Mobilidade profissional é coisa pra gente grande.
A transferência é um processo que só vinga no mundo das pessoas que sabem que na vida não dá pra ter tudo. A mudança só será um sucesso entre as pessoas que sabem que vão ter que escolher, que vão ter que abrir mão de algumas coisas para alcançar outras.
O drama - sim, porque somos adultas, mas amamos um drama - é que as escolhas mais drásticas acabam recaindo sobre a coexpatriada.
O drama - olha ele aí de novo - é que ainda é a mulher- 8 em cada 10 casos - que deixa trabalho, carreira, colegas etc e tals para seguir o maridão - o titular do convite para a transferência.
É...a conversa sobre esse lance de deixar tudo de lado para seguir os projetos do outro não é fácil, mas ela tem que existir.
Não dá pra partir nessa viagem sem esclarecer direitinho como vai ser esse negócio de pausa na carreira, período sabático, férias longas ou chame lá do que quiser.
Além de conversar muuuuito sobre o tema, interessante também é traçar um plano antes de partir.
Ok, você vai deixar o trabalho, mas vai fazer o que lá longe? Descansar, estudar, trabalhar em uma coisa completamente diferente, voluntariar, dar mais atenção aos filhos, mais atenção a você? Possibilidades não faltam!
E como vai ser na volta? A quem você vai recorrer, como você vai se recolocar no mercado?
De qualquer forma essa experiência vai te mudar pra sempre e, talvez, você não queira mais a vida pré-expatriação.
Bom, tem sempre alguém tentando emplacar uma receita. Mas receita mesmo - aquela do tipo faça isso que aquilo dará certo - não tem, porque cada casal, cada família tem seus acordos, ambições e crenças....enfim...
Mas e se você se pegou nessa angústia - nisso de ver seus planos de escanteio - já no meio da expatriação, e está aí cheia de crise, no maior climão em casa?
Aí...bom...aí...senta e conversa com o amor e tenta resolver. Esse é um trabalho que não dá pra transferir. Não dá pra terceirizar. Vocês embarcaram juntos nessa, e para a casa não cair os dois vão ter que bater laje!
Vai ser cansativo, dolorido, vai ter dedo apontando, vai ter choro e ranger de dentes...
O trabalho é pesado, afinal de contas mexeram com a sua carreira, tocaram na sua vaidade, nas suas referências, na sua fonte de energia e conexão com o mundo!
Ok, tudo bem, concordo que nada garante que vocês vão sair juntos dessa tentativa de botar os pingos no is, mas há grandes chances de - pelo menos - vocês saírem mais maduros desse processo. Ajuda?
Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br
Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes