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Rede de apoio a expatriados.

Nessas de botar a casa abaixo e ir em busca de nova estrutura, novo revestimento, nova decoração...a gente encontra tanta coisa interessante...
Sabia que o governo editou um guia para artistas, modelos e jogadores de futebol que vão trabalhar no exterior? O material reúne desde informação sobre a legislação para esse tipo de trabalho lá fora até a documentação necessária e particularidades dos países mais visitados por esse time.
E navegando por aí ancorei na Suiça. A rede de apoio a expatriados por lá é super organizada.
O Ciga-Brasil, Centro de Integração e Apoio, é uma associação sem fins lucrativos. Entre as atividades: "Oferecer apoio e solidariedade aos brasileiros no processo de adaptação à nova cultura. Promover o contato e maior integração entre os brasileiros residentes na Suíça e cidades fronteiriças da França e da Alemanha. Cultivar e divulgar a nossa cultura. Desenvolver as seguintes atividades : Serviço de Informação e Aconselhamento nas áreas jurídica, médica, social, psicológica e pedagógica, acompanhamento a hospitais e órgãos oficiais, serviço de tradução e interpretação, divulgação do trabalho realizado pelos brasileiros e promoções sócio-culturais." 
Pelo que entendi, o Ciga é quase uma empresa de cross-culture, só que feita por brasileiros que já sentiram na pele a experiência e não cobram nada para ajudar!
Precisa de um apoio mais expecífico? O que você quer mesmo é encontrar uma motivação pessoal nessa mudança provocada pela carreira de outra pessoa? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Guia rápido a expatriada que está voltando.

A vida é assim mesmo: uns vão, outros voltam...
Se você  está para alcançar o status de repatriada, essa conversa é com você
Conhece o  Portal do Retorno? A página é administrada pelo Ministério das Relações Exteriores e traz uma série de informações que bem interessantes.
O conteúdo aborda desde o retorno do bichinho de estimação até a classificação dos bens comprados lá fora e que estão livres de imposto, no caso de quem morou mais de um ano no exterior.
No Portal também estão orientações sobre como proceder antes da mudança, quais documentos deixar por perto e sobre a validação no Brasil de certidões emitidas em outro país. Trata ainda de imposto de renda, título de eleitor e até dá alguma orientação para quem pensa em abrir um negócio no Brasil.
Enfim...são coisas simples, às vezes chatas...mas só mesmo com uma lista na mão e alguém lembrando a gente para não ficar nada pra trás nesse momento tão conturbado que - geralmente - é a volta pra casa.
A vida de volta para casa não está como imaginava? Precisa de um apoio para deixar a sua repatriação mais positiva e produtiva? O coaching pode te ajudar! Vamos conversar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Expatriados e a tecla sap.

Viu o estudo da Mckinsey que diz que o lucro tende a ser maior em empresas que têm diferentes nacionalidades entre os funcionários? 
A questão é como se entender entre um sí, no, wann, combien, dove... 
Simples! Mete o "inglesão velho de guerra" como idioma padrão.
Simples?! Ahã.
"As empresas subestimam o estresse psicológico que a troca do idioma pode provocar", diz Rebecca Piekkari, professora de negócios internacionais da Aalto University da Finlândia.
A reportagem "Adotar o inglês em equipes globais desmotiva quem não domina o idioma", publicada no Valor Econômico, traz uma série de "causos" de empresas que passaram por fusões, aquisições etc. e tals e acabaram embananando a comunicação ao ignorar a língua - ou línguas - nativa. 
Resultado: funcionários de bem com a vida e com o sucesso ficando mudos, perda de talentos e um clima de "the book is on the table"  de ameaçar a chance de lucar mais.
Tudo bem, mas fazer o que? Vai ser cada um com a sua cartilha?
Dizem que o Inglês pode funcionar, desde que seja usado de forma simples e direta. "Nosso idioma comum é o inglês, mas sem complicações", diz Thomas Balgheim, presidente-executivo da japonesa NTT Data. Na matéria do Valor, ele explica que para tornar os comunicados internos em inglês de sua companhia mais fáceis,  pede a alemães e italianos que produzam o primeiro esboço porque eles empregam sentenças mais simples e usam um vocabulário que atende às necessidades de uma força de trabalho multicultural."
É o tal do"globish", criado por Jean-Paul Nerrière, um ex-diretor da IBM. 
Ele garante que com 1500 palavras em Inglês dá pra trabalhar, ganhar dinheiro e se divertir em qualquer canto do mundo.
É isso aí, fala que eu te escuto, mas Coexpat que é Coexpat fala pelos cotovelos. 1500 palavrinhas dão mesmo pro gasto?
Travou no aprendizado do novo idioma? Precisa de ajuda seguir adiante? O coaching pode te ajudar! Vamos conversar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Expatriação: o motivo legalzinho pra chutar todos os baldes!

De todas as possibilidades que envolvem a vida de uma coexpatriada - quem vai pra lá da fronteira por alguém - penso que a mais interessante seja a possibilidade de tirar um período sabático sem ter que dar grandes explicações pra gente mesma e para os outros.
A resposta para todos os questionamentos é sempre "é que ele foi transferido." Simples assim! Pode ser também: "ela foi transferida." É menos comum, mas acontece.
O interessante é notar a expressão de quem iria te escrachar por largar casa, emprego, família, vizinho: "ah, tá...", em uma espécie de tá explicado temperado com uma minhoquinha: por que ela e não eu?
Pra ilustrar:
- O queeee? Vai pedir demissãaaaao, vai deixar a posição que custou zilhões de horas extras, fins de semana, férias adiadas, cabelos brancos e rugas?
- É que ele foi transferido.
- Ah, tá...
- O queeee? Vai alugar o apartamento que você acabou de reformar?
- É que ele foi transferido.
- Ah, tá...
- O queeee? Vai tirar as crianças da escola? Você ficou décadas na fila!
- É que ele foi transferido.
- A tá...
- O queee? Vai vender aquele sofa retrô ma-ra-vi-lhoooooo-so?
- É que ele foi transferido.
- Quanto é?
O fato é que ter a chance de fazer uma pausa pode ser uma grande viagem. A questão é saber onde isso vai dar.
Para mim o que vale mesmo é que o caminho seja cheio de descobertas. Pode ter um atraso ou outro, pneu furado, mapa de ponta cabeça...Mas o importante é que a gente permita a circulação, seja de ideias, energia, emoções.
Um toque: nesse caso a viagem costuma ser só de ida. Nunca mais seremos as mesmas!
Bom trajeto!
Precisa de mais apoio para lidar com sua nova vida longe do ninho? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br

Mais informações: www.leveorganizacao.com
Carmem Galbes

Navegar é preciso, o navegante não...

