Expatriação: família é tudo!

Podem falar o que quiser sobre família: que ela está mudando, acabando, falindo...
Mas é fato: família unida - ciente dos desafios e das oportunidades, que embarca junto na viagem - é a base de uma expatriação de sucesso.
Muita gente só descobre isso em meio à dor.
Sorte quando dá tempo de encontrar forças dentro de casa ainda durante a transferência, aí, geralmente, a família fica mais unida e forte. Triste quando as pessoas reconhecem que o relacionamento poderia ter sido diferente quando já estão de volta, com todo mundo frustado - ou pior - um longe do outro.
O ponto é: os profissionais de recursos humanos estão - finalmente - atentos ao peso do bem estar de todos: papai, mamãe, crianças, cachorro, peixinhos expatriados...
Pelo menos, foi isso o que eles mostraram no sexto forum da Associação Brasileira de Recursos Humanos, que tratou da relevância do RH no processo de expatriação.
Segundo a Associação Brasileira de RH, dos convites negados de expatriação, 8 em cada 10 são recusados pelo receio que a família tem de deixar o aconchego do lar e se aventurar em uma nova cultura.
Uma das palestrantes, Andréa Fuks, sócia da Global Line - empresa que atua há quase duas décadas com expatriação - resume a queixa de muitos expatriados.“A maioria das políticas de expatriação prevê apoio às questões técnicas e de problemas do dia a dia em relação à moradia e às questões legais, mas o que mais preocupa são as questões emocionais e aquelas que requerem um entendimento da cultura local.”
Além do papel da família, durante o encontro, foram debatidos temas que a gente, vira e mexe, trata por aqui, caso da repatriação e das transferências dentro do Brasil.
Quanto à viagem de volta, Andréa Fuks admite que a repatriação não recebe a atenção que merece.“É comum as empresas que apoiam seus expatriados se esquecerem de que há problemas após o seu retorno.”
Resultado: ou a empresa perde o profissional ou o profissional acaba perdendo o emprego.
Segundo Daniela Lima, também sócia da Global Line, “muitas vezes, a pessoa se super qualificou lá fora, aqui no Brasil a demanda não evoluiu na mesma velocidade e, no seu retorno, este funcionário não se encaixa mais no perfil da vaga disponível a ele.”
E quando a mudança não exige visto nem passaporte?
Para o gerente de mobilidade internacional da Petrobras, César Edney, a empresa deve ter, sim, mais cuidado com essa "expatriação interna". “Devemos considerar as mudanças de pessoas entre estados aqui no Brasil, pois há bastante dificuldade de adaptação para muitos.”
Então, conluindo:
- Família é tudo;
- O retorno é tão importante quanto a partida;
- Mudança é mudança, não importa pra onde, tudo muda!
Ah, outra coisa que fizeram questão de frisar durante o encontro: expatriado tem que ter alma livre, leve e solta, porque “uma carreira internacional nem sempre é glamurosa”, diz Andréa Fuks, da Global Line.
Mas isso a gente já sabia, né!

Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br

Não desperdice nenhuma chance de viver a vida que você quer!
Carmem Galbes

Que o diferente nunca fique igual, mas que todos os envolvidos em uma expatriação sejam valorizados!

Olá, Coexpat!
Quando eu nasci, os sutiãs já tinham sido queimados.
A minha mãe e o meu pai já acreditavam que fosse filho ou filha, tinha que estudar e se preparar para ser autossustentável.
Em casa, lavar louça e limpar o carro, fazer comida e tirar o lixo sempre foram vistas como atividades unissex.

