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Expatriada e dona de casa. De onde vem tanta dor?

Não, você não está sozinha, nem é mais fraca ou menos preparada por sentir esse cansaço, essa angústia, esse tédio em lidar com a casa!
Sabe qual é uma das maiores queixas das esposas que apoiam o marido transferido? 
Sobrecarga por cuidar da casa, dos filhos, da rotina e tudo sozinha, muitas vezes!
Aí vem a Organização Internacional do Trabalho e divulga o seguinte dado: O Brasil é o país com o maior número de empregadas domésticas. São 7 milhões, quase a população da Dinamarca! 
Aí a historiadora Marília Ariza, ouvida nessa matéria do Uol, explica: "A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e vivia nas regiões semiurbanas do século 19 (...) O Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e escravista uma profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida." 
Aí eu concluo: ter empregada está no DNA do brasileiro!
Mas você pode perguntar (meio chorando de tristeza ou quase gritando de raiva): "o que isso tem a ver exatamente comigo, que deixei muita coisa de lado para apoiar a carreira do meu marido em outro lugar? Tinha minha vida, meu trabalho, minha renda e hoje eu tenho uma atividade que não termina nunca, o trabalho de cuidar da vida doméstica da família!"
Eu respondo: "eu acho que esse número da OIT pode explicar muito dessa coisa ruim e desconcertante que você vem sentindo."
Ok, posso estar julgando. Então, vou lançar umas perguntas:

  • Será que o cansaço por não ter ajuda 'longe do ninho' tem mais a ver com uma batalha interna por causa de uma crença que está em xeque do que com o trabalho propriamente dito de lidar com a casa? 
  • Será que a angústia por ter que assumir as tarefas de casa tem mais a ver com o fato de nós brasileiros, especialmente - mas não somente nós - não valorizarmos o trabalho doméstico, por acreditarmos que o trabalho doméstico só é 'digno' de ser feito por gente pobre e sem estudo? 
  • Será que se o normal fosse não ter empregada ou faxineira seria mais fácil tocar a casa em um outro lugar, sem ficar sobrecarregada?
  • Até que ponto a cultura de ter empregada tira a autonomia doméstica da nossa família e a responsabilidade nossa, do marido e de nossos filhos por limpar a própria sujeira?
  • Até que ponto a cultura de ter empregada impede que as tarefas sejam divididas de forma justa? 

As respostas podem servir como um inventário das crenças que adquirimos ao longo da vida, desde muito pequenininhos. Das crenças que temos, não percebemos e que acabamos perpetuando. Das crenças que não nos ajudam, que nos deixam exaustas e até deprimidas. Das crenças que nos impedem de olhar para a vida de expatriada com olhos mais positivos. Das crenças que ceifam a autonomia em vez de adubá-la! Crenças que fazem com que a gente monte uma casa que nos escraviza e aprisiona em vez de nos servir.
Sei que esse é um assunto árido! É muito difícil porque mexe com valores muito primitivos. Mexe com o seu orgulho, com o brio do seu marido - que pode pensar que, como um profissional expatriado, tem a hora muito cara para usá-la lidando com a casa. Mas esse tema precisa ser abordado. Tem que ser tratado como prioridade na família. Porque a casa é 'coisa' da família, criação e responsabilidade de todos que moram nela. Como resume Hilda Hilst: 

"A minha Casa é guardiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências."

Quer lidar melhor com esse tema? Sou Coach de Esposas Expatriadas e Organizadora Profissional especializada em famílias transferidas. Saiba como eu posso te ajudar clicando em www.leveorganizacao.com.br



Carmem Galbes

Imagem: Freeimages

Esposa expatriada, mude-se para o presente!

Eu amo o filme O Diabo Veste Prada. Gosto do enredo, das roupas e, principalmente, como aborda temas como arrogância, culpa, estratégia e superação.
Separei um dos trechos mais interessantes para mim, o que eu chamo de "estrelinha na testa". Acredito que ele sirva como uma bela metáfora para o discurso de muita Coexpatriada (se você não sabe o significado do termo, clique aqui).
Por favor, não pense que vou cair no julgamento. Já já chego onde pretendo. Antes, pausa para relembrar a cena, clique ao lado.
Mas onde exatamente está a metáfora? Para mim, em dois pontos: em querer a tal estrelinha na testa e em acreditar que já fez tudo o que podia para estar feliz em um processo de expatriação.
Como assim?
Já ouviu uma conversa ou parou para falar com uma Coexpatriada que não está feliz com a vida em outro lugar?
É mais ou menos assim: "Quando eu era...Quando eu fazia...Quando eu morava...Quando eu trabalhava...Quando eu acontecia...Quando eu recebia" É uma conversa totalmente conjugada no passado! E é exatamente daí que eu acho que nasce tanta dor, tanto desencaixe, desconforto que vem de uma história de recebimentos de estrelinhas que a Coexpat viveu, amou e que passou na prática, só que permanece na memória, não como uma lembrança feliz, mas como um crítico cruel lembrando a todo momento que ela era muito melhor do que essa pessoa que está sendo agora: "olha quem você era e no que se tornou! Como você deixou isso acontecer na sua vida? Looser! Você tinha sua carreira, seu salário, era A executiva, tinha subordinados, tinha tempo para comer apenas durante as reuniões com CEO, CFO e todos os outros 'CEILÁOQUE' e agora é essa pessoainhainhainha que só cuida da casa e das crianças."
Certo e daí? A pessoa não pode lamentar escolhas? 
NÃO! Ela pode tirar lições das escolhas que considera mal feitas. 
Tá, e ela não pode odiar essa vida sem carreira, sem status, ausente de reconhecimento social? Pode. Mas defendo que não pare por aí. Não pare no sentir esse ódio e no lamentar. 
Escuto muitas Coexpats dizendo,  "o que eu queria fazer..." pois então faça! Queira e faça! E se der errado? Faça outra coisa! Mas faça! Quer estrelinha? Quer ser olhada? Quer ser reconhecida? Olhe-se! Reconheça-se! Agora é hora de fazer brilhar a sua própria estrela, estrelona! 
Ok , quer usar o seu passado? Use,  mas como um incentivador para mostrar como você é capaz, como você já conquistou  tanta coisa e como você pode fazer de novo! 
Faça as pazes com o seu passado e siga adiante! 
Quer retomar a carreira? Retome! Quer estudar? Estude! Quer ser "só" dona de casa? Seja" Quer ficar sem fazer nada? Fique! Quer fazer qualquer outra coisa? Faça! Mas que essa seja uma decisão por escolha consciente, não por falta de opção, por falta de vontade, por falta de coragem. 
Mas como eu faço? Por onde eu começo? Eu sei...não é fácil reestruturar-se depois de um furacão, depois de ter a identidade virada do avesso,  mas é absolutamente possível! 
Considero o Coaching uma estratégia bem poderosa! Saiba como ele funciona e como eu posso te ajudar! Visite: www.leveorganizacao.com.br 

Carmem Galbes

Esposa expatriada e a complicada relação com o sucesso.

