Do convite à expatriação, o difícil processo de escolha.

Olá, X!
Embora o convite para uma expatriação dê - geralmente - uma bela massageada no ego, ele vem acompanhado de muita dúvida, muita coisa a ser considerada, além da proposta em si.
Como decidir?
Abra espaço para a informação. Vale se aprofundar no pacote de incentivos, pesquisar o destino, escarafunchar a cultura, conversar com quem já foi...
Eu sei, eu sei, tudo isso pode ser muito abstrato. Você pode ter uma tonelada de informações e mesmo assim continuar em dúvida.
Tudo bem que às vezes é possível tomar o caminho do meio. Mas outras vezes você não vai ter como escapar: direita ou esquerda? Para cima ou para baixo?
O fato é que, até se posicionar, você vai ter queimado a cachola, mais precisamente o córtex pré-frontal, a casa da razão, e amígdala, nosso depósito de lembranças emocionais.
Caso não saiba, tem gente pesquisando pra valer maneiras de se chegar a melhor escolha - se é que ela existe - são os especialistas em ciência da decisão. São eles os ouvidos na edição dessa semana da Revista Istoé. A reportagem assinada por João Loes e Suzane G. Frutuoso traça uma espécie de roteiro para quem está na trilha da escolha e estampa como algumas pessoas lidam com as opções.
De acordo com o texto, para acertar na escolha:
- Durma bem. Pesquisas mostram que o sono é o momento em que estamos livres de preconceitos que podem atrapalhar as decisões.
- Controle a impulsividade, que pode embaçar as chances de oportunidade ou potencializar os medos.
- Estabeleça prazos para decidir. A indecisão pode abrir espaço para que outras pessoas acabem escolhendo por você.
- Fique atenta à intuição, mas não se apegue à ela. É que, dizem os especialistas, a intuição é “uma percepção do hoje influenciada pela associação com situações que ocorreram no passado...e nem sempre as coisas acontecem da mesma maneira.”
- Busque conselhos, mas não se esqueça que você tem seu próprio jeito de lidar com as situações.
- Considere seus reais desejos.
- Não se acanhe em escrever as opções que tem. Liste os prós e contras de cada uma. Quanto mais pontos positivos, maior a chance daquela ser a melhor opção.
- Pense sobre as emoções que cada opção provoca.
Lógico que tudo isso dá trabalho. Às vezes parece até bobo. Mas partir, mesmo que por um prazo determinado, vai impactar a sua vida, e da sua família, para sempre. Então é digno e legítimo, pelo menos, tentar acertar.
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Já que a vela foi acesa, vamos rezar!

