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Expatriação e experiência de quase morte.

Olá, Coexpat!
Experiência de Quase Morte.
Você já teve uma EQM?
Eu já!
Foi há uns 10 anos...
Apesar de o voo ter sido tranquilo, sem nenhum incidente, alguns dias depois do pouso eu entrei em choque. Não estava preparada para a paulada que é mudar tanto uma vida em nome do desenvolvimento da carreira de outra pessoa!

De repente eu me vi sem chão, flutuando...às vezes me sentia bem, às vezes confusa. Às vezes ia em direção ao túnel de luz, às vezes me sentia puxada para um lodo, onde só havia desespero. Não sei ao certo quanto tempo essa experiência durou...
Foi uma EQM diferente. Não teve coma - aliás eu estava vivendo, cumprindo a rotina diária - não teve gente revezando ao lado de um leito de hospital, porque não teve hospital. Eu sentia que meu pai e minha mãe seguravam minha mão e rezavam - pai e mãe sempre rezam pra filho, com ou sem EQM. Mas, no geral, foi uma EQM solitária. Só eu sabia que estava vivendo uma EQM - quer dizer, descobri isso depois que renasci.

Eu voltei como uma criança. Tive que aprender a andar de novo com as minhas próprias pernas, a me comunicar, a comer a comida local, a me vestir para o clima e costumes locais, a me posicionar, a encontrar novos interesses e novas paixões.
Interessante que essa EQM ocorreu após nossa mudança de São Paulo para o Rio de Janeiro.
Alguém poderia dizer: "quanto drama! Isso porque você não mudou de país, de idioma, não ficou longe de verdade de gente querida..."
Olha, eu digo que eu até mudei de país depois dessa EQM...e de idioma...e fiquei longe. Mas minha EQM aconteceu - por total falta de informação adequada de todos os envolvidos - em uma simples mudança dentro do país, num eixo em que as pessoas dizem ser igual, mas tem diferenças profundas de um polo ao outro.
No meu caso, acredito que a EQM tenha sido provocada por um choque de identidade. Eu tive quer mudar muitas coisas na minha vida ao mesmo tempo: de endereço, de casa própria para alugada, de jeito de lidar com a rotina, com as pessoas, perdi minha rede de apoio e de contato.. Fiquei desempregada, mudei de função para me recolocar. Odiei essa nova atividade.
Se foi difícil?
Até hoje eu penso como consegui sair dessa de forma saudável...
Acho que a expatriação para os Estados Unidos um ano depois da chegada ao Rio me ajudou muito. Encarei - no começo - como uma forma de fugir daquela dor. Mas antes de embarcar, me agarrei à uma estratégia para não sentir em Houston o que eu havia sentido no Rio. Funcionou!
Apesar da dor, minha EQM resultou em uma expansão da consciência! Não sei se voltei uma pessoa melhor, mas voltei diferente, munida de outras perspectivas. Eu gosto mais de mim depois da minha EQM!
Se é de metáfora que você precisa para entender o que pode estar acontecendo com você nessa mudança de endereço para apoiar a carreira de outra pessoa, escrevi esse texto pra você!
E você já viveu - direta ou indiretamente - uma EQM causada por uma expatriação? Como foi?

Carmem Galbes

Expatriação e a criação da realidade que você quer!

Olá, Coexpat!

Você cria a sua realidade!
Muita gente acredita que isso é balela, que é papo de autoajuda...
É não!
Exemplo?
Até ontem essa flor simplesmente não existia para mim. Não existia porque eu nunca tinha prestado atenção de fato em uma orquídea sapatinho.
Bastou que eu parasse, olhasse com mais cuidado para cada detalhe da planta para que ela passasse a compor a minha realidade. 
Simples assim: em um momento não existia, em outro já era fundo de tela do meu celular...
Acontece com flor, com uma gordurinha no corpo, com um olhar de alguém, com uma palavra, com uma situação, com uma emoção, com um pensamento: nós decidimos o que fará parte da nossa realidade, o que vai ganhar a nossa atenção, com qual intensidade. 
A realidade é como um som, se será melodia ou barulho depende das nossas escolhas.
Eu poderia ter deixado a orquídea pra lá e ter focado em outros aspectos do jardim: talvez numa erva daninha, numa praga...preferi a flor. Preferi porque estava atenta, pronta para direcionar a minha energia para o que traz beleza e alegria para o meu dia. 
Você não está feliz com a sua expatriação?
Não está se sentindo bem no lugar em que está vivendo?
Não está curtindo as pessoas com as quais está se relacionando?
Está odiando a sua rotina no novo endereço?
Para onde exatamente você está olhando? 
Para quais aspectos você está direcionando a sua atenção?
Se voltar para a sua antiga vida, antiga cidade não é uma opção, como você poderia melhorar seus sentimentos a partir da realidade em que você está?
O que te faria bem?
Será que isso já não estaria à sua disposição, só está a espera de que seja olhado?
Você cria a sua realidade! Isso é fato! A questão é: você está gostando da sua criação?