Quantas mulheres dizem experimentar o amargo gosto do fracasso quando decidem acompanhar o marido que foi transferido pela empresa?
Hoje acredito, de verdade, que não é que experimentamos o fracasso, é que nos prendemos a apenas uma definição de sucesso:
sucesso = carteira assinada + carreira em uma grande empresa + salário + promoção.
Podemos lidar com várias outras equações, mas se não temos essa - especificamente - no exercício da vida, nos sentimos perdedoras...
Depois de 10 anos apoiando a carreira do meu marido para lá e para cá, tive que criar minha própria definição de sucesso. Sucesso para mim é tomar sorvete de morango no meio da tarde de terça! Algumas podem dizer: isso é luxo. Para mim é uma representação do que é ser dona da minha agenda - de horário e de prioridades -  algo que sempre desejei na minha vida adulta.
Trabalho, talvez, mais que antes, nos horários mais malucos possíveis - por causa do fuso horário em que estão minhas clientes coachees. Mas não perco mais festas importantes - como natal em família, nem domingos - sejam de Sol ou de chuva - plantada na porta de alguém "ultra mega importante" que pode sair de casa e pode dar uma declaração. Também não preciso mais 'honrar' a etiqueta de uma corporação que não está alinhada com meus conceitos éticos.  Não tenho mais que reportar assuntos que não concordo, escrever sobre temas que acredito ser um profundo desrespeito com o tempo do outro. Está certo, não tenho as deliciosas férias remuneradas, nem o 13o. Às vezes, nem tirei o pijama, aquele coque medonho ainda está na minha cabeça e já estou na segunda ou terceira hora de trabalho, ora como dona de casa, ora como coach, ora escrevendo sobre o universo "expatriático", essa, alías, é uma das atividades que mais me deixam feliz! Mas nem de longe sinto aquela angústia de parecer não estar vivendo a minha vida ou tenho aquela sensação de todo mundo estar mega feliz em algum lugar, menos eu.
Uma coisa legal que descobri é que a minha ideia de sucesso agora é mutável. Nessa vida de Coexpat - clique na palavra para saber a definição -  sucesso para mim já foi poder levar meu filho no parquinho todas manhãs. Já foi poder dedicar tempo para me aprofundar no estudo do Inglês. Já foi ter um ano inteiro sem ter compromisso com nada. Já foi conseguir deixar minha casa bonita, organizada e portátil. Já foi adotar em minha rotina alguns conceitos do minimalismo.
E para você, qual é a sua definição de sucesso? Essa definição atende seus desejos mais íntimos ou corresponde às expectativas dos outros? Nessa perspectiva, você é bem sucedida? O que você precisa fazer para ter o sucesso que faz sentido pra você?
Carmem Galbes

Mude e transforme sua casa alugada em seu lar!

Organizar a minha casa me ajudou a organizar meus pensamentos e sentimentos. E mais: possibilitou que eu fizesse as pazes com a minha vida profissional! 
A cada item descartado - entenda descarte como doação, venda ou lixo mesmo - era uma crença que não servia mais que também ia embora. 
A cada gaveta, a cada armário organizado, era um pensamento que eu também colocava em seu devido lugar.
E a cada toque para deixar a casa mais Leve e bonita, eu me sentia mais e mais inspirada para cuidar de mim mesma, por dentro e por fora. Não à toa que voltei meu olhar - novamente - para a minha espiritualidade, que comecei a caminhar e a prestar mais atenção na minha alimentação.
Foi o ano inteiro de 2014 de foco no endereço do meu corpo e na morada da minha alma. 
Foi a partir dai que fiz uma transição de carreira do jornalismo para o coaching. Foi a partir dai que a Leve nasceu.
Foi o meu jeito de elaborar coisas tão abstratas para chegar a resultados palpáveis, coisa de virginiana!
Eu realmente acredito que a organização de espaços é uma forma didática - e lúdica - de ajudar na organização mais difícil de todas: a de nós mesmas!
Eu sei que nesse universo nômade, falar em organizar uma casa é mexer em um vespeiro de ressentimento e culpa.
'Como organizar e deixar com cara de lar uma casa que daqui a algum tempo não vai mais existir para mim? Que é alugada? Que não está voltada para o nascer do Sol? Que não tem a planta que eu queria? A localização que eu desejava? O piso que eu esperava? Vou furar para por quadro? Vou comprar móvel novo? Vou investir em algo que não é meu?'
Se tem uma crença que limita a felicidade da Coexpatriada é que casa, para ser nossa, tem que ter uma escritura em nosso nome!
Se essa informação ajuda: sua casa é o planeta Terra! E, para sua tristeza ou alegria, esse endereço tem prazo de validade para todos nós, sem exceção! Então relaxa e faça acontecer aqui e agora!
Eu já falei nesse texto e nesse aqui como aceitar sua casa temporária.
Deixo agora mais alguns links que podem ajudar você a amar sua moradia, seja lá onde ela for e até quando!
Espero que ajude!
  • Aplicativos que ajudam a decorar a casa: http://sossolteiros.bol.uol.com.br/12-aplicativos-que-ajudam-na-hora-de-decorar-a-casa/
  • Dicas para decorar um imóvel alugado: https://www.youtube.com/watch?v=1b4qhFVuV4o
  • A melhor forma de distribuir os móveis pela casa: http://www.essenciamoveis.com.br/blog/proporcao-ideal-na-distribuicao-dos-moveis/
  • Como transformar seu banheiro em um spa:  https://incrivel.club/criatividade-casa/12-dicas-para-transformar-seu-banheiro-no-melhor-lugar-da-casa-45955/
  • Dicas para organizar a cozinha: https://www.facebook.com/apartmenttherapy/videos/vb.30065974282/10155203555829283/?type=2&theater
  • Como organizar o quarto que tem pouco armário: https://casaclaudia.abril.com.br/ambientes/8-formas-de-organizar-o-quarto-sem-usar-armarios-e-guarda-roupas/
  • Ganchos autoadesivos como aliados na decoração e organização: https://incrivel.club/criatividade-casa/17-formas-incriveis-de-usar-ganchos-adesivos-104610/  
  • Varão de cortina como aliado versátil: https://www.facebook.com/FirstMediaBlossom/videos/vb.112284674585/10155600503144586/?type=2&theater
  • Decoração com plantas: https://incrivel.club/criatividade-casa/10-plantas-para-ter-um-microclima-perfeito-dentro-de-casa-154310/
  • Como decorar a casa com uma horta: https://espaco-casa.com/2015/08/22/horta-de-temperos-para-decorar/ 
  • Faça você mesma um painel de tecido: https://casa.abril.com.br/moveis-acessorios/aprenda-a-fazer-seu-proprio-painel-de-tecido/
  • Como fazer uma lousa com papel contact: https://www.youtube.com/watch?v=cQB6KApKenQ
  • Como receber bem:  http://gnt.globo.com/casa-e-decoracao/materias/como-receber-um-hospede-em-casa.htm
Carmem Galbes

Família do profissional expatriado recebe menos apoio que o necessário. O que você vai fazer a respeito?

