Expatriação e divórcio.


Olá, Coexpat!

Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Número é ótimo para causar espanto, mas nem sempre faz a gente calçar os sapatos da outra pessoa.

Então prefiro os “causos”.

Era uma vez uma mulher que me escreveu – na época vivendo na Noruega com o marido – relatando alguns dramas da coexpatriação, entre eles o de ter manchado a camisa do “home” em uma das lavagens. Justo ela que só queria fazer o melhor nessa nova situação: coexpatriada e do lar. Tempos depois, após nova troca de e-mails, ela me contou que tinha parado de manchar as camisas. Eles tinham se separado.

Era uma vez uma família que veio passar as festas de fim de ano no Brasil. Em um telefonema, a coexpatriada confidencia para uma amiga que estava voltando para o país de expatriação apenas para organizar a mudança. Repatriação adiantada? Promoção? Novo emprego? Não...O casal estava se separando.

Tempos atrás, torcendo para que fosse mais um “era uma vez...” chega a notícia do suicídio de uma coexpatriada, mãe de três crianças. Dizem que ela sofria de depressão, mas o fato é que ela estava em meio à uma expatriação...e a um divórcio.

Setembro de 2019 (bem antes da quarentena),  pouco mais de um ano morando novamente no Rio, a quinta mudança em 11 anos, chega a minha vez de virar “causo”. Era o meu casamento, uma união de 25 anos, que chegava ao fim.  E com ele também o fim de muita coisa em que eu acreditava, entre elas, que era possível levar expatriação e casamento sem um baita apoio profissional para que o casal supere unido os pesados desafios de viver uma vida em mobilidade por causa da carreira de alguém.

Não, não vou me estender nos detalhes de mais uma mudança de cidade, dessa vez apenas com meu filho. Nem em como ficamos destruídos...Não vou falar nos pensamentos que me assombraram sobre a mudança de rumo que dei na minha vida, nem nos sentimentos mesquinhos sobre no que minha carreira se transformou por causa da carreira de uma pessoa com a qual já não estou mais, nem vou falar da vergonha que senti, e da vontade de parar de trabalhar com coexpatriação, de tirar isso de vez da minha vida...

Prefiro ficar com a ideia de que fiz tudo por amor.

Ainda que eu estava no Brasil...imagina quem está fora? Continuar expatriada? Como fica o visto se não há mais casamento? Se há repatriação de parte da família, como fica a guarda dos filhos? As visitas? O recomeço?

Carmem, me poupe! Quer falar de vida pessoal? Vá pra um ambiente  apropriado!

Sério?

É possível mesmo ainda pensar que o que acontece dentro de uma casa não afeta o que ocorre dentro da empresa?

Há algum tempo que pesquisas mostram que fatores pessoais, especialmente relacionados a coexpatriação, são a principal causa para o fracasso de uma expatriação.

É... expatriação é um mundo a parte mesmo! É que o processo é  meio tudo-junto-e-misturado. “Causo” para exemplificar isso não falta...Quem nunca nessa área enxugou uma lágrima de um@ coexpatriad@ (mesmo que metaforicamente)?

Tive que ter uma baita coragem para me expor assim. Falar do próprio fracasso – mesmo que em vias de superação -  é realmente frustrante, especialmente em tempos de vida dourada em Instagram. Só estou seguindo a orientação de alguns mentores: exorcizar demônios e tentar ajudar alguém...

Mas Carmem, seu casamento terminou mesmo por causa da mobilidade?

Claro que não foi só por causa disso, mas esse contexto colaborou e muito. Óbvio que só posso falar por mim, não por ele. Uma relação a dois pressupõe que antes de estar bem como casal os dois estejam bem consigo mesmo, com suas escolhas...expatriação para quem “acompanha” requer muito autoconhecimento, muita força, muito poder pessoal, além de  muito altruísmo e muita resignação, hoje não sei dizer se estava preparada...E quem está? Mas isso é assunto para as redes sociais, especialmente as offline...

Carmem Galbes

Receitas de vida, angústia e o poder das nossas próprias mãos.