Olá, X!
Eu sempre amei chuva, trovoada, relâmpago, raio. Mas confesso que depois de Houston esse amor ganhou um friozinho na barriga. Culpa do Ike. Para mim, o furacão que atingiu a região do Golfo do México, em setembro de 2008, não teve cenas de casas e vaca voando pelos ares, apesar de ter havido - sim - muita destruição e, infelizmente, mortes. Ele veio em forma de falta de energia, que resultou em corte no fornecimento de água - porque as bombas pararam de funcionar. Resultou ainda em toque de recolher, por causa do aumento da criminalidade na escuridão. Resultou também em racionamento de combustível, que não tinha como ser produzido nas refinarias.
Tudo isso incomodou mesmo. Mas o que mais atormentou foi perceber a incapacidade do poder público em apontar os responsáveis pela normalização do sistema. A prefeitura dizia que a responsabilidade era do governo do Texas, o governador dizia que era das empresas de fornecimento, os empresários diziam que era de São Pedro, uma vizinha insistia que o culpado era o mordomo! E ouvíamos tudo isso do mp3 a pilha, trancados no banheiro - o lugar mais seguro da casa, diz o esquema de proteção contra furacões.
Então toda vez que chove vem a pergunta, quando será que a luz vai acabar?
Estava ao telefone, com a minha mãe, quando a noite bateu pra valer ontem. Como o telefone é ligado àquela caixinha da internet, ficamos sem linha. Desconfiei de algo estranho, quando - eu, do celular no Rio, descobri que meus pais, em São Paulo, também estavam no breu.
“10 anos depois, seria mais um apagão? Não pode ser”, pensei. “O calor deve estar atrapalhando meu raciocínio lógico”, pensei de novo.
E não é que foi mais um apagão. Parece coisa de filme. Os números do impacto de ontem foram bem parecidos com o de uma década atrás: 60 milhões de pessoas atingidas, em 10 estados, por cerca de quatro horas, a partir de 10 e pouco da noite.
Hoje, antes mesmo de terminar o café já tinha essa lista de culpados: chuva, vento, raio, sabotadores, hackers e...talvez...quem sabe...pode ser...sobrecarga em um sistema que não acompanhou o crescimento da economia.
Ai-ai-ai-ai-ai.
Então o país do olé-na-crise-mundial-sede-da-copa-do-mundo-casa-das-olimpíadas tem mais demanda que oferta?
Ah, não seja exagerada, isso sempre aconteceu por aqui. Sempre teve mais analfabeto que escola, doente que hospital, passageiro que ônibus, morador que casa. Por que não teria mais equipamento que energia?
Outra coisa, às vésperas de 2010, 5 milhões de brasileiros não sabem o que é estar envolvido pelos confortos da energia elétrica, isso pelos cálculos do governo. Sem contar o povo que só tem acesso à base dos gatos. Parece que no mundo, 1.6 bilhão de pessoas não desfrutam das maravilhas de uma tomada ou de um interruptor. Então, não reclame e aprenda com eles. Lampião a gás, forno a lenha, sal, banho rápido, frio, de canequinha...
Eu cínica? Cínico é quem fala que isso já é um reflexo do fim do mundo em 2012!
Mas vamos às dicas práticas. No Texas - região vulnerável aos furacões - existe a indústria de sobrevivência a eles. Pouco antes de maio chegar, quando começa a temporada de furacões - já é possível encontrar kits para enfrentar os reveses desse período. Ele é composto por lanterna, pilhas, uma reserva de água potável e de comida enlatada.
Aqui no Brasil faria uma pequena adaptação do kit: lanterna, pilhas - que sirvam na lanterna - claro, um radinho a pilha também ajuda. Se optar por velas, não se esqueça dos palitos de fósforo. Tenha também uma reserva de paciência e uma boa dose de bom humor, porque afinal, somos um dos povos mais alegres e felizes da galáxia!
Sei que o assunto fugiu um pouco da proposta deste espaço, mas é que o mundo falou disso hoje. E vai que alguém pergunte a você - que pode estar em qualquer lugar do planeta - o que aconteceu...
E se você souber a reposta, diz pra gente, tá?
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Mudar de casa! Como não pirar?