Não é de hoje que mandar gente pra longe pode ser um negócio bem interessante. Que o diga a Espanha ao bancar Colombo.
Pelo jeito também não é de hoje que a volta pra casa pode ser bem dolorida. Dizem que Cabral não experimentou o prestígio pela sua rica "descoberta", rompeu antes com a monarquia portuguesa. Ok, é só pra ilustrar, não vamos entrar no mérito.
Parece que o famoso "bom para ambas as partes" ainda é - na maioria dos casos - apenas uma frase de efeito nesse universo "expatriático". Tanto que os ditos craques no tema vem alertando para a importância de se equilibrar o lucro para a empresa e para o profissional nos processos de exportação de talentos.
Em um boletim, a Mercer trata do tema tomando como exemplo a internacionalização das empresas portuguesas. Para a consultoria, driblar a crise europeia fincando bandeira em outros mercados só trará bons resultados se o processo for bem planejado. Nada de linha de montagem, cada expatriação deve ser um caso em particular . " Para além das questões habituais no início da definição de um processo desta natureza - com quem nos vamos alinhar, quais os indicadores que vamos utilizar na definição dos pacotes de compensação dos expatriados, como vamos abordar o retorno dos colaboradores expatriados e maximizar as competências adquiridas - existe uma série de dimensões que as empresas começam a tentar explorar de forma a otimizar o retorno do investimento efetuado nestes processos de mobilidade que garantem a diferenciação entre as organizações que olham as dinâmicas de mobilidade de uma forma standard e as que cada vez mais procuram com uma abordagem sistemática maximizar o retorno para a organização, em termos de resultados e de recursos humanos", salienta a consultoria.
Viu só?
Agora se você não é o profissional transferido, mas é quem acompanha esse profissional, saiba que ainda há muita mais coisas a serem feitas para a valorização do seu papel: fundamental para o sucesso de uma expatriação.
Não está se sentindo assim tão poderosa nesse processo? fale comigo que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Leve Entrevista: filhos bilíngues.

A família recebe o convite para expatriação: tira vistos, organiza documentos, doa móveis, compra roupa, vende o carro, cancela serviços, desocupa a casa e vai todo mundo para um intensivão para tentar captar algo do idioma local até a chegada ao novo endereço.
Com gente grande é assim. Mas quando tem expatriadinho na mudança? E quando o pequeno "aparece" no meio da missão? Que língua usar? É melhor deixar pra lá o português? Com um idioma em casa e outro fora, a criança pode ficar confusa, perdida, gaga, começar a falar mais tarde, ter dificuldade para aprender a ler e escrever? São tantas dúvidas e caraminholas. O fato é que transformar pensamento, emoção, sentimento em palavras e frases coerentes não é tarefa fácil nem no idioma em que se nasceu ouvindo, por isso tanta aflição em torno da educação dos pequenos que estão longe do nosso burburinho. Colin Baker - considerado um dos maiores especialistas em bilinguismo infantil - diz que há muito mais benefícios que desvantagens em se aprender mais de um idioma ainda na infância. Ele acrescenta que o bilinguismo no começo da vida acaba levando a culpa por problemas que não causou. Nessa linha, a pesquisadora Ivana Brasileiro salienta que o sistema de percepção de sons é mais aguçado na primeira infância, daí a maior possibilidade dos pequenos atingirem a vida adulta com um alto nível de proficiência em uma língua estrangeira. Na tese de doutorado - concluída em 2009 no Instituto de Linguística da universidade de Utrecht, Holanda - Ivana investigou como as crianças fazem para aprender dois idiomas ao mesmo tempo. Dos seus estudos, nasceu um trabalho para ajudar as famílias que vivem pra lá e pra cá. "Tão interessante quanto a pesquisa em si foi o contato que tive com essas crianças e com seus pais. Um "eye-opener" e fonte de inspiração. Tanto que um ano após encerrar a pesquisa comecei a organizar workshops - juntamente com duas colegas - para pais interessados em educar seus filhos bilíngues."

Leve - Quando apresentar ao bebê - filho de brasileiros - o idioma local? 
Ivana Brasileiro - Tanto para o aprendizado do idioma local quando para o aprendizado da língua materna o ideal é que se inicie o quanto antes. Se possível até mesmo antes do nascimento, já que várias características linguísticas - como por exemplo o ritmo, que varia entre idiomas - alcançam o bebê ainda no útero. Isso não quer dizer que a criança não seja capaz de aprender um idioma mais tarde, para várias crianças - e mesmo adultos - isso acontece muito naturalmente.

Leve - Em família, o Português. Fora de casa, o idioma local. Como lidar com o bilinguismo entre as crianças que ainda estão aprendendo a falar? 
Ivana - Da forma mais natural possível. Se levarmos em consideração que no mundo existem mais crianças bilíngues do que monolíngues, podemos concluir que monolinguismo é exceção e bilinguismo a regra. Para uma criança aprender uma língua - local ou materna - a única coisa que ela precisa é exposição nessa língua. Muita exposição: em diferentes contextos, com diferentes pessoas, sobre assuntos diferentes etc. Essa exposição também deve ser ativa, com interação.
Televisão e internet são ótimos meios como suporte para aumentar o vocabulário da criança ou mesmo o interesse dela nessa língua, mas não são substitutos para a interação. Nenhuma criança vai aprender uma língua simplesmente assistindo televisão.
Existem vários mitos sobre o bilinguismo e isso - às vezes - assusta os pais. Um dos mitos mais conhecidos é de que crianças bilíngues começam a falar mais tarde. Pesquisas recentes, entretanto, revelam que crianças bilíngues alcançam todos os marcos linguísticos na mesma idade que crianças monolíngues.
Nos anos 60, até achava-se que crianças bilíngues eram menos inteligentes que crianças monolíngues.
Para os pais é necessário que eles estejam firmemente convictos de que bilinguismo não afetará o seu filho de maneira negativa. Talvez até pelo contrário: um dos efeitos mais espetaculares do bilinguismo é a proteção contra a demência. Uma pesquisa feita no Canadá revela que idosos que foram criados bilíngues desenvolvem demência em média mais tarde e de forma mais leve do que idosos que foram criados monolíngues. Outro problema com o qual pais de crianças bilíngues são confrontados é com a recusa por parte da criança de falar o idioma materno, principalmente quando a criança começa a ir para escola ou quando atinge a adolescência. O meu conselho seria para continuar falando sua língua materna sem dar importância excessiva à recusa. É também importante que a criança tenha contato com outras crianças, família, outros adultos que falem a língua dos pais.

