Expatriação e reviravolta, nem todo mundo quer...

Olá, Coexpat!
A não ser que você entre em coma ou decida se fechar em uma mala, penso ser impossível alguém sair ilesa do processo de expatriação. A reviravolta acontece por dentro e por fora.
Esteticamente falando, a globalização das tendências facilita muito a vida de quem partiu para longe. Saber que seu guarda-roupa, ou uma boa porção dele, vai “caber” em outra língua economiza tempo, dinheiro e horas daquele lenga-lenga interno: “será que estou muito exótica?”
Mas existe alguma coisa, que eu ainda não sei dar nome, que - mesmo com a tal uniformidade estética - faz da moda de cada país algo absolutamente particular.
Não sei se é o estilo, pode ser o corte ou tecido. Seriam as cores? Percebo essa diferença mesmo dentro do Brasil. A moda do Rio é diferente da de São paulo que não tem muito a ver com a do Recife.
Eu sei...dependendo do momento em que você está, você pode soltar um: "para Carmem, isso é quase 'desimportante'. Ok, pode ser se o drama é outro e é dos grandes...

O que noto mesmo  é que eu já não sei mais dizer o que vai contra a minha definição de belo, não tenho mais uma ideia clara sobre os padrões estéticos.
No que se refere à aparência, mudei muito de 2007 pra cá - ano em que embarquei na minha jornada nômade. Já mudei corte e cor do cabelo, revolucionei o estilo dos sapatos, deixei o closet mais descontraído, mais enxuto, enfim...
Quanto à reforma interna, bem, é esse o aspecto que mais trato aqui no blog, porque esse - sim - é punk! Sempre que tenho a oportunidade não deixo de contar como a minha experiência “expatriática” tem mexido com minha mente e meu coração.
Coexpats que encontro por aí dizem o mesmo, que a mudança vem, o que varia é a velocidade.
A questão é saber se a gente quer mesmo passar por isso. Acho que é uma reflexão justa. Para mim, a expatriação tem uma aura de coisa boa, mas pondero que essa super expectativa do bem que se levanta em torno dela pode minar um processo que, para ser rico, deveria ser iniciado com responsabilidade.
Nessa Leve Entrevista, que trata da vida profissional da Coexpatriada, a especialista em transição de carreiras, Elaine Saad, fala sobre a importância de pensar com carinho na proposta de expatriação: “simplesmente ir embora sem se ter certeza que a chance é realmente de crescimento e desenvolvimento.”
Por isso, nada de culpa por ousar pensar que a expatriação pode não ser para você, pode não fazer sentido para os valores e a visão da sua família.


Carmem Galbes
Imagem: SXC

2 comentários:

  1. Ah, meu guarda-roupa tb ficou bem mais colorido!

    Sobre o mercado profissional... ha muito o que se pesar, especialmente em tempos de crise!

    Beijo

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  2. É Silvinha,
    Não sei se acontece com você, mas às vezes, bate um desespero...Apesar de tudo o que a gente aprende, de toda a bagagem, é angustiante pensar como vai ser na volta...
    Beijos,
    Carmem.

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Olá! É um prazer falar com você!

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