Olá, X!
Ir daqui pra lá, vir de lá pra cá, partir de lá pra longe... Esse vai-e-vem pode ser bem rico. Mas no meio do caminho tem um monte de pertences, de miudezas, de história, de caixas para arrumar.
Dizer que mudar de casa não é fácil é quase tão óbvio quanto apelar à doce e nada mole rapadura.
Mas que organizar uma mudança - ainda mais para outro país - pode ser um processo estressante, cansativo e até traumático - a, isso pode!
Acabo de passar por uma há alguns meses. Acho que foi a mais fácil das 5 que atravessei nos últimos 8 anos. Pelo menos a gente aprende um pouquinho, né...
Acho que a principal lição diz respeito ao desapego. Expatriação e apego definitivamente não combinam. Para expatriado, a memória é a única coisa que dá para guardar de verdade, sem viver a angústia da ameaça da perda.
No que diz respeito a objetos, ter poucos, o essencial - se é que isso é possível - ajuda muito quando chega a hora de empacotar. O interessante é isso que facilita não só o embrulhar, mas tirar as coisas das caixas também fica mais tranquilo. E assim a vida volta ao normal de forma mais rápida.
Acho que a minha vida já voltou ao normal, só ainda não sei definir ainda o que é normal, enfim...
Mas, entendendo que as coisas passaram a ter uma certa organização, me peguei pensando como seria - ou será - a próxima mudança.
Tentei rascunhar um roteiro, talvez ajude também outras pessoas. Só não posso esquecer, na loucura da mudança, que uma vez rascunhei um roteiro...
1 – Trabalhe com o tempo de expatriação. É preciso pensar se o período que você vai passar fora compensa desmanchar uma casa, organizar a mudança e esperar uns dois meses até que as coisas cheguem ao outro pais.
2 – Se decidir fechar a casa e partir só com as roupas, lembre-se de providências como: redirecionar correspondências, cancelar alguns serviços - como TV a cabo, e colocar o pagamento de outros no débito automático. Faça as contas. Compensa deixar o imóvel fechado? Vale a pena alugar para um conhecido?
3 – Se optar por não ficar na casa, mas deixar os móveis no Brasil, você pode vendê-los - saiba que isso exige tempo, ou guardá-los. O Brasil não tem tantos guarda-móveis como os Estados Unidos, mas há empresas que alugam espaços a partir de 1 m3. Uma vez ouvi de uma psicóloga que, mesmo não fazendo a mudança, vale a pena levar alguns objetos que ajudem a matar a saudade, como fotos ou aquele edredon gostosinho.
4 – Se estiver levando a mudança para o exterior, não deixe de pensar no tempo que ficará sem suas coisas. Por isso terá de levar em conta morar por um tempo em um local mobiliado.
Quanto à organização da mudança, geralmente o expatriado conta com o trabalho de empresas especializadas, que acabam fazendo tudo. Mesmo assim, a gente não escapa de ter que colocar a mão na massa. Até porque, quando a mudança chega, vem tudo de uma vez, aí é preciso ter o mínimo de organização para não pirar.
Dê uma olhada nessas dicas de Augusto Campos:
- Antes de encaixotar, reduza! Você certamente tem em casa hoje muitas coisas que nunca mais irá usar ou precisar. Livros que não vai reler nem consultar, revistas, instrumentos, utensílios, roupas e muito mais. A exceção são as toalhas, panos de pratos e lençóis velhos que podem ser usados para embrulhar os itens mais frágeis
- Empacote e encaixote desde cedo: comece assim que estiver firmemente decidido a mudar, ou 10 dias antes da data da mudança.
- Comece pelos itens menos importantes e utilizados. Se for contratar uma empresa de mudanças, deixe para ela todos os itens menos frágeis e menos sensíveis.
- Não empacote antes da hora nenhum item que você ainda vai precisar usar.
- Proteja seus objetos mais frágeis.
- Imediatamente após encher uma caixa, marque o exterior dela de uma forma bem visível com um pincel atômico, indicando o conteúdo e o cômodo de origem. Considere tirar uma foto do conteúdo antes de fechar. E no caso dos itens de valor, não escreva claramente isso na etiqueta da caixa - ao invés de “porta-jóias”, coloque “miudezas”, e assim por diante.
Esse site de uma empresa de mudanças traz outras dicas para quem está partindo. Interessante que o material traz uma espécie de cronograma.
Agora, se você vai fazer o caminho inverso, o da repatriação, seguem outras coisinhas para você pensar.
- Vale a pena trazer a mudança?
- Vale a pena pagar pela mudança?
- Ela vai chegar antes de você conseguir encontrar um lugar para morar?
- Você vai ter um local com estrutura para ficar até suas coisas chegarem?
- Realmente vale a pena comprar para trazer? Será que com o Real fortão assim, a diferença de preço compensa o fato de trazer equipamentos que não terão garantia no Brasil?
- Os equipamentos importados vão funcionar em terras brasileiras? Lembre-se, por exemplo, que o sistema de cor de uma tv americana é diferente do sistema brasileiro...
Nessa página de uma outra empresa de mudança, você consegue ter uma ideia dos procedimentos burocráticos - traduzindo: documentação necessária para trazer suas coisas gringas.
Então, boa sorte e muita paciência!