Carmem Galbes

Expatriação e a violência patrimonial contra a esposa expatriada.

Olá, Coexpat!
Eu sei que já me propus a falar sobre mulheres e homens aqui no blog, mas hoje vou me referir especialmente à elas, já que a situação a ser tratada é muito mais comum no universo feminino no que se refere à expatriação.
Parte das mulheres que aceita apoiar a transferência do parceiro acaba empobrecendo!
Elas empobrecem porque:



  • Deixam o próprio emprego e, por consequência, o próprio salário.
  • Abrem mão da própria carreira (porque o visto não permite o trabalho, o diploma não pode ser validado no exterior, alguém tem que cuidar dos filhos...)
  • Não participam da administração das finanças da casa.
  • Não têm acesso às informações financeiras do parceiro no exterior.
  • Não sabem como o patrimônio da família está sendo investido, etc etc e etc

Isso é quase uma traição (se é que existe quase traição) porque o cargo, o salário, os benefícios do profissional transferido e a promessa de uma melhora no nível econômico da família estão entre os argumentos mais fortes para convencer a parceira a embarcar na coexpatriação (para entender o que isso significa, clique aqui.) Mas depois do embarque, o que acaba acontecendo é que o assunto finanças vira tabu e a "esposa" acaba assumindo a função de dependente ao pé da letra e não apenas aos olhos do fisco:


  • infantiliza-se ao ter que prestar conta de todos os gastos, 
  • submete-se ao pedir permissão para consumir, 
  • sujeita-se ao receber uma mesada.

Há ainda quem escolha a via criminosa - alimentando um caixa dois para ter acesso aos bens que tinha antes da expatriação...(sarcasmo mode on).
Não tem jeito: expatriação =  dores + delícias de todos os envolvidos! Se essa conta não fecha...a expatriação capenga!
Já abordei aqui no blog algumas vezes a importância de se tratar - com seriedade e em família - das finanças, especialmente em uma expatriação.
Hoje vou por uma seara mais dramática: violência patrimonial, prevista na lei Maria da Penha.
Sim, porque se não dá para acabar com o empobrecimento da coexpat com conversa e orientação, tem que acabar com a mão da lei!
Mariana Regis, advogada especialista em direito das famílias, fundadora da Rede Nacional de Advogadas Familistas Feministas explica que "violência patrimonial é qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos da mulher."
A advogada pontua ainda outras formas de violência patrimonial:
  • Recusar-se a reconhecer que o trabalho doméstico e de cuidado dos filhos possui valor financeiro atribuível, e que a mulher que se dedicou exclusivamente a estes contribuiu efetivamente para a construção do patrimônio comum, com a sua força de trabalho e tempo.
  • Desqualificar a contribuição da mulher na construção do patrimônio do casal e sustento dos filhos, desconsiderando a dupla ou tripla jornada da mulher em sua rotina de trabalho.
  • Registrar todos os bens do casal exclusivamente em nome do homem; possibilitando-o, em casos de união estável, desfazer-se rapidamente deles sem a autorização da companheira.
  • Aquisição e registro de bens em nome da mãe ou outros familiares, para manipular a legislação e assim garantir que todos os bens construídos na constância da união sejam de exclusiva propriedade do homem.
  • Usar procuração conferida em confiança pela mulher para realizar transações financeiras que a prejudicam...e por aí vai.
Quem pratica a violência patrimonial está sujeito à pena de 3 meses a 3 anos de prisão.
Segundo o advogado Mário Luiz Delgado, "além das conseqüências penais, a lei também prevê medidas protetivas ao patrimônio da mulher, tanto no tocante à proteção da meação dos bens da sociedade conjugal como dos bens particulares, e que poderão ser adotadas em caráter liminar pelo juiz, tais como: restituição de bens indevidamente subtraídos; proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais."

Esse não é um assunto fácil de ser tratado. Não é algo bom de ser reconhecido. Dói, principalmente em uma cultura em que amor e finanças são vistos como assuntos divergentes.
Mas como não abordar o tema? Melhor: como não orientar, apoiar e proteger o casal contra uma situação que pode vir à tona exatamente durante a expatriação, em que a família se vê pela primeira vez em uma situação em que o rendimento vem apenas de uma fonte?
Ah...essa prosa não é para você? Você não vive esse drama?
Nossa...sem chance...agora que você sabe mais sobre isso, não tem como não passar a informação pra frente, não ajudar outra coexpat a reconhecer a própria importância e o valor do trabalho de quem tem forte contribuição para o sucesso de uma transferência profissional.
Identificar que a brasileira que mora ao lado pode sim estar sendo vítima de violência patrimonial pode salvar um relacionamento, uma expatriação, uma vida.
Claro que ninguém quer que isso termine de forma dramática, na justiça. O ideal é que o casal que vive em uma situação de violência patrimonial tenha orientação e suporte para conseguir acertar as contas e seguir feliz.

