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Expatriado, saiba o que fazer em casos de confusão, conflito, guerra...

Olá, Coexpat! 
Você, sua família, sua casa, sua rotina e - de repente - puf: parece que todo mundo ficou louco. É só gritaria, violência, saques, ameaças... E tudo parece tão cheio de poeira, de fumaça...E você tão longe de casa...
Tudo bem, exagerei. A gente sabe que as coisas não acontecem de estalo. Quem é conectado percebe a evolução da tensão, até que o conflito explode!
Aí, o que fazer?
Esperar ou agir?
Ficar ou partir?
Como somos um povo que acha que traz má sorte pensar no pior - quando o pior acontece - ficamos, na melhor das hipóteses, rezando-em-um-quarto-de-hotel-esperando-o-próximo-voo. Tem empresa que investe em gerenciamento de risco e tem pronto todo um esquema para socorrer seus expatriados, seja em terremoto, furacão, revolução, golpe de estado.
Mas quando a gente está longe da nossa terra firme, é muita viagem confiar que vai ter sempre alguém pra cuidar de tudo.
Então sempre tenha pronto o seu plano de ação!
O que levo na minha bagagem é o que guardei da experiência de enfrentar um furacão.
1 - Ao chegar ao novo endereço, informe o consulado brasileiro que você está vivendo no país.
2 - Tenha em alguns lugares: agenda do celular, anotado em papel dentro da carteira, na porta da geladeira os telefones de emergência da embaixada brasileira.
3 - Reúna em uma pasta todos os documentos e o que mais você considerar ultra-mega importante.
4 - Se você acha que o ambiente está estranho, deixe uma mochila pronta. Pense na pasta com os documentos, em roupa, remédio, dinheiro local e dólar, carregador de celular, água, comida. Um mp3 à pilha pode ser sua salvação. Quando não havia mais energia, nem bateria de celular, nem de tablet, foi o famoso radinho à pilha que nos manteve informados na noite do furacão.
5 - Defina com a sua família o ponto limite. Quanto vocês estão dispostos a aguentar até decidir partir para o aeroporto?
6 - Tente avisar alguém no Brasil sobre seus próximos passos.
No mais é respirar e tentar manter a calma.
Se você tiver outras dicas de segurança para expatriado, divida com a gente!

Carmem Galbes

Foto: Chris Hondros/Getty Images

Tailândia, do conflito à vontade de voltar...

Olá, Coexpat!
Meu trabalho, que eu amo, é ajudar a esposda do profissional transferido a ter uma realização pessoal em um mudança de vida provocada por outra pessoa.
Mas, vez ou outra, uma Coexpat ou uma candidata a, entra em contato para trocar ideias sobre temas bem complicados: quais benefícios negociar, que remuneração pedir, que tempo acordar no processo de transferência.
Ainda é muito difícil chegar a um ponto em comum - principalmente no Brasil - porque as empresas ainda estão estruturando departamento e política de expatriação.
Eu sei, você anda suando de tanto garimpar informação desse tipo. Se ajudar, a última edição da
newsletter da Mercer consultoria traz um ponto interessante: em que moeda receber o salário.
O texto fala sobre as dores e delícias de três cenários: receber na moeda do local para onde se está sendo expatriado, receber na moeda do país de origem ou ter uma remuneração mista.
Aí é avaliar o que é melhor para você e sua poupança e ver se a sua empresa concorda.
Tem que ver, ainda, se vale a pena alguns custos - como o de se estar, por exemplo, em uma zona com nervos expostos.
Isso mesmo, falo da Tailândia. Conflito armado entre governo e oposição civil, mortos e feridos, toque de recolher e muita apreensão entre a sociedade civil - ou melhor - povão mesmo, gente como a gente! O governo diz que já está tudo "dominado" novamente.
É aquela história de questionar a legitimidade da turma não eleita por voto direto. Mas o espaço aqui é para os brasileiros que estão tendo que enfrentar tudo isso.
A Embaixada Brasileira no país está atendendo as emergências nos seguintes telefones:
- (02) 679 8567 / 679 8568 / 285 6080 - ligando de fora da Tailândia, eliminar o zero inicial e acrescentar o prefixo 66.
- O telefone do Plantão Consular é 081-906 4238.
- De fora da Tailândia: +66-81-906 4238.

Quem dá uma ideia da situação por lá é a Renata, que vive com marido e três filhos em uma província próxima à capital Bangkok.

Leve - O que mudou na vida de vocês desde o início de toda essa confusão?
Renata - Na minha vida e na da minha família - por enquanto - nada mudou. Mas estamos atentos! Meu marido tem reuniões diárias no trabalho acerca dos conflitos dos oposicionistas “camisas vermelhas”, em Bangkok.

Leve- Vocês estão conseguindo levar uma vida normal? Conseguem trabalhar, ir à escola, ao supermercado?

