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Expatriação e a criação da realidade que você quer!

Olá, Coexpat!

Você cria a sua realidade!
Muita gente acredita que isso é balela, que é papo de autoajuda...
É não!
Exemplo?
Até ontem essa flor simplesmente não existia para mim. Não existia porque eu nunca tinha prestado atenção de fato em uma orquídea sapatinho.
Bastou que eu parasse, olhasse com mais cuidado para cada detalhe da planta para que ela passasse a compor a minha realidade. 
Simples assim: em um momento não existia, em outro já era fundo de tela do meu celular...
Acontece com flor, com uma gordurinha no corpo, com um olhar de alguém, com uma palavra, com uma situação, com uma emoção, com um pensamento: nós decidimos o que fará parte da nossa realidade, o que vai ganhar a nossa atenção, com qual intensidade. 
A realidade é como um som, se será melodia ou barulho depende das nossas escolhas.
Eu poderia ter deixado a orquídea pra lá e ter focado em outros aspectos do jardim: talvez numa erva daninha, numa praga...preferi a flor. Preferi porque estava atenta, pronta para direcionar a minha energia para o que traz beleza e alegria para o meu dia. 
Você não está feliz com a sua expatriação?
Não está se sentindo bem no lugar em que está vivendo?
Não está curtindo as pessoas com as quais está se relacionando?
Está odiando a sua rotina no novo endereço?
Para onde exatamente você está olhando? 
Para quais aspectos você está direcionando a sua atenção?
Se voltar para a sua antiga vida, antiga cidade não é uma opção, como você poderia melhorar seus sentimentos a partir da realidade em que você está?
O que te faria bem?
Será que isso já não estaria à sua disposição, só está a espera de que seja olhado?
Você cria a sua realidade! Isso é fato! A questão é: você está gostando da sua criação?

Carmem Galbes

A importância da proteção para cônjuge de um profissional expatriado.

Olá, Coexpat!
Você já fez o seu hedge?
Hé o que?!
Calma...eu explico...
Vamos do começo:
Quem gosta de correr risco, de ter prejuízo?
Ninguém!
Por isso tem tanta gente que trabalha exatamente para identificar e reduzir o risco de perdas.
Tem gente especialista em botar preço no risco.
Tem gente especialista em criar produto para reduzir o risco.
Quando uma empresa vai fazer um grande negócio tem um povo que atua só para atenuar o risco desse negócio.
Exemplo: uma empresa encomenda um equipamento no exterior a ser pago metade no ato e metade na entrega do equipamento. Ela faz uma projeção do preço, mas não pode ou não quer correr o risco de pagar por um dólar muito acima do que ela previa. Então ela vai no mercado financeiro - no "setor" chamado de mercado futuro e faz um hedge (proteção): ela determina em contrato que em uma data X ela tem o direito de comprar um dólar na cotação Y, independente da cotação que esteja naquele momento.
Como?
Eu poderia discorrer sobre o sagaz trabalho de quem ganha na especulação, nas apostas de alta ou queda do dólar, mas vou poupar vocês dessa onda de economês que me atacou nos últimos dias...😂🤪
Quer ver um outro exemplo de hedge só que mais presente no nosso dia a dia: quando você vai viajar para o exterior e compra a moeda local em vez de deixar para pagar suas despesas no cartão, você está se protegendo contra uma alta, está fixando o preço da moeda ao compra-la antes da viagem.
Bom...
Meu objetivo aqui é só mostrar que existem recursos concretos para reduzir o risco. E é aí que eu quero chegar: como trazer esse conceito de hedge - ou de proteção contra perdas - para o universo das Coexpats?
O que uma coexpat pode fazer para se proteger contra os riscos de perda ao apoiar a carreira do amado em outra cidade, outro país?
Vou usar o meu caso:
Na minha primeira coexpatriação - que foi de São Paulo para o Rio - eu não fiz hedge nenhum e quase me estrepei, quase me afundei de verde amarelo - seja lá o que isso quer dizer...😂
Já na segunda coexpatriação - do Rio para os Estados Unidos - eu me agarrei ao meu blog. Na época, ferramenta ainda desconhecida para a maioria - inclusive para mim - ele me salvou da invisibilidade social e me ajudou a dar palavra ao que eu sentia naquele processo.
Na coexpatriação de Houston para o Rio eu protegi a minha saúde física e emocional me entregando de corpo e alma à maternidade.
Na minha coexpatriação do Rio para Recife fiz meu hedge contra perdas me desvendando espiritualmente.
Na coexpatriação do Recife para o Rio meu hedge está na descoberta das minhas facetas profissionais.
E você tem um hedge? Qual é? Contra quais danos ele tem te protegido?

