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Organize-se e cure-se dessa coisa ruim que você sente na sua expatriação!

Olá, Coexpat!
Exaust@?
Desanimad@?
Sem energia?
Parece estar gripad@, mas não tem coriza, nem febre, nem espirros?
Chorando do nada?
Com ódio do mundo?
Querendo voltar "pra casa" no primeiro voo?
Certeza que está deprimid@? Que precisa ser medicad@?
Certo, vá ao medico!
Mas saiba que pode ser que você não esteja doente. Pode ser que você esteja é desorganizad@!
Pode ser que o remédio seja:
✔️ Descartar o excesso e o lixo.
✔️Encontrar o melhor lugar para o que te serve.
✔️Deixar a casa Leve, prática, limpa e bonita.
✔️Criar uma rotina que te libere e não que te escravize.
✔️ Criar uma agenda com tempo para você se dedicar ao que te completa, te faz bem, te deixa feliz.
Organização é a base para uma expatriação plena e de realização.
O tempo é curto, a ajuda é escassa, os desafios são gigantes.
Então organize-se!
Bote as coisas e as ideias no lugar!
Resgate-se do caos!
Agarre essa experiência com unhas e dentes, porque ela - como tudo na vida - também vai passar!
E você vai perder a chance de ouro de aproveitar tudo o que pode da vida em uma outra cultura, em um outro mundo?!
Acordaaaaaa!!!!!!!

Carmem Galbes

Expatriação: a importância do dia da chegada ao novo endereço.


Sobre o dia da chegada...
Não quer nem pensar?
Confia! 
A reflexão vale a pena!
Fecha os olhos...
Responda:
Como foi no instante em que você chegou a esse endereço em que vive agora?
  • Você já conhecia esse local?
  • Já havia passeado por aí?
  • Já tinha alguma memória sobre ele?
  • Você chegou como?
  • Como foi o trajeto?
  • Como estava o tempo?
  • Era dia?
  • Você estava bem de saúde?
  • Como estava seu marido? Seus filhos?
  • Você estava com uma roupa confortável?
  • Estava com fome?  Comeu algo assim que chegou? Gostou do que comeu?
  • Foi para algum hotel, casa de amigos, conhecidos ou direto para a nova casa?
  • Pegou muito transito?
  • Viu alguma cena marcante? Boa ou ruim?
  • Gostou do lugar?
  • Gostou do bairro?
  • Já conheceu algum vizinho?

Eu realmente acredito que o dia da chegada à nova cidade, ao novo país é como um portal para uma nova vida. Dependendo da forma como atravessamos esse portal, nossa adaptação será mais leve ou não...
Por isso a importância de entender a força desse momento.
Estamos fragilizadas. Tudo é novo, tudo é estranho, e as ocorrências nesse primeiro dia podem mudar para sempre nossa relação com esse lugar.
Um vôo mais turbulento ou barulhento,  uma tarde mais cinza, uma chuva mais pesada, uma trovoada mais alta, um trânsito mais difícil, uma comida sem gosto, um mal-estar, uma discussão, um atendente grosseiro, uma noite mais gelada, uma barata no banheiro, um vizinho mais fechado...tudo isso no dia da chegada pode ser pesado demais e marcar para sempre, de forma positiva ou negativa, principalmente para quem ainda não havia digerido muito bem a mudança.
Então, vai se mudar? Está deixando o país? Está voltando para o Brasil depois da expatriação?
Atenção ao dia da chegada! Prepare seu espírito e tenha em mente que tudo o que você vê e sente nesse dia está influenciado pelas lentes  da mudança. E mudar assusta! Mudar dá medo!
Mesma coisa se você está mudando de uma cidade para outra dentro do Brasil!
Ainda guardo cores, cheiros e dores das minhas mudanças de São Paulo para o Rio, do Rio para Recife...
Enfim...pense no trajeto, no dia da chegada, como um mapa, não como o destino. A ideia que você vai construir sobre seu novo endereço precisa de tempo e de exploração adequada para ganhar corpo!