"Percebemos uma tendência de deficit de apoio em tópicos relacionados à família e a superavit de apoio em tópicos relacionados aos procedimentos práticos da transferência profissional."
Essa é uma das principais conclusões da pesquisa Mobility Brasil 2017, feita pela Global Line, Worldwide ERC e Fundação Instituto de Administração. 
Uau, parece que dessa vez os expatriados foram ouvidos! E foram mesmo! 
No estudo, que tem como objetivo gerar informações para apoiar o trabalho dos profissionais de RH envolvidos com mobilidade internacional no Brasil, foram catalogadas as respostas de profissionais responsáveis pela mobilidade em 200 empresas e de 400 funcionários expatriados.
O que os expatriados disseram?
  • 92% consideram a expatriação muito desafiadora. 4 dos 3 principais desafios estão relacionados à família. O mais difícil nisso tudo? A transição da carreira do cônjuge que acompanha.
  • Metade dos funcionários expatriados não está nada feliz com os departamentos de RH que cuidam da mobilidade e sugerem que as políticas de expatriação sejam mais flexíveis.
Outros dados:
  • De cada 10 transferências que fracassam, 9 não dão certo por questões familiares e pessoais!
  • As empresas seguem oferecendo, em média, 13 benefícios para os expatriados. Um terço admite pagar também uma verba para as Coexpatriadas, para saber o significado do termo, clique aqui.
  • Para reduzir custos, as empresas estão, cada vez mais, mudando o regime de expatriação - com tempo determinado - para transferência definitiva, em que o profissional passa a ser um funcionário local sem prazo para retorno.
Agora, atente para outra  conclusão super importante dos pesquisadores:"Os membros da família expatriada frequentemente vivenciam alterações mais profundas em suas vidas diárias do que o próprio expatriado. Apesar de um treinamento intercultural bem conduzido ser uma comprovada base inicial para uma adaptação bem-sucedida, alguma famílias podem enfrentar problemas específicos que exijam acompanhamento continuado. Nesses casos, o apoio através de serviços de follow up, coaching e do desenvolvimento de uma forte comunidade de expatriados parecem ser iniciativas mais efetivas."
Finalmente, o que muitas famílias expatriadas vem sentindo na pele, ganhou aval científico: treinamento intercultural é fundamental, mas é básico, não dá para parar por aí! 
Isso quer dizer que as famílias expatriadas têm que fazer piquete na porta das empresas? Quem ressoa com isso, fique à vontade! 
Mas, sinceramente, acredito que, até as empresas internalizarem o discurso e o colocarem na prática, a estratégia mais inteligente seja assumir as rédeas da situação, pôr a mão na massa e não ficar à espera de um suporte que pode não chegar. 
Agora ficou bem claro que há menos apoio que o necessário às famílias expatriadas, ficou claro que as empresas vão ter que contornar essa situação para melhorar aquela taxa de fracasso da expatriação e ficou claro também que a família expatriada tem que  entender definitivamente a complexidade de aceitar um convite de expatriação e assumir essa bucha, em todos os níveis. Tem que cuidar da própria saúde física, mental e espiritual nessa jornada.
Então, o que VOCÊ E SEU PARCEIRO, eu disse VOCÊS, vão fazer para deixar a vida longe de casa enriquecedora para TODOS os membros da família, não apenas para quem foi transferido? 
Existem várias respostas, o céu é o limite! Que tal começar por abrir a cabeça e se propor a enxergar essa experiência de uma forma que te tire da dor?
Pense nisso e conte comigo!
Para ler toda a pesquisa, clique aqui.
Carmem Galbes

Você vai embora mas seu comportamento pode ficar para sempre!

Essa vida de nômade pode te transformar em um dos seres mais estranhos da face da terra: o ser que espera piamente que tudo mude amanhã!
Não, isso não é legal, nem bacaninha, nem engraçado, nem expressa desapego. Isso pode ser doentio e fazer você se afogar no que eu chamo de um poço de aceitações do que sempre foi inaceitável para você.
Comecemos pelo que é palpável: como você espera que tudo mude amanhã, acaba aceitando que a casa fique meio capenga. A decoração não é como queria, nem a disposição dos móveis - muitos, aliás, lascados, arranhados, amassados na última mudança. E as cortinas que não servem direito nas atuais janelas? E os armários que são poucos? E a voltagem que é diferente e obriga as tomadas a ganhar transformadores horríveis? E a garagem que é apertada demais? E o bairro que não é tão central?
Você, que já aceitou morar longe da família, dos amigos, da vizinhança conhecida. Você, que aceitou deixar seu trabalho, sua casa própria para viver em uma de aluguel, que concordou em perder a diarista, em não ter mais indicação de um médico competente, de um cabeleireiro que te levanta, agora tem que aceitar que toda essa situação é pra sempre? É aí que entra a vingança de quem espera que tudo vai mudar amanhã...mas não muda: viver de improviso, pronta para a próxima transferência - que pode ocorrer mês que vem, quem sabe?
Tudo bem que estamos todos de passagem por esse mundão. Eu sei bem que todo esse processo de mudança pode ser pesado demais, ainda mais nas primeiras vezes, ainda mais para quem não queria muito sair de onde estava...Mas isso não quer dizer que a gente deva viver de improviso.
Há quem defenda o improviso. Tudo bem, em alguns casos também sou adepta, e quem não é?
O ponto é quando o improviso invade as emoções e os relacionamentos, o problema é quando o improviso flerta com o descaso.
Na vida real, quem está de passagem, crente que está vivendo determinada situação provisoriamente, não se envolve, não se permite, não assume. Pior, não chuta o balde para poder se reconstruir. Fica naquele "faz de conta que estou aceitando tudo numa boa", mas no fundo não está. Aí, de duas uma: ou pira ou morre e mata de raiva!
Aí vira aquela pessoa estranha no sentido original da palavra, estranha ao meio, uma extraterrestre em pleno planeta Terra. A pessoa vive desencaixada, desconfortável ou encaixotada - presa em casa.
Tem sim aquelas que vão pra rua, mas para - pura e simplesmente -  comparar com a experiência passada e menosprezar. E menosprezam tudo: o sistema, a cultura e, por consequência, as pessoas que são daquele lugar.
Tenha certeza, é deprimente ter contato com alguém que não vê a hora de partir. 
Podemos, sim, passar de forma saudável por esse processo. Se nos predispormos, podemos passar cada vez ferindo menos a nós e aos outros. Mas isso exige aceitar um paradoxo: embora todos - em última análise - estejamos de passagem temos que entender que uma palavra, um comportamento, uma ação pode tocar o outro para sempre, para o bem ou para o mal, a gente ficando ou partindo! 
Carmem Galbes

Como vencer o medo de mudar?

