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Guia Leve de Mudança - parte 1.

Cinco mudanças em 10 anos. A prática + os estudos em organização de espaços e ambientes são a base do Guia Leve de Mudanças que apresento para vocês agora. 
Para fazer o guia, estou levando em conta que a companhia em que você ou seu marido trabalha vai contratar a empresa de mudança, um coisa a menos para você ter de correr atrás.  Também imagino que a empresa que está te transferindo cuidará da burocracia como visto, documentação, seguro saúde...
Então vamos lá:

Guia Leve de Mudança - parte de 1 de 5: Antes da mudança.
O intervalo entre a negociação da transferência e a mudança de fato pode durar meses. Esse período pode ser bem desconfortável: cheio de expectativa, ansiedade, fantasia, medo. Então, aproveite o tempo para ocupar a cabeça e o corpo, porque você vai ter que trabalhar, e muito!

1 - Imóvel.
Se próprio, vai vender ou alugar? Está por dentro de preços? Vai deixar em imobiliária ou vai cuidar de tudo? Vai vender/alugar com ou sem móveis? Se for deixar a casa fechada, alguém fará alguma manutenção em jardim e piscina, por exemplo?
Se a casa é alugada, atente para o prazo de comunicação de saída. Vale lembrar que, pela lei do inquilinato, como está sendo transferido pelo trabalho, você não precisa pagar multa caso deixe o imóvel antes de o contrato terminar
Se morar em prédio, veja em quais dias a mudança pode ser retirada. Tem condomínio que só autoriza durante a semana, outros só aos sábados...

2 - Garagem.
Você vai levar o carro? Se for vender, como vai fazer: anunciar ou deixar em uma concessionária? Já sabe quanto pedir? Os documentos estão em ordem para venda?
E as bicicletas?

3 - Escola.
Peça na escola das crianças o histórico escolar e a transferência. Já verifique procedimento e prazo para encerramento da matrícula. Faça o mesmo na escola de idiomas, artes, balé, natação...

4 - Trabalho.
Se você não foi o motivo da transferência, já é a hora de comunicar a saída? Como fará isso?

5 - Saúde.
Há exame médico pendente para alguém? 
Aproveite para colocar em dia consulta com pediatra, ginecologista, cardiologista, oftalmologista, dentista...
Será necessário comprar algum medicamento, pedir alguma receita para a viagem, fazer óculos novos?

6 - Empregados.
Tem empregada? Vai demitir? Faça as contas: aviso prévio, férias, décimo terceiro...

7 - Animal de estimação.
O que vai fazer com o bichinho? O gatinho e o cachorro podem ir junto, mas e o peixinho, a tartaruguinha...? Vai doar? Para quem?
Voltando ao gato e cachorro, é preciso correr atrás da documentação para a viagem, caso seja para o exterior. 

8 - Contas e correspondência.
Verifique o prazo para desligamento de tv à cabo, internet e telefone.
O que vai fazer com os celulares?
Se vai deixar a casa fechada, vai pedir desligamento de gás e energia?  Há serviços que não precisam ser desligados, podem ser suspensos com o pagamento de uma taxa mínima - o que pode evitar mais trabalho na hora do retorno.
Sobre correspondência de banco e cartão de crédito, você vai mudar o endereço de destinatário? Quem irá receber por você?
Seria o caso de colocar ou tirar alguma conta do débito automático?
Seria possível falar com o síndico, um vizinho ou parente sobre as cartas que chegarem? Alguém poderia guardá-las para você pegar depois ou elas poderiam ser reenviadas?

9 - Guarda-roupa.
Faça um inventário do armário. Tire tudo que não usa: roupa grande, apertada e-ou que não combina mais com seu estilo; peças velhas, estragadas. Isso vale também para roupa íntima, acessórios e sapatos. Veja se algum item precisa de lavanderia, sapataria. Leve tudo limpinho e em ordem.
Pense no lugar para onde está indo. O clima vai permitir que você aproveite o atual guarda-roupa? Avalie se você vai usar todos seus casacos. Em um lugar frio, cachecol nunca é demais. Mas em uma região quente, eles podem acabar estragando de tanto ficar no armário. Lógico que não estou falando para você doar todas as suas peças de inverno, nem dar fim ao seu casaco-sonho-de-consumo. Só estou sugerindo aproveitar a chance de liberar espaço e facilitar a arrumação no novo endereço.
Pense também na cultura do lugar para onde você e sua família estão sendo transferidos. Avalie se, no novo endereço, blusa tomara que caia, minissaia, miniblusa, super decotes, fendas e coisas do tipo não irão te constranger. Mais uma vez, não estou dizendo para dar fim a tudo, só sugiro ficar com aquilo que realmente vale a pena. Guardar por guardar, nesse momento, só irá te dar mais trabalho.

10 - Eletrodomésticos.
Verifique a voltagem do lugar de destino. Se for diferente, você vai comprar transformadores ou equipamentos novos? O que vai fazer com os eletros que já tem? Se for doar, pense em um lugar que retire as peças, normalmente é preciso fazer agendamento. Se for vender, como vai fazer isso e quanto vai pedir?
Importante lembrar que em alguns países, como Estados Unidos, geladeira, fogão, lavalouça e micro-ondas fazem parte da casa, você não precisar ter os seus por lá.

11 - Móveis e decoração.
Irão na mudança?
Se forem ficar, vão ser guardados onde: depósito, casa de alguém ou na sua própria casa?
Se forem para casa de alguém, você vai contratar empresa para fazer embalagem e transporte? Você mesma vai embalar tudo? Você deve precisar de caixas e plástico bolha para os itens frágeis - como taças - e um carreto.
Se sua casa for ficar montada, alguma coisa vai precisar de embalagem ou cuidado especial para não estragar com o tempo? Geladeira desligada por muito tempo, geralmente, dá problema depois.
Compensa levar roupa de cama e mesa? Você já sabe se irá servir na nova casa?
Os quadros ficarão? Como serão guardados?
O que fará com as plantas?

12 - Papelada.
Quais papéis, documentos, contas podem ser descartados? Pense em pastas arquivo - tipo plásticas - para o que precisa ser guardado.

