Salve Jorge!

Olá, Coexpat!
O Guerreiro, a lança, o cavalo, o dragão.
A bravura!
Ah...se expatriada tivesse padroeiro...
23 de abril, dia de São Jorge.
Dia de Ogum.
Dia da coragem, decreto eu.
Se pudesse, decretaria esse também o dia da Coexpatriada.
O dia de quem, com ânimo, aceita dar um longo passo, fazer uma grande mudança em nome do sucesso de outra pessoa.
Dia de quem ousa seguir.
Dia de quem acredita na força da experiência.
Dia de quem topa errar e tentar de novo.
Dia de quem tem fé na perseverança e reconhece um acerto.
Dia de quem constata a diferença, de quem aceita a diferença, de quem luta pelo direito de ser diferente.
Dia de quem enrola a língua, mas se faz entender.
Dia de quem capricha na imaginação para compreender.
Dia de quem sente saudade, 
Que enverga, mas não quebra.
Dia de quem tem medo de avião, mas embarca.
Dia de quem tem a alma livre e solta.
Dia de quem vai e vem, mas não se esquece da essência, do que é importante, do que vale a pena.
Parabéns Coexpat!
Carmem Galbes

Saladão!


Olá, Coexpat!

Hoje o papo tá uma mistureba que só lendo, viu?
Na semana em que um fumacê fechou o espaço aéreo europeu, fiquei pensando em uma outra nuvem - a que encobre o desgaste profissional e emocional de se assumir um cargo no exterior.
O assunto expatriação surge, quase sempre, envolvido por uma aura de glamour, sucesso, etc e tal.
É só ler essa matéria do IG - Talento made in Brazil - para se convencer de que mudar de ares - por si só - já é um grande impulso na carreira.
Claro que empresa alguma expatria mané, ou pelo menos tenta não fazer isso...mas que trabalhar lá longe pode ser um desastre e deixa até o profissional mais 'safo' com frio na espinha.
Um exemplo é o que tem passado o brasileiro Tito Martins, presidente da Inco no Canadá, empresa comprada pela Vale. O mega executivo enfrenta uma greve de mineiros que já dura 262 dias, isso mesmo, cerca de 9 meses.
Veja só o que disse à revista Exame John Rodriguez, prefeito de Sudbury, cidade que reúne o maior número de grevistas, "a Vale não ouve o que o sindicato diz, o sindicato não confia na empresa e, enquanto for assim, não há negociação possível."
Aí não há criatividade nem flexibilidade que dê jeito.
Mas se você compartilha com a ideia de que cada caso é um causo e está sempre pronta para cruzar a fronteira, não se acanhe em abandonar essa página sem ao menos um tchauzinho - para ver se alguma das vagas listadas aqui fazem você topar o carimbo no passaporte.
O apanhado de postos abertos no exterior está na última edição da Você SA.
Agora mudando de pato pra cachorro. O Ministério da Agricultura anunciou que cão e gato vão ter que tirar passapote para sair voando por aí.
Dizem que o passaporte vai facilitar a vida dos bichinhos e dos donos também, porque vai reunir todos os dados e documentos necessários para o transporte.
Ainda não há data para o Ministério da Agricultura começar a expedir o documento.
Outro fato curiosíssimo. Os responsáveis pelo censo americano querem que todos os imigrantes brasileiros, legais ou não, preencham o formulário da pesquisa. Eles dizem que as informações não serão enviadas para os "home" da imigração. A tá. Quem não responder ou mentir nas respostas pode pagar multa de até US$ 500. O governo brasileiro estima que 1,240 milhão de brasileiros tentam viver o sonho - seria pesadelo? - americano.
Só pra terminar: dizem que gentileza gera gentileza. É mentira! Eu sei, dói ouvir isso. O fato é que tem gente que é grossa e amarga desde o útero e nunca vai se deixar levar pela delicadeza. Mas não é por isso que a gente vai também sair por aí dando coice, né?
Acho que a frase merece um complemento: gentileza gera gentileza com a gente mesma. E assim a vida segue boa!
Carmem Galbes

Desastre cá e lá.