Carmem Galbes

Aproveite a expatriação para usar o tempo a seu favor!

Olá, Coexpat!
Princípo de Pareto: 80-20
Você conhece?
Basicamente: 80% dos resultados vêm de 20% das causas.
Exercício para mostrar como o Pareto opera no dia a dia: abra seu armário. Observe. Você vai conseguir identificar que em 80% do tempo você usa apenas 20% das suas roupas. 
Mesmo? 
Mesmo! 
Depois do susto, vem a constatação: fica muito mais fácil avaliar o que pode ser guardado mais no fundo, o que pode ser vendido ou doado. Facilita até suas compras, já que o Pareto ajuda a desvendar as suas preferências.
O Pareto é bem popular nas empresas e é uma mão na roda na nossa vida também!
Eu uso bastante essa regra nas minhas tomadas de decisão.
Como?
Da rotina que tenho que seguir para minha casa funcionar, avalio quais atividades facilitam mais o meu dia. São essas atividades que vão para o topo da minha agenda. 
No meu caso, uma atividade com grande impacto na rotina é lidar com a cozinha. Se eu levanto e vou pra a cozinha, já tomo café, organizo o espaço, planejo o almoço e identifico se preciso atualizar a lista de mercado. Isso mexe com toda a manhã, porque essa ação vai pautar o tempo para eu organizar o restante da casa, o tempo para eu curtir com meu filho, vai definir se meu menino vai comer de forma saudável, com calma e se vai chegar no horário na escola. E quando isso acontece, me sinto fortalecida para dar todo o gás na minha vida profissional no período da tarde.
Sei que as coisas não são assim tão separadinhas. A profissão invade minha manhã, assim como os cuidados com a casa, a maternidade e o casamento acabam pegando espaço também da minha agenda profissional, mas a organização da rotina faz com que esses atropelos sejam exceção e não a regra.
Então para deixar mais claro como o Pareto é bem  interessante, vou fazer uma substituição no postulado: 80% dos resultados vêm de 20% do esforço.
Sério? Mas por que a gente não percebe isso?
Porque a gente não olha pra gente, para o nosso dia, para as nossas preferências e para o que faz a gente feliz. Se investíssemos mais no autoconhecimento, iríamos ter na ponta da língua quais ações requerem apenas 20% da nossa energia para que a gente fique satisfeita em 80% do tempo.
Assim funciona o Pareto na vida prática: qual é a ação específica que pode trazer mais resultados positivos, mais facilidade pra sua vida, que pode abrir espaço na sua agenda em vez de lotá-la?

E você tem adotado esse princípio? Quer adotar? Não sabe como? 
Um exercício poderoso é anotar, durante uma semana, tintim por tintim, todas as suas atividades, quando tempo dedica a cada uma delas e o motivo. Isso vai se transformar em uma fotografia bem nítida e vai te mostrar se você investe ou gasta o seu tempo.
O dia tem as mesmas 24 horas para cada um de nós. O que você vai mudar para fazer valer esse tempo? Lembre-se, o tempo é o recurso mais valioso que temos. 
Já parou para pensar que a sua expatriação pode não durar pra sempre?
Carmem Galbes

Expatriada, organize-se para ter uma vida plena! Que tal começar pelo cardápio?