Leve-  Como introduzir o idioma local entre as crianças que ainda estão em processo de alfabetização da língua materna? Ivana - O ideal é que a criança entre em contato com a língua primeiramente em um ambiente informal, com amigos, família etc. Essa é também a forma mais eficiente de se ensinar um idioma para uma criança. Diferente dos adultos, que aprendem uma língua com mais facilidade na escola do que na rua.
Além disso, especialistas recomendam que uma criança seja primeiramente alfabetizada na língua na qual ela é mais fluente e só posteriormente na(s) outra(s) língua(s). Muitas das habilidades e estratégias que a criança desenvolve para aprender a ler e escrever em uma língua serão transferidas para o aprendizado na outra língua, o que significa que o processo de alfabetização não recomeçará do zero. Isso dito, gostaria de acrescentar que a alfabetização bilíngue não é prejudicial para a criança.

Leve - Quais o prós e contras de uma alfabetização bilíngue? Ivana - Com relação somente à alfabetização bilíngue, o benefício mais observado é o da questão econômica: no nosso mundo globalizado saber ler e escrever em vários idiomas aumenta suas chances de trabalho. Não podemos esquecer também a questão cultural: saber ler e escrever em várias línguas significa acesso à uma literatura muito mais vasta. Mas na minha opinião, a maior vantagem da alfabetização bilíngue é o suporte ao bilinguismo de um modo geral. Ou seja, crianças que aprendem a ler e escrever na língua dos pais - no caso dessa língua não ser a língua local - tendem a falar melhor essa língua e, quando adultos, continuarem a falar. Os contras ficam mais na parte prática. Tanto para os pais quanto para as crianças a alfabetização em uma língua que não seja a língua usada na escola da criança custa tempo, e - às vezes - dinheiro. Para a criança, por exemplo, pode ser frustrante ter que ir à escolinha no sábado enquanto todos os seus amiguinhos estão brincando. É necessário tomar cuidado para a que a criança não desenvolva uma atitude negativa com relação a esse idioma.
Carmem Galbes  

Expatriação: família é tudo!

Podem falar o que quiser sobre família: que ela está mudando, acabando, falindo...
Mas é fato: família unida - ciente dos desafios e das oportunidades, que embarca junto na viagem - é a base de uma expatriação de sucesso.
Muita gente só descobre isso em meio à dor.
Sorte quando dá tempo de encontrar forças dentro de casa ainda durante a transferência, aí, geralmente, a família fica mais unida e forte. Triste quando as pessoas reconhecem que o relacionamento poderia ter sido diferente quando já estão de volta, com todo mundo frustado - ou pior - um longe do outro.
O ponto é: os profissionais de recursos humanos estão - finalmente - atentos ao peso do bem estar de todos: papai, mamãe, crianças, cachorro, peixinhos expatriados...
Pelo menos, foi isso o que eles mostraram no sexto forum da Associação Brasileira de Recursos Humanos, que tratou da relevância do RH no processo de expatriação.
Segundo a Associação Brasileira de RH, dos convites negados de expatriação, 8 em cada 10 são recusados pelo receio que a família tem de deixar o aconchego do lar e se aventurar em uma nova cultura.
Uma das palestrantes, Andréa Fuks, sócia da Global Line - empresa que atua há quase duas décadas com expatriação - resume a queixa de muitos expatriados.“A maioria das políticas de expatriação prevê apoio às questões técnicas e de problemas do dia a dia em relação à moradia e às questões legais, mas o que mais preocupa são as questões emocionais e aquelas que requerem um entendimento da cultura local.”
Além do papel da família, durante o encontro, foram debatidos temas que a gente, vira e mexe, trata por aqui, caso da repatriação e das transferências dentro do Brasil.
Quanto à viagem de volta, Andréa Fuks admite que a repatriação não recebe a atenção que merece.“É comum as empresas que apoiam seus expatriados se esquecerem de que há problemas após o seu retorno.”
Resultado: ou a empresa perde o profissional ou o profissional acaba perdendo o emprego.
Segundo Daniela Lima, também sócia da Global Line, “muitas vezes, a pessoa se super qualificou lá fora, aqui no Brasil a demanda não evoluiu na mesma velocidade e, no seu retorno, este funcionário não se encaixa mais no perfil da vaga disponível a ele.”
E quando a mudança não exige visto nem passaporte?
Para o gerente de mobilidade internacional da Petrobras, César Edney, a empresa deve ter, sim, mais cuidado com essa "expatriação interna". “Devemos considerar as mudanças de pessoas entre estados aqui no Brasil, pois há bastante dificuldade de adaptação para muitos.”
Então, conluindo:
- Família é tudo;
- O retorno é tão importante quanto a partida;
- Mudança é mudança, não importa pra onde, tudo muda!
Ah, outra coisa que fizeram questão de frisar durante o encontro: expatriado tem que ter alma livre, leve e solta, porque “uma carreira internacional nem sempre é glamurosa”, diz Andréa Fuks, da Global Line.
Mas isso a gente já sabia, né!

Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br

Não desperdice nenhuma chance de viver a vida que você quer!
Carmem Galbes

Coragem!!

Quatro pontos sobre expatriação:

  • Morar em outro país não é o mesmo que viajar para o exterior.
  • Aprender outra língua não é o mesmo que saber se expressar em outro idioma.
  • Entender outra cultura não é o mesmo que aceitá-la. Pior, envolver-se nessa cultura não é o mesmo que ser aceito nela.
  • Ser transferido não significa necessariamente ser promovido.
Pronto! Is com pingos!
Uma crença sobre a vida:
Ela é curta demais para ser pequena. Então: se joga!!
O que você faria se não tivesse medo? 
Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
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Carmem Galbes

Depois da repatriação, a bagagem!