Para saber mais:
Lei Maria da Penha - clique aqui
Sobre Violência Patrimonial - clique aqui

Carmem Galbes

A importância da proteção para cônjuge de um profissional expatriado.

Olá, Coexpat!
Você já fez o seu hedge?
Hé o que?!
Calma...eu explico...
Vamos do começo:
Quem gosta de correr risco, de ter prejuízo?
Ninguém!
Por isso tem tanta gente que trabalha exatamente para identificar e reduzir o risco de perdas.
Tem gente especialista em botar preço no risco.
Tem gente especialista em criar produto para reduzir o risco.
Quando uma empresa vai fazer um grande negócio tem um povo que atua só para atenuar o risco desse negócio.
Exemplo: uma empresa encomenda um equipamento no exterior a ser pago metade no ato e metade na entrega do equipamento. Ela faz uma projeção do preço, mas não pode ou não quer correr o risco de pagar por um dólar muito acima do que ela previa. Então ela vai no mercado financeiro - no "setor" chamado de mercado futuro e faz um hedge (proteção): ela determina em contrato que em uma data X ela tem o direito de comprar um dólar na cotação Y, independente da cotação que esteja naquele momento.
Como?
Eu poderia discorrer sobre o sagaz trabalho de quem ganha na especulação, nas apostas de alta ou queda do dólar, mas vou poupar vocês dessa onda de economês que me atacou nos últimos dias...😂🤪
Quer ver um outro exemplo de hedge só que mais presente no nosso dia a dia: quando você vai viajar para o exterior e compra a moeda local em vez de deixar para pagar suas despesas no cartão, você está se protegendo contra uma alta, está fixando o preço da moeda ao compra-la antes da viagem.
Bom...
Meu objetivo aqui é só mostrar que existem recursos concretos para reduzir o risco. E é aí que eu quero chegar: como trazer esse conceito de hedge - ou de proteção contra perdas - para o universo das Coexpats?
O que uma coexpat pode fazer para se proteger contra os riscos de perda ao apoiar a carreira do amado em outra cidade, outro país?
Vou usar o meu caso:
Na minha primeira coexpatriação - que foi de São Paulo para o Rio - eu não fiz hedge nenhum e quase me estrepei, quase me afundei de verde amarelo - seja lá o que isso quer dizer...😂
Já na segunda coexpatriação - do Rio para os Estados Unidos - eu me agarrei ao meu blog. Na época, ferramenta ainda desconhecida para a maioria - inclusive para mim - ele me salvou da invisibilidade social e me ajudou a dar palavra ao que eu sentia naquele processo.
Na coexpatriação de Houston para o Rio eu protegi a minha saúde física e emocional me entregando de corpo e alma à maternidade.
Na minha coexpatriação do Rio para Recife fiz meu hedge contra perdas me desvendando espiritualmente.
Na coexpatriação do Recife para o Rio meu hedge está na descoberta das minhas facetas profissionais.
E você tem um hedge? Qual é? Contra quais danos ele tem te protegido?

Carmem Galbes

Expatriação ou expatraição?

Olá, Coexpat!
É uma coisa muito engraçada. 
Toda vez que escrevo a palavra expatriação, meus dedos se perdem no teclado e acaba saindo expaTRAIÇÃO.
Ato falho?
Ai...santo Freud!
Mas é de se pensar...
Estamos em um processo de expatrIAção ou expatrAIção?
A resposta é pessoal e intransferível.
Sabe o que pode ser mais libertador - ou dolorido - dependendo do ponto de vista?
Só depende da gente posicionar essas letrinhas!
O que você tem feito para não se trair nesse processo de apoiar a carreira do seu parceiro em outra cidade, outro país?
Carmem Galbes

Fragmentos da rotina do cônjuge expatriado...