Carmem Galbes

Expatriação, homem das cavernas e adaptação.

Olá, Coexpat!
Eu sempre reflito sobre o processo de adaptação "longe de casa".
Por que para algumas pessoas é mais fácil do que para outras?
Dias desses foi a biologia que inseriu mais peças para ajudar a montar meu quebra-cabeça cultural.
Eis que por algum motivo - que já não me lembro qual diante de tanto conteúdo que pipoca pra gente o dia todo - que surge o tema Neandertal.
Por que ele desapareceu se era considerado mais forte que o Homo Sapiens?
Existem várias teorias para explicar o desaparecimento, uma delas diz que o homem das cavernas sucumbiu porque tinha menos capacidade de aprender que o Homo Sapiens.
Eita!
Aprendizado = adaptação ao novo?
Só isso?!
Seria se não fosse por um "ops":
Pesquisas recentes já detectaram traços do DNA de Neandertais em Homo Sapiens o que indica que os Neandertais e os Homo Sapiens teriam se relacionado.
Claro que fiquei tentada em atribuir aos genes a capacidade de adaptação:
Menos capacidade de adaptação ➡️  Maior presença de genes de Neardertais no organismo.
Ah...se fosse simples assim:
Tipos de genes =  adaptação mais rápida ou mais lenta.
Pensando bem, ainda bem que não é. Se fosse genético, estaríamos condenados à uma situação...
O fato é que isso me levou a buscar uma fórmula para a adaptação.
Eu tentei sintetizar, mas olha como ficou a minha equação da adaptação:
Saúde física + espiritualidade equilibrada + disposição em aprender + aprender + praticar + corrigir erros + autoestima + coragem + leveza + bom humor + suporte da comunidade = adaptação.
E a sua fórmula para a adaptação, qual seria?

Carmem Galbes

Expatriação ou expatraição?

Olá, Coexpat!
É uma coisa muito engraçada. 
Toda vez que escrevo a palavra expatriação, meus dedos se perdem no teclado e acaba saindo expaTRAIÇÃO.
Ato falho?
Ai...santo Freud!
Mas é de se pensar...
Estamos em um processo de expatrIAção ou expatrAIção?
A resposta é pessoal e intransferível.
Sabe o que pode ser mais libertador - ou dolorido - dependendo do ponto de vista?
Só depende da gente posicionar essas letrinhas!
O que você tem feito para não se trair nesse processo de apoiar a carreira do seu parceiro em outra cidade, outro país?
Carmem Galbes

Fragmentos da rotina do cônjuge expatriado...

Olá, Coexpat!
O clima mudou, o cabeleireiro ficou no Brasil: cabelo sem corte, mal tratado... Depilação - antes sempre em dia - agora sempre por fazer... Manicure acessível é "privilégio" de brasileiras: vergonha das mãos, com unhas lascadas e cutículas gritando... E tem as atividades da casa que frustram... E a energia vai baixando... E tem a carreira pausada... Qual será o motivo de tanto desânimo e cansaço? Não sei...o exame de sangue está impedido pelo medo de abrir a boca em outro idioma... E tem o jeito mais distante do pessoal da escola das crianças... E tem a ausência do cafezinho com os colegas, do bate-papo tête à tête com as amigas, do futebol com os amigos, da sopa na casa da mãe, da ajuda da "secretária do lar"... E tem o marido tão ausente, a esposa tão distante com as novas funções na empresa... Frescura? Imaturidade? Despreparo? Dê o nome que quiser. Fato é que tudo isso aí de cima pode arrebentar com uma expatriação tão cara para a empresa. O que fazer, então? Trabalhar com a perspectiva de que a expatriação é um processo em família, portanto todos os envolvidos são profundamente afetados pela mudança, já é um bom começo.
Valorizar o papel de todos os envolvidos é um tremendo passo.
Incluir no processo todos os envolvidos é estratégico.
Reconhecer o esforço e entender as dores de quem está "longe de casa" é humano.

Carmem Galbes

Expatriação e sinônimos, quando só uma hashtag explica!

Olá, Coexpat!
Expatriação! 
Toda vez que esse conjunto de letras e sons vibra na minha mente, um monte de palavras-chaves pipoca nos meus olhos e ouvidos.
Acho palavras-chaves incríveis, elas abrangem e resumem ao mesmo tempo. Explicam e abrem possibilidades.
Ótimo, porque expatriação é mais do que sair do nosso local de origem, é mais do que cruzar uma fronteira. Expatriação é mais do que ser transferido pela empresa para um outro país, é mais do que receber um pacote de benefícios, mais do que apoiar a carreira de outra pessoa em outro lugar. 
Expatriação é sobre:

  • Mudar.
  • Aprender.
  • Permitir.
  • Experimentar.
  • Ousar.
  • Avançar.
  • Virar.
  • Desafiar.
  • Empreender.
  • Assumir.
  • Abraçar.
  • Romper.
  • Gerar.
  • Construir.
  • Demolir.
  • Apoiar.
  • Fazer.
  • Lançar.
  • Inventar.
  • Reinventar.
  • Questionar.
  • Responder.
  • Renascer.
  • Amar.
  • Evoluir.
Sinuoso assim...sem ordem assim...sem lógica assim...
E tem muitas outras palavras-chaves que agregam significado à expatriação. Tudo depende do repertório e da disposição de cada expatriada, de cada expatriado ao viver essa experirência.
Que sua vida em outra cidade, outro país, longe do conhecido seja pautada por muitas e muitas hashtags!
Carmem Galbes

Expatriação e a arte de aceitar o presente como um presente!

Olá, Coexpat!
É um passo que se dá.
É apenas uma decisão.
Uma única escolha e toda uma história pode mudar.
Outro dia assisti a um filme, sou péssima para indicar porque sempre me esqueço dos nomes...enfim - o enredo era mais ou menos assim: uma criança morre...muitos anos depois uma família - pai, mãe e filha - vai morar na casa que essa criança vivia. A mãe - de alguma forma - consegue viajar no tempo e contactar essa criança em vida. Ela consegue evitar a morte do garoto, mas isso muda toda a história da vida dela e de outras pessoas. Ela age certa de que fazia um bem. Mas nessa mudança ela perde seu maior tesouro: a própria filha. 
A história se desenvolve e tem um final feliz. 
Dei o spoiler para não perder a sua atenção com o fim do filme. 
O que quero mesmo é jogar luz sobre o que chamo de comparação cruel, uma postura muito comum entre parceiras e parceiros de profissionais transferidos: "a...se eu tivesse feito outra escolha...a...se eu não tivesse topado apoiar a carreira de outra pessoa...a...se eu não tivesse deixado o Brasil, a minha cidade, o meu emprego...a minha vida seria beeeem melhor do que é."
Seria mesmo?
Dois pontos:
Chegou o convite para a expatriação, sua vida mudará para sempre, aceitando ou não a proposta. Vez ou outra você - ou seu parceiro ou sua parceira -  irá fazer o exercício do "e se..." e isso pode ser bem angustiante, além de ter alta capacidade para ferir e provocar ressentimentos.
Sobre a comparação com o passado: o que a sua vida era é realmente o que era ou passou a ser uma criação bem florida da sua imaginação a partir da dor e do desconforto que você sente hoje?
Estudos mostram que memória não é memória de fato, mas uma versão, uma interpretação do passado a partir das emoções que sentimos ontem e hoje.
Essa abordagem que faço, essa provocação é mais para propor uma reflexão sobre as expectativas que você cria com relação ao novo endereço, à nova vida a partir de um passado que pode não ter sido assim tão maravilhoso como hoje você pinta.
Não estou duvidando da sua história, não é isso.
Também não tenho a loucura de acreditar que o passado não nos influencia, nem proponho que você tenha que amar logo de cara essa nova vida longe de tudo o que é conhecido.
Só penso que deixar o passado um pouco em seu devido lugar, reduz comparações, expectativas, cobranças e abre  espaço para as experiências do agora.
Taí um exercício bem legal: como seria sua vida hoje se você deixasse de viver no passado e se mudasse de vez para o presente?

Carmem Galbes

Organize-se e cure-se dessa coisa ruim que você sente na sua expatriação!

Olá, Coexpat!
Exaust@?
Desanimad@?
Sem energia?
Parece estar gripad@, mas não tem coriza, nem febre, nem espirros?
Chorando do nada?
Com ódio do mundo?
Querendo voltar "pra casa" no primeiro voo?
Certeza que está deprimid@? Que precisa ser medicad@?
Certo, vá ao medico!
Mas saiba que pode ser que você não esteja doente. Pode ser que você esteja é desorganizad@!
Pode ser que o remédio seja:
✔️ Descartar o excesso e o lixo.
✔️Encontrar o melhor lugar para o que te serve.
✔️Deixar a casa Leve, prática, limpa e bonita.
✔️Criar uma rotina que te libere e não que te escravize.
✔️ Criar uma agenda com tempo para você se dedicar ao que te completa, te faz bem, te deixa feliz.
Organização é a base para uma expatriação plena e de realização.
O tempo é curto, a ajuda é escassa, os desafios são gigantes.
Então organize-se!
Bote as coisas e as ideias no lugar!
Resgate-se do caos!
Agarre essa experiência com unhas e dentes, porque ela - como tudo na vida - também vai passar!
E você vai perder a chance de ouro de aproveitar tudo o que pode da vida em uma outra cultura, em um outro mundo?!
Acordaaaaaa!!!!!!!