Olá, Coexpat!
Minha repatriação está fazendo aniversário. Um ano de "reBrasil"!
Balanço: impossível!
É que não dá para comparar coisas diferentes.
Explico: partimos com mente e coração de um jeito e voltamos com tudo revirado.
E no caso da minha família tem um "plus a mais", e bota a mais nisso - se é que você me entende...
É que deixamos o país "a dois" e voltamos "a três"!
Então, já viu, nem que tivesse congelado meus pensamentos e sentimentos, a vida voltaria a ser como era antes de cruzar a fronteira.
Mas de concreto mesmo sobre a ida e a volta: a bagagem acumulada! Desculpe o "clichê metafórico", mas não acho outro recurso que mostre tão claramente o resultado das últimas mudanças de endereço.
E se você está se preparando para voltar, aproveite - mas aproveite mesmo - cada segundo!
Visite lugares, visite os amigos "nativos", exagere nas suas receitas prediletas, vá às compras!
Só pense em alguns pontos antes de mandar embrulhar:
- A mudança pode demorar meses para chegar, então certifique-se de que não vai ter pressa para usar as novidades. Geladeira, fogão, cama fazem falta.
- Avalie se as aquisições vão caber na sua casa. Se você ainda não sabe onde vai morar no Brasil, comprar uma mega máquina de lavar pode se transformar em um big problema.
- Faça as contas! Às vezes, coisas como Real mais valorizado, taxa de excesso de bagagem e imposto encarecem o produto a ponto de o negócio não valer à pena.
No mais, como já disse, aproveite cada segundo! Porque expatriação um dia acaba, e fica a bagagem!

Está de volta ao Brasil e acha que não "cabe" mais aqui? Está tudo revirado? Você já não sabe mais responder de onde é, para onde vai, o que quer? Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Quando nem o google resolve...

Olá, Coexpat!
Eu sei, eu sei, tô atrasada! Essa conversa deveria ter começado na sexta passada...
Você pensa: "prove da sua própria rigidez, nada de desculpas!"
Tudo bem, odeio atrasos, inclusive os meus, mas o fato é que ainda me sinto perdida, tenho passado os dias - também - empenhada em me localizar.
Você: "mas a repatriação aconteceu há um ano!"
Tá, desembarquei no Brasil, mas não voltei pra casa. Aliás, pensando bem, desde 2001 que não tenho lá endereço muito fixo...
Depois que saí de Campinas, onde cresci, estudei, casei...ainda não tive tempo de ficar em um lugar o suficiente pra me sentir em casa.
E sentir-se em casa pra mim é ter pontos de referência: os bairros bons, a padaria boa, o mercado mais barato, o restaurante mais gostoso, a rua mais complicada...saber do dia de feira, da cafeteria que abre até mais tarde, da linha de ônibus que corta caminho, do comércio especializado, do médico de confiança, do dentista...
Você: "e daí?"
E daí que meu filhote tá crescendo! Entrou na fase dos sólidos - ô termo feio...
Traduzindo, começou a papar mais que leite materno! Aí, mamãe quer tudo fresquinho...Onde estão as melhores frutas? Qual é o melhor açougue?
Ai gente, em Campinas, se eu não sei, minha mãe sabe!
Entendeu o drama? Tô no Rio, falamos todos português, mas ainda não domino o território, não conheço os "exquemas" da fruta fresquinha, do pão quentinho...
E tem mais...
Peço pra fazer a barra da calça, a costureira não entende, porque no Rio é bainha.
Peço para tirar a borda da fatia do peito de peru, a balconista me olha com cara de ué, porque aqui é casca.
Eu soletro meu sobrenome: gê-a-ele-bê-Ê-esse. A atendente: gê-a-ele-bê-É-esse, porque carioca não fala com circunflexo, é "éxtra" e não "êxtra"...
Fico perdida com referências do tipo: "vai no açougue do Zé, em frente à farmácia do Tito, esquina com a dona Dalva, a da bala de côco...ainda preciso de rua, número e, se bobear, até do cep...
O duro é que não sou mais expatriada, condição que ajuda a ver toda dificuldade com mais calma...
Sou o que então?
"Extaditada!"
Isso mesmo, uma espécie de expatriada, só que em vez de outro país, o endereço novo está em outro estado...
Você pode interromper: "não, minha filha, não inventa moda, você é migrante, como milhões de brasileiros."
Sou, também!
Mas usando esse neologismo, quem sabe as pessoas - físicas e jurídicas - não passem a considerar que a mobilidade dentro de um país "megamulticultural" não é algo tão simples quanto parece...
Assim, quem sabe, as empresas criem departamentos de "extadição", organizem encontros com as "extaditadas", e passem a participar da adaptação das famílias que não cruzam fronteiras, mas deixam pra trás muita história.
Claro que falar a mesma língua ajuda. Claro que temos desenvoltura para captar logo as diferenças e semelhanças. Claro que a gente resolve tudo, porque a gente tem a expatriação no currículo da vida e isso favorece!
Mas se a mudança - pra onde quer que seja - pode ficar mais fácil, mais simples, mais tranquila, por que não investir no processo de "extadição"?
Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
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Carmem Galbes

Desastre cá e lá.

Olá Coexpat!
Segunda-feira. Depois de 10 minutos voando em circulo, porque o mau tempo havia fechado o aeroporto, desembarcamos no Santos Dumond.
Sucesso total na primeira viagem aérea do nosso filhote!
Eram 5 e meia da tarde. A chuva - ainda fina - motivou a conversa com o taxista.
Meu marido: "E aí, muita chuva nesse fim de semana?"
O taxista: "Pra mim, choveu pouco!"
A frase, proferida palavra por palavra, sem rodeios, soou como uma praga daquele taxista sombrio. PARA-MIM-CHOVEU-POUCO. POUCO. POUCO. POUCO...Com o maldito eco na cabela, fiquei pensando se aquele ser sabia de algo ou se era só mau humor mesmo.
Tanto faz...O fato é que assim que botamos o pé em casa, o mundo começou a cair no Rio.
Esse é o segundo desastre natural que eu e minha família enfrentamos em menos de dois anos. Um no chamado primeiro mundo e outro aqui, que dizem ser um país em desenvolvimento.
Em Houston encaramos um furacão, que arrastou bens e vidas. Aqui no Rio, a chuva congestionou, afogou, soterrou casas, enterrou pessoas vivas.
Como tem muita gente usando a tragédia para angariar audiência e voto, decidi rebobinar a cachola e comparar.
E comparando, não tem como não dizer que desastre é desastre em qualquer lugar do planeta, e que, no fundo no fundo, cobranças, jogo de empurra de responsabilidades, confusão e amadorismo ao lidar com o risco são comuns, independente da bandeira.