Olá, Coexpat!
Receita é o substantivo dessa era!
Facilitar é o verbo do momento!
Instantâneo é o adjetivo queridinho.
E, sem perceber, vemos a nossa vida tomada por modelos e...por angústia!
Com tantos "faça assim, faça assado", que caminho seguir?
E é tudo tão perfeito!
Nos feeds funciona tão bem! 
O que escolher?!
Teste todas as dicas, receitas, modelos, "toques" (inclusive esse que dou) que você receber e permita-se abandoná-los se não funcionarem para você! 
A mídia, as redes, os grupos, o mundo - esse aí tão doido -  estão repletos de "trilhas & estradas" para deixar sua vida melhor, mas nem sempre uma orientação que deu super certo para um vai dar para você!

Experimente com mente e coração abertos, faça os ajustes necessários de acordo com o seu perfil e não caia na tentação de encaixar a sua vida em um modelo fechado só porque pessoas muito bem treinadas para vender dizem que o modelo funciona.

Claro que eu confio em métodos que eu utilizo e sei do bom resultado de cada um deles, mas também sei que sem autonomia e senso crítico nenhum método faz sentido, simplesmente porque não somos robô! 
As receitas devem trazer liberdade e não escravidão!

Sabe de outra coisa?
Teve uma época que eu era muito assim: quebrou trocou! Vamos fazer a economia girar! Não tenho tempo de consertar! (Mega ecologicamente incorreta). E eu via meus pais bolando mil estratégias para arrumar uma coisa, fazendo mil testes para construir outra. E eu pensava: não é mais fácil jogar fora e comprar outro? Não é mais fácil comprar o que se quer?
É mais fácil! Mas "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e ARTE!"
Graças Senhor!, a gente vai vivendo, olhando e aprendendo.
Percebi que na atitude dos meus pais habitava mais que o resquício de uma época em que não havia tanta abundância assim de coisas, nem a preços tão em conta. A atitude dos meus pais era embasada mais na satisfação em criar algo com as próprias mãos, em criar uma solução, em criar um novo uso, em criar um novo destino pelo próprio esforço.
E criação pessoal, que vem das próprias ideias, do próprio raciocínio, dos próprios sentimentos, essa criação que exige tempo, dedicação, estudo, autoconhecimento - não tem receita!
Não tem receita! É um Lego sem manual!
Aí dá trabalho!
Um trabalho que a gente nem sempre está disposto a fazer...
É que posso ter que enfrentar crítica, prejuízo, medo, insegurança...
E se não funcionar? E se quebrar? E se eu quebrar a cara? E se doer?
Apesar dos meus 4.4, foi há pouco tempo, bem pouco tempo aliás, que comecei a sacar que:
Se não funcionar, não funcionou.
Se quebrar, quebrou.
Se quebrar a minha cara, arrumo.
Se doer, faz parte.
Mas, meu, quando funciona...que satisfação é essa que toma a gente, que invade o nosso coração a ponto de ele parecer maior que o nosso corpo?
Lógico que não dá pra gente querer começar do zero a cada novidade, desafio, destino que enfrentamos. Ter uma base de informação é fundamental, afinal ninguém quer arrebentar a cabeça mergulhando em lugar que não dá pra ver a pedra. 
Mas poder chegar onde se quer sem precisar perguntar no posto não tem preço (homens podem me agradecer)!
Ter uma criação, não importa o que, com sua assinatura é...sem palavras!
É bem aquela reação da criança, sabe?, olha mãe o que eu fiz!
É aquela vontade de gritar pro mundo sobre o próprio feito e não precisar ouvir o que o mundo diz de volta.
É aquele momento de plenitude em que a criação se basta!

Carmem Galbes

Pesquisa sobre o cônjuge expatriado.

Olá, Coexpat!
O Ministério das Relações Exteriores estima que 2,5 milhões de brasileiros vivam no exterior, o que equivale a um pouco mais de 1% da população brasileira.
Desse número, quantos foram transferidos por empresas?
Mistéeeerio...
Só sei, que os transferidos são minoria. Para se ter uma ideia, a última edição da Mobility Brasil, acho que hoje a pesquisa mais importante sobre expatriação feita no país, acessou 180 empresas e conseguiu ouvir 350 profissionais expatriados - entre brasileiros que foram e estrangeiros que chegaram aqui.
Fato é que, pequena ou grande, se a maioria respondeu a pesquisa ou não - é essa parcela que está ajudando a impactar as bases de um processo de expatriação. Foi esse público que, na última pesquisa, disse - por exemplo - que o futuro da carreira do cônjuge expatriado é um dos pontos que  mais preocupa o profissional transferido em um processo de expatriação. Esse foi o recado passado para as empresas.
E qual é o recado que o cônjuge quer passar?
É HORA DE FALAR!!
Participe da pesquisa Cônjuge Expatriado, feita pela LEVE, e ajude a escrever um discurso real - não idealizado - sobre esse público tão importante para a boa adaptação de toda a família a um novo modelo de vida.
Para responder, basta clicar aqui → CÔNJUGE EXPATRIADO

Expatriação e experiência de quase morte.

