no começo porque ele sugere duas possibilidades: companheirismo ou subordinação, aí é que o negócio pega!
Você e só você poderá decidir qual será o significado do Co no seu coexpatriad@: o de alguém que - apesar de ter deixado muita coisa de lado em nome da carreira de outra pessoa - está reescrevendo a própria história? Ou você é @ coexpatriad@ que acabou se escondendo nos bastidores porque não teve apoio ou coragem de seguir em frente e fazer o que precisava ser feito para tomar as rédeas da situação? Que tom você está assumindo nessa transferência?
Claro que eu sei que não é fácil. Passei e passo pela situação de equilibrar mil pratos "longe de casa" em nome da carreira do meu marido para manter a saúde física, mental e espiritual de toda a família. Os sentimentos são tão confusos...sucesso, saudade, novidade, perda de identidade que fica muito difícil explicar para gente mesma - imagine para os outros - quem, afinal, somos? Qual é o nosso papel, a nossa importância em uma expatriação? 
O que tenho certeza "absolutássima" é que não somos somente o "cônjuge de expatriado", termo que - infelizmente - ficou carregado de preconceito. Somos mais do que a pessoa que casou com @ profissional que trabalha ali, somos a ponte entre a família e a cultura, @ funcionári@ expatriad@ e seu sucesso na empresa, o "elemento" que vai definir se vai ou não haver adaptação à uma nova cultura, a um novo modo de vida, se a adaptação será traumática ou não.
Não canso de falar sobre esses números: uma em cada quatro expatriações fracassam. Das que fracassam, oito em cada dez não deram certo por motivos pessoais do funcionário e sua família.
Então, se a palavra tem poder, que a gente crie palavras para definir nossa condição da maneira mais poderosa possível. E é nosso papel de Coexpatriad@ aceitar e tomar posse  da nossa importância e difundir esse conceito.
Acredito muito nesse empoderamento pela união de forças. Se você também acredita que junt@s podemos mais,  vem para o grupo Coexpatriad@s no Facebook.
O Coexpatriad@s tem por objetivo ser um porto seguro e sem julgamentos, criado com todo o carinho para um público pouco compreendido, e que já cansou de ouvir: "Está reclamando de que? Isso é frescura! Que vida fácil!" e por ai vai.
Seja bem-vind@!
Para fazer parte, clique aqui: Coexpatriad@s 

Carmem Galbes

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