Destinos sonhados, destinos possíveis.

Olá, X!
Aprender outra língua, conhecer outra cultura, viajar, experimentar, evoluir na carreira, receber em moeda mais forte - se bem que o Real não vai nada mal - dependendo do ponto de vista, claro... A expatriação traz uma enxurrada de expectativas.
Ser transferido para uma potencia econômica e-ou uma referência cultural está na lista de “exigências” de quem segue a estrada da expatriação.
Mas entre o ideal e o possível tem os
BRICs.
Para você não achar que o fulaninho que partiu para as “Oropa” se saiu melhor que você que não conseguiu aquela vaga nos States ou no velho mundo, aí vai uma
pesquisa fresquinha da PricewaterhouseCoopers.
Começando pelo Brasil, o levantamento da assessoria mostra que a cidade de São Paulo - hoje a 10ª. mais rica do mundo - pode ser a 6ª mais rica até 2025. A previsão é de que o Produto Interno Bruto da capital paulista cresça cerca de 4,2% por ano até lá. Assim ficaria na frente de locais como Paris, Osaka e Cidade do México.
Quanto ao Rio de Janeiro, a previsão é de que a cidade maravilhosa suba da 30ª para a 24ª posição na lista das mais ricas.
Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Fortaleza e Salvador tem chances de ficar entre as 150 cidades com mais dinheiro.
As asiáticas Xangai, Pequim e Mumbai também figuram entre as que mais vão enriquecer nos próximos 16 anos.
Já o crescimento do PIB anual de pólos como Nova York, Tóquio, Chicago e Londres não deve ultrapassar os 2%, prevê o estudo.
Mesmo assim, até 2025, se o mundo não acabar, Tóquio, Nova York e Los Angeles vão seguir como as principais ricaças do planeta.
Imagem: SXC

Expatriação: entre dicas e clicks.

Olá, Coexpat!Conversando por aí, é possível achar dicas valiosas sobre expatriação.
Na coluna Cinco Perguntas e Uma boa Surpresa! tem de tudo. Tem gente que fala que estudaria mais o idioma local, tem quem diga que - antes da partida - terminaria projetos no Brasil. Já ouvi gente dizer que negociaria melhor o pacote de benefícios, que tentaria ser mais aberta à nova cultura, que trabalharia no exterior. Uma amiga aconselha não se desfazer de eletrodomésticos brasileiros, pois - com adaptador de tomada - funcionam perfeitamente em outro país. Além disso, alguns são peça rara. Nos Estados Unidos é missão quase impossível encontrar espremedor de laranja, diz minha amiga.
Tem também o time que jura que não faria nada diferente.
Como meu prazo de expatriação não era lá tão longo, eu tentaria ir com propostas mais definidas, como cursos com data certa para começar, se bem que a busca por opções foi por si só uma grande experiência.
Se vale outra dica, não tenha medo de tomar decisões. Por uma questão didática, não dependa tanto da ajuda de compatriotas, embora o apoio de brasileiros longe de casa seja um alento.
Outra coisa que acho muito útil para quem está longe da terrinha, investir em tecnologia - na máquina e em quem fica em frente a ela.
Já conversamos aqui sobre minha admiração pelo telefone dos Jetsons. Poder ver a pessoa com quem a gente está falando é um alívio e tanto.
Tem também expatriada usando blogs para resolver os dramas, dilemas e sofrimentos que surgem com a expatriação. O tal do diário virtual ajuda a dividir o peso dessa vivência e a compartilhar experiências.
Então, por que não - em meio às malas, mudança de casa e burocracia - pesquisar um equipamento que dê conta das suas necessidades e investir em um cursinho rápido para se familiarizar com a linguagem digital?
Quem sabe não está aí a chave para uma super porta.
Isso me faz lembrar das interessantes coisas que ouvi no Simpósio sobre Jornalismo Digital, na universidade do Texas, e das pessoas totalmente envolvidas pelo ambiente "internético".
O responsável pela cadeira na universidade, o professor brasileiros Rosental Calmon Alves, esteve no Brasil mês passado e frisou a importância de a gente se preparar para trilhar esse tal caminho sem volta que é a era virtual.
Porque, resumindo, é cada um em um canto, mas todo mundo bem pertinho...e - como a gente viu outro dia - de repente você vira uma expatriada mesmo sem deixar o Brasil...

