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Mudança de endereço e o cuidado com os novos vizinhos.

Olá, Coexpat!
Como você quer que seja a sua vizinhança nessa nova cidade, nessa expatriação?
Que tenha escola que atenda seus valores, segurança, mercado, lazer...?
Nisso os profissionais de relocation são craques em localizar!
Como você quer que os seus vizinhos sejam?
Educados, amáveis, gentis, solícitos?
Isso depende de como você chega ao novo endereço.
Mudança é um caos: atrapalha o fluxo do trânsito, dos elevadores, emperra os corredores, rompe com a paz...
Então apresentar-se antes da chegada do caminhão, desculpar-se e colocar-se a disposição para incomodar o mínimo possível mostra mais que educação e preparo intercultural. Mostra que você se importa com o outro e isso vale ouro!
Meus pais me ensinaram também  a levar comigo lembrancinhas do Brasil para presentear, incrível como isso abre sorrisos, portas e corações.
Como chegar aos vizinhos? Pode ser acessando o síndico, a administradora, pode ser batendo na porta, por bilhete na caixa de correios, embaixo da porta. É preciso estudar a cultura local. Mas a ideia básica é preparar a vizinhança para o incômodo que você vai causar. Isso é uma boa semente para o início de uma relação, no mínimo, respeitosa.
Mudar de endereço é mais que ir de um local para o outro, é fincar a sua bandeira - da forma mais positiva possível - em um novo território!
Carmem Galbes

Como presentear alguém que está de mudança?

Já aconteceu de você anunciar que vai pra longe e um  monte de gente, até pessoas que você não mantinha contato há tempos, querer ficar mais perto?
E ai vem aquela série dos famosos encontros de despedida. Isso é muito legal: tem beijo, abraço, risadas, lágrimas, declaração de amor e muitos votos de sucesso.
E queremos mesmo essa proximidade. Parece que nessas ocasiões conseguimos abastecer nosso reservatório de energia para encarar o desafio de viver longe de tudo o que conhecemos.
Mas como lidar com um comportamento bem comum também nessa fase, o desejo de presentear quem está de mudança? Seria essa a estratégia para ser lembrado por quem está indo embora?
A ideia aqui nem é avaliar a motivação de cada um. O propósito dessa conversa e falar sobre as coisas, a bagagem.
Quem está de partida, geralmente, está passando por um profundo processo de desapego e descarte. Desapego porque é preciso abrir mão de muitos conceitos para ter coragem de desbravar. Descarte porque transportar coisas é caro e trabalhoso. Não vai ser você que vai deixar tudo isso mais difícil, vai?
Mas como eu posso mostrar que eu quero que minha amiga que está indo para o outro lado do mundo não me esqueça?
Por outro lado, para quem está indo, como recusar um presente repleto de boas intenções?
Vamos começar por quem presenteia. Você pode usar inúmeros artifícios para ser lembrada. Prefira os artifícios do bem! Lembre-se que quem está de mudança, geralmente, está exausta e insegura. Então vamos à lista de sugestões, a ideia é presentear com seu próprio tempo, com serviços e experiências. Isso não pesa, não ocupa espaço e marca para sempre!
  • Ofereça-se para ajudar na mudança! Pode ser embalando, carregando, limpando...
  • Ofereça refeições nos dias de embalagem da mudança: acredite, por mais que haja fome, no período de mudança, nunca há espaço reservado para a comida.
  • Ofereça-se para cuidar das crianças enquanto a mudança está sendo retirada: não ter crianças "perdidas" e exaustas por perto deixa tudo mais Leve para todos!
  • Ofereça hospedagem quando a mudança já tiver saído: um hotel é sempre a solução mais fácil, mas a casa de alguém íntimo é um carinho que não tem preço.
  • Ofereça-se para levar e buscar as crianças na escola: não ter que lidar com o relógio em dias de mudança é um grande presente.
  • Ofereça uma refeição com o prato que ela mais gosta. 
  • Se puder, faça um planejamento para passar um período com a pessoa no novo endereço e ajudá-la a lidar com a organização da casa, com o novo e com toda a saudade...
  • Pesquise e marque a pessoa em páginas das redes sociais que possam facilitar a vida dela e da família no novo endereço.
  • Pesquise textos e vídeos que ajudem no processo.
  • Escreva ou grave uma mensagem.
  • Marque e pague uma massagem, um cuidado especial com os cabelos, com a pele, pés ou mãos: sabe-se lá quando esse ser vai ter tempo de cuidar dela de novo.
  • Banque uma consultoria: pode ser uma consultoria em mudança, em organização de rotina, organização da casa, em estilo, em alimentação, uma consultoria sobre a cultura para a qual a pessoa está indo...
  • Banque uma sessão de Coaching: essa sessão pode fazer com que a pessoa comece com ânimo renovado no novo endereço.
Você está de partida, ganhou um presente, não sabe o que fazer?
Sugiro fazer o que seu coração mandar.
No mais, desejo uma ótima mudança para quem vai e para quem fica!
Que tal presentear uma querida com um pacote de sessões de coaching e/ou um processo de organização de agenda e rotina? Fale comigo! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Ordem na mudança!