Da minha parte: adorava ajudar meu pai com o carro, não conseguia evolução na cozinha - o que ocorre até hoje e sempre amei limpar e arrumar a casa, até hoje. 
Nesse momento de altos debates, e às vezes, de embate entre homem e mulher, admito: meus pais ainda são da antiga. Gente - absurdo - eles ainda acreditam que meninas e meninos são - no mínimo - biologicamente, fisiologicamente, neurologicamente diferentes. Pode? Nossa, na idade deles, que liberdade, eles podem tudo!
Para eles o humano tem de carregar um princípio básico: respeito, próprio e ao próximo. Para eles, menino e menina têm a mesma essência: raciocínio, sentimentos, emoções. Mas eles também acreditam que homens e mulheres conversam, pensam, sofrem e amam de maneiras diferentes.
Existem correntes que dizem que tudo isso é uma construção social. Defendem que meninas e meninos podem ser absolutamente iguais. Pode ser, ou não...mas acho que eu também acredito que somos de Vênus e eles de Marte, é isso, ou o contrário? Enfim, somos de planetas diferentes...me julguem, eu aguento!
Você: "ok, tudo bem, mas o que o salto tem a ver com a meia calça? O que esse assunto tem a ver com o mundo 'expatriático?"
Tudinho!
O ponto em que quero chegar é que, para uma expatriação dar certo, homem e mulher tem que embarcar juntos nessa, tirando proveito das igualdades e, principalmente, das diferenças, sejam nossas, sejam deles.
Se, na expatriação, levamos na mala a armadura, cada ponto positivo pode ser usado como arma para crítica, tensão e disputas. Aí, as habilidades de cada um, que deveriam equilibrar a relação, podem servir mesmo é para romper.
Só para exercitar, vamos supor a cena: tentativa de ida com os filhos ao parque depois do jantar.
Ela, cuidadosa: "crianças, ponham o tênis, peguem capacete e joelheira se quiserem andar de patins."
Ele, prático: "não precisa, vamos de chinelo, só pra andar um pouco por aí."

A partir daí, o que vem a seguir é só loucura:
Ela: "você não está nem aí 'pras' crianças."
Ele,: "para!"
Ela: "por que? Tá cansado, né? Só pensa no seu trabalho!"
Ele: "para, vai!"
Ela: "é só isso que você sabe dizer?"
Ele: "não! Eu quero dizer que não tem sido fácil a vida aqui e tem ficado pior com uma louca neurótica que só sabe reclamar e impor as suas vontades!"
Ela: "você não me escuta, não está nem aí pra tudo o que deixei pra trás para te acompanhar!"
Ele: "tudo bem, a gente volta, eu procuro outro emprego."
Ela: "vai a mer..!"

Ele: "vai você!"
E as crianças só queriam ficar em casa, na sala, com todo mundo junto. A pequena curtindo suas fantasias. O pequeno "quebrando" qualquer brinquedo. Mas os dois querendo ver papai e mamãe em paz, reclamando aqui, tirando sarro ali, resmungando acolá, mas juntos, cúmplices no crime de enriquecer a experiência de vida no exterior.
Você pode ter achado essa conversa machista demais. "Por que, no exemplo, papai trabalha e mamãe está em casa?"
Realidade, baby...Lembra que quando o assunto é família expatriada, de cada 10 famílias transferidas, 8 embarcaram por causa da carreira dele? Então, pelo menos quando o assunto é expatriação, o debate/embate ele x ela está ainda nos anos de 1950. 

Nesse caso, não defendo a igualdade, que aqui seria o casal tendo as mesmas oportunidades profissionais no exterior (isso seria maravilhoso, mas - na prática - cruel com os filhos). O que defendo é o mesmo nível de valorização das atividades exercidas, seja ele "botando o dinheiro dentro de casa" seja ela "deixando a casa em pé" ou vice-versa. Defendo a valorização da família expatriada como um todo, que - embora receba benefícios para deixar sua pátria - ainda embarca sozinha, rumo ao desconhecido e pode, sim, se despedaçar por falta de um olhar que admita que todos os envolvidos estão exercendo um papel fundamental para a expatriação ser um sucesso!
Se você sente-se só, sem apoio e não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
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Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...