Carmem Galbes
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Expatriação na estante. Expatriados.com

Olá, X!
O aprendizado com a experiência é indiscutível, mas - às vezes - um mapinha é providencial.
Por isso, puxe uma cadeira e fique à vontade. O momento é de conversar com gente que pesquisa e escreve sobre expatriação. Essa é a proposta desse novo ambiente aqui no Expatriadas.
Fique à vontade também para indicar bate-papo com especialistas e lançamento de livros sobre o tema. O canal é o expatriadas@hotmail.com
O espaço hoje é de Andrea Sebben, que acaba de mandar para as prateleiras o Expatriados.com, da editora Artes e Ofícios.
Ela, outros pesquisadores e, claro, os expatriados tratam do sobe-desce dessa experiência: família, adaptação cultural, carreira e por aí vai...
X - O Expatriados.com é uma compilação de ideias de diferentes especialistas no assunto, quais os temas abordados no livro?
AS - A ideia foi trazer referências na área para falar como é a Política de Expatriação dentro das empresas, por isso a participação da Odebrecht, Bosch, Alstom, Maerks, entre outras.
Do mesmo modo, alguns expatriados ilustraram o livro contando como é estar lá fora. Os estrangeiros contam como é viver aqui no Brasil.
Tive o cuidado de ver as diferentes facetas disso: esposas que acompanharam, noivas que ficaram, maridos que largaram tudo para dar suporte às suas esposas.
X - O livro é direcionado aos profissionais da área, ou também ajuda quem está se preparando para essa experiência?
AS - Ambos. Quem trabalha na área vai entrar em contato com conceitos novos que venho introduzindo ao mercado: Treinamento Intercultural - baseado em Ciências Interculturais, os RHI´s - Recursos Humanos Interculturais - com o perfil dos profissionais que ali atuam, quais seus objetivos, enfim, uma reflexão bem séria sobre esses RHI´s que se multiplicam em nosso país.
Para quem vai ser expatriado, o livro traz relatos bem-humorados sobre o dia-dia de quem já cruzou as fronteiras. A ideia foi produzir uma obra bem completa.
X - Você tem vários livros publicados sobre expatriação, quais as novidades do Expatriados.com?
AS - A novidade é o aporte científico que trago, já que nunca fui de trazer autores ou abrir discussões acadêmicas sobre o tema. O relato de expatriados legitima a teoria.
O caminho da prática à teoria é, aliás, um diferencial muito importante na minha carreira. Frequentemente as pessoas vão à teoria nas Universidade e depois partem para a prática. Comigo o destino fez o inverso: tive experiências riquíssimas na Itália, na Espanha, na Bélgica e nos Estados Unidos e a partir delas fui em busca da teoria. Sei que isso dá um aporte fantástico tanto para quem ensina, como para quem aprende. E no expatriados.com tentei seguir a mesma linha.
X - A crise - que dizem já estar no caminho da superação - mudou os desafios da expatriação?
AS - Não creio nisso. Do ponto de vista da Educação e da Psicologia Interculturais a expatriação é um fenômeno complexo e profundamente intimista. Nada vai mudá-lo, pois ele é vivenciado dentro do sujeito. Agora, se estiveres falando dos processos, dos pacotes de benefícios, dos países de destino, eu diria que houve, sim, uma diminuição importante nos projetos de expatriação. Estávamos numa crescente até o ano passado e, este ano, percebe-se claramente o mercado mais cuidadoso.
X - Qual o balanço que você faz de 2009 para os expatriados?
AS - Meu balanço é otimista em todos os sentidos. Na área do treinamento Intercultural, por exemplo, até dois ou três anos atrás tínhamos uma ou duas empresas no país envolvidas nessa área - era quase um monopólio. Hoje já temos mais de dez. Certamente tem gente não qualificada buscando oportunidade nesse novo mercado, mas também há pessoas se preparando seriamente para poder atendê-lo.
Além disso, o debate sobre o tema vem ganhando espaço, já que a literatura sobre expatriação se intensifica e os eventos se multiplicam.
X- Quais as expectativas para os expatriados em 2010?
AS - O mercado está se reaquecendo e creio que 2010 será um ano fantástico com novas surpresas e um avanço importante em qualidade. De nossa parte, por exemplo, teremos um grande evento a ser lançado no início do ano reunindo nossos experts do Expatriados.com.
X – Um recado...
AS - Agradeço a oportunidade da nossa conversa. Fico ao inteiro dispor para quem quiser seguir nessa conversa. Um beijo afetuoso a todos! http://www.andreasebben.com.br/