Carmem Galbes

Já que tem que fazer, que seja divertido!

Olá, Coexpat!
Que esse seja seu mantra: já que tem que fazer, que seja divertido!
Só quem já mudou de cidade algumas vezes sabe como pode ser lento o processo de formar novamente uma rede de apoio no novo endereço. Encontrar médico, dentista, açougueiro, diarista...leva tempo. 
Com meu vai e vem, minha estratégia é já tentar entrar em algum grupo de rede social da escola do meu filho, do prédio, enfim, de onde der para pegar informação e também simplificar ao máximo o cuidado com a casa: 
✔️Poucos móveis.
✔️Sujou-limpou.
✔️Pegou-guardou e coisas do tipo, além de dividir tarefas, claro!
Quanto à roupa, lavo e estendo o mais esticado possível, melhor se for no cabide. O objetivo é não precisar passar. Mas se não tem como evitar, eu passo. Passo mas me divirto! Como? Playlist!🎧 🎵 Minhas músicas favoritas são como um portal que me levam da área de serviço para a pista. E quando eu vejo, o passar passou!
Confissão: camisa vai pra lavanderia, sai mais barato!😂
E você, o que faz para lidar com as tarefas que você não curte e não tem como escapar? 
Como você deixa a sua rotina mais divertida? 
Já pensou que o lidar com a casa pode levar sua vida pessoal e profissional para outro patamar?
Já contei que foi depois que decidi organizar minha casa, como manda as técnicas de organização, que eu dei uma super e feliz virada na minha carreira?
Se eu não tivesse tido essa ânsia de botar tudo em ordem, talvez estivesse batendo cabeça ainda na minha vida profissional...
De tudo a gente pode tirar lição e inspiração!
Aprenda e inspire-se!

Carmem Galbes

Expatriação, suporte à carreira de outra pessoa e o tempo das coisas...

Olá, Coexpat!

Há tempo pra tudo...principalmente quando o assunto é expatriação, especialmente quando o assunto é apoiar a carreira de outra pessoa em outro lugar.
Há tempo de empacotar e de desembalar.
Há tempo de bagunçar e de organizar.
Há tempo de criticar e de se adaptar.
Há tempo de se assustar e de se maravilhar.
Há tempo de sentir saudade e tempo de não querer ir embora.
Há tempo de explorar o mundo e de olhar pra dentro.
Há tempo de se dedicar aos outros e tempo de investir em si.
Em que tempo você está?
Já deu tempo de se investigar nessa vida longe do ninho, de encontrar algo que encha seu dia e sua alma de alegria nesse endereço tão distante? 
Isso pode levar tempo também!
Mas isso não é motivo para menosprezar a busca pelo que te faz bem e pelo que deixa o mundo melhor!
Eu sigo aqui investindo em um novo projeto!!

Me fala de você!

Carmem Galbes

As partidas são de partir o coração...

Olá, Coexpat!
Partir...
Quem inventou as palavras não poderia ter sido mais competente em usar para dois verbos diferentes a mesma combinação de letrinhas, P+A+R+T+I+R:
- Ir
- Dividir
Nos últimos 17 anos o partir tem carimbado a minha história nômade, seja eu partindo da casa de alguém, seja alguém partindo da minha.
Ontem foram meus pais que partiram daqui.
Se o dia da chegada, melhor - se os dias que antecedem a chegada são uma delícia que fica ainda mais deliciosa com a estada de quem chega, o dia da partida é um horror. E na minha memória o dia da despedida parece sempre cinzento.
Ontem estava assim...
Ficar com a casa vazia, em silêncio, depois de tanta risada, conversa, passeios é muito dolorido.
Não me acostumo com as partidas...nunca...
Por que mesmo elas existem?
Por que a distância existe?
As partidas são de partir o coração...
Elas dividem a gente, fisicamente e nas nossas querências: é querer estar aqui e lá ao mesmo tempo...é querer voar e plantar ao mesmo tempo...
Já disse: não me acostumo com as partidas, nunca...
Mas amo as chegadas! Ah...como elas revigoram...
É...só não consigo ter uma coisa sem ter outra.
Um eterno chegar é loucura...é impossível.
Então vem cá partida, te abraço, te acolho, mas só porque sem você não teria o delicioso gosto das chegadas, só por isso...


Carmem Galbes

Expatriação e a importância de cuidar das nossas bases.