Olá, Coexpat!
Experiência de Quase Morte.
Você já teve uma EQM?
Eu já!
Foi há uns 10 anos...
Apesar de o voo ter sido tranquilo, sem nenhum incidente, alguns dias depois do pouso eu entrei em choque. Não estava preparada para a paulada que é mudar tanto uma vida em nome do desenvolvimento da carreira de outra pessoa!

De repente eu me vi sem chão, flutuando...às vezes me sentia bem, às vezes confusa. Às vezes ia em direção ao túnel de luz, às vezes me sentia puxada para um lodo, onde só havia desespero. Não sei ao certo quanto tempo essa experiência durou...
Foi uma EQM diferente. Não teve coma - aliás eu estava vivendo, cumprindo a rotina diária - não teve gente revezando ao lado de um leito de hospital, porque não teve hospital. Eu sentia que meu pai e minha mãe seguravam minha mão e rezavam - pai e mãe sempre rezam pra filho, com ou sem EQM. Mas, no geral, foi uma EQM solitária. Só eu sabia que estava vivendo uma EQM - quer dizer, descobri isso depois que renasci.

Eu voltei como uma criança. Tive que aprender a andar de novo com as minhas próprias pernas, a me comunicar, a comer a comida local, a me vestir para o clima e costumes locais, a me posicionar, a encontrar novos interesses e novas paixões.
Interessante que essa EQM ocorreu após nossa mudança de São Paulo para o Rio de Janeiro.
Alguém poderia dizer: "quanto drama! Isso porque você não mudou de país, de idioma, não ficou longe de verdade de gente querida..."
Olha, eu digo que eu até mudei de país depois dessa EQM...e de idioma...e fiquei longe. Mas minha EQM aconteceu - por total falta de informação adequada de todos os envolvidos - em uma simples mudança dentro do país, num eixo em que as pessoas dizem ser igual, mas tem diferenças profundas de um polo ao outro.
No meu caso, acredito que a EQM tenha sido provocada por um choque de identidade. Eu tive quer mudar muitas coisas na minha vida ao mesmo tempo: de endereço, de casa própria para alugada, de jeito de lidar com a rotina, com as pessoas, perdi minha rede de apoio e de contato.. Fiquei desempregada, mudei de função para me recolocar. Odiei essa nova atividade.
Se foi difícil?
Até hoje eu penso como consegui sair dessa de forma saudável...
Acho que a expatriação para os Estados Unidos um ano depois da chegada ao Rio me ajudou muito. Encarei - no começo - como uma forma de fugir daquela dor. Mas antes de embarcar, me agarrei à uma estratégia para não sentir em Houston o que eu havia sentido no Rio. Funcionou!
Apesar da dor, minha EQM resultou em uma expansão da consciência! Não sei se voltei uma pessoa melhor, mas voltei diferente, munida de outras perspectivas. Eu gosto mais de mim depois da minha EQM!
Se é de metáfora que você precisa para entender o que pode estar acontecendo com você nessa mudança de endereço para apoiar a carreira de outra pessoa, escrevi esse texto pra você!
E você já viveu - direta ou indiretamente - uma EQM causada por uma expatriação? Como foi?

Carmem Galbes

Expatriação e a criação da realidade que você quer!

Olá, Coexpat!