- O estrago: passado o primeiro susto, o que mais se ouve é que a coisa poderia ter sido menos grave. Isso é dito em qualquer ambiente que tenha governo e oposição, não importa o pib.
Em todo lugar o estrago sempre poderia ter sido menor se houvesse mais humanidade, menos ambição entre quem lida com a verba pública, isso em todo canto do planeta!

- O prejuízo: pobre é pobre. O que significa dizer que essa gente é mal tratada e ponto, que quando perde as coisas em tragédias assim, perde tudo. Se tem pobre, tem área de risco, não importa em que hemisfério. Se tem pobre, tem resistência em deixar a casa em risco. Saqueador não tem endereço fixo! Se tem pobre, geralmente, tem muitas mortes, muita história triste, muitas lágrimas, muito nó na garganta, muito desespero. Tem absurdo. Tem favela em cima de lixão. É lixo embaixo e em cima de gente. Gente que vira resíduo...

- A segurança: em dias assim tem muito bandido pra pouca polícia. Em Houston o prefeito decretou toque de recolher à noite. Aqui traficante é que tem essa autoridade. Se bem que muita gente acatou o apelo do prefeito do Rio para não sair de casa. O povo atendeu morrendo de medo de perder o emprego, mas atendeu...Azar de quem ficou preso no trânsito, isca fácil até para pivetes sem experiência.

- A prevenção: estão descendo a boca na previsão meteorológica feita no Brasil. Adianta falar que vai ter uma mega chuva se ninguém acredita no pior? Aliás, essa é a principal diferença que percebo entre as catástrofes: como elas são comunicadas.
Nenhum órgão público do Rio disponibilizou algum tipo de informação pré ou pós enchente em site, blog, twitter...
Nenhum canal de tv disse que a coisa ia ficar feia, mas todas as emissoras correram para mostrar a feiura...
Essa é a diferença. Em Hounston, o furacão estava previsto para chegar à noite. À tarde, as tvs, rádios, sites já estavam com programação exclusiva para informar e, assim, orientar e tentar previnir maiores danos. Mas a gente tem certeza que Deus é compatriota e que essa terra é boa demais porque não tem nevasca, terremoto...bla blá blá...
Mas a informação de alguma forma chega...a conta do twitter criada para dedurar blitz da lei seca, por exemplo, divulgava pontos alagados e congestionados. É aquela história de a marginalidade fazer o papel do estado.

- A solidariedade: em dias assim aparece sempre, independente do idioma. Acho que até ET entende o tal do SOS.
E se você puder doar, segue link com os postos de arrecadação: projeto enchentes.
Enfim, desastre natural é uma tristeza, nem mais, nem menos que aqui ou lá longe.
Carmem Galbes

O Brasil que encontrei.

Olá, Coexpat!Não tem jeito, quando você passa um tempo fora nunca mais volta para o Brasil que deixou.
O Brasil que encontrei:
Mercado de trabalho: tem mais vaga que profissional qualificado, mais patroa que diarista e cada vez mais pessoa jurídica que física.
Mercado financeiro: tem mais dólares, mais opções de investimentos, maior número de pequenos investidores.
Mercado de imóveis: tem mais comprador que apartamento e mais inquilino que casa.
Mercado da beleza: tem mais cliente que horário no salão, mais botox e morte durante lipo que cara lavada.
Mercado da educação: tem mais criança que creche de qualidade, mais universidade que gente com vocação.
Mercado informal: tem cada vez mais cara de formal...
Encontrei apagão e IPI zero.
Admito que o Brasil que encontrei parece ter mais a ver com o tal do país do futuro. Mas ainda falta tanta coisa...
Tem inflação controlada, mas ainda não tem empresário com coragem para investir de verdade.
Tem mais crédito para o consumo, mas ainda falta muita renda.
Tem vacina contra gripe do porquinho, mas ainda tem gente morrendo na fila do hospital.
Lógico que esse Brasil que encontrei existe faz um tempinho, mas às vezes é preciso "sair do corpo", ir pra longe, para perceber algumas coisas.
O fato é que gosto de viver aqui. Gosto do clima. Gosto do visual, da beleza. Gosto da língua. Gosto do jeito informal.
Mas, como já disseram, quem ama educa...
Como já sugeriram: importa muito mais que filhos vamos deixar para o país do que que país vamos deixar para eles.
Carmem Galbes

Entre GPS e taxa de juros.

Olá, Coexpat!
Outro dia conversamos sobre como pode ser prudente deixar bem claro onde estamos e para onde vamos quando fixamos residência pra lá da fronteira - por mais que muitas vezes nem a gente saiba. O fato é que a matrícula consular funciona como uma espécie de GPS.
Ok, na cidade onde você mora não tem consulado. No problem, o consulado vai até Maomé. São os consulados itinerantes. Aqui você fica sabendo se e quando estarão na sua cidade ou, pelo menos, próximo dela.
Por falar em mobilidade, o portal consular tem uma guia para quem está voltando para o Brasil. O Guia do Brasileiro Regressado traz informações - por exemplo - sobre bagagem, validação de diplomas conquistados no exterior, como resolver pendências com a justiça eleitoral e assim por diante. Vale uma olhada, porque - na volta - são tantas providências emperrando o dia dia, que acabamos esquecendo completamente de alguns detalhes importantes.
É...acho que estou bem econômica hoje. Será culpa do Copom que quer esfriar e tal do ânimo consumista?
Carmem Galbes

Leve Entrevista: expatriação e negociação.

Olá, Coexpat!
Negociação. Ô conceito difícil de aplicar, isso em qualquer setor da nossa vida. E negociar pode ser ainda mais complicado quando acontece em meio ao tão desejado e - às vezes - tão batalhado convite para expatriação.
O que pedir? O que recusar? Quando retroceder?
O expert em negociação, Márcio Miranda, aterrissa aqui no blog da Leve e dá uma ajudinha nessa escala tão importante dessa viagem que é a mudança para outro país.
O especialista fala da importância do controle das emoções, do risco do "fio do bigode" e da necessidade de esclarecer tudo antes do embarque.
Aproveite!