"Assim que a gente chegar lá a gente vê o que faz."
Quem nunca começou uma mudança com essa frase? 
A ordem é: pega tudo, embala e despacha. 
E quando as caixas chegam: "caçamba, quanta tralha! Onde vou enfiar tudo isso? Que lugar pequeno! Falta armário!"  Até chegar a um "quem precisa de tanta coisa para viver?" já rolou muito estresse, cansaço e improviso: é mala abarrotada de sapato que machuca, maleiro lotado de apostila amarela, quartinho do fundo cheio de caixas que a gente nem sonha o que tem dentro...
Eu não entendo esse negócio de ficar levando pra lá e pra cá coisas que não serão mais usadas.
Quer dizer, entendo sim. Já carreguei muita sacola cheia de pedra!
Vamos fazer o que eu chamo do exercício do supermercado. Você escolhe os produtos, põe no carrinho, tira do carrinho, bota na esteira do caixa, tira da esteira do caixa, coloca em sacolas. Paga. Põe as sacolas no carrinho, leva o carrinho pra perto do carrão, tira as sacolas do carrinho, bota as sacolas no carrão. Vai pra casa. Tira as sacolas do carrão. Se mora em prédio, e o condomínio é organizado - bota as sacolas no carrinho, chega em casa, tira as sacolas do carrinho, tiras os produtos das sacolas, bota os produtos no armário.
São 13 "bota-tira" - foca aqui, não viaja, não - numa atividade fundamental: comprar comida. 
Agora pensa: precisa mesmo ficar embalando e desembalando coisa que já não faz sentido? A gente já não tem "bota-tira" o suficiente nessa vida?
Na boa, acho que o momento da mudança de endereço tem que ser aquele de chutar o balde, as roupas, os móveis, os livros e tudo que não serve mais. 
Acredito mesmo que uma mudança Leve, no sentido literal, leva à uma casa mais Leve.
Mas...e as lembranças...e seu eu precisar disso de novo?
Se você acha que nada a ver o que eu estou falando, que a gente tem que ter coisas para ter memória, tem que guardar coisas para em caso de precisar, ok...isso pode até virar um post depois: "como embalar, despachar e organizar - de forma simples e rápida - os itens de recordação e as coisas que - um dia, talvez - serão úteis."
Mas se você acha que não dá mais, que está na hora de desapegar, vá em frente. Você pode vender, trocar, reformar, doar, jogar fora...
Se está muito difícil o processo, tente de novo! Como muita coisa na vida, o viver com pouco também é um exercício.
Nossa...só em pensar naquela compra de supermercado, fiquei exausta...
Estatelada no chão sem tapete - nossa, preciso de um tapete, me veio o Hermetismo. Gente, que trapo pensa em Hermetismo? Enfim... fiquei tateando o princípio da correspondência: "Assim como é em cima, assim é embaixo. Assim como é dentro, assim é fora."
Mudança organizada, casa organizada, mente organizada!

Carmem Galbes

Mudança: quando a rotina da casa vai pra...o espaço.

Se fosse para fazer uma lista das consequências mais chatas de uma mudança de endereço, eu diria que perder o domínio sobre a rotina da casa tem grande chance de estar lá no topo.
Eu chamo de rotina da casa aquele esquema de você acordar e já meio que saber pra onde ir, o que fazer primeiro para a casa 'funcionar' e você conseguir aquele tempo para investir nos seus projetos, só seus. É aquele movimento de equilibrar os pratos: de dar um tapa no visual enquanto cata um brinquedo aqui, ajeita uma papelada lá e acerta - com um toque do quadril - a cadeira que alguém insiste em deixar fora do lugar!
Atingir logo esse ponto - o de você se entender com a casa e não passar um dia inteiro afundada em roupa, louça, comida e afins - vai depender da sua disposição emocional, física e sim - claro - da sua organização e dos recursos que você tem para te auxiliar.
É nesse ponto que quero chegar: organização.
Pergunto: da mesma forma que a gente leva as roupas, os móveis e os badulaques na mudança, seria possível levar um método de arrumação pronto para ser implantado, não importa se em uma casa ou apartamento, grande ou pequeno?
Sim! É possível e necessário!
Preparar-se para começar uma nova vida sem a acostumada rede de apoio pode deixar tudo mais Leve. Saber por onde começar pode salvar da loucura quem chega a um novo ambiente e está por conta do próprio entusiasmo.
Carmem Galbes

Guia Leve de Mudança - parte 5.

Pronto! O caminhão de mudança está na porta da sua casa. É hora, então, da quinta e última parte do Guia Leve de Mudança: a chegada dos móveis.

1 - Organização.
Defina a sua estratégia: vai querer que cada caixa seja deixada no cômodo correspondente ou vai preferir reservar um local específico pra elas?
No primeiro caso, você pode localizar com mais facilidade o que precisa, já que cada coisa - embora ainda encaixotada - está em seu devido ambiente.
No segundo caso, pode dar mais trabalho procurar por algo, mas você não fica com aquele labirinto dentro de casa.
A questão é saber como a empresa de mudança trabalha. A última que utilizei tinha que abrir todas as caixas na hora, para poder verificar se havia dano. Isso pode ser legal, porque abrir caixa e tirar o que tem dentro consome tempo e energia. Ter gente para te ajudar nisso parece ser uma boa ideia. Você só vai ter que trabalhar rápido para tentar deixar as coisas o menos espalhadas possível.
Dependendo do pacote, a transportadora vai deixar tudo montado. Esse é um investimento que compensa!

2 - Por onde começar.
Deixe para organizar enfeites e papelada por último. Foque nas prioridades. Se as roupas chegaram com vocês, os armários devem estar mais ou menos organizados. Uma coisa a menos pra fazer!
Comece ajeitando os quartos, pelo menos, as camas. A noite vai chegar e vocês vão estar o pó. Use os lençóis que você tinha levado na mala, lembra?
Já deixe as toalhas no banheiro. Se você se antecipou, shampoo, sabonete e afins já vão estar lá.
Se der tempo, siga para cozinha. Se preferir comer fora nos próximos dias, ignore a cozinha e arrume a sala. Ter um espaço para relaxar em família, principalmente nesse "início" de transferência, é revigorante.

