Expatriação e amadurecimento.

Tanto se fala das possibilidades de crescimento que a mobilidade pode proporcionar.
Mas, humildemente, admito minha inabilidade para lidar com situações toscas - mesmo passando os últimos anos indo de um lugar para outro e conhecendo um mundaréu de gente.
E aí...a surpresa! 
Gentilmente, Fernando Pessoa sussura em meus ouvidos: "Não evoluo, VIAJO...Não subi de um andar para o outro; segui, em planície, de um para outro lugar."
E eu, em um rompante de birra mental: "Não, não é possível. Devo aprender algo com toda essa andança! Está no pacote de expatriação!"
Pessoa me interrompe: "há poemas meus, escritos aos vinte anos, que são iguais em valia - tanto quanto posso apreciar - aos que escrevo hoje. Não escrevo melhor do que então, salvo quanto ao conhecimento da língua portuguesa - caso cultural e não poético. Escrevo diferentemente."
É isso, então! Mesmo caminhando e acumulando bagagem, talvez eu não faça melhor; talvez consiga - no máximo - fazer diferente.
E Pessoa me dá uma alternativa, desconfio que farto dessa busca por me sentir mais madura, mais bem preparada, mais equilibrada: "Vou mudando de personalidade, vou (aqui é que pode haver evolução) enriquecendo-me na capacidade de criar personalidades novas, novos tipos de fingir que compreendo o mundo, ou, antes, de fingir que se pode compreendê-lo."
Eu sei, eu tomei posse da resposta que Fernando Pessoa endereçou para Adolfo Casais Monteiro, em 1935.
Mas acredito que enquanto escrevia ao camarada, pensou em mim e na minha provável súplica por algumas palavras que desatassem o nó da garganta, que esquentassem a barriga, que aliviassem os nervos.
Obrigada, poeta!

Carmem Galbes

Expatriado, fuja do "fio do bigode". Benefícios têm que estar no papel!

"Preto no branco". É isso o que você quer na hora de negociar uma transferência. Mas qual é o preço e o desgaste de deixar tudo bem definido antes de ir atuar em outro endereço da empresa?
Eu não sei quão dolorido - ou não - esse processo pode ser. O que eu já vi acontecer é profissional quase pirar ou perder o emprego por cobrar que a empresa cumpra algo combinado, mas que não havia sido registrado em lugar algum.
Minha impressão, baseada nos emails que recebo, é que poucos profissionais se empenham em deixar tudo esclarecido antes da viagem. Por esclarecido quero dizer: tudo registrado no papel.
Não falo dos direitos garantidos pela lei 11.962, como adicional de transferência, custeio de
passagem, seguro saúde e de vida. Falo de remuneração, apoio à família, plano de carreira e por aí vai.
Aqui o advogado Miguel Gondin Galbes já deixou bem claro como o profissional deve agir: "ele não deve aceitar uma expatriação sem ter formalmente tratado o que vai acontecer com ele lá fora. A orientação é: tudo o que for definido - como benefícios, remuneração, bônus, plano de carreira, tempo de expatriação - deve estar oficializado." O advogado explica que o documento pode prever - inclusive - multa em caso de descumprimento de algum item. O instrumento legal vai variar de caso para caso, pode ser desde um termo de compromisso assinado entre funcionário e empresa até um aditivo ao contrato de trabalho.  O advogado comenta que "a empresa que aceita detalhar os termos da expatriação em um documento já sinaliza que o processo será sério".
Já conversamos algumas vezes aqui no Expatriadas sobre não aceitar o"fio do bigode" quando o assunto é: mandar você pra longe. Acontece que vira e mexe aparece um profissional furioso por não ter seus benefícios respeitados no exterior.
A revista Exame traz mais um caso desse. O advogado Marcelo Mascaro Nascimento é quem diz o que expatriado deve fazer.
Uma dica: documento é sinal de maturidade e profissionalismo. "O que é combinado não é caro."
Para ler o texto da Exame, clique aqui.
Para ler mais aqui no blog sobre direitos e benefícios do expatriado, clique aqui.
Para mais informações sobre a Lei do Expatriado, clique aqui.
Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...