Quer aproveitar seu dia para fazer coisas que importam para você? Organize-se!
Esse é o primeiro passo para a gente criar um ambiente produtivo e fértil para ouvir nossas necessidades, atender aos nossos desejos, realizar  nossos sonhos, alcançar nossos objetivos!
Por onde começar?
Pelo básico: pela casa. Pelo lugar que te abriga, te protege e te fortalece, pelo menos é isso que a gente espera de uma casa.
Odeia o trabalho de casa? Mas ele tem que ser feito! Por você ou por alguém. O problema é quando estamos em um lugar que a mão de obra para serviços domésticos não é comum, não é farta, nem barata.
Aí é hora de uma reunião em família para divisão de tarefas de forma justa. Quem vai fazer o que e quando? Esse planejamento deve ir para o papel, para evitar sobrecarga e culpa.
Feito isso, é mão na massa.
Algumas práticas podem facilitar o processo.
Uma que eu sempre recomendo para as minhas coechees (as Coexpatriadas que apoio na realização de projetos pessoais) é o planejamento de um cardápio.
Parece bobagem? Tira a autenticidade da alimentação? Mas ele ajuda a poupar um super tempo, além de evitar desperdício dos alimentos que estão no fundo da geladeira ou esquecidos no armário. O cardápio também é um super parceiro para quem busca uma alimentação saudável e balanceada.
Na minha casa funciona o cardápio semanal, que vou repetindo com uma alteração ou outra, dependendo dos ingredientes disponíveis e das sobras de alimentos. Avalie como será melhor na sua casa, de acordo com os hábitos da sua família.
Daqui a pouco, deixo um PDF disponível, pronto para você ir preenchendo os espaços de almoço e janta. Não, não vou deixar um menú. Admito; culinária não é meu forte. Santo app de receitas!
Ainda sobre a organização das refeições: manter um controle de estoque e já ir criando a lista de compra conforme os produtos são usados é outra estratégia que ajuda a poupar tempo e dinheiro.
Agora, como prometido: o cardápio para você imprimir e colar na porta da geladeira! Não se esqueça de ir fazendo a lista de compras.



Precisa de mais apoio para organizar a sua rotina, a sua agenda e assim poder olhar para você nessa expatriação? Fale comigo! Eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Reconstruindo a rotina da casa depois da mudança.

O que atormenta mais quando mudamos de endereço: a mudança cultural ou a mudança do modo de vida? Será que é possível separar uma coisa da outra? Será que o desconforto é proporcional à mudança da rotina, quanto mais ela é alterada, mais sofremos?
Ok. Até deixar seu ninho, você tinha uma rede de apoio, não precisava se preocupar com a casa, não se sentia tão sobrecarregada...
O fato é que tudo mudou...O que você poderia fazer de diferente para a vida ficar melhor? Que tal assumir o controle da situação? 
Mas como começar uma rotina do nada, em um lugar que você não conhece bulhufas?
Vou propor um caminho para estabelecer um esquema para a casa. Comece por ela e, depois, ficará mais fácil você organizar sua agenda, seus pensamentos, seus sentimentos, seus objetivos!
Mude, rasure, pule, experimente, descarte até encontrar um modelo que funcione para você.

Comece por fazer uma faxina nas suas ideias! 
Reconheça e entenda que você está em uma nova cultura: talvez as estratégias que funcionavam no antigo endereço não sirvam mais, seja porque os horários nesse  novo local são diferentes, porque a comida é diferente, porque o transito é mais caótico, porque cozinha e banheiro não têm ralo, porque o clima é diferente, porque a rede de apoio está distante, porque a diária da empregada é muito alta... 

Desentulhe. Menos coisas = menos trabalho e mais tempo. Avalie seus pertences e descarte o excesso. Olhe com cuidado para a decoração. Os objetos trazem mais conforto ou mais trabalho?

Estude o local, a cultura e veja as possibilidades. Vasculhe as redes sociais, pesquise sobre produtos, equipamentos e serviços disponíveis na cidade que possam facilitar a sua rotina. Nos países onde o trabalho doméstico é valorizado, é mais comum encontrar produtos mais práticos e mais em conta que no Brasil, como lenço umedecido para limpeza e aspirador de pó robô, que você programa e ele aspira a sujeira sozinho.

Divida as tarefas entre todos os moradores da casa. Exemplo? Cada um é responsável pela limpeza, organização e manutenção do próprio quarto. Cada um também assume uma tarefa diária de acordo com a idade: um fica responsável pelo lixo, outro pela louça de determinada refeição, outro pela higiene do animal de estimação e assim por diante.