Olá, Coexpat!
O clima mudou, o cabeleireiro ficou no Brasil: cabelo sem corte, mal tratado... Depilação - antes sempre em dia - agora sempre por fazer... Manicure acessível é "privilégio" de brasileiras: vergonha das mãos, com unhas lascadas e cutículas gritando... E tem as atividades da casa que frustram... E a energia vai baixando... E tem a carreira pausada... Qual será o motivo de tanto desânimo e cansaço? Não sei...o exame de sangue está impedido pelo medo de abrir a boca em outro idioma... E tem o jeito mais distante do pessoal da escola das crianças... E tem a ausência do cafezinho com os colegas, do bate-papo tête à tête com as amigas, do futebol com os amigos, da sopa na casa da mãe, da ajuda da "secretária do lar"... E tem o marido tão ausente, a esposa tão distante com as novas funções na empresa... Frescura? Imaturidade? Despreparo? Dê o nome que quiser. Fato é que tudo isso aí de cima pode arrebentar com uma expatriação tão cara para a empresa. O que fazer, então? Trabalhar com a perspectiva de que a expatriação é um processo em família, portanto todos os envolvidos são profundamente afetados pela mudança, já é um bom começo.
Valorizar o papel de todos os envolvidos é um tremendo passo.
Incluir no processo todos os envolvidos é estratégico.
Reconhecer o esforço e entender as dores de quem está "longe de casa" é humano.

Carmem Galbes

Expatriação e sinônimos, quando só uma hashtag explica!

Olá, Coexpat!
Expatriação! 
Toda vez que esse conjunto de letras e sons vibra na minha mente, um monte de palavras-chaves pipoca nos meus olhos e ouvidos.
Acho palavras-chaves incríveis, elas abrangem e resumem ao mesmo tempo. Explicam e abrem possibilidades.
Ótimo, porque expatriação é mais do que sair do nosso local de origem, é mais do que cruzar uma fronteira. Expatriação é mais do que ser transferido pela empresa para um outro país, é mais do que receber um pacote de benefícios, mais do que apoiar a carreira de outra pessoa em outro lugar. 
Expatriação é sobre:

  • Mudar.
  • Aprender.
  • Permitir.
  • Experimentar.
  • Ousar.
  • Avançar.
  • Virar.
  • Desafiar.
  • Empreender.
  • Assumir.
  • Abraçar.
  • Romper.
  • Gerar.
  • Construir.
  • Demolir.
  • Apoiar.
  • Fazer.
  • Lançar.
  • Inventar.
  • Reinventar.
  • Questionar.
  • Responder.
  • Renascer.
  • Amar.
  • Evoluir.
Sinuoso assim...sem ordem assim...sem lógica assim...
E tem muitas outras palavras-chaves que agregam significado à expatriação. Tudo depende do repertório e da disposição de cada expatriada, de cada expatriado ao viver essa experirência.
Que sua vida em outra cidade, outro país, longe do conhecido seja pautada por muitas e muitas hashtags!
Carmem Galbes

As partidas são de partir o coração...

Olá, Coexpat!
Partir...
Quem inventou as palavras não poderia ter sido mais competente em usar para dois verbos diferentes a mesma combinação de letrinhas, P+A+R+T+I+R:
- Ir
- Dividir
Nos últimos 17 anos o partir tem carimbado a minha história nômade, seja eu partindo da casa de alguém, seja alguém partindo da minha.
Ontem foram meus pais que partiram daqui.
Se o dia da chegada, melhor - se os dias que antecedem a chegada são uma delícia que fica ainda mais deliciosa com a estada de quem chega, o dia da partida é um horror. E na minha memória o dia da despedida parece sempre cinzento.
Ontem estava assim...
Ficar com a casa vazia, em silêncio, depois de tanta risada, conversa, passeios é muito dolorido.
Não me acostumo com as partidas...nunca...
Por que mesmo elas existem?
Por que a distância existe?
As partidas são de partir o coração...
Elas dividem a gente, fisicamente e nas nossas querências: é querer estar aqui e lá ao mesmo tempo...é querer voar e plantar ao mesmo tempo...
Já disse: não me acostumo com as partidas, nunca...
Mas amo as chegadas! Ah...como elas revigoram...
É...só não consigo ter uma coisa sem ter outra.
Um eterno chegar é loucura...é impossível.
Então vem cá partida, te abraço, te acolho, mas só porque sem você não teria o delicioso gosto das chegadas, só por isso...


Carmem Galbes

Expatriação: controle x direção.

Olá, Coexpat!
Tá tudo sob controle!
Vou perder tantos quilos em x meses.
Vou começar o curso tal.
Já estou fazendo a poupança para viajar para aquele lugar da moda!
Até o segundo semestre financio uma casa e um carro.
Já sei onde estarei daqui a cinco anos!
Sério?!
Está tudo dominado?
Tudo controlado?
Por quem?
Por você? Sério mesmo?!
Até que ponto os seus desejos são seus desejos mesmos ou só estão atendendo a uma demanda do seu entorno, do seu mundo?
Eu tenho que!
Eu tenho que gostar logo do meu novo endereço. Eu tenho que fazer amigos logo! Eu tenho que fazer logo uma coisa que pareça útil aos olhos dos outros. Eu tenho que ficar sorridente logo! Eu tenho que achar tudo lindo logo! Essa coleção de tenhos causa uma dor danada, paralisa e mina um dos processos mais mágicos de uma mudança de endereço: o processo de se reinventar!
Desligue o controle e assuma a direção!
Por menos cobrança e mais experimentação em uma mudança de cidade, de país, de ares!