13 - Livros.
Quais serão levados? Onde serão guardados os que podem ficar? As doações irão para onde?

14 - Cortinas e tapetes.
Seria o caso mesmo de irem na mudança? Você já sabe se as cortinas e os tapetes vão servir onde vão morar ou o endereço ainda será definido? Se forem ficar guardados, já seria o caso de lavá-los?

15 - Cozinha.
É hora da faxina nos utensílios. Faça uma limpa nos mil potes plásticos. 
Vocês estão de partida. Nada de estoque. Vá consumindo a reserva do freezer para não ter que jogar comida fora. 

16 - Brinquedos.
Aproveite para doar o que as crianças não brincam mais e para jogar o que está quebrado.
Organize em caixas plásticas. Separe caixas para bloquinhos de madeira, para quebra-cabeça, carrinhos, material de pintura. Não transporte nada solto. Ajuda muito na arrumação.

17 - Transporte.
No começo, como vocês vão se locomover no novo endereço? A ideia é alugar um carro? Se for, já pesquisem o modelo que vocês querem e deixem reservado na locadora.

18 - Outras providências.
Onde vocês vão dormir depois que a mudança sair, na casa de alguém ou vão ter que reservar o hotel? Lembre-se de ser um lugar fácil de chegar, já que vão estar cheios de bagagem.
Será preciso marcar um táxi  ou um transporte maior, por causa das malas?
Onde vão se hospedar assim que chegarem ao novo endereço: hotel, flat, apartamento mobiliado, casa de conhecido?

18 - Coração.
Deixei para o fim o que considero um dos pontos mais importantes: a despedida dos colegas, amigos e parentes. Reserve tempo para dar aquele abraço forte. Com a chegada da data da mudança, tudo fica mais corrido, então não deixe para a última hora. Vá organizando encontros aos poucos. Seja em casa, num restaurante, um cafezinho. Esses "encontros para dizer tchau" são muito importantes, é como um ritual de passagem, marcam uma mudança de vida, te dão aconchego e coragem para encarar a nova fase.

Eu procurei ser abrangente, mas claro que cada casa tem seu funcionamento.

Se é um apoio personalizado - totalmente pensado na suas necessidades - que você busca, veja como a Leve pode te ajudar com a Consultoria Online de Organização da Casa Pós-Mudança. Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Leia também:
Guia Leve de Mudança - parte 2: os dias antes da mudança. 
Guia Leve de Mudança - parte 3: encontrando a nova casa.
Guia Leve de Mudança - parte 4 : enquanto os móveis não chegam.
Guia Leve de Mudança - parte 5: a chegada dos móveis.

Hoje o óbvio: mudar cansa!

Depois de 4 anos na mesma casa...e lá vem mais uma mudança de endereço para virar a gente do avesso.
Não é só o fato de ter que lidar com a arrumação do que é importante e com o destino de tanta coisa. Acho que o urrrg de todo o processo é ter que estabelecer novos referenciais.
Só pra você ter uma ideia, tô há um mês morando aqui no Recife, mas ainda não achei um lugar pra comprar filé de peito de frango. Isso pode até parecer pequeno, ridículo diante da importância do acontecimento "a mudança"- mas que não encontrar o bendito filé, cortadinho, limpinho, bonitinho como comprava no Rio causa um desamparo danado, ah isso causa. Tá, tá bom, tô dramática, nem rodei meia dúzia de lugares pra achar a tal da carne, enfim...caixas cheias e quadros no chão me deixam meio reclamona, de má vontade, acho que é o cansaço.
Mas voltando aos referencias, se filé fosse o pior da história, tudo bem. A questão é que, além de ter que criar um "mapa de voo" por causa do novo endereço, quem muda por causa de uma transferência profissional - geralmente - encara isso sem ajuda. A família está longe, os amigos também e contato com vizinho ainda é evento pra dias mais calmos.
E a diarista de anos que não muda junto? Então, além de organizar as coisas, de ficar esperando o cara da internet - que não aparece - de brincar com o filhote - porque ele está de férias e você não iria querer que ele odiasse a nova casa se a mãe passasse o dia arrancando os próprios cabelos, você tem que limpar. É isso, tem que faxinar mesmo, varrer, lavar privada, esfregar roupa, passar... 
Tá bom, eu sei, essa é a realidade da maioria da mulherada: trabalha pacas fora de casa e horrores dentro dela. Mas gente, ninguém merece.
Certo é que a experiência - com as minhas próprias mudanças e com as mudanças das minhas coachees - me ensinaram muito. O aprendizado mais valioso: respeitar o tempo de aterrissagem! Como um processo para pousar um avião com segurança, é preciso ter um método para lidar com a mudança sem que haja mortos e feridos.
Não conhece nenhuma forma de deixar o seu pouso mais suave? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

No contrafluxo.

Crise lá fora e propaganda pesada de que as coisas vão a 1000 por aqui. Dizem que tem muito brasileiro deixando de ser ex para virar repatriado.
É...a impressão que dá é que expatriação ainda meio em baixa.
Será mesmo?
Tem gringo que garante que as empresas estrangeiras estão de olho nos profissionais daqui.
Exemplo?  A visita  de Peter Rodriguez, diretor do Centro de Iniciativas Globais da Darden School of Business, da Universidade da Virgínia. Ele veio ao Brasil divulgar cursos de pós nos Estados Unidos.
Em entrevista a revista Você SA, Peter disse que o profissional brasileiro tem chamado a atenção pelo jeito em lidar com os outros, "gostam de ter relações pacíficas", diz.
Em que o futuro expatriado precisa melhorar? "Talvez na eficiência e nas estratégias que envolvam o planejamento de longo prazo. O profissional brasileiro também precisa aprender sobre o mundo, dando abertura aos talentos de fora", avalia.
Então é isso. O mercado é global, o mundo tem girado rápido e é complicado saber quando e onde a crise vai virar oportunidade. 
Já que aqui no blog tudo é de graça mesmo, vai um toque: fique esperto!
Carmem Galbes

Quando a outra cultura violenta nossos princípios.