Odeia mudança?
Culpa do cérebro. 
Essa engenhoca aí que você - e todo mundo - tem na cabeça corresponde a dois por cento da massa do seu corpo mas consome 25% da sua energia! 
O cérebro, que foi feito para funcionar perfeitamente, trabalha muito, inclusive para economizar a energia  que precisa.
Então ele otimiza.
A cada acontecimento, em vez de começar todo o processo do zero, ele aciona o banco de dados, cruza as informações e dispara a reação que você teve em situações parecidas com essa que você está vivendo. Se são acontecimentos rotineiros, ele dispara sempre a mesma reação. Quer um exemplo? Pensa aí nas várias coisas que você faz no seu dia e que nem se dá conta que fez. Sei lá: depois do café você escova os dentes, passa perfume, pega o celular e sai para um compromisso. Provavelmente você está escovando os dentes pensando numa conta que tem que pagar e espirrando o perfume enquanto calcula quanto tempo vai gastar até seu destino. É tudo no automático. Por isso que quando você se atrasa e deixa o perfume pra lá, a chance de esquecer o celular é grande. Porque para o cérebro a sequência é essa: dente-perfume-celular. Se pula o perfume, a sequência muda e a resposta/ação/comportamento também.
E quando a sequência é totalmente nova, quando a experiência é inédita? O cérebro é uma máquina, lembra? Ele quer a todo custa economizar energia para dar conta de fazer tudo o que precisa! Por isso sempre vai buscar, nem que seja lá no arco da velha, alguma referência para passar por aquilo. O problema é que pode ser que, com o passar da sua vida, o lé não bata mais com o cré. 
Supondo que sua família receba uma proposta super interessante para viver em outro país. Você nunca morou fora. Desde que se casou, vive no mesmo endereço. Mas lá atrás você teve, sim, uma experiência de mudança. Nem foi com você, foi com a sua melhor amiga. Aos 12 anos, ela mudou da cidade que adorava e dividiu com você como foi dolorido estabelecer laços no novo endereço. Para o cérebro, não interessa se o contexto é outro, se foi com sua amiga e não com você, se você hoje tem muitos mais recursos para lidar com a rejeição, para ele a informação que chega é: mudar é terrível, mudar é dolorido. Qual a reação? NÃO VOU MUDAR, bem alto para todo mundo ouvir! Já sei que vou sofrer!
Pronto...Apesar de você ser adulta, repleta de conteúdo e a experiência ter um grande potencial de ser gratificante, você já está com o não na ponta da língua!
Ok, como evitar, então, essa reação viciada? Aí não tem jeito, é preciso olhar para dentro, se conhecer e cultivar a coragem. Coragem para seguir em frente apesar de todas as suposições tenebrosas. Coragem para sair daquela tal da zona de conforto, encontrar dentro de nós ou buscar as ferramentas que ajudem a gente a lidar com tanta novidade. Coragem para agir e para não se vitimizar, apesar de tudo.
Você pode argumentar: "falar é fácil." Concordo, falar sobre isso é bem mais confortável do que viver essa situação. Mas enquanto escrevo aqui, percebo como estou incomodada com a possibilidade de voltar a viver em uma cidade que já morei. Aí descubro que estou me baseando em uma experiência de anos atrás. E lá atrás eu era diferente, muito diferente...eu sentia diferente, pensava diferente, agia diferente...ufa...eu só estou falando, pensando por escrito, e isso já me traz um alívio!
Taí um bom exercício: bote seu medo no papel. Dê forma a ele. Comece dividindo a folha ao meio. De um lado escreva o que pode ser legal nessa experiência, do outro escreva o que te incomoda, o que te apavora. Ler o seu pensamento, os seus medos, pode ajudar você a perceber que agora você já é adulta, já é grande e já é maior que um medo que te pegou, talvez, quando você ainda subia em árvore!
Carmem Galbes

Quando a palavra reduz nossa força: esposa expatriada? A tá...

Expatriado ou imigrante?
Se for pelo dicionário, tanto faz! Está lá no Aurélio, as duas palavras dizem a mesma coisa: aquele que muda de país.
Mas no dicionário da vida a gente sabe que as palavras vem carregadas de muitas outras coisas além do significado. 
Confesso que nunca vi uma empresa apresentar sua política para funcionários imigrantes e também nunca vi estampada uma manchete sobre expatriados ilegais...
Não, não vou entrar nesse debate, nas motivações em se usar expatriado ou imigrante.
O que quero tratar aqui é da pessoa que fica sem definição. 
Se é comum usar expatriado para o funcionário transferido e imigrante para a pessoa que chega sem a "etiqueta corporativa", em busca de um sonho/dinheiro/melhores condições-qualidade de vida, a esposa que acompanha o profissional transferido é o que? 
Em uma família de imigrantes, todos são imigrantes: não tem marido imigrante, esposa imigrante, filho imigrante.
Agora em uma família de expatriados, o funcionário (homem em 80% das expatriações profissionais, segundo relatório Mercer) é simplesmente expatriado. Já a mulher é esposa expatriada.
Você pode falar: tá, e daí?
E daí que as palavras tem bagagem, lembra? 
E esposa expatriada não é apenas a mulher casada com o cara transferido. Não importa o que ela já fez na vida, como impactou o mundo...se é esposa expatriada, parece que automaticamente vira 'café com leite' e recebe o selo de dondoca, que não faz nada, reclama de tudo e passa o dia à base do pacote de expatriação, entre um café e um espumante, sob o olhar crítico de quem nunca sentiu na pele o que é largar carreira, amigos, família e rede de apoio para ajudar a sedimentar a carreira de outra pessoa.
Cansada de ver quem eu considero a líder do processo de transferência profissional  ser enxotada para a coxia, resolvi criar um termo para a esposa expatriada: coexpatriada. 
O Aurélio resume direitinho o que pretendo ao adotar o prefixo co: dar o sentido de companhia, concomitância, simultaneidade. Com o 'co' não tem uma pessoa mais importante e uma que está ali só aproveitando a situação, não tem um ator principal e uma atriz coadjuvante, tem elenco: cada um com o seu papel para contar da melhor forma possível uma história.
E qual é o papel da coexpatriada?
Fazer a ponte entre a família e a cultura, trazendo para dentro de casa os elementos que vão fazer a diferença no relacionamento do expatriado com os funcionários locais. 
Dar o suporte logístico à família, deixando a cidade mais aconchegante, a comida menos estranha, o povo anfitrião mais próximo, a saudade menos dolorida, o choque cultural e o choque do eu menos traumáticos, deixando a casa com aura de lar. 
É tudo isso mesmo? 
Deveria ser! Só não é quando a própria mulher e os envolvidos em uma transferência não conseguem identificar valor nessas atividades, não conseguem perceber como uma coexpatriada pode salvar ou afundar uma expatriação, dependendo do seu preparo e da sua disposição em participar desse projeto.
Claro que a mulher tem que entrar nessa história com um projeto pessoal também. Isso é fundamental para a saúde de quem acompanha um profissional transferido. Que projeto é esse? Pode ser trabalhar (se o visto permitir - coisa que não é tão fácil), estudar, desenvolver novas habilidades, escalar o Everest, praticar algo que sempre quis e nunca pôde, ler toda a obra de um autor, cuidar do corpo, cuidar da alma, não importa, desde que faça sentido para ela, que permita que ela também enriqueça a própria história de vida nessa experiência. 
Melhor mesmo seria não ter termo nenhum. Seria tratar a coexpatriada com nome e sobrenome. Mas vamos por partes. Adotar coexpatriada em vez de esposa expatriada é só um começo para - talvez - ajudar a reduzir um estigma...
Precisa de ajuda para encontrar uma realização pessoal na sua expatriação? Fale comigo, eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br   

Carmem Galbes

Expatriada e as viagens a trabalho do marido: que dor é essa?