Carmem Galbes

Expatriação e a importância de cuidar das nossas bases.

Olá, Coexpat!
Amo meus pés! 
Com eles ando, paro e não caio, corro, pulo, tropeço...
Cuidar dos pés é simbólico, é cuidar das bases.
Teve uma fase em que eu torcia muito meus pés. Foi preciso muito estudo e auto-observação para descobrir que as torções queriam me mostrar que eu estava indo por um caminho que não tinha nada a ver comigo...
Ao olhar para os meus pés, para a minha base, me reorientei.
Que tal usar essa mudança de endereço para cuidar dos seus pés, para fazer as pazes com a sua base?
Às vezes essa expatriação, essa transferência é a torção que faltava para você olhar para os rumos que você tem tomado...
Estar longe de casa, em outra cidade ou país, em nome do desenvolvimento da carreira de outra pessoa não é nada fácil! Exige coragem, mas pode ser a grande oportunidade para testar caminhos, e - por que não - desbravar outros?
Que essa sua vida expatriada, que sua vida de "cônjuge expatriad@" fortaleça suas bases e alargue seus horizontes!
Bora então cuidar com carinho do que nos faz seguir adiante!
Em tempo... 20 minutos depois, pés macios e relaxados!

Carmem Galbes

Expatriada, mude de verdade!


Você pode mudar de roupa, pode mudar até de estilo.
Pode mudar o corte de cabelo, a cor, o penteado.
Pode mudar o seu corpo.
Pode mudar de endereço, de cidade, de país.
Pode mudar de estado civil.
Você pode mudar de carreira.
Você pode mudar de nível social e econômico.
Você pode mudar de calçada.
Pode mudar os planos.
Mas se você não mudar a sua cabeça e o seu coração, você vai continuar tendo os mesmos resultados.
Está feliz assim?
Ok! Então não mexa em time campeão.
Está frustrada? Não está legal?
Então mude de verdade!
Como?
Que tal olhar o outro lado da maçã?
Se você mudar o ângulo que vê as coisas, se você se permitir outras perspectivas, você tem grande chance de mudar a forma como se sente em relação às pessoas e aos acontecimentos e *boom*, um processo de desenrola: seus pensamentos tendem a mudar e o seu comportamento, as suas ações tendem a acompanhar.
A mudança não precisa ser grande, não.
Às vezes, basta olhar para o lado, basta dar um passo a frente, basta trocar o lugar à mesa, basta experimentar uma comida diferente, basta mudar o trajeto que faz todo santo dia, basta ler sobre um assunto que não seja habitual na sua estante, assistir à uma peça que você nunca prestaria atenção...basta ler uma poesia ou parar 10 minutos para observar as pessoas em uma praça.
Às vezes, basta a gente se fazer a pergunta mágica "e se...?"
E se eu respondesse sim? Eu se eu falasse não? O que eu poderia ganhar com isso? O que eu poderia perder? O que de pior aconteceria? E se eu decidisse pagar pra ver? E se eu deixasse o medo de lado? 
O que você pode mudar hoje, fazer diferente agora para se sentir melhor, par aproveitar todo o potencial de viver em um lugar diferente?

Carmem Galbes

Esposa expatriada, você não está sendo sustentada! Você está sendo patrocinada!


Em uma dessas conversas super legais que a vida dá de presente pra gente...
Trecho transcrito com a devida autorização:
"Eu odeio ser sustentada pelo meu marido! Isso me humilha, me enfraquece, além de me empobrecer..."
O desabafo é de uma mulher que deixou cargo gerencial em comunicação, salário superior a 15 mil Reais, além dos benefícios, para mudar com os 2 filhos e marido - alçado à alta direção da empresa  alemã, lá na sede.
Eu: Sente mais falta do trabalho ou da renda?
Ela: Na verdade... o que ele passou a ganhar cobre o meu salário com folga...não tenho saudade do trabalho em si, não. Eu estava muito estressada e minha atividade pegou um rumo que eu não queria muito...passou a exigir cada vez mais a minha presença no trabalho e a minha ausência em casa, com as crianças...Pedir demissão foi um alívio pra falar a verdade, ainda mais porque pedi demissão por causa de outra pessoa rsrsrs...Mas sinto falta de me sentir importante!
Eu: Você só conseguiria se sentir importante de novo trabalhando?
Ela: Não necessariamente, mas teria que perceber se estou fazendo a diferença e isso eu não sinto hoje...
Eu: De repente você precisa rever seus conceitos sobre o que é fazer a diferença...
Nossa conversa parou por aí...ela foi para a rotina com as crianças e eu voei para o computador.
Uma pulguinha não saía de trás da orelha, uma não, várias!
A mulher que deixa seus próprios planos em segundo plano para apoiar a carreira do marido em outra cidade, outro país tem a tendência em sentir que saiu perdendo, que virou coadjuvante, café com leite, socialmente invisível, quase como um peso morto, ainda mais se a cultura local não ajuda.
Mas será que é isso mesmo?
  • Será que, na verdade,  a expatriação não é só o pano de fundo, a desculpa do universo para que a gente faça o que tem que ser feito, que faça na vida o que a gente veio realmente fazer aqui ?
  • Será que, na verdade, o marido transferido não é mais uma peça dessa conspiração do universo para que a gente assuma a nossa missão? Achamos que mudamos por causa dele, mas será que o universo não colocou uma expatriação na carreira dele para nos atingir?
  • Dizemos que perdemos a renda, que agora o marido ganha os tubos e nós nada, mas será que, na verdade, o universo não turbinou o salário dele para fôssemos patrocinadas para fazer o que temos que fazer nessa vida?
  • Então não estamos sendo sustentadas, mas sendo patrocinadas?