Olá Coexpat!
Segunda-feira. Depois de 10 minutos voando em circulo, porque o mau tempo havia fechado o aeroporto, desembarcamos no Santos Dumond.
Sucesso total na primeira viagem aérea do nosso filhote!
Eram 5 e meia da tarde. A chuva - ainda fina - motivou a conversa com o taxista.
Meu marido: "E aí, muita chuva nesse fim de semana?"
O taxista: "Pra mim, choveu pouco!"
A frase, proferida palavra por palavra, sem rodeios, soou como uma praga daquele taxista sombrio. PARA-MIM-CHOVEU-POUCO. POUCO. POUCO. POUCO...Com o maldito eco na cabela, fiquei pensando se aquele ser sabia de algo ou se era só mau humor mesmo.
Tanto faz...O fato é que assim que botamos o pé em casa, o mundo começou a cair no Rio.
Esse é o segundo desastre natural que eu e minha família enfrentamos em menos de dois anos. Um no chamado primeiro mundo e outro aqui, que dizem ser um país em desenvolvimento.
Em Houston encaramos um furacão, que arrastou bens e vidas. Aqui no Rio, a chuva congestionou, afogou, soterrou casas, enterrou pessoas vivas.
Como tem muita gente usando a tragédia para angariar audiência e voto, decidi rebobinar a cachola e comparar.
E comparando, não tem como não dizer que desastre é desastre em qualquer lugar do planeta, e que, no fundo no fundo, cobranças, jogo de empurra de responsabilidades, confusão e amadorismo ao lidar com o risco são comuns, independente da bandeira.

- O estrago: passado o primeiro susto, o que mais se ouve é que a coisa poderia ter sido menos grave. Isso é dito em qualquer ambiente que tenha governo e oposição, não importa o pib.
Em todo lugar o estrago sempre poderia ter sido menor se houvesse mais humanidade, menos ambição entre quem lida com a verba pública, isso em todo canto do planeta!

- O prejuízo: pobre é pobre. O que significa dizer que essa gente é mal tratada e ponto, que quando perde as coisas em tragédias assim, perde tudo. Se tem pobre, tem área de risco, não importa em que hemisfério. Se tem pobre, tem resistência em deixar a casa em risco. Saqueador não tem endereço fixo! Se tem pobre, geralmente, tem muitas mortes, muita história triste, muitas lágrimas, muito nó na garganta, muito desespero. Tem absurdo. Tem favela em cima de lixão. É lixo embaixo e em cima de gente. Gente que vira resíduo...

- A segurança: em dias assim tem muito bandido pra pouca polícia. Em Houston o prefeito decretou toque de recolher à noite. Aqui traficante é que tem essa autoridade. Se bem que muita gente acatou o apelo do prefeito do Rio para não sair de casa. O povo atendeu morrendo de medo de perder o emprego, mas atendeu...Azar de quem ficou preso no trânsito, isca fácil até para pivetes sem experiência.

- A prevenção: estão descendo a boca na previsão meteorológica feita no Brasil. Adianta falar que vai ter uma mega chuva se ninguém acredita no pior? Aliás, essa é a principal diferença que percebo entre as catástrofes: como elas são comunicadas.
Nenhum órgão público do Rio disponibilizou algum tipo de informação pré ou pós enchente em site, blog, twitter...
Nenhum canal de tv disse que a coisa ia ficar feia, mas todas as emissoras correram para mostrar a feiura...
Essa é a diferença. Em Hounston, o furacão estava previsto para chegar à noite. À tarde, as tvs, rádios, sites já estavam com programação exclusiva para informar e, assim, orientar e tentar previnir maiores danos. Mas a gente tem certeza que Deus é compatriota e que essa terra é boa demais porque não tem nevasca, terremoto...bla blá blá...
Mas a informação de alguma forma chega...a conta do twitter criada para dedurar blitz da lei seca, por exemplo, divulgava pontos alagados e congestionados. É aquela história de a marginalidade fazer o papel do estado.

- A solidariedade: em dias assim aparece sempre, independente do idioma. Acho que até ET entende o tal do SOS.
E se você puder doar, segue link com os postos de arrecadação: projeto enchentes.
Enfim, desastre natural é uma tristeza, nem mais, nem menos que aqui ou lá longe.
Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...