Feliz dia de hoje! Porque expatriado vive um dia de cada vez!

Olá, Coexpat!
Um texto das antigas...estava escondido nos arquivos do blog...há dez anos...direto do túnel do tempo...
Quando eu era criança, aprendi que 6 de janeiro, além de ser dia de Reis, é data para desmontar árvore e recolher enfeites de natal. Todo ano era assim. Depois de festa, presente e visita, vinha o desmontar da cena natalina. Era um momento simbólico até. Uma nova fase começava. A sala voltava ao normal. As bolas voltavam para a caixa, os bonecos entravam em um sono de um ano, a árvore, se natural, iria se decompor ou ressuscitar por aí ou, caso imortal, voltava para o maleiro.
Aí cresci. Mudei, mudei, mudei, mudei. Tentei criar essa rotina de investir em um cenário de natal em casa. Mas nem sempre conseguia montar na data que aprendi ser a correta - 1 de dezembro - nem desmontava no dia certo. Isso me deixava culpada, em desacordo com o ritual. Esse ano não teve nem enfeite de porta, que ficaram empacotados no Brasil. Nem por isso deixei de prestar atenção nas decorações por aí.
Interessante que aqui nos Estados Unidos ainda tem muita casa brilhando de longe, muita guirlanda na porta. Fico fantasiando. Imaginando se os moradores ainda estão viajando. Me pergunto se esqueceram, se estão muito ocupados, se não ligam...
Engraçado disso tudo é ver como o velho chega rápido. 
Até outro dia, esses produtos cintilavam nas prateleiras e pesavam no bolso. Agora são tralha com um baita desconto.
Ok, sei que enfeite de natal, como acontece todo ano e há pelo menos 2 mil anos - tem data para entrar e sair de cena. Mas com esse negócio de excesso de produção chinesa sobra muita coisa. Aí os enfeites ficam presentes na vida da gente ainda por um bom tempo, nem que seja jogados numa cesta qualquer.
Fiquei tentada a levar um desses pra casa. 75% de desconto!
Dizem que a lógica de quem sabe ganhar dinheiro é comprar na baixa e vender na alta.
Mas, não tem jeito, se é difícil - em pleno 40 graus - comprar agasalho pensando no frio que pode vir laaaaá longe, imagine enfeite de natal depois do ano novo!
Além do mais é muito tempo pra frente e foi isso que me fez parar. 300 dias e tralalá. É muito tempo. Não levei. Mas a pausa diante do bacião foi boa. Me trouxe de volta para o agora. Espero mesmo que seu ano todo seja bom. Mas que tal a gente ir por partes?
Que você tenha um lindo dia! E isso já é ótimo!!

Carmem Galbes

Expatriação e a importância de cuidar das nossas bases.

Olá, Coexpat!
Amo meus pés! 
Com eles ando, paro e não caio, corro, pulo, tropeço...
Cuidar dos pés é simbólico, é cuidar das bases.
Teve uma fase em que eu torcia muito meus pés. Foi preciso muito estudo e auto-observação para descobrir que as torções queriam me mostrar que eu estava indo por um caminho que não tinha nada a ver comigo...
Ao olhar para os meus pés, para a minha base, me reorientei.
Que tal usar essa mudança de endereço para cuidar dos seus pés, para fazer as pazes com a sua base?
Às vezes essa expatriação, essa transferência é a torção que faltava para você olhar para os rumos que você tem tomado...
Estar longe de casa, em outra cidade ou país, em nome do desenvolvimento da carreira de outra pessoa não é nada fácil! Exige coragem, mas pode ser a grande oportunidade para testar caminhos, e - por que não - desbravar outros?
Que essa sua vida expatriada, que sua vida de "cônjuge expatriad@" fortaleça suas bases e alargue seus horizontes!
Bora então cuidar com carinho do que nos faz seguir adiante!
Em tempo... 20 minutos depois, pés macios e relaxados!

Carmem Galbes

Expatriação e turning point, como tirar o melhor dessa virada.

Olá, Coexpat!
Pontos de virada na minha vida.
O primeiro foi aos 14 anos, quando senti uma coisa tão ruim que nem tinha nome. Elaborei essa fase usando a ferramenta disponível na época - fé em Deus. Foi uma única oração e o céu ficou de novo azul.
Outra virada foi aos 34, quando meu marido foi expatriado, de quebra, eu também! No EUA, demolição de conceitos! Isso me levou, por exemplo, a lidar com a maternidade de uma forma que eu jamais tinha imaginado e que eu amo!
Outro turning point foi aos 38, em mais uma transferência do maridão, agora para o Recife. Lá, em nome da saúde física e mental, fiz as pazes com os meus valores e abri caminho para a atual virada: alinhamento total com a espiritualidade.
Daí estão evoluindo mudanças incríveis, mas algumas bem difíceis, caso da vida financeira, por exemplo. Como investir em um fundo que eu não sei se meu dinheiro está ajudando a patrocinar uma guerra, um câncer  ou mais fome? Alô corretoras!!
Na vida profissional, o "Incluir. Agregar. Somar." veio forte. Já não posso mais lidar apenas com a "esposa expatriada", como fiz nos últimos 10 anos. O "marido que acompanha" também precisa de um olhar. Isso está exigindo uma reformulaçao total, e a toque de caixa, de toda comunicação e tecnica do meu trabalho. Mas isso é assunto para um outro post.
A experiência já me mostrou que as viradas são compulsórias, saudáveis e doem menos quando surfo com e não contra a onda. Interessante que,comigo, elas costumam vir em meio às mudanças de endereço...
Então, bora deixar virar. Bora deixar mudar!
E você, qual foi sua última virada, como você cresceu e o que aprendeu com ela?
Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...