3 - Seja feliz.
Eu sei que é super cansativo ajeitar uma mudança, mas tente aproveitar o processo. Curta arrumar a casa. Faça pausas para celebrar lembranças.Tire tempo para continuar conhecendo a nova cidade. Pare antes de ficar exausta! Cuide-se. Não vai ser uma boa ficar doente logo agora.
Boa sorte! Vou atualizar esse manual com toda lembrança e sugestão que tiver.

Se é um apoio personalizado - totalmente pensado na suas necessidades - que você busca, veja como a Leve pode te ajudar com a Consultoria Online de Organização da Casa Pós-Mudança. Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Leia também:

Guia Leve de Mudança - parte 4.

Vocês, finalmente, decidiram por um lugar. Se optaram por não trazer a mudança, é hora de correr atrás dos móveis. Se estão em um centro de consumo qualquer: ótimo! É ir à loja, escolher, pagar e...montar...haja mãos!
Se escolheram trazer as coisas, o momento é de aproveitar o tempo até as caixas chegarem.
Vamos lá: Guia Leve de Mudança - parte 4: enquanto os móveis não chegam.
1 - Infraestrutura do imóvel.
Energia e água estão ligados? Se não, peça  ao corretor ou a algum colega orientação sobre como ligar os serviços.
Se a casa já tem eletrodoméstico, eles estão em ordem?
Vai optar por tv a cabo?
A hora é de pesquisar preços e pacotes de serviço de internet.
E o celular? Esse pode ser um dos equipamentos mais úteis para quem precisa descobrir um novo local. Se ainda está em dúvida com relação à operadora, plano e aparelho, sugiro comprar algo barato, pré-pago, para sair da loja falando mesmo. Depois você decide o que vai querer.
Apesar de trazer a mudança, você vai precisar comprar algo pra casa? Aproveite o tempo!

2 - Conhecendo a cidade e a vizinhança.
Aproveite a empolgação com a nova cultura para descobrir o que esse novo endereço pode oferecer. Circule pelo bairro. Entre nos mercados, farmácias, padarias, shoppings. Explore os espaços abertos, o que oferecem, são seguros? Ah, e - por que não? Vá em busca de uma manicure, pedicure... cuidar da gente ajuda a dar um up naqueles dias mais difíceis.
Se há filhos e eles estão em idade escolar, já decidiram pela escola? Mesmo que as aulas ainda não tenham começando, faça uma visita no local. Faça o trajeto até o colégio - seja a pé, de carro, bicicleta...
Aventure-se pela culinária. Se for muito diferente do que você e sua família estão acostumados, vá com calma!

3- Documentos.
Se tiverem mudado de país, as primeiras semanas vão ser repletas de burocracia: retirada de documento local de identificação, abertura de conta em banco, exame para carteira de motorista...respire fundo, essa chatice vai passar.

4 - Uns dias antes de a mudança chegar.

Tire a semana para acertar os últimos detalhes.
Faça uma faxina. Limpar a casa vazia é bem mais fácil.
Faça compra no supermercado. Será a compra de casa nova, sabe? É tudo mesmo: sal, açúcar, óleo...Reforce o estoque de água: a casa vai estar cheia no dia da mudança.
Não se esqueça dos itens de higiene: papel higiênico, pasta de dente, shampoo...coisas que você só vai lembrar quando precisar usar...
Faça um planejamento do dia da mudança: onde vão tomar o café da manhã, qual será o esquema do almoço e da janta?
Avise o síndico e - se for o caso - os vizinhos sobre a chegada da mudança.

5 - Explorando as possibilidades.
Não se esqueça de pensar em você.  O que você, que está acompanhando um profissional expatriado, vai fazer? Use o tempo para imaginar um pouco que frutos você poderia colher dessa transferência.
Precisa de um curso de idiomas?
Quer aproveitar para se especializar em algum tema da sua carreira?
Quer tentar uma pós?
Quer trabalhar?
Uma academia ajudaria na socialização?

Enfim, ânimo! Eu sei que, às vezes, é difícil. Você está exausta com a mudança. Assustada com tanta novidade. Com medo de se perder, de não se fazer entender, de não entender nada, de ser ridicularizada. Pode acontecer de os filhos não estarem respondendo bem. O marido não conseguir estar tão presente por causa das novas atribuições no trabalho. Mas não deixe a peteca cair. Dê o primeiro passo. Saia de casa! É um exercício diário. Mas cada situação enfrentada, e superada, te fortalece. Você vai ficar mais segura e feliz, porque vai ter sinais de que é capaz!

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Carmem Galbes

Leia também:

Guia Leve de Mudança - parte 3.

