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Como comprovar a fluência?

Olá, Coexpat!Os especialistas dizem que somos fluentes quando a comunicação acontece naturalmente.
Partindo do pressuposto de que a gente aprende a falar ouvindo, viver no meio dos “nativos”, acompanhando de perto - por exemplo - ritmo e entonação nas conversas, pode ajudar e muito esse processo.
Por isso tem aumentado a quantidade de brasileiros em classes estrangeiras. Pelas contas da Brazilian Educational & Language Travel Association, no ano passado, 120.000 embarcaram para o exterior com o objetivo de aprimorar um outro idioma. O número é quase 40% maior que em 2007.
Interessante perceber que isso não é mais decisão restrita ao universo adolescente ou de recém-formado. A turma que passa dos 40 também tem frequentado essas aulas ministradas em outro país.
Lindo! Mas o fato é que, além, de muita gente não poder embarcar nessa viagem, dizem que passar uma temporada fora ainda não é o suficiente para comprovar para o mundo o nível de fluência.
Na edição dessa semana, Veja aborda o tema em forma de guia. A revista traz um apanhado dos principais testes de proficiência em inglês, espanhol, francês, italiano e alemão.
Segundo o texto, esses certificados são uma prova importante de que o sujeito é capaz de entender e ser entendido em uma língua estrangeira. “No universo corporativo, praticamente todo mundo arranha o inglês, e é comum destacar no currículo o "inglês fluente". O diferencial está em provar que, de fato, se domina outra língua”, salienta a reportagem.
Mas no fundo, no fundo mesmo, só a gente sabe o quanto a gente consegue “passear” por outro idioma. Tive um professor que costuma fazer a ligação direta entra emoção e fluência. “Conseguir comunicar sentimentos sinceros em outra língua é um bom referencial de que a pessoa está realmente envolvida com o idioma”, diz ele.


Carmem Galbes

Imagem: SXC

Barraco no salão.

Olá, Coexpat!
Semaninha difícil essa, não?

Essa bolha imobiliária...
Fico pensando de que forma essa tormenta atinge o comportamento mais corriqueiro.
Olha só essa história: uma brasileira foi ao salão aqui em Houston. Fez luzes. O profissional perguntou se ele gostou. A resposta: não.
A cliente esperava, como normalmente acontece no Brasil - segundo ela - ter a chance de falar que pensava em algo não tão loiro e assim remarcar um horário para retoque.
Mas o “home” ficou doido. Não deixou nem pagar a conta. Abriu a porta e pediu que saísse. Não satisfeito, mandou um recado por uma outra cliente: que a brasileira nunca mais aparecesse.
Eu pensei, gente, se fosse comigo de duas uma: ou eu já mandava o cara para aquele lugar ou virava as costas e adeus.
Uma outra possibilidade, que os americanos adoram - aliás, seria chamar a polícia.
O fato é que a brasileira ficou arrasada e repetiu uma frase bem comum entre coexpats em apuros: “o-que-que-eu--fazendo-aqui
? Preciso-disso?”

No fundo a gente precisa mesmo é de água e comida para sobreviver. Se a gente escolhe algumas coisas, como batalhar em outra cultura, é porque o básico não basta.
É lógico que a brasileira disse que o maluquete não faria isso se fosse uma americana. Sei lá, tem gente besta em todo lugar, além do mais o cara pode ter mil motivos.
Pode ter dinheiro no mercado de ações, pode ter perdido 18% nessa semana. 18% mais pobre em uma semana pode deixar o mais equilibrado piradinho.
Outra possibilidade: o cara pode ser desses profissionais que se acham artistas e não aceitam tratar o cliente como cliente, mas como espectador. Ele pode ter levado um chutão no traseiro, sei lá, tanta coisa pode ter acontecido.
A brasileira expulsa do salão falou em procurar a associação dos cabeleireiros e reclamar. Até que ela é fina, eu jogaria uma bela praga...
Falando do ponto de vista da brasileira - porque só tive acesso à versão dela - penso que o episódio pede uma reflexão mais no sentido da autoestima. Penso no silêncio dela na hora, no fato de ela não ter tentado resolver tudo ali, não ter conseguido controlar a situação.
No lugar dela acho que teria a mesma reação, o espanto me paralisaria.
O problema mesmo é não ter o controle da ferramenta básica para exigir ser tratada com decência: o idioma. E quem enfrenta uma metralhadora só com pedras?
Diante disso, sugiro algumas estratégias: seguir com afinco no estudo da língua, se aprofundar na cultura - talvez aqui dizer que não gostou do trabalho seja mesmo inaceitável - ou não pintar mais o cabelo.
Sugiro as duas primeiras, porque ficar com o cabelo lindo, poderoso e poder cuidar da gente é bom em qualquer lugar do mundo, ?


Carmem Galbes

Em busca do eu em outro idioma.

Olá, Coexpat!
Hoje entrei em contato com dois livros que jamais chamariam minha atenção não fosse esse estado 'expatriático'

É que se tem uma coisa que a gente não para muito pra pensar - apesar de isso ser a base da saúde emocional e social - é sobre a importância de compreender e de ser compreendid@, ao menos, na maioria das vezes.
O primeiro, Lost in Translation, trata da comunicação em sua forma mais ampla sob o ponto de vista de alguém que, para sobreviver, teve que aprender o -á- de uma língua estranha em plena adolescência.
O interessante é que Eva Hoffman acabou construindo sua carreira exatamente a partir da palavra estrangeira. Polonesa educada no Canadá e britânica por opção, a autora - cidadã americana - é professora em Havard e colaboradora do New York Times.
O livro de Eva marca porque trata da perda de referência, perda do suporte intelectual e, talvez, até perda de malícia quando é necessário adotar outro idioma. 

Lembra da história de ser café com leite?
O outro livro me fez pensar na questão da criançada que tem saído cedo de casa para acompanhar a escalada profissional dos pais.
The Rice Room traz a história de Ben Fong-Torres. Nascido nos Estados Unidos, o drama do escritor da Rolling Stones é a comunicação com os próprios pais, imigrantes chineses. Fong-Torres não aprendeu mandarim e seus pais nunca entenderam muito bem o inglês.“Sou um jornalista, meu trabalho é comunicar mas eu nunca consegui ter um contato bem sucedido com as pessoas mais importantes para mim”. 

Angustiante...
Para pensar como estamos lidando com o novo idioma, com o idoma materno, com a criação dos filhos, com a comunicação em casa e com a gente mesm@...

Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...