Em vez de escolher uma data para fazer "aquela faxina", faça um planejamento de limpar um pouco por dia. Divida as tarefas ao longo da semana e determine quem irá fazer o que. Exemplo:
Segunda-feira: banheiros + Roupa.
Terça-feira: tirar o pó + aspirar.
Quarta feira: Cozinha + área de serviço.
Quinta-feira: Roupa + mercado.
Sexta: Alimentação.

Sobre a alimentação:
Escolha um dia para fazer a base da alimentação da semana: cozinhe arroz e outros grãos, separe em porções e congele. Limpe a carne, separe em filés e congele. Cozinhe o inhame/aipim/macaxeira e congele. Faça molho de tomate e congele em porções. Faça sopa e congele em porções. Lave todas as folhas, seque e guarde na geladeira. Lave os legumes, pique e congele. Atenção: coloque no freezer um filé separado do outro. Só junte todos em um mesmo recipiente quando já estiverem congelados.
Faça também um cardápio semanal, imprima e cole na porta da geladeira. Serão 7 almoços e 7 jantares. Isso ajuda no planejamento e na elaboração da lista do mercado, além, de acelerar o preparo das refeições.

Sobre o mercado:
Economize tempo definindo o dia que fará as compras. Baixe um app de lista de mercado ou deixe papel e caneta na cozinha. Vá anotando os produtos que precisa comprar. Confie na sua lista e evite levar o que já tem em casa.

Sobre a limpeza e a organização:
Comprometa-se com a manutenção da limpeza e da organização da casa. Não espere a sujeira tomar conta para limpar. Limpe assim que sujar. Com essa manutenção, a limpeza ficará mais rápida e simples, e a casa estará sempre limpa. 
Aceite a cultura do local. Se o banheiro não tem ralo é porque não é cultura lavar o banheiro. Ao jogar água você pode danificar o piso. Encontre uma nova forma de higienizar. Com certeza isso existe no local onde você está.
Avalie a contratação de uma empresa especializada para limpar vidros e ar-condicionado.
Não espere a bagunça se espalhar pela casa. Todas as noites certifique-se de qua cada objeto esteja no cômodo que deve ser guardado.

Sobre a lavanderia:
Repense seu guarda-roupa. Inclua a praticidade nas suas escolhas. As peças são fáceis de cuidar? Vão para máquina de lavar e secar? É preciso passar?

Priorize! 
Às vezes, com criança pequena, quando tem alguém doente em casa, visita ou alguém precisando de mais atenção não é possível seguir - como gostaríamos - uma rotina muito redondinha. Nesses períodos avalie: qual atividade que você pode adotar que vai trazer um grande impacto positivo na rotina da casa? Faça primeiro o que traz mais resultados positivos!



Carmem Galbes

Guia Leve de Mudança - parte 1.

Cinco mudanças em 10 anos. A prática + os estudos em organização de espaços e ambientes são a base do Guia Leve de Mudanças que apresento para vocês agora. 
Para fazer o guia, estou levando em conta que a companhia em que você ou seu marido trabalha vai contratar a empresa de mudança, um coisa a menos para você ter de correr atrás.  Também imagino que a empresa que está te transferindo cuidará da burocracia como visto, documentação, seguro saúde...
Então vamos lá:

Guia Leve de Mudança - parte de 1 de 5: Antes da mudança.
O intervalo entre a negociação da transferência e a mudança de fato pode durar meses. Esse período pode ser bem desconfortável: cheio de expectativa, ansiedade, fantasia, medo. Então, aproveite o tempo para ocupar a cabeça e o corpo, porque você vai ter que trabalhar, e muito!

1 - Imóvel.
Se próprio, vai vender ou alugar? Está por dentro de preços? Vai deixar em imobiliária ou vai cuidar de tudo? Vai vender/alugar com ou sem móveis? Se for deixar a casa fechada, alguém fará alguma manutenção em jardim e piscina, por exemplo?
Se a casa é alugada, atente para o prazo de comunicação de saída. Vale lembrar que, pela lei do inquilinato, como está sendo transferido pelo trabalho, você não precisa pagar multa caso deixe o imóvel antes de o contrato terminar
Se morar em prédio, veja em quais dias a mudança pode ser retirada. Tem condomínio que só autoriza durante a semana, outros só aos sábados...