Renata - Meu marido continua a trabalhar. Eu e as crianças também estamos indo à escola e à ginástica. Ao mercado vou rapidinho... Como não estamos na capital Bangkok, ficamos há uma hora e 45 minutos de lá, ainda estamos um pouco mais protegidos. Mas, por exemplo, os bancos não estão abrindo. Desde que o governo determinou toque de recolher, não podemos sair das 9 da noite às 5 da manhã. Também começamos a evitar shoppings centers. Sabe o shopping Central queimado quarta-feira em Bangkok? Então, tem um igualzinho aqui em Pattaya, onde moramos! E eu vou, ou ia, todo dia lá!

Leve- Receberam alguma orientação do consulado brasileiro?
Renata  - Sim. Aliás, a Embaixada está fechada! O Consulado enviou um e-mail a todos os brasileiros residentes na Tailândia. Desde então, estou colocando posts atualizados sobre o caso, e preparamos um vídeo sobre o assunto.

Leve - A empresa onde seu marido trabalha deu alguma orientação?
Renata  - Sim, muitas. Eles prepararam já o plano B, C e D!!! Estão dando total apoio e condições de segurança aos expatriados que ali trabalham.

Leve - Vocês se sentem em perigo?
Renata  - Não muito. Mas estou deixando malas prontas, passaporte na mão, essas coisas.

Leve - Podem voltar ao Brasil por causa dos conflitos?
Renata  - Sim, com certeza! Estamos com passagem marcada para Julho, mas tudo pode acontecer e podemos antecipar nossa chegada por aí!

Leve- O que mais tem chamado sua atenção nesses dias?
Renata  - O fato de que o Tailandês é realmente um povo calmo, tranquilo, apaziguador, sereno e nada do que está acontecendo combina com isso.

Leve - Gostaria de acrescentar algo?
Renata  - Gostaria de dizer a todos os amigos e amigas expatriados que estão em Bangkok e precisam de apoio ou ajuda, que estamos à disposição em Pattaya, que - por enquanto - está tranquila!
Aos parentes e amigos, peço que fiquem tranquilos.
Aos leitores do Blog da Leve, convido-os a ler o meu Blog e a conhecer o de uma amiga querida, que se diz refugiada, pois morava em Bangkok e teve que sair por conta dos confrontos! O site dela é: http://travessias.wordpress.com/
Meu abraço a todos, e a você Carmem, um beijo especial e um agradecimento público pela preocupação e envolvimento demonstrados. Espero que o nosso próximo post possa trazer boas notícias!

Carmem Galbes
Foto: AP

Desastre cá e lá.

Olá Coexpat!
Segunda-feira. Depois de 10 minutos voando em circulo, porque o mau tempo havia fechado o aeroporto, desembarcamos no Santos Dumond.
Sucesso total na primeira viagem aérea do nosso filhote!
Eram 5 e meia da tarde. A chuva - ainda fina - motivou a conversa com o taxista.
Meu marido: "E aí, muita chuva nesse fim de semana?"
O taxista: "Pra mim, choveu pouco!"
A frase, proferida palavra por palavra, sem rodeios, soou como uma praga daquele taxista sombrio. PARA-MIM-CHOVEU-POUCO. POUCO. POUCO. POUCO...Com o maldito eco na cabela, fiquei pensando se aquele ser sabia de algo ou se era só mau humor mesmo.
Tanto faz...O fato é que assim que botamos o pé em casa, o mundo começou a cair no Rio.
Esse é o segundo desastre natural que eu e minha família enfrentamos em menos de dois anos. Um no chamado primeiro mundo e outro aqui, que dizem ser um país em desenvolvimento.
Em Houston encaramos um furacão, que arrastou bens e vidas. Aqui no Rio, a chuva congestionou, afogou, soterrou casas, enterrou pessoas vivas.
Como tem muita gente usando a tragédia para angariar audiência e voto, decidi rebobinar a cachola e comparar.
E comparando, não tem como não dizer que desastre é desastre em qualquer lugar do planeta, e que, no fundo no fundo, cobranças, jogo de empurra de responsabilidades, confusão e amadorismo ao lidar com o risco são comuns, independente da bandeira.

- O estrago: passado o primeiro susto, o que mais se ouve é que a coisa poderia ter sido menos grave. Isso é dito em qualquer ambiente que tenha governo e oposição, não importa o pib.
Em todo lugar o estrago sempre poderia ter sido menor se houvesse mais humanidade, menos ambição entre quem lida com a verba pública, isso em todo canto do planeta!