Olá, Coexpat!
Amo meus pés! 
Com eles ando, paro e não caio, corro, pulo, tropeço...
Cuidar dos pés é simbólico, é cuidar das bases.
Teve uma fase em que eu torcia muito meus pés. Foi preciso muito estudo e auto-observação para descobrir que as torções queriam me mostrar que eu estava indo por um caminho que não tinha nada a ver comigo...
Ao olhar para os meus pés, para a minha base, me reorientei.
Que tal usar essa mudança de endereço para cuidar dos seus pés, para fazer as pazes com a sua base?
Às vezes essa expatriação, essa transferência é a torção que faltava para você olhar para os rumos que você tem tomado...
Estar longe de casa, em outra cidade ou país, em nome do desenvolvimento da carreira de outra pessoa não é nada fácil! Exige coragem, mas pode ser a grande oportunidade para testar caminhos, e - por que não - desbravar outros?
Que essa sua vida expatriada, que sua vida de "cônjuge expatriad@" fortaleça suas bases e alargue seus horizontes!
Bora então cuidar com carinho do que nos faz seguir adiante!
Em tempo... 20 minutos depois, pés macios e relaxados!

Carmem Galbes

O ritual para ver beleza em uma expatriação.


Escrevo esse texto enquanto aplico uma máscara no rosto.
Sim, sempre começo a escrever  mentalmente enquanto vivo a vida. Só depois o texto vai de fato para o papel.
E parece que quanto mais corriqueira a atividade, mais o texto flui...
Se bem que aplicar uma máscara no rosto não é algo tão trivial assim...
Primeiro de tudo, precisamos estar em harmonia com a gente mesma, porque só quando estamos bem com o nosso eu sentimos vontade de nos cuidar.
Ninguém que está no fundo do poço fala assim: aim... deixa eu ir lá no banheiro aplicar uma máscara no rosto para ver se eu melhoro...
Quando estamos mal, costumamos fazer coisas que nos agridem...nos entupimos de junk food, junk drink, junk feelings, junk thoughts...Mas, não! A ideia aqui não é falar de comida lixo, bebida lixo, sentimento lixo, pensamento lixo. A ideia é falar de boniteza.

Voltemos à máscara!
Como defendi, aplicar uma máscara requer um bom estado de espírito e um bocadinho de tempo. Você não chega e pá, lambuza a cara.
Vamos ao ritual:
  • Prender o cabelo.
  • Proteger o cabelo para a máscara não grudar nos fios.
  • Limpar a pele.
  • Aplicar a máscara.
  • Deixar agir por 20 minutos. Melhor se der para sentar, relaxar e curtir o processo.
  • Tirar a máscara.
  • Sorrir para o espelho.
  • Seguir a vida.


Então primeiro é necessário preparar a pele, limpar a pele, tirar a sujeira para que a pele possa usufruir dos benefícios da máscara. Ela tem que estar zerada de maquiagem, de poluição, de produtos, para que os princípios consigam agir. Definitivamente a máscara não vai surtir efeito sobre uma pele saturada de produtos. Ela tem que estar limpa.
E...nas minhas viagens lunáticas pelas atividades terrenas traço um paralelo entre a aplicação de uma máscara e uma expatriação.
Assim como os poros têm que estar abertos para que a pele possa aceitar os benefícios da máscara, a nossa cabeça e o nosso coração têm que estar abertos para percebemos  e incorporarmos os benefícios de uma mudança de cidade, de país, enfim, de vida.
Dá trabalho?
Claro!
Dá trabalho aplicar a máscara! Como vimos, tem um ritual antes, um passo a passo que exige atitude e tempo.
Dá trabalho ter acesso aos benefícios da expatriação?
Claro!
Mudar de casa, por si só, dá um trabalhão! Identificar riqueza nisso, nem se fale!
É que a gente tem que se preparar para perceber essa riqueza, os benefícios da expatriação. Tem que se limpar de algumas ideias, alguns sentimentos, alguns pensamentos, de alguns valores, de alguns conceitos, de alguns preconceitos. E tem também, como ao aplicar uma máscara, que relaxar e dar tempo ao tempo para que os efeitos possam começar a aparecer.
Nem sempre é possível ver o efeito de forma tão clara, tão rápida.
Pensa na máscara. Às vezes, é preciso aplicar mais de uma vez para sentir como a pele melhorou.
E é lógico que a máscara sozinha não faz milagre!
Uma expatriação, por si só, não vai fazer a vida ficar maravilhosa. Ela pode ser parte de um incrível processo de expansão da gente mesma, assim como a máscara pode ser parte de um amplo tratamento de beleza.
Claro que há peles mais sensíveis. Em alguns casos, a máscara pode causar coceira, irritação. Aí a importância de conhecer a própria pele, de ler a embalagem antes de aplicar o produto.
Mesma coisa com a expatriação. Importantíssimo  uma boa dose de autoconhecimento antes de desbravar outros territórios. Importante também ter informações sobre esse processo. Como funciona o mudar de cultura, de idioma, de costumes, de amigos, de rotina...o  que posso sentir? Como posso reagir? A quem posso recorrer caso a reação seja muito forte ou dolorida?
No fim das contas, o que importa é que os processos, sejam estéticos ou não, nos remeta à uma melhoria, nos remeta à beleza! Uma beleza que faça sentido e que seja bonita de fato para gente!
Carmem Galbes

Marido expatriado, dor e solidão. Quando o homem tem que engolir o choro mais uma vez.