Quando se está longe de casa e o processo de expatriação ainda não está lá muito bem resolvido na cabeça e no coração, a gente acaba achando que tudo é pessoal. É o bom dia não correspondido, a grosseria da balconista, o descaso do atendente, a indiferença - quando não a violência - das pessoas.
Relaxa...dizem que esse modelo "who cares?" é cultural. Não é que a pessoa não se importe com você - um estrangeiro - ela não se importa com ninguém.
Tanto que quando alguém ousa olhar para o lado, acaba virando herói.
Foi o que aconteceu com um brasileiro na China. Ele alertou uma mulher que ela iria ser roubada. Resultado: ele acabou apanhando dos bandidos em meio a um monte de gente, que se limitou a assistir a cena. No fim das contas, o cara virou manchete e levou uma grana do governo que tenta convencer os chineses de que se importar com o próximo faz bem.
Na matéria divulgada no Estadão, a escritora Lijia Zhang, autora do livro A Garota da Fábrica de Mísseis, dá uma ideia de como as coisas fuincionam na China. "Na nossa cultura, há uma ausência de disposição de mostrar compaixão por estranhos. Nós somos educados para mostrar bondade às pessoas de nossa rede de guanxi, parentes, amigos e sócios, mas não particularmente a estranhos, especialmente se tal bondade puder potencialmente afetar seus interesses."
Não fosse o tal do mercado, você poderia dizer: eles que se entendam.
A questão é que você pode ser o próximo transferido pra lá. Um estudo da consultoria Mercer com as 30 maiores multinacionais brasileiras aponta que metade planeja avançar os negócios no exterior nos próximos dois anos. Um dos principais endereços? China!
Relaxa?!
E você, como lidaria com esse seu ímpeto para ajudar num país que dizem ser tão hostil a solidariedade?
Carmem Galbes

Expatriados e a tecla sap.

Viu o estudo da Mckinsey que diz que o lucro tende a ser maior em empresas que têm diferentes nacionalidades entre os funcionários? 
A questão é como se entender entre um sí, no, wann, combien, dove... 
Simples! Mete o "inglesão velho de guerra" como idioma padrão.
Simples?! Ahã.
"As empresas subestimam o estresse psicológico que a troca do idioma pode provocar", diz Rebecca Piekkari, professora de negócios internacionais da Aalto University da Finlândia.
A reportagem "Adotar o inglês em equipes globais desmotiva quem não domina o idioma", publicada no Valor Econômico, traz uma série de "causos" de empresas que passaram por fusões, aquisições etc. e tals e acabaram embananando a comunicação ao ignorar a língua - ou línguas - nativa. 
Resultado: funcionários de bem com a vida e com o sucesso ficando mudos, perda de talentos e um clima de "the book is on the table"  de ameaçar a chance de lucar mais.
Tudo bem, mas fazer o que? Vai ser cada um com a sua cartilha?
Dizem que o Inglês pode funcionar, desde que seja usado de forma simples e direta. "Nosso idioma comum é o inglês, mas sem complicações", diz Thomas Balgheim, presidente-executivo da japonesa NTT Data. Na matéria do Valor, ele explica que para tornar os comunicados internos em inglês de sua companhia mais fáceis,  pede a alemães e italianos que produzam o primeiro esboço porque eles empregam sentenças mais simples e usam um vocabulário que atende às necessidades de uma força de trabalho multicultural."
É o tal do"globish", criado por Jean-Paul Nerrière, um ex-diretor da IBM. 
Ele garante que com 1500 palavras em Inglês dá pra trabalhar, ganhar dinheiro e se divertir em qualquer canto do mundo.
É isso aí, fala que eu te escuto, mas Coexpat que é Coexpat fala pelos cotovelos. 1500 palavrinhas dão mesmo pro gasto?
Travou no aprendizado do novo idioma? Precisa de ajuda seguir adiante? O coaching pode te ajudar! Vamos conversar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Leve Entrevista: filhos bilíngues.

A família recebe o convite para expatriação: tira vistos, organiza documentos, doa móveis, compra roupa, vende o carro, cancela serviços, desocupa a casa e vai todo mundo para um intensivão para tentar captar algo do idioma local até a chegada ao novo endereço.
Com gente grande é assim. Mas quando tem expatriadinho na mudança? E quando o pequeno "aparece" no meio da missão? Que língua usar? É melhor deixar pra lá o português? Com um idioma em casa e outro fora, a criança pode ficar confusa, perdida, gaga, começar a falar mais tarde, ter dificuldade para aprender a ler e escrever? São tantas dúvidas e caraminholas. O fato é que transformar pensamento, emoção, sentimento em palavras e frases coerentes não é tarefa fácil nem no idioma em que se nasceu ouvindo, por isso tanta aflição em torno da educação dos pequenos que estão longe do nosso burburinho. Colin Baker - considerado um dos maiores especialistas em bilinguismo infantil - diz que há muito mais benefícios que desvantagens em se aprender mais de um idioma ainda na infância. Ele acrescenta que o bilinguismo no começo da vida acaba levando a culpa por problemas que não causou. Nessa linha, a pesquisadora Ivana Brasileiro salienta que o sistema de percepção de sons é mais aguçado na primeira infância, daí a maior possibilidade dos pequenos atingirem a vida adulta com um alto nível de proficiência em uma língua estrangeira. Na tese de doutorado - concluída em 2009 no Instituto de Linguística da universidade de Utrecht, Holanda - Ivana investigou como as crianças fazem para aprender dois idiomas ao mesmo tempo. Dos seus estudos, nasceu um trabalho para ajudar as famílias que vivem pra lá e pra cá. "Tão interessante quanto a pesquisa em si foi o contato que tive com essas crianças e com seus pais. Um "eye-opener" e fonte de inspiração. Tanto que um ano após encerrar a pesquisa comecei a organizar workshops - juntamente com duas colegas - para pais interessados em educar seus filhos bilíngues."

Leve - Quando apresentar ao bebê - filho de brasileiros - o idioma local? 
Ivana Brasileiro - Tanto para o aprendizado do idioma local quando para o aprendizado da língua materna o ideal é que se inicie o quanto antes. Se possível até mesmo antes do nascimento, já que várias características linguísticas - como por exemplo o ritmo, que varia entre idiomas - alcançam o bebê ainda no útero. Isso não quer dizer que a criança não seja capaz de aprender um idioma mais tarde, para várias crianças - e mesmo adultos - isso acontece muito naturalmente.