Você cria a sua realidade!
Muita gente acredita que isso é balela, que é papo de autoajuda...
É não!
Exemplo?
Até ontem essa flor simplesmente não existia para mim. Não existia porque eu nunca tinha prestado atenção de fato em uma orquídea sapatinho.
Bastou que eu parasse, olhasse com mais cuidado para cada detalhe da planta para que ela passasse a compor a minha realidade. 
Simples assim: em um momento não existia, em outro já era fundo de tela do meu celular...
Acontece com flor, com uma gordurinha no corpo, com um olhar de alguém, com uma palavra, com uma situação, com uma emoção, com um pensamento: nós decidimos o que fará parte da nossa realidade, o que vai ganhar a nossa atenção, com qual intensidade. 
A realidade é como um som, se será melodia ou barulho depende das nossas escolhas.
Eu poderia ter deixado a orquídea pra lá e ter focado em outros aspectos do jardim: talvez numa erva daninha, numa praga...preferi a flor. Preferi porque estava atenta, pronta para direcionar a minha energia para o que traz beleza e alegria para o meu dia. 
Você não está feliz com a sua expatriação?
Não está se sentindo bem no lugar em que está vivendo?
Não está curtindo as pessoas com as quais está se relacionando?
Está odiando a sua rotina no novo endereço?
Para onde exatamente você está olhando? 
Para quais aspectos você está direcionando a sua atenção?
Se voltar para a sua antiga vida, antiga cidade não é uma opção, como você poderia melhorar seus sentimentos a partir da realidade em que você está?
O que te faria bem?
Será que isso já não estaria à sua disposição, só está a espera de que seja olhado?
Você cria a sua realidade! Isso é fato! A questão é: você está gostando da sua criação?

Carmem Galbes

Expatriação e a violência patrimonial contra a esposa expatriada.

Olá, Coexpat!
Eu sei que já me propus a falar sobre mulheres e homens aqui no blog, mas hoje vou me referir especialmente à elas, já que a situação a ser tratada é muito mais comum no universo feminino no que se refere à expatriação.
Parte das mulheres que aceita apoiar a transferência do parceiro acaba empobrecendo!
Elas empobrecem porque:



  • Deixam o próprio emprego e, por consequência, o próprio salário.
  • Abrem mão da própria carreira (porque o visto não permite o trabalho, o diploma não pode ser validado no exterior, alguém tem que cuidar dos filhos...)
  • Não participam da administração das finanças da casa.
  • Não têm acesso às informações financeiras do parceiro no exterior.
  • Não sabem como o patrimônio da família está sendo investido, etc etc e etc

Isso é quase uma traição (se é que existe quase traição) porque o cargo, o salário, os benefícios do profissional transferido e a promessa de uma melhora no nível econômico da família estão entre os argumentos mais fortes para convencer a parceira a embarcar na coexpatriação (para entender o que isso significa, clique aqui.) Mas depois do embarque, o que acaba acontecendo é que o assunto finanças vira tabu e a "esposa" acaba assumindo a função de dependente ao pé da letra e não apenas aos olhos do fisco:


  • infantiliza-se ao ter que prestar conta de todos os gastos, 
  • submete-se ao pedir permissão para consumir, 
  • sujeita-se ao receber uma mesada.

Há ainda quem escolha a via criminosa - alimentando um caixa dois para ter acesso aos bens que tinha antes da expatriação...(sarcasmo mode on).
Não tem jeito: expatriação =  dores + delícias de todos os envolvidos! Se essa conta não fecha...a expatriação capenga!
Já abordei aqui no blog algumas vezes a importância de se tratar - com seriedade e em família - das finanças, especialmente em uma expatriação.
Hoje vou por uma seara mais dramática: violência patrimonial, prevista na lei Maria da Penha.
Sim, porque se não dá para acabar com o empobrecimento da coexpat com conversa e orientação, tem que acabar com a mão da lei!
Mariana Regis, advogada especialista em direito das famílias, fundadora da Rede Nacional de Advogadas Familistas Feministas explica que "violência patrimonial é qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos da mulher."
A advogada pontua ainda outras formas de violência patrimonial:
  • Recusar-se a reconhecer que o trabalho doméstico e de cuidado dos filhos possui valor financeiro atribuível, e que a mulher que se dedicou exclusivamente a estes contribuiu efetivamente para a construção do patrimônio comum, com a sua força de trabalho e tempo.
  • Desqualificar a contribuição da mulher na construção do patrimônio do casal e sustento dos filhos, desconsiderando a dupla ou tripla jornada da mulher em sua rotina de trabalho.
  • Registrar todos os bens do casal exclusivamente em nome do homem; possibilitando-o, em casos de união estável, desfazer-se rapidamente deles sem a autorização da companheira.
  • Aquisição e registro de bens em nome da mãe ou outros familiares, para manipular a legislação e assim garantir que todos os bens construídos na constância da união sejam de exclusiva propriedade do homem.
  • Usar procuração conferida em confiança pela mulher para realizar transações financeiras que a prejudicam...e por aí vai.
Quem pratica a violência patrimonial está sujeito à pena de 3 meses a 3 anos de prisão.
Segundo o advogado Mário Luiz Delgado, "além das conseqüências penais, a lei também prevê medidas protetivas ao patrimônio da mulher, tanto no tocante à proteção da meação dos bens da sociedade conjugal como dos bens particulares, e que poderão ser adotadas em caráter liminar pelo juiz, tais como: restituição de bens indevidamente subtraídos; proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais."