2 - Garagem.
Você vai levar o carro? Se for vender, como vai fazer: anunciar ou deixar em uma concessionária? Já sabe quanto pedir? Os documentos estão em ordem para venda?
E as bicicletas?

3 - Escola.
Peça na escola das crianças o histórico escolar e a transferência. Já verifique procedimento e prazo para encerramento da matrícula. Faça o mesmo na escola de idiomas, artes, balé, natação...

4 - Trabalho.
Se você não foi o motivo da transferência, já é a hora de comunicar a saída? Como fará isso?

5 - Saúde.
Há exame médico pendente para alguém? 
Aproveite para colocar em dia consulta com pediatra, ginecologista, cardiologista, oftalmologista, dentista...
Será necessário comprar algum medicamento, pedir alguma receita para a viagem, fazer óculos novos?

6 - Empregados.
Tem empregada? Vai demitir? Faça as contas: aviso prévio, férias, décimo terceiro...

7 - Animal de estimação.
O que vai fazer com o bichinho? O gatinho e o cachorro podem ir junto, mas e o peixinho, a tartaruguinha...? Vai doar? Para quem?
Voltando ao gato e cachorro, é preciso correr atrás da documentação para a viagem, caso seja para o exterior. 

8 - Contas e correspondência.
Verifique o prazo para desligamento de tv à cabo, internet e telefone.
O que vai fazer com os celulares?
Se vai deixar a casa fechada, vai pedir desligamento de gás e energia?  Há serviços que não precisam ser desligados, podem ser suspensos com o pagamento de uma taxa mínima - o que pode evitar mais trabalho na hora do retorno.
Sobre correspondência de banco e cartão de crédito, você vai mudar o endereço de destinatário? Quem irá receber por você?
Seria o caso de colocar ou tirar alguma conta do débito automático?
Seria possível falar com o síndico, um vizinho ou parente sobre as cartas que chegarem? Alguém poderia guardá-las para você pegar depois ou elas poderiam ser reenviadas?

9 - Guarda-roupa.
Faça um inventário do armário. Tire tudo que não usa: roupa grande, apertada e-ou que não combina mais com seu estilo; peças velhas, estragadas. Isso vale também para roupa íntima, acessórios e sapatos. Veja se algum item precisa de lavanderia, sapataria. Leve tudo limpinho e em ordem.
Pense no lugar para onde está indo. O clima vai permitir que você aproveite o atual guarda-roupa? Avalie se você vai usar todos seus casacos. Em um lugar frio, cachecol nunca é demais. Mas em uma região quente, eles podem acabar estragando de tanto ficar no armário. Lógico que não estou falando para você doar todas as suas peças de inverno, nem dar fim ao seu casaco-sonho-de-consumo. Só estou sugerindo aproveitar a chance de liberar espaço e facilitar a arrumação no novo endereço.
Pense também na cultura do lugar para onde você e sua família estão sendo transferidos. Avalie se, no novo endereço, blusa tomara que caia, minissaia, miniblusa, super decotes, fendas e coisas do tipo não irão te constranger. Mais uma vez, não estou dizendo para dar fim a tudo, só sugiro ficar com aquilo que realmente vale a pena. Guardar por guardar, nesse momento, só irá te dar mais trabalho.

10 - Eletrodomésticos.
Verifique a voltagem do lugar de destino. Se for diferente, você vai comprar transformadores ou equipamentos novos? O que vai fazer com os eletros que já tem? Se for doar, pense em um lugar que retire as peças, normalmente é preciso fazer agendamento. Se for vender, como vai fazer isso e quanto vai pedir?
Importante lembrar que em alguns países, como Estados Unidos, geladeira, fogão, lavalouça e micro-ondas fazem parte da casa, você não precisar ter os seus por lá.