"Querida, tenho que viajar."
Não é preciso dizer mais nada...aliás, nada do que se diga aí vai fazer o clima ficar bom...
Uma transferência profissional vem acompanhada de muitas delícias e algumas dores também...e entre as dores que mais doem tem uma que está entres as mais mais: viagem de negócios.
A viagem a trabalho acaba machucando por uma série de motivos: pela solidão, ressentimento, sobrecarga e insegurança de quem fica e pela solidão, perda de espaço, de intimidade e de voz no ambiente familiar de quem vai.
Já vi muita gente mudar de endereço por causa do trabalho e o marido/pai mal ficar na nova casa por causa das benditas viagens.
A pergunta - sem resposta - que fica é: "se você viaja tanto, por que afinal tivemos que fazer toda essa bagunça na rotina, não poderíamos ter ficado onde estávamos?"
Mas o objetivo aqui não é jogar mais lama nesse tema tão sensível...é oferecer estratégias para você não afundar a cada partida.
Receita? Não tem, porque cada família sabe onde a coisa pega.
O que eu fiz foi reunir algumas dicas de expatriadas que passam por isso. Antes que me acusem de machista, entenda clicando aqui porque assumo o fato da mulher ficar e o homem viajar.
Seguem as dicas que já ouvi por aí:
  • Deixe o marido/pai sempre a par do que acontece em casa e com as crianças. Faça com que ele saiba das conquistas e dos desafios dos pequenos. 
  • Peça a participação dele, mesmo à distância, nas decisões.
  • Explique como é a rotina da casa e das crianças e combine com ele para que essa rotina seja mantida quando ele não estiver viajando. Assim, nas próximas partidas não vai ser um sufoco fazer a casa "funcionar" de novo. E essa é uma boa estratégia para que ele sinta que, sim, ele é parte de toda essa engrenagem.
  • Ao mesmo tempo, admita pequenas quebras na rotina quando ele estiver em casa. Isso pode soar como: "papai não fica muito em casa, mas quando está tudo é uma delícia!"
  • Planejem o dia para que ele faça atividades corriqueiras com as crianças: ir e voltar da escola, tarefa de casa, alimentação, banho, sono...
  • Aproveite o tempo que ele estiver em casa para ficar bem. Avalie o custo-benefício de tentar resolver nos três dias que ele está por perto todos os problemas acumulados nos quinze dias que ele ficou fora.
  • Ao mesmo tempo converse com ele. Se for preciso, combinem um horário para que vocês possam conversar com calma. Não espere que ele adivinhe as dificuldades e angústias que você enfrenta a cada viagem dele.
  • Não deixe que a distância esfrie a relação de vocês: surpreenda-o com bilhetinhos, docinhos, presentinhos na mala...
  • Quando toda a família puder, aproveite para viajar com ele!
  • Seja feliz com o que vocês têm agora!
  • Aproveite as viagens para retomar o clima de lua de mel!
  • Viva em eterno clima de namoro!
Devem existir muitas outras estratégias para lidar com as viagens da melhor forma possível, recomendo que você se coloque no "modo" positivo para lidar com isso. É mais fácil a gente ser criativa quando estamos envolvidas por bons pensamentos e bons sentimentos.
Sem querer puxar sardinha para ninguém...mas é que, às vezes, tenho a sensação de que algumas expatriadas se ressentem porque acreditam que o marido gosta de estar longe...será mesmo?
Olha só o que mostra essa pesquisa feita por professores da Fundação Getúlio Vargas com executivos que fazem pelo menos 20 voos por mês e viajam nessa intensidade há, pelo menos, 10 anos:
  • 96% recorrem corriqueiramente a álcool para relaxar; 
  • 95% tomam, continuamente, algum tipo de medicamento; 
  • 55% fazem uso de psicotrópicos.
Então essa situação não é fácil para ninguém! O que vocês vão fazer para ela não ficar pior ainda?

Carmem Galbes

Mulher de expatriado, mulher expatriada, mulher e expatriada. Como fica a identidade de quem acompanha um profissional transferido?

Uma das decisões mais difíceis quando a mulher aceita mudar de cidade, de país - enfim, de modo de vida -  por causa da carreira do marido é abrir mão dos próprios projetos.
Já vi gente usar a mudança como motivo para deixar de fazer um  monte de coisa que detestava.
Mas tenho visto também muita gente perder a chance de viver uma experiência incrível porque não refletiu sobre suas possibilidades e - de alguma forma - não soube levar os próprios projetos na mudança. Guardou a identidade no fundo da mala...
Concordo que a proposta para cruzar as fronteiras - recheada de benefícios, alguns até interpretados como mimos e caprichos - entorpece.
Ela mexe com os sentidos porque flutua na esfera da promoção, do prêmio. Como, então, fazer com que aquela vozinha: "ei, e eu?" seja ouvida nessa atmosfera de "cê tá louca? Olha só quanta coisa a gente vai ter-viver-conquistar-bla-bla-blá"?
Mas uma hora a conta chega!
E não há grana, carrão, casona, escola paga, clube bacana e vida em país "desenvolvido" que acabe com aquela sensação que a mulher que deixa-muita-coisa-de-lado-para-seguir-ao-lado-de-alguém acaba tendo com o passar do tempo:"acho que saí perdendo nessa..."
Se você foi só em nome do outro e das coisas, é legítima e real essa sensação. Quem não parte com um projeto próprio perde muito. Perde-se de si mesma.
Ok, o começo de uma expatriação exige muita doação. Como está "sem trabalho", cabe - muitas vezes  - à mulher a tarefa de abrir as portas de um novo sistema de vida. Ela atua equilibrando pratos:  estrutura o lar, desbrava a cidade, dá suporte ao parceiro - para que tenha tranquilidade ao mergulhar nas novas atribuições, dá atenção e presença aos filhos, para que consigam se adaptar à nova cultura. Mas isso é motivo para dar um chega pra lá nas próprias necessidades?
Você está nessa situação? Partiu sem acolher os próprios anseios? 
O legal é que sempre há tempo para resgatar o bom relacionamento com a gente mesma!
E o bom relacionamento é baseado na escuta. Escute-se!
Do que você precisa para dar conta do próprio bem estar nessa vida "coexpatriática"? 
O que você pode fazer para sua vida voltar a ter sentido? 
Como você pode resgatar aquela vontade de seguir em frente?
Como você pode recuperar o brilho? O brilho dos seus olhos?
O que você poderia fazer para aproveitar o tempo aí e enriquecer: sua vida, suas experiências, suas relações, suas emoções, suas finanças, seu currículo?
O que você pode aprender "longe de casa"?
O que você vai fazer para passar de mulher de expatriado para mulher e expatriada?
Por onde começar?
Eu sugiro começar! Comece! Uma ação! Um comportamento diferente! Apenas comece...
Carmem Galbes

Expatriação e a importância da amizade com você mesma!