Cinco Perguntas e uma boa surpresa! Emirados Árabes.

Olá, X!
O Expatriadas desembarca hoje nos Emirados Árabes Unidos.
Considerado um dos berços da humanidade, esse país asiático está entre aqueles em que Islã e petróleo de misturam.
Independente da Inglaterra desde 1971, o território é dividido em sete emirados, cada um governado por um Xeque. A cada 5 anos o conselho de emires - os descendentes de Maomé - se reúne para escolher entre eles os próximos presidente e vice-presidente.
Como consta na página do consulado, atualmente o chefe de Estado é o presidente Sua Alteza Xeque Khalifa Bin Zayed Al-Nahyan e o chefe de governo: primeiro-ministro Sua Alteza Xeque Mohammed L Rashid L Maktum.
O idioma oficial é o árabe e a moeda é o Dirham, que neste momento vale R$0,48.
Metade dos 4,4 milhões de habitantes é estrangeira. Por isso o inglês predomina. Por isso a maior abertura cultural.
Quem traz mais detalhes sobre a região é Solange Barros Piñeiro, que vive em Dubai.
Ela deixou o Rio de Janeiro há quase 4 anos para acompanhar o marido, piloto de avião.
Solange diz que a ideia é ficar por lá por mais uns 9 anos, “conta feita pelo marido para conseguir reservas pessoais e se aposentar.”
Solange é corretora de imóveis, mas se define como uma mulher de negócios em geral. “Aparece uma oportunidade eu desenvolvo e sigo fechando negócios.” Ela atua como guia turístico exclusivamente para brasileiros, “apenas para a família ou grupo de amigos”, diz.
Então vamos aproveitar esse atendimento vip para conhecer um pouquinho dos costumes da região. Obrigada Solange! Outros detalhes aqui, no blog dela.

Cinco Perguntas:

X - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
SP - Isso nunca aconteceu!!!
X - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
SP - Vender minhas coisas pessoais. Deixar um filho de 29 anos no Brasil, isto é, dividir a família ao meio porque veio comigo o filho de 11 anos na época. Hoje ele tem 14 anos e o do Brasil está casado e me deu um neto, que hoje tem um ano.
X - O que faria diferente?
SP - Terminaria minha faculdade de direito, porque faltava apenas um ano. Em paralelo, faria um intensivo em inglês.
X - Toparia ser expatriada de novo?
SP - Sim. No Brasil não tem campo de trabalho saudável para a profissão do meu marido, piloto da Emirates Air Line.
X - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
SP - A que se concretizou foi o filho de 11, hoje com 14, ter fluência em Inglês.
A que virou pó foi eu achar que também teria essa fluência. Ilusão! Estou cercada de brasileiros. Aqui os locais não se dedicam aos estrangeiros, e os estrangeiros estão cuidando da própria sobrevivência e sem tempo de criar novos laços. Aqui todos estão de passagem, ninguém veio para se estabelecer e morar para sempre.

A boa surpresa:
Conseguir trabalhar sem dominar o inglês, idioma predominante - já que todos são estrangeiros de algum lugar do planeta.

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...