Leve - O convite para uma expatriação, geralmente, está aliado à ideia de promoção, mesmo assim a transferência requer muita negociação. Como deve ser essa negociação, em que - aparentemente - a empresa está em uma situação superior?
MM - Nem sempre a empresa tem mais poder no caso de um convite para expatriar o funcionário. Possivelmente a escolha de quem vai ser transferido é criteriosa e a empresa tem mais a perder do que o funcionário. Cada ponto deve ser negociado cuidadosamente e sem se perder o controle da emoção. Mesmo que a expatriação pareça bem atraente para o funcionário, ele deve administrar a ansiedade e pedir alto. Não é o momento de mostrar fragilidade.

Leve - O entusiasmo pode embaçar pontos que devem ser devidamente acordados. Quais tópicos não podem faltar quando se negocia a ida para o exterior?
MM - Tudo deve ser negociado antes da partida. Depois do fato consumado, o poder muda de lado e fica totalmente a favor da empresa. Acordos verbais são esquecidos, a direção da empresa pode mudar e fica tudo mais difícil. O funcionário tem mais poder antes de dizer o “sim” e se mudar.

Leve - Quando retroceder? Deixar para negociar alguns pontos - como aumento de subsídios para moradia e estudos - quando já se está no exterior pode ser uma boa estratégia?
MM - O mundo moderno requer um processo de negociação contínuo porque a situação muda de uma hora para outra. Usar o bom senso para não passar a imagem de uma pessoa só preocupada com o próprio salário e não com a situação da empresa.

Leve - Crises econômicas, mudanças de foco na empresa, alteração de chefia. Como fazer valer a negociação em um mundo tão volátil, já que muitos acordos funcionário-empresa são verbais?
MM - Tudo o que é negociado de forma verbal é não-profissional. Não existe a postura de “fio de bigode” porque o negociador do outro lado pode mudar e o novo chefe, sem todos os detalhes do acordo, pode duvidar de tudo o que não foi registrado.

Leve - Estar longe das decisões, de casa - às vezes, da família, em outra cultura. Muitos profissionais buscam se preparar para viver a situação crítica, mas não para revertê-la. Em termos de técnicas negociação, o que o expatriado deve levar na mala?
MM - O mais importante é ter bastante jogo de cintura e capacidade de adaptação - cultura, clima, comida, costumes, etc. Se houver uma sensação contínua de perda, muitas saudades do Brasil, etc. provavelmente esta pessoa não tem o perfil adequado para trabalhar no exterior. Adaptabilidade é a palavra chave para o sucesso.

Leve - Poderia dar dicas de leitura-pesquisa sobre o tema?
MM - Livros de autores como Roger Dawson, Chester Karrass e o Negociando Para Ganhar, de minha autoria.

Leve - O blog da Leve aproveita a presença de Márcio Miranda para ajudar nessa dúvida de um expatriado. A identidade dele foi preservada.
“Eu trabalhava em uma multinacional no Brasil e surgiu uma oportunidade de trabalho em uma das filiais no México. Aceitei a proposta para trabalhar aqui no México por um período de 2 anos. Devido à crise internacional a empresa está me mandando de volta para o Brasil com apenas um ano de contrato cumprido. A empresa no Brasil disse que não tem vaga para mim no momento lá. O que devo fazer?”
MM - No caso da pessoa que está no México existe a possibilidade de se procurar uma nova transferência para outro país, ficar no México em outra empresa ou voltar ao Brasil e claro, receber o que foi combinado. Novamente, se o acordo foi meramente verbal é quase impossível negociar a partir de uma posição de força. Se estiver tudo bem registrado, o melhor é nem negociar e partir para receber o que a empresa lhe deve.


Carmem Galbes

Porque a esposa expatriada deve cuidar da sua rede de contatos com todo o carinho.

Olá, Coexpat!Networking. Confesso que já tive dificuldade para entender o sentido do termo.
Não é de hoje que a gente sabe que o velho e bom contato abre portas. Mas me lembro que ele ia se estabelecendo com o tempo, conforme a gente ia conhecendo as pessoas, mudando de emprego, conforme os colegas partiam para outras empresas, à medida que se mostrava trabalho! Assim a gente imprimia a nossa marca: ao longo dos anos, da carreira, aos poucos.
Mas, às vezes, sinto que a coisa ficou mais agressiva, mais apressada. Dá uma sensação de que sou a mais lerda do planeta. Já cheguei a questionar se a minha rede é tão extensa quanto eu imagino que deveria ser.
É que parece que todo mundo aproveita qualquer brecha para falar do próprio umbigo. E quando me dou conta, a minha brecha passou...
Quero saber: quem anda escutando? Mas isso não é importante!
Importante, dizem por aí, é alimentar a tal da rede de relacionamentos. Fundamental é ligar, mandar e-mail, whats, mensagem no Linkedin, sinal de fumaça, cartão de aniversário e o que mais a sua criatividade permitir.
Sei não...nesse mundo em que o relógio gira cada vez mais rápido, em que as caixas de e-mail estão sempre lotadas, como conversar com um colega sem ter um bom motivo?
Nessa correria toda, penso que acessar alguém para falar de mim deixa, no mínimo, esse alguém extremamente irritado.
Mas os gurus dizem que não é bem assim, que há o jeito certo de fazer networking.
No site administradores.com.br, o diretor Executivo da Novos Planos Serviços de Internet, João Carlos, ensina que “fazer contatos é mera questão de ser amigável, de ter capacidade de se entrosar e de estar disposto a dar algo de valor primeiro. Quando combinar esses três atributos, você terá descoberto o segredo que há por trás dos poderosos contatos que levam a valiosos relacionamentos. As pessoas ainda confundem Networking com pedir ou tentar arrumar emprego. E depois que arrumam emprego, somem do mapa... Esse é um erro fatal! É preciso que se entenda que Networking é mesmo uma via de mão dupla: um dia você aciona, num outro é acionado.”
Os especialistas em recrutamento acrescentam que essa atitude deve ser ainda mais presente no dia a dia do brasileiro que está no exterior. É que as pessoas andam com a memória curta...E você ainda some?!
A edição de dezembro de 2009 da revista Você SA traz uma matéria com histórias de profissionais que não deixaram bons contatos aqui e sofreram na hora de voltar, apesar do currículo pra lá de invejável.
Isso porque não basta ter diploma, experiência e conhecimento, é preciso participar! Do que? Ah...sei lá, pergunta para a rede...
Segundo a reportagem de Bruno Vieira Feijó, “a distância afeta as profissões de maneira diferente. Na área jurídica, o impacto é alto, já que cada país tem as suas leis. Marketing e vendas demandam conhecer clientes e consumidores. A área de finanças fica no meio do caminho. Engenharia é mais universal, todos falam a mesma língua.”
O fato é que não é porque você está longe que vai fazer pouco caso do que acontece no seu país, na sua profissão...
Mas, por mais que a intenção seja manter contato, quem não tem receio de passar a imagem de pedinte? Bom a dica para não passar essa imagem já foi dada. 
Você pode estar pensando: larguei tudo para investir na carreira do meu marido em outro lugar. Ok, mas e se, e quando vocês voltarem ao Brasil? E se você tivesse a oportunidade de aliar o seu talento, os seus conhecimentos com a sua rede e as oportunidades que você identifica aí onde você está vivendo? É de se pensar, não?
Carmem Galbes