A primeira amizade que temos que fazer quando mudamos de cultura é com a gente mesma.
Claro que ter outras pessoas por perto, principalmente falando o nosso idioma, ajuda muito a alcançar aquele sentimento "quentinho e gostosinho" - quase com sabor de brigadeiro - de não estarmos sós num mar de gente e coisas estranhas!
Mas estar num bom e estável relacionamento com nós mesmas ajuda e muito no processo de adaptação a um novo lugar e à uma nova vida
Mas como assim fazer amizade comigo mesma? Eu convivo comigo 24 horas por dias! 
Aha! Mas isso não quer dizer que somos íntimas de nós mesmas. Sabe aquele negócio de viver na mesma casa, mas um não saber nada do outro: sonhos, desejos e necessidades?
Pois é, acontece com a gente também! 
A mente e o espírito residem no corpo, mas um simplesmente não conhece o outro, e assim perdemos a  noção do que realmente queremos, do que realmente importa, do que realmente nos faz bem...
Mas como é que se faz amizade com a gente mesma? É que parece tão óbvio, que nem sempre sabemos por onde começar...
Como é que você conhece mais sobre alguém? Observando e, com muito jeito para não ser inconveniente, perguntando!
Então, tenha interesse por você! Pergunte-se!
Preste atenção nos seus pensamentos: qual é o conceito que você tem sobre você mesma? Como você chegou nessa ideia sobre você? Que ações revelam esses conceitos que você tem sobre você?  Isso é realmente verdade?
Preste atenção nos seus sentimentos. O que te faz bem? O que te incomoda? O que você gosta de sentir? Que sentimentos você se esforça para ter mas que não fazem sentido pra você?
Preste atenção no seu corpo. Como seu corpo reage aos seus pensamentos e sentimentos? Como você tem tratado o seu corpo? Você está satisfeita com o seu comportamento com relação ao seu corpo?  Que relação você gostaria de estabelecer com ele?
Essas perguntas aproximam você de você mesma. Quanto mais você descobrir sobre você, mais você vai querer explorar. Nem sempre vai ser fácil, afinal, relacionamentos não são fáceis - inclusive com a gente mesma. Mas pode ser interessante porque deixa a sua vida mais produtiva! Se você sabe o que você quer e o que te faz bem de verdade (não porque alguém falou), para que você vai agir para atentar contra seu próprio bem estar? 
Eu sempre gosto de pontuar a importância da gente ficar íntima da gente mesma - especialmente em um processo de expatriação - porque, muitas vezes, é só com a gente mesma que iremos poder contar, é na gente mesma que teremos que encontrar as forças para seguir em frente!
Então trabalhe para poder contar com você. 
Não, isso não é uma defesa da solidão ou do isolamento. É só uma pausa para dizer que sim, está tudo bem você querer prestar atenção em você, atender suas necessidades e dar prioridade a você. Isso é justo e pode ser, em alguns momentos, a única maneira de se manter saudável "longe de casa".

Carmem Galbes

Como as mudanças de endereço mudaram minha vida!


Eu lembro como se fosse hoje. Estava em São Paulo, era uma quarta-feira - não sei o porquê, mas amo as quartas-feiras, estava meio cinza, meio frio e, ao meio-dia, no meio do caminho para a estação do metrô, pensei: "estou inteira feliz, não poderia estar mais feliz! Amo meu trabalho, meus estudos, meu relacionamento. Até meu pequeno ap eu amo com o maior amor do mundo!" 
Interessante que nesse dia eu já sabia que iria me mudar. Minha mudança para o Rio estava marcada para 7 de maio. Mas naquele momento, nenhuma certeza roubava aquele instante de equilíbrio que eu vivia! 
E chegou o dia que deixei esse mundo - e tudo o que ali finquei - rumo à terra do nada: nada de emprego, nada de amigos por perto, nada de rede de apoio, nada de aconchego do meu ap, nada de cantinhos preferidos pela cidade, nada de paz. Foi uma decisão em nome do amor e da fé. Amor ao meu marido - que começava uma nova carreira - e fé de que eu iria me sentir feliz por inteiro de novo! 
Do Rio para cá foram mais três mudanças para a terra do nada.
A do Rio para os Estados Unidos me deu uma nova perspectiva de vida. Me ensinou muito sobre humildade. Afinal, como lidar com uma identidade que muitas pessoas insistem em resumir como esposa de expatriado? 
Foi buscando respostas que comecei o Expatriadas, o blog que deu início à minha transição de carreira. Minha proposta com o blog era contar sobre mim, a rotina de uma pessoa que deixa muita coisa de lado para seguir ao lado de alguém. Mas, diante de tantas histórias e experiências de outras mulheres, o blog seguiu uma trilha que ia além dos meus sentimentos e impressões. Comecei a estudar esse universo da expatriação e das mulheres que acompanham seus maridos, e de tudo o que temos que lidar, e da importância do nosso bem-estar para que o processo seja um sucesso para a família expatriada e para a empresa que expatria.
A volta dos Estados Unidos e a nova vida no Rio revelaram uma outra faceta, a de mãe, melhor, a de mãe que teve chance e paz para fazer escolhas e exercer a maternidade da forma que achasse melhor. 
Lógico que penso como seria minha vida se não tivesse deixado São Paulo, se não tivesse deixado o jornalismo diário. Penso em como seria a maternidade nesse contexto. Com certeza, muita coisa seria diferente. 
O legal é que gosto de ser quem sou hoje e percebo que só consegui ser assim por causa dessas mudanças para a terra do nada.
A ida do Rio para Recife foi de resgate e de síntese. Resgate da minha espiritualidade. Recife é ótima para colocar a pessoa em contato com ela mesma. Síntese de tudo o que havia pensado e pesquisado sobre expatriação e de como poderia fazer a diferença nesse meio. 
A ficha caiu quando uma amiga muito querida relatou que - na última visita ao pediatra - foi constatado que a filhinha dela tinha parado de crescer. Investigando, pediatra e família chegaram ao diagnóstico: a criança não crescia porque não dormia bem. A pequena não conseguia ter um sono de qualidade poque o quartinho dela ainda não estava organizado, mesmo passados seis meses da mudança para o Recife. 
Isso me comoveu, porque o que parecia estética, vaidade, capricho acertava em cheio a vida da criança: um ser que tenta ao máximo vencer os desafios que lhe são propostos.
Essa criançada é fogo! Essa história mudou o rumo da minha carreira. 
Juntei tudo o que já tinha vivido em jornalismo, mergulhei em algumas teorias psicossociais, resgatei minha especialização em gestão de expatriados, me profissionalizei em organização de espaços, estudei sobre decoração e me certifiquei como Coach. 
Foquei nas famílias que se mudam muito e criei o meu método para deixar a casa portátil. 
A missão do meu trabalho passou a ser:  que a famílias mudem com apoio, que  se organizem, que as crianças voltem a dormir tranquilas, que a casa entre nos eixos, que a mulher se reencontre e de significado à mudança - mesmo sem ela ter sido o motivo dessa mudança - e que a vida volte a fluir o mais rápido possível!
Trabalho em três frentes: Coaching em Para Esposas Expatriadas, Consultoria em Organização de Lares de Famílias Trasnferidas e em Organização de Rotinas.
Não, não foi um processo rápido. Nem fácil: decidir que não voltaria a investir no jornalismo diário, como fazia antes, foi dolorido. A dor foi passando a medida que os feedbacks foram chegando. 
Poder colaborar para que uma transferência, especialmente as provocadas pela carreira, seja rica em vários aspectos da vida funciona como um sinal de que estou indo por um caminho bom e isso faz com que eu me sinta feliz por inteiro, mesmo estando de mudança, só que, dessa vez, não mais para a terra do nada!
Quer saber mais como posso te ajudar? Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br.
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

As várias faces de uma mudança.