Leve - Em família, o Português. Fora de casa, o idioma local. Como lidar com o bilinguismo entre as crianças que ainda estão aprendendo a falar? 
Ivana - Da forma mais natural possível. Se levarmos em consideração que no mundo existem mais crianças bilíngues do que monolíngues, podemos concluir que monolinguismo é exceção e bilinguismo a regra. Para uma criança aprender uma língua - local ou materna - a única coisa que ela precisa é exposição nessa língua. Muita exposição: em diferentes contextos, com diferentes pessoas, sobre assuntos diferentes etc. Essa exposição também deve ser ativa, com interação.
Televisão e internet são ótimos meios como suporte para aumentar o vocabulário da criança ou mesmo o interesse dela nessa língua, mas não são substitutos para a interação. Nenhuma criança vai aprender uma língua simplesmente assistindo televisão.
Existem vários mitos sobre o bilinguismo e isso - às vezes - assusta os pais. Um dos mitos mais conhecidos é de que crianças bilíngues começam a falar mais tarde. Pesquisas recentes, entretanto, revelam que crianças bilíngues alcançam todos os marcos linguísticos na mesma idade que crianças monolíngues.
Nos anos 60, até achava-se que crianças bilíngues eram menos inteligentes que crianças monolíngues.
Para os pais é necessário que eles estejam firmemente convictos de que bilinguismo não afetará o seu filho de maneira negativa. Talvez até pelo contrário: um dos efeitos mais espetaculares do bilinguismo é a proteção contra a demência. Uma pesquisa feita no Canadá revela que idosos que foram criados bilíngues desenvolvem demência em média mais tarde e de forma mais leve do que idosos que foram criados monolíngues. Outro problema com o qual pais de crianças bilíngues são confrontados é com a recusa por parte da criança de falar o idioma materno, principalmente quando a criança começa a ir para escola ou quando atinge a adolescência. O meu conselho seria para continuar falando sua língua materna sem dar importância excessiva à recusa. É também importante que a criança tenha contato com outras crianças, família, outros adultos que falem a língua dos pais.

Leve-  Como introduzir o idioma local entre as crianças que ainda estão em processo de alfabetização da língua materna? Ivana - O ideal é que a criança entre em contato com a língua primeiramente em um ambiente informal, com amigos, família etc. Essa é também a forma mais eficiente de se ensinar um idioma para uma criança. Diferente dos adultos, que aprendem uma língua com mais facilidade na escola do que na rua.
Além disso, especialistas recomendam que uma criança seja primeiramente alfabetizada na língua na qual ela é mais fluente e só posteriormente na(s) outra(s) língua(s). Muitas das habilidades e estratégias que a criança desenvolve para aprender a ler e escrever em uma língua serão transferidas para o aprendizado na outra língua, o que significa que o processo de alfabetização não recomeçará do zero. Isso dito, gostaria de acrescentar que a alfabetização bilíngue não é prejudicial para a criança.

Leve - Quais o prós e contras de uma alfabetização bilíngue? Ivana - Com relação somente à alfabetização bilíngue, o benefício mais observado é o da questão econômica: no nosso mundo globalizado saber ler e escrever em vários idiomas aumenta suas chances de trabalho. Não podemos esquecer também a questão cultural: saber ler e escrever em várias línguas significa acesso à uma literatura muito mais vasta. Mas na minha opinião, a maior vantagem da alfabetização bilíngue é o suporte ao bilinguismo de um modo geral. Ou seja, crianças que aprendem a ler e escrever na língua dos pais - no caso dessa língua não ser a língua local - tendem a falar melhor essa língua e, quando adultos, continuarem a falar. Os contras ficam mais na parte prática. Tanto para os pais quanto para as crianças a alfabetização em uma língua que não seja a língua usada na escola da criança custa tempo, e - às vezes - dinheiro. Para a criança, por exemplo, pode ser frustrante ter que ir à escolinha no sábado enquanto todos os seus amiguinhos estão brincando. É necessário tomar cuidado para a que a criança não desenvolva uma atitude negativa com relação a esse idioma.
Carmem Galbes  

Um mundo com trocentos países!

Triste porque está aí e não lá, ou porque está longe e queria estar perto?
Abra a cabeça, o coração e o mapa mundi!
Tem tanto lugar pra se estar!
Aliás, quantos países o mundo tem?
A resposta para essa pergunta é quase filosófica: depende.
A ONU diz que são 191.
Para o Comitê Olímpico Internacional são 202.
A Fifa contabiliza 205.
Pelas contas da Visa seriam 249!
Eu sei, eu sei, não ajudei muito. Mas que você vai dar uma remexida lá nas lembranças das aulas de geografia, ah...isso vai...
Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br

Não desperdice nenhuma chance de viver a vida que você quer!
Carmem Galbes

Expatriação, direitos x benefícios.

Vira e mexe aparece pré-expatriado ou "prexpatriado" em busca de orientações sobre o que negociar com a empresa antes de partir lá "pro estrangeiro".
A gente sabe que os cartuxos são pessoais e cada empresa sabe - ou pelo menor deveria saber - onde o calo de seu talento aperta. Exemplo: se para alguns é importante ter um profissional para orientar a família lá fora, outros precisam é de ajuda antes mesmo da partida. Resumindo: cada "causo é um causo".
De concreto mesmo é que o trabalho de brasileiro no exterior é regulamentado. Detalhes da lei 11.962 você confere aqui.
Então, antes de negociar benefícios, é preciso ter na ponta da língua o que a empresa TEM que oferecer lá fora.
A advogada Aparecida Tokumi Hashimoto explica que, de acordo com a lei - em vigor desde 2009 - o expatriado tem basicamente os seguintes direitos:


  • Previsão de salário-base e adicional de transferência;
  • Reajuste salarial de acordo com a legislação brasileira;
  • Respeito aos direitos inerentes à legislação brasileira relativa à Previdência Social, FGTS e PIS;
  • Direito de gozo de férias no Brasil, acompanhado dos familiares, com custeio da viagem pelo empregador, após dois anos de estadia no estrangeiro;
  • Direito ao retorno custeado ao Brasil no término do período de transferência ou até mesmo antes, nos casos legalmente previstos (artigo 7º);
  • Direito a seguro de vida e acidentes pessoais - cujo valor não poderá ser inferior a doze vezes o valor da remuneração mensal do trabalhador - por conta da empresa, cobrindo o período a partir do embarque para o exterior até o retorno ao Brasil;
  • Direito a serviços gratuitos e adequados de assistência médica e social, nas proximidades do local laborativo no exterior;
  • A remuneração devida durante a transferência do empregado, computado o adicional de transferência, poderá, no todo ou em parte, ser paga no exterior, em moeda estrangeira. O empregado poderá optar, por escrito, em receber parcela da remuneração em moeda nacional, que será depositada em conta bancária;
  • O período de duração da transferência será computado no tempo de serviço do empregado para todos os efeitos da legislação brasileira, ainda a lei do local de prestação de serviços considere essa prestação como resultante de um contrato autônomo e determine a liquidação dos direitos oriundos da respectiva cessação (artigo 9º).
Para por na balança:
Custeio de passagem, de plano de saúde e de seguro de vida são direitos.
Bancar a adaptação da família, o aluguel e os estudos são benefícios.
Ter um "expatriador" competente para criar cenário e ambiente propícios para o expatriado e oferecer o que tem de melhor são...são tudo de bom, né?
Mudou ou está de mudança por causa da carreira de outra pessoa? Quer encontrar uma motivação pessoal, só sua nessa jornada? Fale comigo, eu sei como te ajudar!
Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes
Imagem: SXC

Expatriado, saiba o que fazer em casos de confusão, conflito, guerra...

Olá, Coexpat! 
Você, sua família, sua casa, sua rotina e - de repente - puf: parece que todo mundo ficou louco. É só gritaria, violência, saques, ameaças... E tudo parece tão cheio de poeira, de fumaça...E você tão longe de casa...
Tudo bem, exagerei. A gente sabe que as coisas não acontecem de estalo. Quem é conectado percebe a evolução da tensão, até que o conflito explode!
Aí, o que fazer?
Esperar ou agir?
Ficar ou partir?
Como somos um povo que acha que traz má sorte pensar no pior - quando o pior acontece - ficamos, na melhor das hipóteses, rezando-em-um-quarto-de-hotel-esperando-o-próximo-voo. Tem empresa que investe em gerenciamento de risco e tem pronto todo um esquema para socorrer seus expatriados, seja em terremoto, furacão, revolução, golpe de estado.
Mas quando a gente está longe da nossa terra firme, é muita viagem confiar que vai ter sempre alguém pra cuidar de tudo.
Então sempre tenha pronto o seu plano de ação!
O que levo na minha bagagem é o que guardei da experiência de enfrentar um furacão.
1 - Ao chegar ao novo endereço, informe o consulado brasileiro que você está vivendo no país.
2 - Tenha em alguns lugares: agenda do celular, anotado em papel dentro da carteira, na porta da geladeira os telefones de emergência da embaixada brasileira.
3 - Reúna em uma pasta todos os documentos e o que mais você considerar ultra-mega importante.
4 - Se você acha que o ambiente está estranho, deixe uma mochila pronta. Pense na pasta com os documentos, em roupa, remédio, dinheiro local e dólar, carregador de celular, água, comida. Um mp3 à pilha pode ser sua salvação. Quando não havia mais energia, nem bateria de celular, nem de tablet, foi o famoso radinho à pilha que nos manteve informados na noite do furacão.
5 - Defina com a sua família o ponto limite. Quanto vocês estão dispostos a aguentar até decidir partir para o aeroporto?
6 - Tente avisar alguém no Brasil sobre seus próximos passos.
No mais é respirar e tentar manter a calma.
Se você tiver outras dicas de segurança para expatriado, divida com a gente!

Carmem Galbes

Foto: Chris Hondros/Getty Images

Expatriação: família é tudo!

Podem falar o que quiser sobre família: que ela está mudando, acabando, falindo...
Mas é fato: família unida - ciente dos desafios e das oportunidades, que embarca junto na viagem - é a base de uma expatriação de sucesso.
Muita gente só descobre isso em meio à dor.
Sorte quando dá tempo de encontrar forças dentro de casa ainda durante a transferência, aí, geralmente, a família fica mais unida e forte. Triste quando as pessoas reconhecem que o relacionamento poderia ter sido diferente quando já estão de volta, com todo mundo frustado - ou pior - um longe do outro.
O ponto é: os profissionais de recursos humanos estão - finalmente - atentos ao peso do bem estar de todos: papai, mamãe, crianças, cachorro, peixinhos expatriados...
Pelo menos, foi isso o que eles mostraram no sexto forum da Associação Brasileira de Recursos Humanos, que tratou da relevância do RH no processo de expatriação.
Segundo a Associação Brasileira de RH, dos convites negados de expatriação, 8 em cada 10 são recusados pelo receio que a família tem de deixar o aconchego do lar e se aventurar em uma nova cultura.
Uma das palestrantes, Andréa Fuks, sócia da Global Line - empresa que atua há quase duas décadas com expatriação - resume a queixa de muitos expatriados.“A maioria das políticas de expatriação prevê apoio às questões técnicas e de problemas do dia a dia em relação à moradia e às questões legais, mas o que mais preocupa são as questões emocionais e aquelas que requerem um entendimento da cultura local.”
Além do papel da família, durante o encontro, foram debatidos temas que a gente, vira e mexe, trata por aqui, caso da repatriação e das transferências dentro do Brasil.
Quanto à viagem de volta, Andréa Fuks admite que a repatriação não recebe a atenção que merece.“É comum as empresas que apoiam seus expatriados se esquecerem de que há problemas após o seu retorno.”
Resultado: ou a empresa perde o profissional ou o profissional acaba perdendo o emprego.
Segundo Daniela Lima, também sócia da Global Line, “muitas vezes, a pessoa se super qualificou lá fora, aqui no Brasil a demanda não evoluiu na mesma velocidade e, no seu retorno, este funcionário não se encaixa mais no perfil da vaga disponível a ele.”
E quando a mudança não exige visto nem passaporte?
Para o gerente de mobilidade internacional da Petrobras, César Edney, a empresa deve ter, sim, mais cuidado com essa "expatriação interna". “Devemos considerar as mudanças de pessoas entre estados aqui no Brasil, pois há bastante dificuldade de adaptação para muitos.”
Então, conluindo:
- Família é tudo;
- O retorno é tão importante quanto a partida;
- Mudança é mudança, não importa pra onde, tudo muda!
Ah, outra coisa que fizeram questão de frisar durante o encontro: expatriado tem que ter alma livre, leve e solta, porque “uma carreira internacional nem sempre é glamurosa”, diz Andréa Fuks, da Global Line.
Mas isso a gente já sabia, né!

Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br

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Carmem Galbes

Acho que eu "vou não ir"...

Olá, Coexpat!
Essa é para quem está em dúvida se casa ou compra a bicicleta, se fica com um pássaro na mão, se aceita o convite de expatriação.
Água e sabão, capacete, cinto de segurança, filtro solar, mosquiteiro, vacina, camisinha...
A fala, ou o raciocínio - como preferem alguns - pode até distinguir o humano dos outros animais, mas é a capacidade de previnir que nos torna supremos nessa selva.
O porém é que, às vezes, é tanta proteção, que parece que a gente só consegue respirar tranquila sob o aval de uma grande apólice.
É seguro saúde, de vida, de casa, de carro. Tem seguro de perna, de bumbum, e um gênio já deve ter segurado o próprio cérebro.
É um tal de ligar o alarme, trancafiar os portões, soltar os cachorros.
E pega o antiácido. Renova o antivirus.
Panela? Só antiaderente!
Ai de quem esquece de tomar o anticoncepcional.
E quem não se rende ao antiruga, antiolheira, anticelulite?
E como gastamos com shampoo antiqueda, anticaspa, antifrizz.
Tá certo que o piso antiderrapante só ajuda, que corrimão é fundamental, que apartamento com criança tem que ter grade na janela, que poupança pode ser uma aliada para um bom sono.
Mas, sinceramente, quem consegue usar a tal da garantia estendida?
E esse negócio de pagar uma taxa anti-inadimplência em financiamento caso você fique desempregada? Se você acredita que pode ser despedida, não se endivide!
Seja você mesma a sua corretora de seguros, porque entre "uma-pequena-taxa-extra" e outra gasta-se tanto para afastar o risco que não sobra nada, nem energia, para aventurar-se!
Ok, acho fundamental pesquisar, ponderar, planejar.
Mas, no fim das contas, muitas vezes, o jeito é dar um upgrade na coragem e cair na vida!
No mínimo, você vai ter muita coisa pra contar!
Pode até ser um "causo" de carro batido, de alarme de incêndio...mas capítulo na sua história de vida é o que não vai faltar!
E tenha sempre em mente que nada é garantia de nada.
Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br
Não desperdice nenhuma chance de viver a vida que você quer!
Carmem Galbes

Tenha modos, menina!

Esbarrou! "Desculpa."
Quebrou! "Me diz quanto é que eu pago."
Cortou a fila! "Nossa nem tinha percebido..."
Pisou no pé! "Foi mau."
Atrasou! "Lamento."
Incomodou! "Sinto muito."
Ofendeu! "Juro que não vai mais acontecer."
Mas que coisa! Tem doida que não consegue passar meia hora sem se desculpar!
Não, não sou contra a retratação, mas tem gente que abusa do mecanismo. Usa esse código da boa educação pra lá e pra cá e assim vai passando por cima das pessoas, vai desrespeitando regras, vai tumultuando, vai irritando.
Eu vou te contar. Sei que eu não sou fácil, mas tem um vizinho que, em alguns meses de encontros no elevador, já me disse mais desculpa que bom dia. Pior que o ser segue incomodando, e sem se incomodar...
De pensar que hoje tem tanto manual de bons modos. Tem tanta gente ganhando dinheiro para ensinar como não ser o mala do pedaço.
Nem a seleção escapou. Os jogadores receberam um material com dicas que podem evitar embaraços - diria - diplomáticos até.
Pensando bem mesmo, experts em trato humano são os meus pais.
Parece que lá da minha infância ainda ecoam as orientações antes de cada passeio ou visita:
Diga oi;
Peça licença antes de entrar;
Espere para se servir;
Não mexa em nada;
Não grite;
Não interrompa conversas;
Se não souber como agir, observe os costumes da casa, das pessoas.
Gente, pode acreditar! Isso funciona em qualquer canto do universo!
É claro que buscar o aprimoramento na cultura local ajuda ainda mais.
Mas, esse pretinho básico aí de cima fica bem pra todo mundo, a qualquer hora, não importando o lugar.
Resumindo: tenha modos! Porque desculpar-se demais desgasta qualquer relação.
Então...só pra não perder o costume mais do que brasileiro, me despeço com um sorridente "desculpe-qualquer-coisa!" Seja lá o que isso quer dizer de verdade.
Já está bem adaptada em seu novo endereço e agora precisa de ajuda para encontrar uma realização pessoal na sua expatriação? Fale comigo, eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br   

Carmem Galbes

Tailândia, do conflito à vontade de voltar...

Olá, Coexpat!
Meu trabalho, que eu amo, é ajudar a esposda do profissional transferido a ter uma realização pessoal em um mudança de vida provocada por outra pessoa.
Mas, vez ou outra, uma Coexpat ou uma candidata a, entra em contato para trocar ideias sobre temas bem complicados: quais benefícios negociar, que remuneração pedir, que tempo acordar no processo de transferência.
Ainda é muito difícil chegar a um ponto em comum - principalmente no Brasil - porque as empresas ainda estão estruturando departamento e política de expatriação.
Eu sei, você anda suando de tanto garimpar informação desse tipo. Se ajudar, a última edição da
newsletter da Mercer consultoria traz um ponto interessante: em que moeda receber o salário.
O texto fala sobre as dores e delícias de três cenários: receber na moeda do local para onde se está sendo expatriado, receber na moeda do país de origem ou ter uma remuneração mista.
Aí é avaliar o que é melhor para você e sua poupança e ver se a sua empresa concorda.
Tem que ver, ainda, se vale a pena alguns custos - como o de se estar, por exemplo, em uma zona com nervos expostos.
Isso mesmo, falo da Tailândia. Conflito armado entre governo e oposição civil, mortos e feridos, toque de recolher e muita apreensão entre a sociedade civil - ou melhor - povão mesmo, gente como a gente! O governo diz que já está tudo "dominado" novamente.
É aquela história de questionar a legitimidade da turma não eleita por voto direto. Mas o espaço aqui é para os brasileiros que estão tendo que enfrentar tudo isso.
A Embaixada Brasileira no país está atendendo as emergências nos seguintes telefones:
- (02) 679 8567 / 679 8568 / 285 6080 - ligando de fora da Tailândia, eliminar o zero inicial e acrescentar o prefixo 66.
- O telefone do Plantão Consular é 081-906 4238.
- De fora da Tailândia: +66-81-906 4238.