Comecei a pesquisar e a falar sobre o universo da mulher que deixa seus próprios planos em segundo plano para apoiar a carreira do parceiro em um outro lugar há 10 anos, quando meu marido foi transferido para os Estados Unidos.
Minha ideia era abastecer um blog para, de volta ao Brasil, poder mostrar ao meu futuro empregador que eu não tinha ficado parada, eu tinha produzido!!  Na época, eu ainda achava que eu era uma máquina...
As pesquisas foram avançando e eu me apaixonei pelo tema.
Não só não parei mais de escrever sobre isso, como reestruturei minha carreira a partir desse conceito: que a expatriação também fosse enriquecedora para a "esposa expatriada" e não apenas para o profissional transferido.
Escolhi olhar especificamente para a "mulher que acompanha"  por dois motivos:
1 - Estratégia: como jornalista, queria falar com a maioria. De cada 10 expatriações, 8 ainda são motivadas pela carreira deles, apontam relatórios.
2 - Minha história pessoal e minha própria dor: em 10 anos mudamos 5 vezes de endereço por causa da carreira do meu amor.
Mas quando é o homem que acompanha a mulher?
Quando o expatriado vira "marido expatriado" o que acontece com ele?
O senso comum, inclusive entre as mulheres, é que a dor é maior.
Dor é dor!
Existe dor maior, dor menor ?
Dor é uma questão de ponto de vista, de referenciais, de valores e ponto!
Mas...
Ok, tenho a tendência, nesse caso,  em seguir o senso comum: sim, também acredito que a dor do "marido expatriado" seja maior.
Pode ser por uma questão arquetípica do feminino que embasa e do masculino que se lança e lança ao mundo.
Pode ser pela questão histórica e social do homem como provedor.
Pode ser pela questão histórica e social que traz para o universo da mulher o conceito da dependência como algo natural e esperado.  Embora eu tenha uma profunda dificuldade em entender o que seja dependência em um casamento, que pressupõe objetivos em comum.
Pode ser por uma questão biológica, de hormônios, de sinapses.
Mas sabe o que eu acho mesmo?
Dói mais porque homem que é homem não chora.
Nossa...e como a gente chora quando perde as coisas que a gente acha que gosta, quando perde a mesa no escritório, o crachá, o cargo, quando perde o gosto de reclamar que não tem tempo pra nada, quando perde o contracheque, quando perde o reconhecimento e o elogio por algo que se esforçou muito, quando fica socialmente invisível, porque - no mundo dos adultos - você só tem forma e cor se você dá algum tipo de resultado palpável para alguém, especialmente se esse alguém for uma pessoa jurídica.
A gente, mulher,  chora...
 Mas homem foi criado para engolir o choro.
Não pode chorar e tem que aceitar o julgamento, as brincadeiras maldosas, o olhar impiedoso de quem não tem a mínima ideia do esforço que se faz para sufocar os conceitos e preconceitos e apoiar o sucesso alheio...
Dar conta das próprias perdas e angústias e ainda cuidar da rotina da casa, dos filhos, da logística, ser a ponte entre a família e a nova cultura e sem poder se abrir, sem ter um olhar, um apoio, sem ouvir um "eu sei o que é passar por isso" é abraçar um papel pesado demais para qualquer ser humano criado para produzir e dar lucro.
Pior é quando o "marido expatriado" se convence de que toda essa gente do mal tem razão...
Como apoiar esse homem ? Como apoiar essa mulher transferida ?
Meu mantra: apoiando a família. Tratando a mobilidade de profissionais como um projeto em família, em que cada um tem um papel fundamental para fazer dessa transferência um sucesso para profissionais e empresas.
Mas quando a estratégia vai além da nossa própria ação, o retorno pode não vir na velocidade que gostaríamos.
Assumir a função de dar suporte à carreira de outra pessoa é uma decisão séria, que exige autoconhecimento e superação constante de modelos cravados a ferro e fogo em nossa alma por aqueles que amamos, que são nossos referenciais.
Ninguém avança nessa seara sem auto-análise, baby, sem auto-análise, autocrítica  e humildade.
Por que exatamente nos sentimos péssimos - não importa se somos mulher ou homem -  quando muitas das nossas ações diárias, independente se pra lá da fronteira ou não - são em nome do sucesso de outra pessoa?
Quando ameacei dar as mãos com a vitimização e ousei imputar no outro o resultado da minha escolha em aceitar a coexpatriação, me fiz - com muita dor - algumas dessas perguntas:
  • Será que eu sou mesmo uma pessoa altruísta, livre do olhar alheio?
  • Será que eu valorizo mesmo o trabalho doméstico?
  • Será que eu valorizo mesmo a família?
  • Qual é o meu conceito de maternidade?
  • Será que eu valorizo mesmo a maternidade?
  • Qual é o meu conceito de cuidar?
  • Será que eu me permito ser cuidada?
  • O que me faz acreditar que a função que eu estou exercendo não é digna da minha energia, da minha atenção?
  • Será que eu acho que eu sou boa demais, inteligente demais, especial demais para fazer o que eu estou fazendo? Por que eu acho isso?
  • Será que eu quero mesmo o desenvolvimento do meu cônjuge?
  • Por que mesmo eu aceitei essa mudança? Para apoiar alguém ou para fugir de algo que eu não tinha mais coragem de encarar?