Bom...se é patrocínio a história é outra! Temos que mostrar trabalho! Dar resultado! A vida está nos patrocinando para que algo seja feito, que algo aconteça!
Que algo é esse?
Já descobriu?
O que você sempre quis fazer e só agora você pode porque tem patrocínio?
E a pergunta mais importante, vou até falar alto:
COMO VOCÊ ESTÁ HONRANDO ESSE PATROCÍNIO?
Então, para que fique bem claro: Coexpat, você não está sendo sustentada, você está sendo patrocinada!
Durma com um barulho desse!
Carmem Galbes

Expatriação do meu marido, como o sucesso dele expandiu a minha consciência.


Minha primeira coexpatriação, ou a primeira vez que deixei meus planos em segundo plano para apoiar a carreira do meu marido em um outro lugar, aconteceu há  11 anos: foi de São Paulo para o Rio de Janeiro.
Por um ano a ponte aérea manteve nossa sanidade mental e conjugal. Ora meu marido ia pra São Paulo, ora eu ia para o Rio, dependia do preço da passagem, dos meus plantões, da rotina  dele.
A mudança de fato ocorreu um ano depois de idas e vindas, quando tivemos certeza que meu marido iria trabalhar mesmo no Rio.
Organizei sozinha toda a mudança. A primeira que eu fiz na vida com "casa completa". Coloquei nosso apartamento à venda. Pedi as contas no trabalho. Falei tchau para a família que ficava a 45 minutos de carro. Voei para o desconhecido.
O Rio para mim era um misto do glamour da cidade super linda com o pavor das balas perdidas.
"Mas o Rio é logo ali, metrópole também. Para de frescura!"
Não há preocupação em investir em adaptação - nem paciência - quando o endereço muda, mas o idioma não.
O que muita gente não entendia e ainda não entende é que a mudança pode ter sido de 450 quilômetros, mas para mim - pessoalmente - foi de 180 graus.
Não foi apenas uma mudança de endereço. Foi uma mudança de rotina, de estilo de vida, de rumo profissional.
Desde os meus 18 anos, nunca tinha ficado sem emprego formal.
De repente, de mulher sem tempo pra nada, com pós e MBA recém conquistados, me vi atolando em um monte de caixas para organizar e nenhum referencial de ajuda, nenhuma gota de apoio, afinal, mulher acompanhar o homem é normal, né?! Não?! Mas não é isso o que sentem?!
Enquanto meu marido alçava vôo eu me via perdida no questionamento mais triste que se pode fazer quando ainda está fresco na memória o sentimento delicioso das conquistas: o que eu fiz da minha vida, o que eu estou fazendo aqui?
O tempo foi passando, voltei a trabalhar - em uma área que odiei, mas que ajudou a recuperar minha agressividade, tão necessária para dar um chega pra lá na menina amedrontada, reagir e dar a volta por cima.
Fui me apaixonando pela cidade e tudo voltou a ter cor e sabor.
Foi um processo gradual, rápido - característico da pressa de quem tem baixa tolerância ao sofrimento.
Foi um processo de tentativa e erro. Não sabia que vivia ali a dor da coexpatriada. Esse nome, aliás, nem existia. Essa dor, então, nem se fala...
Fiz algumas importantes descobertas nesse período:
1 -  É preciso muito amor - especialmente o próprio - para apoiar o desenvolvimento do outro.
2 - Nem sempre as pessoas são capazes de descobrir - ou entender -  o que estamos sentindo simplesmente por falta de referencial.
3 - Somos mais fortes do que imaginamos.
4 - Podemos adoecer ou crescer com a dor, questão de escolha, nem sempre fácil, nem sempre clara, mas sempre escolha.
Como diria a minha vó, acho que tudo foi por Deus mesmo, porque - logo que completamos 1 ano de Rio - nos mudamos de novo, dessa vez para os Estados Unidos.
Aha, outro idoma!
"Mas é inglês, para de frescura!"
Ok, sem problemas, estou vacinada nesse lance apoiar a carreira alheia em um outro lugar!
Mas na segunda coexpatriação fui mais 'safa', comecei a desenhar uma vida que iria seguir adiante independente das transferências profissionais do meu marido.
E não é que vem dando certo.
Estou na quinta coexpatriação. 
Não pirei, nem adoeci, nem entristeci. Eu floresci e sigo dando frutos!
Eu planejei isso?
Não!
Mas sou muito grata por toda essa vivência e por todo o despertar que já me proporcionou, no sentido mais espiritual do termo!