11 - Móveis e decoração.
Irão na mudança?
Se forem ficar, vão ser guardados onde: depósito, casa de alguém ou na sua própria casa?
Se forem para casa de alguém, você vai contratar empresa para fazer embalagem e transporte? Você mesma vai embalar tudo? Você deve precisar de caixas e plástico bolha para os itens frágeis - como taças - e um carreto.
Se sua casa for ficar montada, alguma coisa vai precisar de embalagem ou cuidado especial para não estragar com o tempo? Geladeira desligada por muito tempo, geralmente, dá problema depois.
Compensa levar roupa de cama e mesa? Você já sabe se irá servir na nova casa?
Os quadros ficarão? Como serão guardados?
O que fará com as plantas?

12 - Papelada.
Quais papéis, documentos, contas podem ser descartados? Pense em pastas arquivo - tipo plásticas - para o que precisa ser guardado.

13 - Livros.
Quais serão levados? Onde serão guardados os que podem ficar? As doações irão para onde?

14 - Cortinas e tapetes.
Seria o caso mesmo de irem na mudança? Você já sabe se as cortinas e os tapetes vão servir onde vão morar ou o endereço ainda será definido? Se forem ficar guardados, já seria o caso de lavá-los?

15 - Cozinha.
É hora da faxina nos utensílios. Faça uma limpa nos mil potes plásticos. 
Vocês estão de partida. Nada de estoque. Vá consumindo a reserva do freezer para não ter que jogar comida fora. 

16 - Brinquedos.
Aproveite para doar o que as crianças não brincam mais e para jogar o que está quebrado.
Organize em caixas plásticas. Separe caixas para bloquinhos de madeira, para quebra-cabeça, carrinhos, material de pintura. Não transporte nada solto. Ajuda muito na arrumação.

17 - Transporte.
No começo, como vocês vão se locomover no novo endereço? A ideia é alugar um carro? Se for, já pesquisem o modelo que vocês querem e deixem reservado na locadora.

18 - Outras providências.
Onde vocês vão dormir depois que a mudança sair, na casa de alguém ou vão ter que reservar o hotel? Lembre-se de ser um lugar fácil de chegar, já que vão estar cheios de bagagem.
Será preciso marcar um táxi  ou um transporte maior, por causa das malas?
Onde vão se hospedar assim que chegarem ao novo endereço: hotel, flat, apartamento mobiliado, casa de conhecido?

18 - Coração.
Deixei para o fim o que considero um dos pontos mais importantes: a despedida dos colegas, amigos e parentes. Reserve tempo para dar aquele abraço forte. Com a chegada da data da mudança, tudo fica mais corrido, então não deixe para a última hora. Vá organizando encontros aos poucos. Seja em casa, num restaurante, um cafezinho. Esses "encontros para dizer tchau" são muito importantes, é como um ritual de passagem, marcam uma mudança de vida, te dão aconchego e coragem para encarar a nova fase.

Eu procurei ser abrangente, mas claro que cada casa tem seu funcionamento.

Se é um apoio personalizado - totalmente pensado na suas necessidades - que você busca, veja como a Leve pode te ajudar com a Consultoria Online de Organização da Casa Pós-Mudança. Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Leia também:
Guia Leve de Mudança - parte 2: os dias antes da mudança. 
Guia Leve de Mudança - parte 3: encontrando a nova casa.
Guia Leve de Mudança - parte 4 : enquanto os móveis não chegam.
Guia Leve de Mudança - parte 5: a chegada dos móveis.

Expatriação e endereço, é possível encontrar a casa ideal?

Olá, Coexpat! 

Se isso já é complicado no Brasil pesquisar, barganhar e fechar negócio, em outra língua exige - no mínimo - paciência com você mesma para definir seu novo endereço.
Ok, não tem milagre, a gente sabe que a verba é o que direciona a estratégia de busca por um teto. Mas definido o orçamento, outras coisinhas podem ajudar na escolha.