Até os meus 26 anos eu mudei de endereço apenas duas vezes na vida. A primeira: de dentro para fora da barriga da minha mãe. A segunda: de São Paulo para Campinas. Eu devia ter uns 5 anos.
Foram 20 anos até eu voltar para "capitar". Eu jurava que ali ficaria. Solidificaria minha carreira, geraria filhos, talvez mudasse de bairro, sei lá...
Mas 6 anos de Sampa e pimba! Rio de Janeiro surge como o novo destino.
Estreio no que eu chamo de mudança de responsa, aquela que você tem que preencher mil formulários, dar valores de taça de cristal, dizer se tem obra de arte valiosa, se tem espelho gigante, mesa mega-blaster com tampo de vidro...
Foram dias e dias vendo o povo entrar em casa, encher caixa, fechar caixa, empilhar caixa e ir embora...
Mudamos de cidade e eu dei um novo rumo à minha carreira. Do jornalismo econômico em tv, fui para o outro lado do balcão fazer assessoria de imprensa.
E no Rio, eu e maridão ficamos... por um ano, até que ele recebeu uma proposta para acompanhar um projeto em Houston, nos States.
Um ano no Rio!! Você atentou pra isso? O Rio eterno durou um ano!
Eu ainda devia ter umas 20 caixas para abrir da mudança de São Paulo! Eu ainda tinha armário improvisado em arara - hoje é moda! Eu ainda tinha pouco tempo de trabalho em uma nova área...but...era uma expatriação. E eu nem fazia ideia de como essa vivência iria mudar meus conceitos.
Dessa vez, nada de mudança de responsa, escolhemos exercitar o desapego: levaríamos algumas roupas, sapatos e documentos.
Vendemos um tanto dos nossos móveis, doamos outro tanto, descartamos mais um pouco e contamos com gente linda, leve e solta que emprestou uns metros quadrados para guardar nossas coisas queridas: meu criado-mudo de infância, nossas espreguiçadeiras - primeira aquisição como casal - louças, fotos, recordações e mais isso e aquilo.
Eu não sei o que foi mais louco nesse processo: descobrir que a gente tinha coisa pra caramba ou me dar conta de que não é assim tão difícil se desfazer, seja lá do que for.
Sem mudança para desencaixotar, a vida em Houston foi mais simples.
Como o tio Sam aluga apartamento com cozinha equipada, nos preocupamos apenas em adquirir o necessário: cama, mesa, banho, sofá, escrivaninha... Claro que não pude evitar algumas panelas, um vaso, e velas, e cortinhas. Porque eu amo cortinhas. Já disse? Nossa, como a gente acumula!
Em Houston dei início a esse trabalho que amo: o de pesquisar e falar sobre o impacto que uma trasnferência por motivos profissionais causa em toda a família. O blog Expatriadas nasceu em julho de 2008, poucos dias depois de termos assinado o contrato de aluguel do ap. Nem internet ainda tínhamos em casa.
Foi um ano saboreando o gosto de viver em outra cultura. Um ano de muitas descobertas, inclusive, a de que seria mãe!
Voltamos para o Rio em agosto de 2009.
E eu, que apostava com quem quer que fosse, que nunca pararia de trabalhar remuneradamente - nem depois de ter um bebê - estava totalmente entregue à maternidade, mergulhada na experimentação de conceitos muito novos pra mim, transitando pela maternagem, amamentação em livre demanda, exterogestação, criação com a apego.
Foram quase 5 anos em Copacabana. E Eu? Bem eu era - sou ainda - a Carmem: mulher, jornalista, mãe, esposa, amiga. A Carmem sem sotaque, ou com um pouco de cada lugar que passei. A Carmem que não perdia um passeio no calçadão, porque eu sabia que - a qualquer momento - o Rio poderia virar lembrança. E virou!
Em meados de 2013, mais uma proposta profissional para meu marido. Mais uma mudança a organizar. Dessa vez com um herdeiro!
Não diria que foi uma daquelas mudanças de responsa, porque depois dos Estados Unidos, aprendemos a viver com menos. Mas foi uma transição complexa e muito fértil. Dela nasceu um livro infantil para tratar de mudança de casa com nossos pequenos. 
Nesses quases dois anos de Recife - atualizando: mais de 4 anos -  aprendi mais um tanto de coisas. Descartei umas certezas, reciclei umas experiências, revi algumas atitudes e o Expatriadas, até então um blog, virou um megócio para ajudar a esposa expatriada a encontrar uma motivação pessoal na mudança que não foi provocada por ela. Assim nasceu a Leve!
Se fosse fazer um esquema - porque você já cansou de ouvir que adoro esquema, lista e coisas do tipo - diria que, de Campinas, veio a base. Em São Paulo eu virei gente grande. No Rio aprendi a me virar. Em Houston vi que o mundo é maior do que imaginava e no Recife estou percebendo como posso sempre me reinventar. 
E que venha a próxima mudança! 
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Carmem Galbes

Seis dicas para quem está cuidando de uma expatriação.

Hoje a conversa é com o povo que viabiliza a transferência internacional de um funcionário. Mas isso também te interessa, já que é sempre bom ficar por dentro do que acontece "do lado de lá" da expatriação.
A consultoria Mercer lista algumas recomendações podem ajudar as empresas a gerir melhor os programas de mobilidade.
Aqui vão as dicas, nas palavras da própria Mercer:

  1. Avalie se o programa de mobilidade internacional cumpre os objetivos estratégicos e operacionais previamente definidos.
  2. Defina competências específicas para líderes internacionais para depois se certificar que os seus programas estão formando indivíduos que possam ocupar os lugares desses mesmos líderes no futuro. Não deixe o talento internacional à sua sorte.
  3. Os custos de moradia são, normalmente os mais elevados do processo de mobilidade internacional - depois de salários e impostos. Tenha informação precisa e fidedigna sobre os preços praticados nas cidades para onde seus funcionários serão transferidos. 
  4. Avalie se a expatriação compensa. Pode fazer mais sentido contratar localmente em vez de expatriar. Ou então é melhor “localizar” colaboradores expatriados através do alinhamento dos seus pacotes de benefícios com os níveis dos mercados locais. Atente para a duração da missão. Se o expatriado estiver no mesmo país há cinco ou mais anos, talvez seja hora de o localizar. 
  5. Analise com frequência o pacote de benefícios para o expatriado. Certifique-se de que a empresa tem os incentivos adequados para o expatriado e que esses benefícios possam ajudar à manutenção dos programas definidos.Mudar ou atualizar esse pacote pode ser uma ação, ao mesmo tempo, realista e econômica. Numa economia cada vez mais global, com trabalhadores jovens, isso pode contribuir para reduzir os custos ao longo do tempo.
  6. Receba feedback dos colaboradores expatriados de forma mais eficiente. Os colaboradores raramente expressam a sua insatisfação sobre a sua estrutura de compensação e sobre outros assuntos relevantes. Mas os problemas que mais os preocupam de forma recorrente – dificuldades de comunicação, falta de ajuda nas recolocações, prestadores de serviços ineficientes e planejamento da repatriação – não podem ser resolvidos apenas disponibilizando mais dinheiro. Para se obter um parecer honesto que resulte numa melhoria de políticas praticadas, considere usar um agente independente que mantenha as respostas dos colaboradores confidenciais.
Para acessar a página da Mercer com essas dicas, clique aqui.
Para ver mais sobre políticas de expatriação, clique aqui
Quer assumir o controle da sua transição e aproveitar ao máximo todo o potencial que uma transferência carrega? Fale comigo que eu posso te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Guia Leve de Mudança - parte 2.

Enfim foi definida a data! Você já tomou algumas providências, como as sugeridas na parte 1 do Guia Leve de Mudança.
Agora, o que fazer quando a data é marcada?

  As semanas antes da mudança.

1 - Pendências.
Verifique se já tem encaminhamento para o que andou organizando.
Já pegou todos os documentos que precisa na escola das crianças?
Definiu como as correspondências que chegarem serão tratadas?
Tem alguma peça em costureira, lavanderia, sapataria?
Em caso de imóvel alugado, a documentação está em ordem e a data para a entrega da chave está marcada?
Precisa pegar algum remédio ou receita?
O local onde vão ficar assim que chegarem no novo endereço já está definido? Se for hotel, a reserva está ok?
Se for levar o bichinho de estimação, a documentação dele está em dia?
Combine uma limpeza com uma faxineira ou sua empregada. Pode ser que ela tenha que ir limpando enquanto a mudança vai saindo. Se ainda for ficar na cidade, marque para o dia seguinte.
Já está tudo certo no local onde vão ficar na nova cidade?

2 - Roupas e acessórios.
Avalie quanto tempo elas demoram para secar na sua casa. Não dá para correr o risco de embalar alguma coisa úmida. 
Separe as roupas e sapatos que todos vão usar no dia da viagem.
Em caso de criança pequena, já deixe pronta a bagagem de mão, com troca de roupa, lenço umedecido, agasalho, brinquedos (principalmente se a viagem for longa), lanchinhos ou guloseimas, remédios, mamadeira, leite em pó, fralda, creme para assadura - se for o caso.
Comece a fazer as malas. Já dá para guardar o que você não vai usar nos próximos dias. Vai precisar das roupas de festa, das mais sociais, de sapato de salto?
Você vai levar todas as roupas na mala ou vai mandar alguma na mudança? Lembre-se que as caixas podem demorar meses para chegar. Se não quiser colocar tudo na mala -  avalie bem o que não vai levar com você. O que facilita levar o máximo que pode nas malas, é que você já consegue ir organizando os armários enquanto a avalanche de caixas não chega. O problema é ter que administrar o excesso de bagagem. Isso dá trabalho e custa caro.
Guarde joias e relógios. Há embalagens compactas para isso, perfeitas para que você leve o que for de valor na bagagem de mão. Se você não pretende levar tudo, aproveite para já deixar essas peças no local onde ficarão aguardadas.
Coloque na mala também um jogo de roupa de cama e toalhas. Ninguém vai querer ficar revirando caixa para encontrar lençol no dia em que a cama chegar, né?
Em caso de criança, vai ser preciso colocar os brinquedos, pelo menos os preferidos, na mala. Se não couberem, uma dica é comprar alguma coisa chegando lá para marcar a nova fase.
Necessaire: seja prática. Não se preocupe com os produtos que podem ser comprados no novo endereço: shampoo, condicionador, sabonete...Mas não se esqueça dos produtos que você não vive sem e que você pode ter dificuldade de comprar logo que chegar lá, caso de cremes, remédios, perfumes...

3 - Documentos.
Separe em uma pasta que caiba na bagagem de mão:
Passagem;
Passaporte;
Endereço do local onde vão ficar hospedados;
Contato, com celular, de um funcionário local - que possa ajudar em caso de algum contratempo na imigração.
Cartão de crédito e dinheiro;
Carteira de Habilitação;
Carteira de vacinação, para os países que exigem certas vacinas;
Registro de nascimento;
Diplomas, histórico escolar e documento de transferência.
Cartas de apresentação, se for o caso.
Para evitar perda, recomendo levar com você também os documentos que você só usa no Brasil: CPF, RG, Carteira de Trabalho.

4 - Encaixotando a mudança.
Se uma equipe de mudança foi contratada, deixe o trabalho para eles. Não use seu precioso tempo nem sua disposição para ficar embalando o que vai ser transportado. Confie. Eles são preparados - pelo menos é o que se espera - para preservar as suas coisas.
O que você pode é acompanhar a embalagem para saber o que está em cada caixa. A própria equipe de mudança faz as anotações do que tem na caixa. Mas se for o caso, você pode detalhar mais alguma coisa. Às vezes, não basta estar escrito "roupa de cama". Ajuda se estiver "roupa de cama do quarto da Maria. Sapatos do Joãozinho..."
Pode acontecer de a equipe de mudança passar uns dias na sua casa, se muita coisa tiver que ser embalada. Então, incremente o estoque de água e combine com sua ajudante, com parentes ou amigos para te dar uma força. Você vai ter que almoçar, pode acontecer de ter que levar os filhos na escola...O bom é ter sempre alguém em casa acompanhando o movimento.

5 - O dia M de mudança!
O dia da retirada dos móveis tende a ser crítico. É peça que não passa na porta, uma coisa ou outra que pode quebrar, vizinho fazendo cara feia para elevador preso, gente passando de um lado para o outro.
Minha dica: no dia anterior solicite que o sindico deixe um aviso no elevador informando sobre a mudança. Durma cedo (sei que isso é quase impossível). Acorde com tempo suficiente para um bom banho e um café da manhã reforçado. Respire fundo: isso vai passar. No fim do dia tudo vai estar vazio! 
Cheque os armários antes da equipe de mudança sair. Já esqueceram uma caixa na minha casa com todos os potes plásticos.
Agora tente descansar e se preparar para a viagem!

Se é um apoio personalizado - totalmente pensado na suas necessidades - que você busca, veja como a Leve pode te ajudar com a Consultoria Online de Organização da Casa Pós-Mudança. Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

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Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...