Carmem Galbes

A Teoria das Necessidades e as necessidades da esposa expatriada.

Quais são as necessidades da "esposa expatriada"?
O que falta na vida de quem está em uma realidade de renda familiar alta e com acesso aos benefícios do pacote de expatriação?
Alguns poderiam responder: não falta nada! 
Então por que tanta insatisfação, tanta dor de quem está nesse papel?
Flertei com a Pirâmide de Maslow para tentar desvendar esse enigma.
Criada pelo psicólogo norte americano Abraham H. Maslow, na metade do século passado, essa teoria atribui uma hierarquia ao que a gente precisa. Pelo esquema, nós só subimos na pirâmide conforme satisfazemos as necessidades de cada nível. Então, não adianta nada querer falar sobre autoestima para uma pessoa que passa fome. Primeiro ela tem que comer bem, dormir bem, para poder pensar em deixar uma situação de violência, por exemplo.

Fitando a pirâmide, quase acredito que a "esposa expatriada" já poderia estar bem lá no alto na satisfação de suas necessidades.
Mas sabe o que eu acho mesmo? Que essa mulher que está longe de casa para apoiar o sucesso do profissional transferido simplesmente toca o terror nessa pirâmide e bota tudo abaixo!
Começando pela base:

  • Necessidades Fisiológicas: comer, matar a sede, dormir e fazer sexo.

* Essa mulher está comendo bem? Sim a família tem dinheiro para comida, mas ela aceita a culinária do lugar onde está vivendo. Seu organismo recebe bem os condimentos, os ingredientes ou isso tem arrebentado com o estômago e o fígado dela
* Essa mulher está dormindo bem? Ou seu cansaço por ter que lidar com a casa e a rotina sem a rede de apoio a que estava acostumada tem lhe roubado horas de descanso? Será que seu sentimento por ter deixado carreira, renda, posição social tem mexido com a qualidade do sono?
* Será que essa mulher tem tido relações sexuais na quantidade e qualidade que precisa? Será que o casal está bem ou a mudança de vida na rotina da mulher e do homem tem mexido com a disposição dos dois?


  • Necessidades de Segurança: Liberdade, ausência de guerras, proteção contra violência, qualidade do meio ambiente.

* Será que essa mulher está vivendo em um local em que se sente segura ou tem que sair de casa em
carro blindado, apenas para uma determinada região, em determinado horário porque pode ser roubada, sequestrada, estuprada
* Será que ela está em um local em que os atos terroristas estão comuns
* Será que ela tem que viver em um determinado endereço, fechada em um condomínio por estar em uma zona de conflito, de guerra
* Será que ela se sente livre ou não pode usar a roupa que quer, não pode dirigir, não pode falar como gostaria por ser mulher, pela tradição local não permitir? 
* Será que essa mulher está sempre insegura porque mudou-se para uma área onde os terremotos são comuns? Onde há furacões? Ou é uma usina nuclear que atormenta a sua vida?

  • Necessidades Sociais: família, amigos, grupos sociais, comunidade.

*Onde estão os pais, os irmãos, tios, primos, amigos dessa mulher? Estão longe? Como ela lida com essa distância
* Ela conseguiu estabelecer uma rede de amizades com pessoas que ela realmente se identifica
*Como é o dia dessa mulher? Com quem ela conversa? Ela tem interação real, cara a cara com alguém? Ela sai de casa
*Ela consegue entender o que falam e se fazer entender no idioma local
*Ela consegue ter um diálogo adulto
*Ela consegue traduzir os códigos culturais
*Ela tem vizinhos? Conversa com eles

  • Necessidade de Estima: aprovação da família, aprovação dos amigos, reconhecimento das comunidades.