A mudança saiu e vocês já viajaram. A data para a chegada dos móveis vai depender desde a distância entre a antiga casa e o novo endereço até o estado das estradas, desembaraço alfandegário, organização da empresa, burocracia local, sorte...
Veja isso com alívio: você vai ter tempo de se organizar até se ver atolada em caixas!
Vamos, então, à parte 3 do Guia Leve de Mudança: encontrando a nova casa.
Tem muito o que você pode ir adiantando antes do caminhão estacionar na sua porta, mas hoje vamos focar na pesquisa do novo endereço. Isso pode ser divertido: vocês já vão poder ir sentindo como são as coisas na nova cultura - e casa costuma ser um retrato fiel de uma sociedade. Mas pode ser um tormento também se vocês ainda não tiverem entendido que as coisas já não são como antes. Tudo depende de como você e sua família vão querer se posicionar.
Vamos aos tópicos:

1 - Comprar ou alugar?
A hora agora é de facilitar as coisas. Você e sua família se sentem seguros para já chegar comprando um imóvel? Já conhecem bem a cidade, os bairros, ou estão tomando por base opinião de colegas que já vivem no local? Já sabem como será a rotina da família? Onde as crianças vão estudar?
De repente, o melhor caminho é experimentar uma região, e a melhor maneira de fazer isso é alugando.
Se a empresa que está transferindo tiver experiência em mobilidade de funcionários, ela indicará profissionais que possam ajudar na busca do imóvel e que estarão preparados para orientar sobre a legislação. Se vocês não tiverem esse apoio oficial, colegas de trabalho costumam ser ótimas fontes. As redes sociais e os blogs também têm se mostrando um grande canal de troca de informação. Digite nos sites de busca - por exemplo - "brasileiros em Pequim" e vá clicando nos resultados. Tem muita dica boa.

2 - Que bairro escolher?
Uma vez, durante uma entrevista - ainda quando eu era repórter - um arquiteto disse: "qualidade de vida é estar a pouco tempo da escola, do trabalho e do lazer." Difícil conciliar tudo, mas às vezes, é em uma mudança dessas - para um lugar que a gente nem sonhava - que temos a chance de alcançar alguns ideais.
Então abra a cabeça e permita-se experimentar. Ao mesmo tempo, é preciso pesar as decisões. Se você está acostumada aos grandes centros, onde tudo está a poucos passos e funciona até tarde, as regiões mais afastadas - os tais dos subúrbios - podem te deprimir. Se você vai depender de carro pra tudo e morre de medo de dirigir, também precisa pensar sobre as escolhas: ou o lugar deve ser mais central ou você vai ter que trabalhar esse seu medo da direção.
Pense no que pode facilitar a sua adaptação e da sua família. Até você se sentir tranquila para sair por aí, pode ser interessante estar pertinho de supermercado, farmácia etc e tal.
Outra questão: alguns expatriados escolhem ter como vizinhos outros brasileiros. Isso pode ser acalentador, principalmente quando mal se sabe dizer "oi" no idioma local. Pode, ainda abrir as portas da nova cultura - dependendo de como você e seus vizinhos são. Mas estar rodeado dos costumes que a gente já conhece pode também atrasar ou até barrar a imersão no dia dia do novo país, principalmente se você for uma pessoa mais fechada. Fazer amizade - hoje em dia - não é fácil, em outra língua então...Se você já está rodeado de gente conhecida, você pode acabar ficando - digamos - com preguiça, para não dizer com medo-receio de conhecer "essa gente esquisita."

3 - Em qual imóvel morar?
Repetindo: esse pode ser O momento - com o maiúsculo mesmo - de você viver de uma forma que sempre quis, mas nunca conseguiu. Quem sabe você vai finalmente ter espaço para cuidar do próprio jardim?
Ao mesmo tempo, tente antecipar a rotina que a família deve ter. Em um local onde empregada é artigo de luxo - por exemplo - uma casa com trocentos quartos pode ser escravizante.
Outro lembrete: em alguns países, o endereço da casa vai definir onde seus filhos vão estudar, se a ideia for optar pelo sistema público.

4 - Infraestrutura do imóvel.
Pontos para você avaliar:
Os seus móveis vão caber? 
Tem armário suficiente?  
O número de vagas de garagem atende? 
Se tem criança pequena, o local é "amigável"? 
Quanto você deve ter que gastar para comprar itens que te façam sentir bem na nova casa? 
Se for morar em apartamento e tiver um bichinho, é permitido animal de estimação no prédio? 
Ar condicionado e calefação estão ok? 
Teste torneiras e chuveiros. 
O aquecimento da água funciona?
Primeira locação é uma delícia: tudo novinho, com cheiro de seu. Mas é no seu contrato que vai ser feito "test drive". Aí você pode correr o risco de ter alguma dor de cabeça com infiltração, vazamento...se bem que ninguém está livre disso.

Bom, devem existir muitos outros aspectos a ser considerados na escolha da nova casa. Coisas que são importantes para você - mas que eu nem imagino - justamente porque cada família tem seu "modo de funcionamento".
Esse é o ponto: vocês avaliarem o que vai fazer você e sua família serem felizes na nova casa. Para isso é preciso olhar pra dentro, identificar o que é importante para vocês e equilibrar com o que é possível conseguir na nova cultura. Mesmo levando a mudança, não dá para exportar a casa - mas dá para carregar o lar. É que lar é coisa que está dentro da gente, no núcleo da família e é ele que vocês não podem deixar se desfazer. É preciso cuidado, atenção, carinho e trabalho árduo. No começo o lar vai parecer de palha. Mas, aos poucos, vocês irão encontrar o material para deixá-lo firme e forte de novo!

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Carmem Galbes

Para ler mais:


Guia Leve de Mudança - parte 2.

Enfim foi definida a data! Você já tomou algumas providências, como as sugeridas na parte 1 do Guia Leve de Mudança.
Agora, o que fazer quando a data é marcada?

  As semanas antes da mudança.