Antes de tudo, a família deve se perguntar:



  • Quem vai passar mais tempo na casa?
  • Quem vai administrar a casa na maior parte do tempo (limpar, organizar...)?A família vai ter ajuda pra isso? O tamanho pode fazer a diferença no tempo gasto com esse trabalho.
  • Que lugar faria a família se sentir em casa?
  • O profissional transferido irá viajar muito a trabalho?
  • É melhor a casa ficar mais perto do trabalho ou da escola?
  • É melhor a casa ficar mais perto de transporte público ou de lugares com ampla oferta de serviços ou os dois?

Com respostas definidas, sigam em frente!
Como cada país tem suas peculiaridades nas transações e cada cidade tem suas características, não é demais dizer que informação é o alicerce dessa empreitada.
Claro que cada caso é uma casa. Para alguns, qualidade de vida é estar em um ponto badalado ou morar longe do barulho ou em um lugar espaçoso ou poder almoçar em casa ou morar perto de outros brasileiros...Tem gente que tem que conciliar o endereço com a escola das crianças, já que em alguns lugares o cep pode definir um ensino de melhor qualidade.
Enfim...Vou partir da minha experiência. Tomo como exemplo minha busca quando mudei para os Estados Unidos.
Ainda no Brasil, fazendo aquela pesquisa frenética que toda expatriada em potencial faz, cheguei a um resumo básico sobre Houston: cidade grande, com péssimo transporte público, muito congestionamento, clima hostil - com furacões e tempestades que provocam alagamentos. Na pesquisa também levantei as principais áreas de comércio e a localização das melhores universidades.
Para o trânsito não me fazer romper com o relógio, seria importante buscar um lugar “perto de tudo”, que, para mim, é um meio termo entre trabalho, escola e comércio. Deveria ainda evitar o andar térreo - por causa das enchentes - e o último andar - para não correr o risco de ficar sem telhado durante uma ventania.
O bom é que a cidade é pensada para receber inquilino. Em cada esquina tem um condomínio de casas ou apartamentos com promoções interessantes. Está tudo ali, prontinho, gostou? E só pagar o depósito - a ser restituído no fim do contrato - e mudar.
Como em todo lugar do mundo, uma carta referência do seu trabalho ou do gerente do seu banco no Brasil pode ajudar a reduzir burocracia, ou alguns valores, como o do depósito de segurança.
Depois de uma semana de pesquisa, tempo curto se comparado com o período de procura no Brasil, e entre opções que tinham diferenças mínimas, preferi ficar com um espaço zero quilômetro. Acho que o cheirinho de lugar novo acabou dando gás àquela ideia de vida nova. Como as casas por lá já são equipadas com eletrodomésticos, poder contar com máquina de lavar, geladeira e coisas do tipo sem uso também foi um diferencial.
Acho ainda que acertei ao não escolher nada grande. Serviço doméstico é caro nos Estados Unidos e, não adianta, faxina brasileira? Só no Brasil. Então é bom facilitar a vida e se preparar para encarar o estilo “faça você mesma”.
Gostou da sua escolha? Ótimo! 

Ficou decepcionada? Se vale uma última dica: ajuda ter sempre em mente que nada é para sempre! Ainda mais para expatriado...Se o seu endereço estiver afetando muito a sua adaptação e qualidade de vida, avalie se não seria melhor buscar um novo local. Dessa vez coloque tudinho no papel. Faça uma coluna de prós e contras.
Só não deixe sua vida "parar" por uma escolha feita - muitas vezes - na sorte. Seja mais doce e tolerante com você mesma e encare alguns gastos extras como parte do pacote de mudança para uma vida completamente nova! 
No universo "expatriático" errar é mais que humano, é esperado! Então siga em frente e seja feliz!
Só uma coisinha: a ajuda do pessoal da empresa de relocation é crucial, principalmente quando o assunto é papelada, mas não deixe de fazer a SUA busca por informações. Só você e sua família sabem o que é importante para vocês!
Carmem Galbes
Imagem: SXC

Quase lá!