- O prejuízo: pobre é pobre. O que significa dizer que essa gente é mal tratada e ponto, que quando perde as coisas em tragédias assim, perde tudo. Se tem pobre, tem área de risco, não importa em que hemisfério. Se tem pobre, tem resistência em deixar a casa em risco. Saqueador não tem endereço fixo! Se tem pobre, geralmente, tem muitas mortes, muita história triste, muitas lágrimas, muito nó na garganta, muito desespero. Tem absurdo. Tem favela em cima de lixão. É lixo embaixo e em cima de gente. Gente que vira resíduo...

- A segurança: em dias assim tem muito bandido pra pouca polícia. Em Houston o prefeito decretou toque de recolher à noite. Aqui traficante é que tem essa autoridade. Se bem que muita gente acatou o apelo do prefeito do Rio para não sair de casa. O povo atendeu morrendo de medo de perder o emprego, mas atendeu...Azar de quem ficou preso no trânsito, isca fácil até para pivetes sem experiência.

- A prevenção: estão descendo a boca na previsão meteorológica feita no Brasil. Adianta falar que vai ter uma mega chuva se ninguém acredita no pior? Aliás, essa é a principal diferença que percebo entre as catástrofes: como elas são comunicadas.
Nenhum órgão público do Rio disponibilizou algum tipo de informação pré ou pós enchente em site, blog, twitter...
Nenhum canal de tv disse que a coisa ia ficar feia, mas todas as emissoras correram para mostrar a feiura...
Essa é a diferença. Em Hounston, o furacão estava previsto para chegar à noite. À tarde, as tvs, rádios, sites já estavam com programação exclusiva para informar e, assim, orientar e tentar previnir maiores danos. Mas a gente tem certeza que Deus é compatriota e que essa terra é boa demais porque não tem nevasca, terremoto...bla blá blá...
Mas a informação de alguma forma chega...a conta do twitter criada para dedurar blitz da lei seca, por exemplo, divulgava pontos alagados e congestionados. É aquela história de a marginalidade fazer o papel do estado.

- A solidariedade: em dias assim aparece sempre, independente do idioma. Acho que até ET entende o tal do SOS.
E se você puder doar, segue link com os postos de arrecadação: projeto enchentes.
Enfim, desastre natural é uma tristeza, nem mais, nem menos que aqui ou lá longe.
Carmem Galbes

Entre terremotos e imposto de renda.

Olá, Coexpat!

Dizem que dá azar pensar no pior. Que atrai desgraça! Será? Será mesmo que o fato de um prédio ter uma rota de fuga atrai terremoto? Será que uma reserva de água potável e comida enlatada provoca furacão? Desde quando sair com guarda-chuva traz tempestade e levar a blusa chama o frio? 

Depois do Haiti e Chile, a precaução não parece ser um quadro tão neorótico como alguns adoram pintar . Mas é só depois que a terra treme, afunda, inunda que fica a pergunta," mas por que eu não fiz isso antes?"Enfim, também não dá para passar a temporada no exterior tentando se esquivar de todos os riscos. Mas só para garantir, vai que...a dica é deixar bem claro onde você está, como pode ser contatado e onde encontrar seus parentes no Brasil.
Um caminho para isso é a matrícula consular. O registro é de graça. Cada consulado tem seu procedimento, por isso consulte a página do consulado da região onde você está. Mais informações aqui.
Agora se você quer mesmo que o mundo te esqueça, bico fechado...cada um é cada um, né?
Você só não vai conseguir se livrar é do leão.Toda temporada de caça é a mesma coisa, expatriados com muitas dúvidas.
A receita federal  disponibiliza alguns canais para as questões de quem está longe.
- Email: residente.exterior@receita.fazenda.gov.br
- Telefones: 0055 61 3412 4100 / 4116 / 4119- Fax: 005561 3412 4141


Pelo que acompanho, a maioria quer saber mesmo quão dolorosa vai ser a mordida sobre o patrimônio acumulado no exterior.
O consultor Lázaro Rosa da Silva, do Cenofisco - Centro de Orientação Fiscal, é quem nos ajuda com essa angustiante dúvida.


Leve- O que acontece com os bens e a riqueza acumulados no exterior? É preciso recolher imposto sobre esse patrimônio?
Cenofisco - Os bens e riquezas acumulados no exterior deverão ser informados na declaração de bens. Para evitar variação patrimonial negativa o mesmo valor deverá ser informado na ficha "Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis". Neste caso não é necessário recolher imposto de renda.


Leve - Mesmo depois de entregar a declaração de saída definitiva., quando voltar a viver no Brasil, o repatriado passa a ser residente automaticamente? Quando deve voltar a entregar a declaração de IR normalmente?
Cenofisco - Sim, o brasileiro que adquiriu a condição de não-residente no Brasil e retorne ao País com ânimo definitivo, na data da chegada, é considerado como residente. A partir desse momento estará obrigado à apresentação da Declaração de Ajuste Anual de acordo com as regras estabelecidas pelo fisco Federal.
Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...