Quem dá uma ideia da situação por lá é a Renata, que vive com marido e três filhos em uma província próxima à capital Bangkok.

Leve - O que mudou na vida de vocês desde o início de toda essa confusão?
Renata - Na minha vida e na da minha família - por enquanto - nada mudou. Mas estamos atentos! Meu marido tem reuniões diárias no trabalho acerca dos conflitos dos oposicionistas “camisas vermelhas”, em Bangkok.

Leve- Vocês estão conseguindo levar uma vida normal? Conseguem trabalhar, ir à escola, ao supermercado?

Renata - Meu marido continua a trabalhar. Eu e as crianças também estamos indo à escola e à ginástica. Ao mercado vou rapidinho... Como não estamos na capital Bangkok, ficamos há uma hora e 45 minutos de lá, ainda estamos um pouco mais protegidos. Mas, por exemplo, os bancos não estão abrindo. Desde que o governo determinou toque de recolher, não podemos sair das 9 da noite às 5 da manhã. Também começamos a evitar shoppings centers. Sabe o shopping Central queimado quarta-feira em Bangkok? Então, tem um igualzinho aqui em Pattaya, onde moramos! E eu vou, ou ia, todo dia lá!

Leve- Receberam alguma orientação do consulado brasileiro?
Renata  - Sim. Aliás, a Embaixada está fechada! O Consulado enviou um e-mail a todos os brasileiros residentes na Tailândia. Desde então, estou colocando posts atualizados sobre o caso, e preparamos um vídeo sobre o assunto.

Leve - A empresa onde seu marido trabalha deu alguma orientação?
Renata  - Sim, muitas. Eles prepararam já o plano B, C e D!!! Estão dando total apoio e condições de segurança aos expatriados que ali trabalham.

Leve - Vocês se sentem em perigo?
Renata  - Não muito. Mas estou deixando malas prontas, passaporte na mão, essas coisas.

Leve - Podem voltar ao Brasil por causa dos conflitos?
Renata  - Sim, com certeza! Estamos com passagem marcada para Julho, mas tudo pode acontecer e podemos antecipar nossa chegada por aí!

Leve- O que mais tem chamado sua atenção nesses dias?
Renata  - O fato de que o Tailandês é realmente um povo calmo, tranquilo, apaziguador, sereno e nada do que está acontecendo combina com isso.

Leve - Gostaria de acrescentar algo?
Renata  - Gostaria de dizer a todos os amigos e amigas expatriados que estão em Bangkok e precisam de apoio ou ajuda, que estamos à disposição em Pattaya, que - por enquanto - está tranquila!
Aos parentes e amigos, peço que fiquem tranquilos.
Aos leitores do Blog da Leve, convido-os a ler o meu Blog e a conhecer o de uma amiga querida, que se diz refugiada, pois morava em Bangkok e teve que sair por conta dos confrontos! O site dela é: http://travessias.wordpress.com/
Meu abraço a todos, e a você Carmem, um beijo especial e um agradecimento público pela preocupação e envolvimento demonstrados. Espero que o nosso próximo post possa trazer boas notícias!

Carmem Galbes
Foto: AP

Negócio da China!


Olá, Coexpat!
A China é mesmo...é mesmo...uma coisa!Tem totalitarismo com capitalismo. Tem ultra-produção com escravidão. Tem tradição, mas pouca fé. Tem muito dinheiro, muita demanda, e - por incrível que pareça - escassez!Faltam serviços. De manicure a professor de idiomas. De chef a estilista...Taí, se você é empreendedora, vá pra China! Pelo menos é isso que sugere a Apex, associação brasileira de promoção de exportação e investimentos. De acordo com uma reportagem do IG Economia, milhões e milhões de chineses têm muito a consumir, pena o Brasil ter apenas 50 empresas com negócios na China, três vezes menos que o Chile.Só para alertar, um levantamento da Brookfield Global Relocation mostra que a China é o país em que os expatriados têm maior dificuldade de adaptação, seguido da Índia e Rússia.E se você vai mesmo cruzar a muralha, não se esqueça de apurar seu "global mindset". Para quem está - como eu - entrando em contato com o termo só agora, segue essa definição encontrada no protocolo.com.pt - Global Mindset: "capacidade para reconhecer, entender e adaptar-se a sinais culturais distintos, sejam sutis ou óbvios, confortáveis ou desconfortáveis, de forma a que a eficiência não seja comprometida durante o processo negocial".Voltando à pesquisa da Brookfield, a China é hoje o principal destino dos profissionais que embarcam nessa vida "expatriática".No geral, a maioria dos transferidos - 8 em cada 10 - ainda é de homens e casados. E o grande entrave para o sucesso da expatriação continua sendo a adaptação da família.Então, gente, foco no que interessa na hora de partir! Foco na família e na saúde, no bem estar e na realização, também, de quem acompanha o profissional transferido!

Precisa de ajuda para ter uma realização pessoal na sua expatriação? Fale comigo, eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br   
Carmem Galbes

Expatriada e mãe!