É preciso ter coragem para ouvir as respostas.
O discurso é lindo mas a prática é malcheirosa...
Por que tantos parceiros e parceiras entram em crise em um processo de expatriação?
O que muita gente não percebe é que a crise vem, cedo ou tarde, ela vem pra todo mundo, glória!
 Vem na expatriação, porque expatriação faz a gente morrer e nascer de novo, e de novo, e de novo. Quando é coexpatriação, então, nem se fale.
De todas as perguntas que me fiz, a que fez a diferença, que mudou mesmo o curso da minha história foi: o que eu vou fazer com essa minha nova vida, esse meu novo eu? Como eu posso melhorar o meu mundo com o que eu tenho aqui e agora?
Entre casa, comida e roupa lavada, me envolvi com o árduo trabalho de descobrir qual seria minha missão especial nessa minha existência.
Sim, acredito de verdade que cada um de nós tem uma missão muito especial.
 E graças aos céus que há crises!
Porque, geralmente, elas são o cenário onde nossa missão, ou missões, são reveladas.
Quando iria me imaginar falando para um público tão específico, tão ignorado?
Nunca. Eu sempre me via na grande mídia, tratando de assuntos que me mandavam tratar e garantindo meu status e minha renda no fim do mês.
Mas o auto-questionamento veio forte e cá estou nesse "mar internético" com a minha missão de não deixar que desavisadas se afoguem e de resgatar náufragos, que precisam pisar a terra firme de novo para que a vida de outras pessoas voltem a ter brilho!
Como você - homem ou mulher - com esse seu novo modelo de vida pode melhorar o seu mundo ou o mundo de alguém? Como você pode fazer a diferença com esses novos ingredientes que você tem em mãos?
Sabe aquele negócio de que Deus escreve certo por linhas tortas?
Quando a gente pensa nesses termos, não sobra espaço para lamentação.
Fico aqui pensando se não está na hora de tirar o gênero do meu trabalho.
Seria uma grande conquista falar com o cônjuge expatriado, não apenas com "esposa expatriada" porque dor da perda é dor e ponto.
Sabe o que seria conquista mesmo? O meu trabalho não ser mais necessário, porque o papel do "cônjuge expatriado" seria reconhecido e valorizado por todos, inclusive por ele próprio.
Seria uma conquista mesmo eu poder viver sem ter que escrever da dor.
Escrever só sobre cor, sabor e toda a incrível expansão de consciência que se pode ter vivendo em uma cultura diferente da nossa, não importa o que nos levou até lá.
Falar de cor, sabor e de amor - para não perder a rima e falar do que realmente importa, amor...eu amo os homens. Tenho referenciais incríveis na minha vida: meu marido, meu filho, meu pai, meus irmãos, meus avós...
Eu falo com as mulheres.
Eu amo os homens e as mulheres, porque a vida não é uma questão de homem e mulher, é uma questão de gente.
E gente nasceu para ser feliz!

*uso marido expatriado entre aspas como uma forma de protesto porque  acredito que o papel de quem acompanha e dá suporte ao profissional transferido não pode ser reduzido ao estado civil. Faço o mesmo com "esposa expatriada", mas para nós já adotei o termo coexpatriada.

Carmem Galbes

Expatriação: quando todo dia pode ser incrível!