Destino: Brasil.

Olá, Coexpat!
Sinto que em breve este espaço terá de mudar de nome. Expatriadas não servirá mais. Pelas notícias, Repatriadas será mais conveniente.
Isso mesmo, dizem que o Brasil está com tudo: bonito, rico e simpático! Pode?
Reportagem de hoje do Estadão argumenta que “na contramão das resistências legais e políticas aos imigrantes na Europa e Estados Unidos, o Brasil se tornou um atraente destino de estrangeiros, graças à boa fase da economia e a um amplo programa de anistia aos irregulares.”
Na edição desta segunda do Valor Econômico, a repórter Stela Campos conta que o Brasil anda mesmo bem falado por aí, principalmente nos States e pelas bandas do velho mundo.
A ONU já calculou que a migração para o Brasil vai começar a crescer a partir de 2010, uma mudança de rumo, já que nos últimos 50 anos esse movimento só caiu.
No texto do Valor - disponível só para assinantes do jornal - Steve Ingham, CEO da Michael Page, uma das maiores empresas de recrutamento de executivos, avalia que a entrada de estrangeiros no Brasil só não será maior por causa da língua e da dificuldade de adaptação da família do expatriado.
Mas independente do endereço da “firma”, Ingham é da turma que acredita que cruzar fronteiras pode dar um gás e tanto na carreira. É aquele negócio de estar na hora certa, no lugar certo. "Um engenheiro da área de petróleo certamente pode mudar da Austrália para o Rio pois ele vai querer estar onde o petróleo está", diz.
É...às vezes as coisas parecem simples assim...
Imagem: SXC

Repatriando...

Olá, Coexpat!Algumas ponderações sobre repatriação e minhas constatações nas mudanças que já fiz dentro do Brasil:
Que carioca não fica de bochecha para o ar ao cumprimentar a paulista acostumada a um beijo no rosto em vez de dois? 

E que paulista não fica sem graça com essa situação? 
Dizem que em alguns lugares do Paraná o oi é com três beijinhos.
E o vocabulário? Saber que bergamota é mixirica no Rio Grande do Sul e que macaxeira é mandioca no nordeste facilita a alimentação.
Agora pedir um pãozinho pode exigir um alto grau de envolvimento com a rica cultura brasileira.
Peça o francês em São Paulo, o cacetinho no Rio Grande do Sul e na Bahia. No Ceará esse pão é o carioquinha. Em Belo Horizonte é pão de sal, e por aí vai...
Mas isso se resolve com o tempo. O que vai ser difícil de empurrar goela abaixo é o tal do jeitinho...essa coisa de querer fazer a lei valer para um lado só.
Um exemplo bem bobo que escutei de enxerida um dia desses. O dono de um imóvel dizia que punha no contrato de aluguel multa de 20% por atraso no pagamento. Ele sabia que a lei permite até 10%. Mas se o contratante reclamava da taxa ele logo dispensava o possível inquilino, porque isso já era um bom sinal de que o sujeito iria atrasar o pagamento.
Incrível! A lei diz X mas faz-se Y para testar a conduta alheia!
Voltar a viver em um ambiente em que fazer valer a lei é sinal de calote e de trapaça assusta um pouco...
O jeito é seguir nesse processo de repatriação, tentando resgatar o que já é irresgatável: a tal da sensação de pertencimento a algum lugar, se é que isso - em sã consciência - seja realmente possível
...
Como já disse: até segunda ordem, a gente se fala amanhã.


Carmem Galbes
Imagem: SXC

Espacato.

Olá, Coexpat!
Foram quase 30 dias sem contato!
O afastamento tem nome: repatriação.
Claro que a volta para a casa é diferente da partida, mas nem por isso é menos nebulosa, para fugir do turbulenta.
Meus planos eram retomar nossas conversas diárias quando conseguisse o mínimo de organização: endereço residencial, telefone fixo...essas coisas que identificam o ser social.
Mas alguém já disse que uma vez idealizada a realidade já mudou de nome.
Volto com um pé cá e outro lá.
Ainda sigo em meio a malas, papelada e estranhamentos.
O tempo “no estrangeiro” não foi longo não - penso eu - só que o suficiente para marcar para sempre um X colossal em minha alma. Mas isso é assunto para depois.
O fato é que, como toda expatriada repatriada que se preze, por motivos técnicos - que envolvem todas as dificuldades que você possa imaginar - não tenho certeza da regularidade dos nossos próximos encontros.
Por isso o termo do momento é: até segunda ordem - seja da vida, do destino, de mim ou de alguém...
Então, até segunda ordem, a gente se fala amanhã.


Carmem Galbes

Espanha, crise e repatriação.

Olá, Coexpat!
A conversa hoje é rápida, se resume à uma dica.
A BBC Brasil fez um apanhado sobre a situação dos estrangeiros na Espanha, país com a maior taxa de desemprego na Europa.
O material, levantado pela repórter Babeth Bettencourt, traz - além de um histórico sobre a expatriação de brasileiros para a Espanha - informações sobre os direitos dos imigrantes por lá e sobre o pacote de incentivo para quem está pronto para voltar.
Veja a matéria aqui.