1 - Pendências.
Verifique se já tem encaminhamento para o que andou organizando.
Já pegou todos os documentos que precisa na escola das crianças?
Definiu como as correspondências que chegarem serão tratadas?
Tem alguma peça em costureira, lavanderia, sapataria?
Em caso de imóvel alugado, a documentação está em ordem e a data para a entrega da chave está marcada?
Precisa pegar algum remédio ou receita?
O local onde vão ficar assim que chegarem no novo endereço já está definido? Se for hotel, a reserva está ok?
Se for levar o bichinho de estimação, a documentação dele está em dia?
Combine uma limpeza com uma faxineira ou sua empregada. Pode ser que ela tenha que ir limpando enquanto a mudança vai saindo. Se ainda for ficar na cidade, marque para o dia seguinte.
Já está tudo certo no local onde vão ficar na nova cidade?

2 - Roupas e acessórios.
Avalie quanto tempo elas demoram para secar na sua casa. Não dá para correr o risco de embalar alguma coisa úmida. 
Separe as roupas e sapatos que todos vão usar no dia da viagem.
Em caso de criança pequena, já deixe pronta a bagagem de mão, com troca de roupa, lenço umedecido, agasalho, brinquedos (principalmente se a viagem for longa), lanchinhos ou guloseimas, remédios, mamadeira, leite em pó, fralda, creme para assadura - se for o caso.
Comece a fazer as malas. Já dá para guardar o que você não vai usar nos próximos dias. Vai precisar das roupas de festa, das mais sociais, de sapato de salto?
Você vai levar todas as roupas na mala ou vai mandar alguma na mudança? Lembre-se que as caixas podem demorar meses para chegar. Se não quiser colocar tudo na mala -  avalie bem o que não vai levar com você. O que facilita levar o máximo que pode nas malas, é que você já consegue ir organizando os armários enquanto a avalanche de caixas não chega. O problema é ter que administrar o excesso de bagagem. Isso dá trabalho e custa caro.
Guarde joias e relógios. Há embalagens compactas para isso, perfeitas para que você leve o que for de valor na bagagem de mão. Se você não pretende levar tudo, aproveite para já deixar essas peças no local onde ficarão aguardadas.
Coloque na mala também um jogo de roupa de cama e toalhas. Ninguém vai querer ficar revirando caixa para encontrar lençol no dia em que a cama chegar, né?
Em caso de criança, vai ser preciso colocar os brinquedos, pelo menos os preferidos, na mala. Se não couberem, uma dica é comprar alguma coisa chegando lá para marcar a nova fase.
Necessaire: seja prática. Não se preocupe com os produtos que podem ser comprados no novo endereço: shampoo, condicionador, sabonete...Mas não se esqueça dos produtos que você não vive sem e que você pode ter dificuldade de comprar logo que chegar lá, caso de cremes, remédios, perfumes...

3 - Documentos.
Separe em uma pasta que caiba na bagagem de mão:
Passagem;
Passaporte;
Endereço do local onde vão ficar hospedados;
Contato, com celular, de um funcionário local - que possa ajudar em caso de algum contratempo na imigração.
Cartão de crédito e dinheiro;
Carteira de Habilitação;
Carteira de vacinação, para os países que exigem certas vacinas;
Registro de nascimento;
Diplomas, histórico escolar e documento de transferência.
Cartas de apresentação, se for o caso.
Para evitar perda, recomendo levar com você também os documentos que você só usa no Brasil: CPF, RG, Carteira de Trabalho.

4 - Encaixotando a mudança.
Se uma equipe de mudança foi contratada, deixe o trabalho para eles. Não use seu precioso tempo nem sua disposição para ficar embalando o que vai ser transportado. Confie. Eles são preparados - pelo menos é o que se espera - para preservar as suas coisas.
O que você pode é acompanhar a embalagem para saber o que está em cada caixa. A própria equipe de mudança faz as anotações do que tem na caixa. Mas se for o caso, você pode detalhar mais alguma coisa. Às vezes, não basta estar escrito "roupa de cama". Ajuda se estiver "roupa de cama do quarto da Maria. Sapatos do Joãozinho..."
Pode acontecer de a equipe de mudança passar uns dias na sua casa, se muita coisa tiver que ser embalada. Então, incremente o estoque de água e combine com sua ajudante, com parentes ou amigos para te dar uma força. Você vai ter que almoçar, pode acontecer de ter que levar os filhos na escola...O bom é ter sempre alguém em casa acompanhando o movimento.

5 - O dia M de mudança!
O dia da retirada dos móveis tende a ser crítico. É peça que não passa na porta, uma coisa ou outra que pode quebrar, vizinho fazendo cara feia para elevador preso, gente passando de um lado para o outro.
Minha dica: no dia anterior solicite que o sindico deixe um aviso no elevador informando sobre a mudança. Durma cedo (sei que isso é quase impossível). Acorde com tempo suficiente para um bom banho e um café da manhã reforçado. Respire fundo: isso vai passar. No fim do dia tudo vai estar vazio! 
Cheque os armários antes da equipe de mudança sair. Já esqueceram uma caixa na minha casa com todos os potes plásticos.
Agora tente descansar e se preparar para a viagem!

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Carmem Galbes

Leia também:


Guia Leve de Mudança - parte 1.