Olá, Coexpat!
Pra você mamãe que vive na Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, China, Colombia, Dinamarca, Equador, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Países Baixos, Peru, Suiça, Taiwan, Turquia, Uruguai, Venezuela ou Zambia - ufa, falei sem respirar - domingo deve ser aquele dia de almoço especial fora de casa, beijinhos, miminhos e outros inhos.
E andando por aí, dei de cara com uma ideia de presente, a mais interessante que vi. Um espelho! Sim mamãe expatriada, um espelho, porque quando o filho nasce, muito em nós morre para abrir espaço para uma outra realidade. Quando não nos damos um tempo para avaliar o que está acontecendo, a identidade vai mais um pouco para o fundo da mala, onde parte dela já estava quando decidimos mudar de vida para apoiar a carreira de outra pessoa em outro lugar. 
Me lembro que, numa troca de e-mails durante a minha expatriação, uma "maga" da sensibilidade disse: "aproveita que você está sem fazer nada para ter filho."
Pensei: @&*$#.
E ponderei: primeiro que essa de Coexpat não fazer nada é lenda. Nem que a gente quisesse muito daria para ficar sem fazer nada. Penso também que a decisão de ter filho não deve ser tomada assim, para aproveitar.
Tudo bem, nada de errado se você percebeu que o momento da expatriação é também o período ideal para uma gravidez. Mas saiba que esse processo longe de casa não é fácil.
No meu caso, se não fossem a sintonia com meu marido e todo cuidado e atenção dele, teria pirado - ou ficado doente mesmo - com tanto enjoo.
Mas se o desejo de dar um up na família segue firme mesmo pra lá da fronteira, um estudo mostra que Noruega, Austrália, Islândia, Suécia, Dinamarca, Nova Zelândia, Finlândia, Holanda, Bélgica e Alemanha são os melhores lugares para se ter um bebê.
E para você, global que é, encontrei um apanhado dos nomes próprios mais comuns no mundo. O único porém é que o levantamento é de alguns anos atrás.
Mas esse papo tá muito de mãe, e como uma típica mãe, digo que vai ficar mais ainda.
Aqui você pode saber mais uma sobre filhos e expatriação.
E nesse texto você fica por dentro da burocracia para registrar os expatriadinhos.
Para saber quando é o dia das mães em outros cantos no mundo, dê um pulinho aqui.
Bem, é isso, seja feliz, todo dia, sendo mãe, ou não!
Carmem Galbes

Salve Jorge!

Olá, Coexpat!
O Guerreiro, a lança, o cavalo, o dragão.
A bravura!
Ah...se expatriada tivesse padroeiro...
23 de abril, dia de São Jorge.
Dia de Ogum.
Dia da coragem, decreto eu.
Se pudesse, decretaria esse também o dia da Coexpatriada.
O dia de quem, com ânimo, aceita dar um longo passo, fazer uma grande mudança em nome do sucesso de outra pessoa.
Dia de quem ousa seguir.
Dia de quem acredita na força da experiência.
Dia de quem topa errar e tentar de novo.
Dia de quem tem fé na perseverança e reconhece um acerto.
Dia de quem constata a diferença, de quem aceita a diferença, de quem luta pelo direito de ser diferente.
Dia de quem enrola a língua, mas se faz entender.
Dia de quem capricha na imaginação para compreender.
Dia de quem sente saudade, 
Que enverga, mas não quebra.
Dia de quem tem medo de avião, mas embarca.
Dia de quem tem a alma livre e solta.
Dia de quem vai e vem, mas não se esquece da essência, do que é importante, do que vale a pena.
Parabéns Coexpat!
Carmem Galbes

Saladão!


Olá, Coexpat!

Hoje o papo tá uma mistureba que só lendo, viu?
Na semana em que um fumacê fechou o espaço aéreo europeu, fiquei pensando em uma outra nuvem - a que encobre o desgaste profissional e emocional de se assumir um cargo no exterior.
O assunto expatriação surge, quase sempre, envolvido por uma aura de glamour, sucesso, etc e tal.
É só ler essa matéria do IG - Talento made in Brazil - para se convencer de que mudar de ares - por si só - já é um grande impulso na carreira.
Claro que empresa alguma expatria mané, ou pelo menos tenta não fazer isso...mas que trabalhar lá longe pode ser um desastre e deixa até o profissional mais 'safo' com frio na espinha.
Um exemplo é o que tem passado o brasileiro Tito Martins, presidente da Inco no Canadá, empresa comprada pela Vale. O mega executivo enfrenta uma greve de mineiros que já dura 262 dias, isso mesmo, cerca de 9 meses.
Veja só o que disse à revista Exame John Rodriguez, prefeito de Sudbury, cidade que reúne o maior número de grevistas, "a Vale não ouve o que o sindicato diz, o sindicato não confia na empresa e, enquanto for assim, não há negociação possível."
Aí não há criatividade nem flexibilidade que dê jeito.
Mas se você compartilha com a ideia de que cada caso é um causo e está sempre pronta para cruzar a fronteira, não se acanhe em abandonar essa página sem ao menos um tchauzinho - para ver se alguma das vagas listadas aqui fazem você topar o carimbo no passaporte.
O apanhado de postos abertos no exterior está na última edição da Você SA.
Agora mudando de pato pra cachorro. O Ministério da Agricultura anunciou que cão e gato vão ter que tirar passapote para sair voando por aí.
Dizem que o passaporte vai facilitar a vida dos bichinhos e dos donos também, porque vai reunir todos os dados e documentos necessários para o transporte.
Ainda não há data para o Ministério da Agricultura começar a expedir o documento.
Outro fato curiosíssimo. Os responsáveis pelo censo americano querem que todos os imigrantes brasileiros, legais ou não, preencham o formulário da pesquisa. Eles dizem que as informações não serão enviadas para os "home" da imigração. A tá. Quem não responder ou mentir nas respostas pode pagar multa de até US$ 500. O governo brasileiro estima que 1,240 milhão de brasileiros tentam viver o sonho - seria pesadelo? - americano.
Só pra terminar: dizem que gentileza gera gentileza. É mentira! Eu sei, dói ouvir isso. O fato é que tem gente que é grossa e amarga desde o útero e nunca vai se deixar levar pela delicadeza. Mas não é por isso que a gente vai também sair por aí dando coice, né?
Acho que a frase merece um complemento: gentileza gera gentileza com a gente mesma. E assim a vida segue boa!
Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...