Carmem Galbes

Leve Entrevista. Serviço de Orientação Intercultural - USP.

Olá, Coexpat!

Temos conversado bastante nos últimos dias sobre a mobilidade internacional e como essa crise econômica tem feito muita gente voltar para “casa”.
A questão é que não importa se você está indo ou voltando, aventurar-se longe do ninho exige, além de todo o planejamento das questões práticas, cuidado com os próprios sentimentos durante o processo.
Mas você não precisa passar por essa sozinha.
A Universidade de São Paulo disponibiliza o Serviço de Orientação Intercultural, um atendimento desenhado para dar suporte a quem está de partida ou está com passagem de volta.
Uma das fundadoras e coordenadora do programa, a psicóloga Sylvia Dantas, dá mais detalhes sobre o atendimento. A pesquisadora buscou na própria experiência de expatriada as respostas para muitas dúvidas e dilemas que atravessam a vida de estrangeiro.
O serviço de Orientação Intercultural é gratuíto, mais informações aqui ou pelo telefone 11 3091-4360.
Aproveite a entrevista!


Leve - Como nasceu o Serviço? Houve uma demanda específica? Qual o objetivo do trabalho e quantas pessoas já foram atendidas pela equipe?
SD - Morei fora por de 12 anos, entre idas e vindas para os EUA. Na última vez fiquei 7 anos no exterior, período em que realizei minhas pesquisas de mestrado e doutorado sobre famílias brasileiras imigrantes nos EUA. A tese foi publicada em forma de livro nos EUA, “Changing gender roles: Brazilian immigrant families in the US”.
Quando voltei para o Brasil passei pelo processo do retorno e também realizei
pesquisa sobre isso, o resultado dos estudos faz parte do livro “Psicologia, E/Imigração e Cultura”.
O serviço nasceu assim, da minha percepção da necessidade de um acompanhamento psicológico desse processo de mudança de país a partir de minha experiência pessoal e de pesquisa.
Idealizei um projeto de pesquisa junto com Professor Geraldo Paiva no departamento de Psicologia Social da USP. Assim, ao mesmo tempo em que estudamos as implicações psicológicas do contato entre culturas, prestamos um serviço de auxílio ao expatriado e repatriado.

Leve - Qual o perfil do público atendido?
SD - A procura por atendimento no Serviço de Orientação Intercultural se dá por pessoas das mais diversas nacionalidades e ascendências, e de pessoas que se preparam para partir para outro país ou que estão voltando para o local de origem.
Até o momento assistimos imigrantes da Bolívia, Japão, Peru,
México, Espanha, EUA, Alemanha, Congo, Angola, Guiné-Bissau, que vinham dos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Israel, Portugal e Canadá.
Também já atendemos brasileiros descendentes de imigrantes do Japão, Coréia, China, Bolívia e pessoas que iriam emigrar para Austrália, Canadá, Alemanha, Cuba, Irlanda e França.
A faixa etária varia entre 21 e 58 anos, a maioria tem grau superior.
Cabe ressaltar que todos que nos procuraram relataram sentir-se aliviados ao perceberem que os questionamentos pelos quais estavam passando eram compreendidos e acolhidos pelos profissionais do Serviço de Orientação Intercultural.

Leve - Qual a metodologia do trabalho? Que tipo de orientação o expatriado ou repatriado recebe no Serviço?
SD - Trabalhamos com psicoterapia breve e orientação individual, grupal e familiar, e preparo de quem vai para fora. Realizamos também assessorias e parcerias no sentido de oferecer workshops de preparo intercultural a grupos de expatriados e famílias.

Leve - Sei que cada caso é uma caso, mas é possível falar em um padrão quando nos referimos aos impactos de uma experiência internacional?
SD - Sim. Todos sofrem um choque cultural quando entram em contato com uma nova cultura. Todos passam por um processo de estresse de aculturação que vai depender de uma série de fatores que podem influir para que esse estresse seja maior ou menor, como por exemplo, a similaridade ou não entre uma cultura e outra - quanto mais diferentes as culturas maior o estresse que isso ocasiona – a idade da pessoa na mudança, a fase de vida e assim por diante.

Leve - Costumo comparar a experiência de expatriação com a experiência de saída do corpo. Longe de “casa”, entramos em contato com novas sensações, novos valores estéticos, novas formas de pensar, de agir e de classificar o mundo. É tudo tão novo que, muitas vezes, é difícil dimensionar o quanto nossa vida pode mudar. Sendo assim, como preparar alguém para viver algo tão novo para os próprios padrões, algo complicado de elaborar, inclusive na prática?
SD - Sua pergunta é ótima. O preparo tem uma parte informativa e outra formativa. A partir do que sabemos do impacto que o contato ocasiona transmite-se isso à pessoa. Contudo, é necessário que esse trabalho seja também interativo e não apenas informativo a fim de que possa ser elaborado, refletido e assimilado.

Leve - O especialista Demetrios Papademetriou disse que há indícios de que a crise econômica está provocando um retorno para “casa”. O repatriado tende a classificar a volta como um processo mais tranquilo, como a sra. avalia essa tendência de minimizar os efeitos do reingresso na própria cultura?
SD - O retorno é uma nova migração. Em geral as pessoas tendem a crer que voltam para casa, para o conhecido, o familiar. Contudo, elas mudaram e quem ficou também não parou no tempo. Afinal, estamos falando de cultura o que é algo dinâmico.
O olhar daquele que foi para fora mudou em relação ao país de origem. As experiências por que passou não são compartilhadas por aqueles que ficaram, isso cria um certo hiato.
Há, portanto, um período de reajuste no retorno e a comparação com o que foi vivido e o que é encontrado é inevitável.
Por isso, falo que se trata também de um processo de ajuste, uma aculturação de retorno.

Leve - Faz alguma sugestão de leitura?
SD - Mencionei o livro Psicologia, E/Imigração e Cultura da Editora Casa do
Psicólogo, que publicamos em 2004.

Leve - Gostaria de acrescentar algo?
SD - Essa é uma área relativamente nova no Brasil, mas que tem sido percebida como fundamental com a crescente internacionalização das instituições, empresas e organizações.


Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...