Esse não é um assunto fácil de ser tratado. Não é algo bom de ser reconhecido. Dói, principalmente em uma cultura em que amor e finanças são vistos como assuntos divergentes.
Mas como não abordar o tema? Melhor: como não orientar, apoiar e proteger o casal contra uma situação que pode vir à tona exatamente durante a expatriação, em que a família se vê pela primeira vez em uma situação em que o rendimento vem apenas de uma fonte?
Ah...essa prosa não é para você? Você não vive esse drama?
Nossa...sem chance...agora que você sabe mais sobre isso, não tem como não passar a informação pra frente, não ajudar outra coexpat a reconhecer a própria importância e o valor do trabalho de quem tem forte contribuição para o sucesso de uma transferência profissional.
Identificar que a brasileira que mora ao lado pode sim estar sendo vítima de violência patrimonial pode salvar um relacionamento, uma expatriação, uma vida.
Claro que ninguém quer que isso termine de forma dramática, na justiça. O ideal é que o casal que vive em uma situação de violência patrimonial tenha orientação e suporte para conseguir acertar as contas e seguir feliz.

Para saber mais:
Lei Maria da Penha - clique aqui
Sobre Violência Patrimonial - clique aqui

Carmem Galbes

A importância da proteção para cônjuge de um profissional expatriado.

Olá, Coexpat!
Você já fez o seu hedge?
Hé o que?!
Calma...eu explico...
Vamos do começo:
Quem gosta de correr risco, de ter prejuízo?
Ninguém!
Por isso tem tanta gente que trabalha exatamente para identificar e reduzir o risco de perdas.
Tem gente especialista em botar preço no risco.
Tem gente especialista em criar produto para reduzir o risco.
Quando uma empresa vai fazer um grande negócio tem um povo que atua só para atenuar o risco desse negócio.
Exemplo: uma empresa encomenda um equipamento no exterior a ser pago metade no ato e metade na entrega do equipamento. Ela faz uma projeção do preço, mas não pode ou não quer correr o risco de pagar por um dólar muito acima do que ela previa. Então ela vai no mercado financeiro - no "setor" chamado de mercado futuro e faz um hedge (proteção): ela determina em contrato que em uma data X ela tem o direito de comprar um dólar na cotação Y, independente da cotação que esteja naquele momento.
Como?
Eu poderia discorrer sobre o sagaz trabalho de quem ganha na especulação, nas apostas de alta ou queda do dólar, mas vou poupar vocês dessa onda de economês que me atacou nos últimos dias...😂🤪
Quer ver um outro exemplo de hedge só que mais presente no nosso dia a dia: quando você vai viajar para o exterior e compra a moeda local em vez de deixar para pagar suas despesas no cartão, você está se protegendo contra uma alta, está fixando o preço da moeda ao compra-la antes da viagem.
Bom...
Meu objetivo aqui é só mostrar que existem recursos concretos para reduzir o risco. E é aí que eu quero chegar: como trazer esse conceito de hedge - ou de proteção contra perdas - para o universo das Coexpats?
O que uma coexpat pode fazer para se proteger contra os riscos de perda ao apoiar a carreira do amado em outra cidade, outro país?
Vou usar o meu caso:
Na minha primeira coexpatriação - que foi de São Paulo para o Rio - eu não fiz hedge nenhum e quase me estrepei, quase me afundei de verde amarelo - seja lá o que isso quer dizer...😂
Já na segunda coexpatriação - do Rio para os Estados Unidos - eu me agarrei ao meu blog. Na época, ferramenta ainda desconhecida para a maioria - inclusive para mim - ele me salvou da invisibilidade social e me ajudou a dar palavra ao que eu sentia naquele processo.
Na coexpatriação de Houston para o Rio eu protegi a minha saúde física e emocional me entregando de corpo e alma à maternidade.
Na minha coexpatriação do Rio para Recife fiz meu hedge contra perdas me desvendando espiritualmente.
Na coexpatriação do Recife para o Rio meu hedge está na descoberta das minhas facetas profissionais.
E você tem um hedge? Qual é? Contra quais danos ele tem te protegido?

Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...