Olá, Coexpat

12 de outubro: feriado aqui no Brasil!!
Isso me leva à uma reflexão: hoje feriado pra mim é legal porque a família fica reunida! Ponto!
Mas quantas vezes o feriado foi FAN TÁS TI CO? Não pelo que ele me proporcionava, mas pelas coisas das quais ele me afastava! Coisas que eu simplesmente detestava fazer mas não me desapegava...Por que? Salário, reconhecimento alheio, medo, preguiça, desconhecimento...
Quantas vezes passei a semana à espera do sábado e do domingo - domingo que ficava deprimente já no fim da tarde...
Quantas vezes passava o mês esperando o feriadão ou o ano não vendo a hora de o período de férias chegar? 


Quantas vezes fiquei doente de verdade - gripada, com garganta infeccionada? De pensar que o tratamento que precisava mesmo era de uma folga, de um tempo. O que eu precisava de verdade era fazer o que eu realmente gostava, o que fizesse sentido para mim.
Foi fácil descobrir?
Não! 
Foi preciso uma coexpatriação, melhor - várias - foi preciso largar crachá, terninhos...foi preciso descer do salto para perceber o que me faz bem.
Foi fácil abraçar isso?
Não! Todo dia preciso descartar um monte de lixo para seguir em frente.
O que me ajudou e ajuda ainda hoje? Autoconhecimento, método, prática, paciência e essa perguntinha:
O que você faria até de graça? 
Aí vem aquela pulguinha: fazer o que ama? Ser feliz? Como? E a fome, a miséria, as desgraças do planeta?
Então tá, deixa eu adocicar a pergunta: como a sua paixão pode ajudar a salvar o mundo? 

O que falta você fazer o que ama e amar o que você faz
Não sabe por onde começar para conseguir essas respostas? 
O coaching pode ser o caminho.
Não sabe o que é coaching? 
Coaching é um processo com início, meio e fim, que te leva de uma situação A (não desejada) para uma situação B (desejada). O coach, que é o profissional que conduz o processo, adota uma metodologia para isso.  
É assim que funciona! Você quer mudar, às vezes  nem sabe o que, não sabe como, mas quer fazer diferente, quer ser diferente e busca a parceira com um coach para te ajudar nisso.
Mas e quando a pessoa tinha a vida que queria e não tem mais? Quando tinha a casa que amava, as amigas por perto, a rede de apoio funcionando, uma carreira que trazia independência financeira e reconhecimento social? Pior, e quando ela perde isso e sabe que não voltará a ter, pelo menos igual ao que tinha antes de embarcar nessa vida "longe de casa", em um outro estado, em um outro país?
Para a mulher que coloca os próprios interesses em segundo plano para apoiar a carreira do parceiro em outro lugar, ter força para reconhecer no coaching uma fonte de apoio nem sempre é algo simples.
Quase ouço pensamentos agora: "Para que fazer coaching se 'virei' dona de casa? Como vou pensar em um objetivo se não tenho ânimo para planejar um jantar? De onde vou tirar dinheiro para bancar isso?"
Aí que está a importância de um processo especialmente desenhado para a esposa expatriada.
Nesse caso, o coaching é conduzido como um grande processo de organização externa e interna. É preciso que a esposa expatriada - que eu, carinhosamente chamo de coexpatriada - aterrisse de forma suave nesse novo ambiente. E, se por acaso despencou, é preciso que ela junte as peças e organize-se.
O endereço mudou. A alimentação mudou. Os horários mudaram. A rotina mudou. As demandas da família mudaram. A mulher mudou.
É preciso um passo a passo É preciso abrir e organizar - também - todas essas caixas: a agenda da mulher tem que voltar a existir, a rotina tem que ser restabelecida, os recursos internos, os talentos têm que ser novamente identificados, as ideias tem que ser limpas, o ânimo restaurado e um objetivo tem que ser declarado! Não importa o que, não importa o tamanho, pode ser qualquer coisa, desde que seja único e exclusivo da mulher! 
Tudo isso para que a coexpatriada tenha, também, a oportunidade de ter uma realização pesssoal, só dela, nessa transferência, apesar de ela ter sido motivada pela carreira de outra pessoa.
Para mim, coaching para quem acompanha o profissional transferido já deveria estar no pacote de benefícios faz tempo! Já deveria ser um acordo do casal quando a conversa sobre a transferência começa.
Esse suporte tem que chegar rápido, o quanto antes, se possível, antes do embarque, antes de a mulher entristecer, antes de a mulher perder a fé em si mesma, antes de a mulher adoecer, antes de uma família desmoronar!
Poderia argumentar que isso é fundamental porque expatriação mexe com gente, mexe com vidas, e todos merecem viver em sua melhor versão.
Mas, talvez, os números falem mais alto. A pesquisa Mobility Brasil indica que expatriação é algo caro e de alto risco de fracasso. Dos motivos para esse fracasso, a situação de quem acompanha o profissional transferido é o que tem o maior peso.
Não desperdice nenhuma chance de viver a vida que você quer!

Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...