Cinco mudanças em 10 anos. A prática + os estudos em organização de espaços e ambientes são a base do Guia Leve de Mudanças que apresento para vocês agora. 
Para fazer o guia, estou levando em conta que a companhia em que você ou seu marido trabalha vai contratar a empresa de mudança, um coisa a menos para você ter de correr atrás.  Também imagino que a empresa que está te transferindo cuidará da burocracia como visto, documentação, seguro saúde...
Então vamos lá:

Guia Leve de Mudança - parte de 1 de 5: Antes da mudança.
O intervalo entre a negociação da transferência e a mudança de fato pode durar meses. Esse período pode ser bem desconfortável: cheio de expectativa, ansiedade, fantasia, medo. Então, aproveite o tempo para ocupar a cabeça e o corpo, porque você vai ter que trabalhar, e muito!

1 - Imóvel.
Se próprio, vai vender ou alugar? Está por dentro de preços? Vai deixar em imobiliária ou vai cuidar de tudo? Vai vender/alugar com ou sem móveis? Se for deixar a casa fechada, alguém fará alguma manutenção em jardim e piscina, por exemplo?
Se a casa é alugada, atente para o prazo de comunicação de saída. Vale lembrar que, pela lei do inquilinato, como está sendo transferido pelo trabalho, você não precisa pagar multa caso deixe o imóvel antes de o contrato terminar
Se morar em prédio, veja em quais dias a mudança pode ser retirada. Tem condomínio que só autoriza durante a semana, outros só aos sábados...

2 - Garagem.
Você vai levar o carro? Se for vender, como vai fazer: anunciar ou deixar em uma concessionária? Já sabe quanto pedir? Os documentos estão em ordem para venda?
E as bicicletas?

3 - Escola.
Peça na escola das crianças o histórico escolar e a transferência. Já verifique procedimento e prazo para encerramento da matrícula. Faça o mesmo na escola de idiomas, artes, balé, natação...

4 - Trabalho.
Se você não foi o motivo da transferência, já é a hora de comunicar a saída? Como fará isso?

5 - Saúde.
Há exame médico pendente para alguém? 
Aproveite para colocar em dia consulta com pediatra, ginecologista, cardiologista, oftalmologista, dentista...
Será necessário comprar algum medicamento, pedir alguma receita para a viagem, fazer óculos novos?

6 - Empregados.
Tem empregada? Vai demitir? Faça as contas: aviso prévio, férias, décimo terceiro...

7 - Animal de estimação.
O que vai fazer com o bichinho? O gatinho e o cachorro podem ir junto, mas e o peixinho, a tartaruguinha...? Vai doar? Para quem?
Voltando ao gato e cachorro, é preciso correr atrás da documentação para a viagem, caso seja para o exterior. 

8 - Contas e correspondência.
Verifique o prazo para desligamento de tv à cabo, internet e telefone.
O que vai fazer com os celulares?
Se vai deixar a casa fechada, vai pedir desligamento de gás e energia?  Há serviços que não precisam ser desligados, podem ser suspensos com o pagamento de uma taxa mínima - o que pode evitar mais trabalho na hora do retorno.
Sobre correspondência de banco e cartão de crédito, você vai mudar o endereço de destinatário? Quem irá receber por você?
Seria o caso de colocar ou tirar alguma conta do débito automático?
Seria possível falar com o síndico, um vizinho ou parente sobre as cartas que chegarem? Alguém poderia guardá-las para você pegar depois ou elas poderiam ser reenviadas?

9 - Guarda-roupa.
Faça um inventário do armário. Tire tudo que não usa: roupa grande, apertada e-ou que não combina mais com seu estilo; peças velhas, estragadas. Isso vale também para roupa íntima, acessórios e sapatos. Veja se algum item precisa de lavanderia, sapataria. Leve tudo limpinho e em ordem.
Pense no lugar para onde está indo. O clima vai permitir que você aproveite o atual guarda-roupa? Avalie se você vai usar todos seus casacos. Em um lugar frio, cachecol nunca é demais. Mas em uma região quente, eles podem acabar estragando de tanto ficar no armário. Lógico que não estou falando para você doar todas as suas peças de inverno, nem dar fim ao seu casaco-sonho-de-consumo. Só estou sugerindo aproveitar a chance de liberar espaço e facilitar a arrumação no novo endereço.
Pense também na cultura do lugar para onde você e sua família estão sendo transferidos. Avalie se, no novo endereço, blusa tomara que caia, minissaia, miniblusa, super decotes, fendas e coisas do tipo não irão te constranger. Mais uma vez, não estou dizendo para dar fim a tudo, só sugiro ficar com aquilo que realmente vale a pena. Guardar por guardar, nesse momento, só irá te dar mais trabalho.

10 - Eletrodomésticos.
Verifique a voltagem do lugar de destino. Se for diferente, você vai comprar transformadores ou equipamentos novos? O que vai fazer com os eletros que já tem? Se for doar, pense em um lugar que retire as peças, normalmente é preciso fazer agendamento. Se for vender, como vai fazer isso e quanto vai pedir?
Importante lembrar que em alguns países, como Estados Unidos, geladeira, fogão, lavalouça e micro-ondas fazem parte da casa, você não precisar ter os seus por lá.

11 - Móveis e decoração.
Irão na mudança?
Se forem ficar, vão ser guardados onde: depósito, casa de alguém ou na sua própria casa?
Se forem para casa de alguém, você vai contratar empresa para fazer embalagem e transporte? Você mesma vai embalar tudo? Você deve precisar de caixas e plástico bolha para os itens frágeis - como taças - e um carreto.
Se sua casa for ficar montada, alguma coisa vai precisar de embalagem ou cuidado especial para não estragar com o tempo? Geladeira desligada por muito tempo, geralmente, dá problema depois.
Compensa levar roupa de cama e mesa? Você já sabe se irá servir na nova casa?
Os quadros ficarão? Como serão guardados?
O que fará com as plantas?