Olá, Coexpat!Passando aqui rapidinho, só para dar um oi. É que expatriada quando está para visitar a terra natal fica como criança uma semana antes da colônia de férias.
Organiza tudo, planeja tudo, separa tudo.
Só que gente grande sempre complica, né? Se apega a detalhes, mas sofre de memória curta. Então fica ziguezagueando para deixar tudo pronto até o embarque.
Já comentei aqui minha dificuldade com malas. Interessante é que o acúmulo de roteiros não tem feito com que melhore a arrumação e o conteúdo da bagagem.
Eu gosto de dar uma volta por aí para tentar capturar dicas, mas a coisa acaba saindo mesmo do meu jeito. Minha bagagem nunca tem espaço vazio! Pior é aquela sensação de que estou esquecendo de fazer alguma coisa, uma hora eu descubro o que é...
Agora, de volta ao ziguezague.

Carmem Galbes

Imagem: SXC

Sobre sacolinhas, mochilas e super malas.

Olá, Coexpat! 
Tenho pensado muito em mala, talvez pelo meu eterno vai e vem...
O fato é que fazer mala virou uma atividade que exige tanta especialização que dá até medo. Eu sei, sou organizadora profissional, acabo com bagunça que até eu duvido, mas confesso - constrangida - que eu tenho medo de mala, principalmente das pequenas.
Sabe que eu procuro melhorar sempre...mas até hoje não sei se é melhor enrolar ou dobrar as roupas. Se é melhor espalhar os sapatos ou colocar nos cantos, se é melhor colocar as calças por baixo, ir recheando a mala e só depois pôr as pernas das calças por cima, também ainda não encontrei a melhor forma de levar as calcinhas.
Conheci uma menina que dizia que só levava as piores calcinhas nas viagens. A receita: ela ia usando e deixando pelo caminho. Já ouvi dizer que tem calcinha dela na Coreia do Norte. Como foi parar lá? Nem me atrevo!
Outro dia comprei uma mala de mão. Descobri que só a mala pesa quatro quilos. Sobraram 6 quilos para minhas coisas, caso ela vá comigo a bordo no avião. Eita mala mala.
O pior é que mala é como carro ou computador. Mal você compra a top de linha e já tem outra ultra mega mais fácil de levar...

É de dar inveja daquele povo que viaja o mundo com uma malinha empurrada pelo dedo indicador...
Eu desisti, assumo de peito aberto que, para mim, mala é um "ser" estranho de lidar.
Tanto que eu trabalhei em um lugar que tinha um concurso: o mala do ano. A premiação era sempre no dia da festa de confraternização da 'firrrma'. O mala, eleito pelos colegas, recebia faixa e tinha que dar volta olímpica pela empresa. Cena ridícula.
Ridículo foi um chefe que recortou um anuncio da Louis Vuitton e colou na testa: “eu sou mala, mas sou chique”, disse o eleito.

Confesso que tinha mala que era só uma sacolinha. Tinha aquele que era, na verdade, uma mochila, daquelas que parecem uma mala, mas não são, aliás, te ajudam...
Mas mala é uma coisa necessária não é mesmmm?
Então quando tenho que me relacionar com ela eu respiro fundo, me abasteço de paciência e encaro peça por peça, controlo o peso e faço o doloroso exercício da escolha: salto marrom ou mais claro? Camisa branca ou off white?
Tem situação mais desagradável? 

Claro que tem! Gente mala! Que fala e não tem rodinha, a não ser que esteja de patins...
ops...decisão mais recente da minha vida: cri-cri mode off. Afinal, somos o que somos, com ou sem mala por perto...
Então bora exercitar a leveza e a simplicidade ao arrumar a bagagem e bora agradecer à nossa malinha companheira de viagem, que carrega nossas coisas, nossos presentes, nossa saudade...  
Ah...eu juro que busquei links sobre o "melhor jeito de arrumar mala". Mas existe tanta informação na rede, que preferi deixar essa navegação pra você!
Vai viajar? Desejo um feliz relacionamento entre você e sua bagagem!!

Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...