* Como a família encara a mudança? Aprova ou a expatriação é motivo de briga, de manipulação emocional, de distanciamento das relações
* Será que as decisões que tomou em nome da mudança são reconhecidas e o papel dela na expatriação é valorizado pela própria família?
* Será que os amigos entendem a decisão dela de mudar a própria vida em nome do desenvolvimento de outra pessoa, ou ela é julgada por ter tomado essa decisão
* Será que ela desenvolve alguma atividade que ela mesma atribui valor e que é valorizada
* Será que essa mulher pode trabalhar ou seu visto não permite, o diploma não pode ser validado?

  • Necessidade de autorealização: educação, religião, passatempos, crescimentos pessoal.

Dependendo da situação dos outros níveis, como imaginar que uma mulher que tem suas necessidades não atendidas sistematicamente pode ter ânimo, ímpeto para buscar um crescimento pessoal, para ter fé em algo, para relaxar, se divertir e aproveitar para também se desenvolver com a expatriação?

Nossa, desenhando parece que fica tudo mais claro, né?
Não adianta exigir uma postura madura, de apoio ao processo de expatriação, quando necessidades tão básicas estão sendo sistematicamente negligenciadas.
Ok, Carmem, mas quem tem que olhar para isso?
Todos, todos os envolvidos em uma transferência e vou além, todos que são próximos da família transferida. 
É preciso identificar e entender os desafios de um processo de expatriação para que a família tenha chance de perceber como ela pode se preparar para eles. Isso é papel da própria família e de quem está trabalhando para transferí-la. 
É preciso que as pessoas próximas tenham um olhar atento para apoiar essa família e fortalecer a mulher. Pode ser pai, mãe, amigo, faxineira, professora do filho, profissional de Global Mobility, esposa expatriada do colega de trabalho expatriado...não importa, expatriação é para ser feita em rede!
Cônjuge apoiado, apóia!
Cônjuge olhado, olha!
Cônjuge reconhecido, reconhece!
Cônjuge abraçado, abraça!
Cônjuge feliz, família bem, expatriação também!

Carmem Galbes

De verdade, qual é a verdade que você acredita?


"E a verdade vos libertará."
E que verdade é essa que vai me libertar?
Fui pensando nisso enquanto pendurava a roupa, ainda de olho na unha do meu indicador, pintada ontem de vermelho - uma raridade - e que tinha acabado de ganhar uma lasquinha depois de esfregar a camiseta de futsal do meu moleque. Cadê as luvas de borracha?!
Era um olho na unha, outro no varal e outro no relógio. Três olhos? Quatro! Porque ainda estava de olho na tomada onde o bob quente estava plugado - conhece? Uma maravilha, deixa o cabelo pronto para qualquer evento!
E a verdade?
A verdade é que transitar sem se arrebentar entre expectativa x realidade exige muita maturidade, principalmente quando deixamos os nossos planos em segundo plano para apoiar o parceiro que foi transferido para outra cidade, outro país.
Decidimos sempre a partir da expectativa - que teremos uma nova vida mais tranquila, saudável, de descanso, sem stress... mas é na realidade, no dia a dia, que vivemos.
No dia a dia de fartura - sim,  de alegria - sim, mas também de falta de inspiração, de falta de paciência, de incidentes, de acidentes, de desencontros, de desânimo, de perda de referências e da própria identidade.
Talvez muitos projetos fiquem pela metade, talvez muitos sonhos nem saiam da fantasia porque nos pautamos pela expectativa de que o processo de realização pessoal é linear, num ascendente lindo, liso, em velocidade constante. 
Vivemos com a expectativa de - como num passe de mágica - dar conta de todos os papéis: mulher, mãe, esposa, filha, amiga, profissional. Mas na realidade somos uma só e esses papéis não se separam. 
Tomamos decisões sobre a carreira, por exemplo, a partir de uma expectativa com relação ao casamento ou a maternidade. Isso dá mesmo certo? Ou o caminho seria decidir a partir do que realmente somos, como realmente vivemos? O caminho seria decidir a partir do que a realidade vai nos mostrando?
Quantas vezes na prática a teoria é outra?
Por isso a importância da atenção constante com relação à nós mesmas, às nossas necessidades, aos nossos limites.
Ok, mas qual é a tal da verdade?
A verdade, a minha verdade, é que não há vida em vão, não há presença nesse mundo que não tenha um motivo de estar aqui. Minha verdade é que cada ser é único, é uma raridade e onde há raridade não há receita.
A verdade que me deixa livre é que o que cabe em você pode não servir em mim. O que te realiza pode não me satisfazer. E tudo bem! Posso seguir me amando e te amando!
Isso liberta porque faz com que eu volte o olhar para mim e deixe a sua grama em paz. Isso liberta porque me libera da necessidade de perseguir objetivos que não são desejados genuinamente por mim. 
E você, qual é a sua verdade?

Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...