12 - Papelada.
Quais papéis, documentos, contas podem ser descartados? Pense em pastas arquivo - tipo plásticas - para o que precisa ser guardado.

13 - Livros.
Quais serão levados? Onde serão guardados os que podem ficar? As doações irão para onde?

14 - Cortinas e tapetes.
Seria o caso mesmo de irem na mudança? Você já sabe se as cortinas e os tapetes vão servir onde vão morar ou o endereço ainda será definido? Se forem ficar guardados, já seria o caso de lavá-los?

15 - Cozinha.
É hora da faxina nos utensílios. Faça uma limpa nos mil potes plásticos. 
Vocês estão de partida. Nada de estoque. Vá consumindo a reserva do freezer para não ter que jogar comida fora. 

16 - Brinquedos.
Aproveite para doar o que as crianças não brincam mais e para jogar o que está quebrado.
Organize em caixas plásticas. Separe caixas para bloquinhos de madeira, para quebra-cabeça, carrinhos, material de pintura. Não transporte nada solto. Ajuda muito na arrumação.

17 - Transporte.
No começo, como vocês vão se locomover no novo endereço? A ideia é alugar um carro? Se for, já pesquisem o modelo que vocês querem e deixem reservado na locadora.

18 - Outras providências.
Onde vocês vão dormir depois que a mudança sair, na casa de alguém ou vão ter que reservar o hotel? Lembre-se de ser um lugar fácil de chegar, já que vão estar cheios de bagagem.
Será preciso marcar um táxi  ou um transporte maior, por causa das malas?
Onde vão se hospedar assim que chegarem ao novo endereço: hotel, flat, apartamento mobiliado, casa de conhecido?

18 - Coração.
Deixei para o fim o que considero um dos pontos mais importantes: a despedida dos colegas, amigos e parentes. Reserve tempo para dar aquele abraço forte. Com a chegada da data da mudança, tudo fica mais corrido, então não deixe para a última hora. Vá organizando encontros aos poucos. Seja em casa, num restaurante, um cafezinho. Esses "encontros para dizer tchau" são muito importantes, é como um ritual de passagem, marcam uma mudança de vida, te dão aconchego e coragem para encarar a nova fase.

Eu procurei ser abrangente, mas claro que cada casa tem seu funcionamento.

Se é um apoio personalizado - totalmente pensado na suas necessidades - que você busca, veja como a Leve pode te ajudar com a Consultoria Online de Organização da Casa Pós-Mudança. Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Leia também:
Guia Leve de Mudança - parte 2: os dias antes da mudança. 
Guia Leve de Mudança - parte 3: encontrando a nova casa.
Guia Leve de Mudança - parte 4 : enquanto os móveis não chegam.
Guia Leve de Mudança - parte 5: a chegada dos móveis.

Expatriação: o motivo legalzinho pra chutar todos os baldes!

De todas as possibilidades que envolvem a vida de uma coexpatriada - quem vai pra lá da fronteira por alguém - penso que a mais interessante seja a possibilidade de tirar um período sabático sem ter que dar grandes explicações pra gente mesma e para os outros.
A resposta para todos os questionamentos é sempre "é que ele foi transferido." Simples assim! Pode ser também: "ela foi transferida." É menos comum, mas acontece.
O interessante é notar a expressão de quem iria te escrachar por largar casa, emprego, família, vizinho: "ah, tá...", em uma espécie de tá explicado temperado com uma minhoquinha: por que ela e não eu?
Pra ilustrar:
- O queeee? Vai pedir demissãaaaao, vai deixar a posição que custou zilhões de horas extras, fins de semana, férias adiadas, cabelos brancos e rugas?
- É que ele foi transferido.
- Ah, tá...
- O queeee? Vai alugar o apartamento que você acabou de reformar?
- É que ele foi transferido.
- Ah, tá...
- O queeee? Vai tirar as crianças da escola? Você ficou décadas na fila!
- É que ele foi transferido.
- A tá...
- O queee? Vai vender aquele sofa retrô ma-ra-vi-lhoooooo-so?
- É que ele foi transferido.
- Quanto é?
O fato é que ter a chance de fazer uma pausa pode ser uma grande viagem. A questão é saber onde isso vai dar.
Para mim o que vale mesmo é que o caminho seja cheio de descobertas. Pode ter um atraso ou outro, pneu furado, mapa de ponta cabeça...Mas o importante é que a gente permita a circulação, seja de ideias, energia, emoções.
Um toque: nesse caso a viagem costuma ser só de ida. Nunca mais seremos as mesmas!
Bom trajeto!
Precisa de mais apoio para lidar com sua nova vida longe do ninho? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br

Mais informações: www.leveorganizacao.com
Carmem Galbes

Depois da repatriação, a bagagem!

Olá, Coexpat!
Minha repatriação está fazendo aniversário. Um ano de "reBrasil"!
Balanço: impossível!
É que não dá para comparar coisas diferentes.
Explico: partimos com mente e coração de um jeito e voltamos com tudo revirado.
E no caso da minha família tem um "plus a mais", e bota a mais nisso - se é que você me entende...
É que deixamos o país "a dois" e voltamos "a três"!
Então, já viu, nem que tivesse congelado meus pensamentos e sentimentos, a vida voltaria a ser como era antes de cruzar a fronteira.
Mas de concreto mesmo sobre a ida e a volta: a bagagem acumulada! Desculpe o "clichê metafórico", mas não acho outro recurso que mostre tão claramente o resultado das últimas mudanças de endereço.
E se você está se preparando para voltar, aproveite - mas aproveite mesmo - cada segundo!
Visite lugares, visite os amigos "nativos", exagere nas suas receitas prediletas, vá às compras!
Só pense em alguns pontos antes de mandar embrulhar:
- A mudança pode demorar meses para chegar, então certifique-se de que não vai ter pressa para usar as novidades. Geladeira, fogão, cama fazem falta.
- Avalie se as aquisições vão caber na sua casa. Se você ainda não sabe onde vai morar no Brasil, comprar uma mega máquina de lavar pode se transformar em um big problema.
- Faça as contas! Às vezes, coisas como Real mais valorizado, taxa de excesso de bagagem e imposto encarecem o produto a ponto de o negócio não valer à pena.
No mais, como já disse, aproveite cada segundo! Porque expatriação um dia acaba, e fica a bagagem!

Está de volta ao Brasil e acha que não "cabe" mais aqui? Está tudo revirado? Você já não sabe mais responder de onde é, para onde vai, o que quer? Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Expatriação e endereço, é possível encontrar a casa ideal?

Olá, Coexpat! 

Se isso já é complicado no Brasil pesquisar, barganhar e fechar negócio, em outra língua exige - no mínimo - paciência com você mesma para definir seu novo endereço.
Ok, não tem milagre, a gente sabe que a verba é o que direciona a estratégia de busca por um teto. Mas definido o orçamento, outras coisinhas podem ajudar na escolha.

Antes de tudo, a família deve se perguntar:



  • Quem vai passar mais tempo na casa?
  • Quem vai administrar a casa na maior parte do tempo (limpar, organizar...)?A família vai ter ajuda pra isso? O tamanho pode fazer a diferença no tempo gasto com esse trabalho.
  • Que lugar faria a família se sentir em casa?
  • O profissional transferido irá viajar muito a trabalho?
  • É melhor a casa ficar mais perto do trabalho ou da escola?
  • É melhor a casa ficar mais perto de transporte público ou de lugares com ampla oferta de serviços ou os dois?

Com respostas definidas, sigam em frente!
Como cada país tem suas peculiaridades nas transações e cada cidade tem suas características, não é demais dizer que informação é o alicerce dessa empreitada.
Claro que cada caso é uma casa. Para alguns, qualidade de vida é estar em um ponto badalado ou morar longe do barulho ou em um lugar espaçoso ou poder almoçar em casa ou morar perto de outros brasileiros...Tem gente que tem que conciliar o endereço com a escola das crianças, já que em alguns lugares o cep pode definir um ensino de melhor qualidade.
Enfim...Vou partir da minha experiência. Tomo como exemplo minha busca quando mudei para os Estados Unidos.
Ainda no Brasil, fazendo aquela pesquisa frenética que toda expatriada em potencial faz, cheguei a um resumo básico sobre Houston: cidade grande, com péssimo transporte público, muito congestionamento, clima hostil - com furacões e tempestades que provocam alagamentos. Na pesquisa também levantei as principais áreas de comércio e a localização das melhores universidades.
Para o trânsito não me fazer romper com o relógio, seria importante buscar um lugar “perto de tudo”, que, para mim, é um meio termo entre trabalho, escola e comércio. Deveria ainda evitar o andar térreo - por causa das enchentes - e o último andar - para não correr o risco de ficar sem telhado durante uma ventania.
O bom é que a cidade é pensada para receber inquilino. Em cada esquina tem um condomínio de casas ou apartamentos com promoções interessantes. Está tudo ali, prontinho, gostou? E só pagar o depósito - a ser restituído no fim do contrato - e mudar.
Como em todo lugar do mundo, uma carta referência do seu trabalho ou do gerente do seu banco no Brasil pode ajudar a reduzir burocracia, ou alguns valores, como o do depósito de segurança.
Depois de uma semana de pesquisa, tempo curto se comparado com o período de procura no Brasil, e entre opções que tinham diferenças mínimas, preferi ficar com um espaço zero quilômetro. Acho que o cheirinho de lugar novo acabou dando gás àquela ideia de vida nova. Como as casas por lá já são equipadas com eletrodomésticos, poder contar com máquina de lavar, geladeira e coisas do tipo sem uso também foi um diferencial.
Acho ainda que acertei ao não escolher nada grande. Serviço doméstico é caro nos Estados Unidos e, não adianta, faxina brasileira? Só no Brasil. Então é bom facilitar a vida e se preparar para encarar o estilo “faça você mesma”.
Gostou da sua escolha? Ótimo! 

Ficou decepcionada? Se vale uma última dica: ajuda ter sempre em mente que nada é para sempre! Ainda mais para expatriado...Se o seu endereço estiver afetando muito a sua adaptação e qualidade de vida, avalie se não seria melhor buscar um novo local. Dessa vez coloque tudinho no papel. Faça uma coluna de prós e contras.
Só não deixe sua vida "parar" por uma escolha feita - muitas vezes - na sorte. Seja mais doce e tolerante com você mesma e encare alguns gastos extras como parte do pacote de mudança para uma vida completamente nova! 
No universo "expatriático" errar é mais que humano, é esperado! Então siga em frente e seja feliz!
Só uma coisinha: a ajuda do pessoal da empresa de relocation é crucial, principalmente quando o assunto é papelada, mas não deixe de fazer a SUA busca por informações. Só você e sua família sabem o que é importante para vocês!
Carmem Galbes
Imagem: SXC

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...