Expatriação: cobrança e culpa.

Olha o cenário: você tocando a vida. Trabalhando, estudando, cuidando, limpando, economizando, gastando, planejando, acertando, errando...mas tocando a sua vida. Aí chega o gato com o olhar cintilante  e dispara: promoção! Para na seguinte tomada de ar erguer as sobrancelhas, arregalar os olhos e soltar a bomba: vou trabalhar no...no...no cafundó de Judas.
Mesmo sem saber ao certo se isso é legal ou se é uma pegadinha do Mallandro (nossa, essa foi trash)  você grita: "uhu!" e dá aquela olhadinha de lado para um último: "yeah..."
E vem a lista de benefícios. Você: "pô, legal!" Aí vem a lista de orifícios, sim, porque você vai ver que o buraco - quando se vai pra longe - é mais embaixo.
Adeus "eu sei, eu sou.
Pirei! será a única certeza. 
Hello bagunça!  
A coisa pode ser linda, maravilhosa mesmo, ou horripilante. Vai depender muito do quanto você é capaz de se reinventar e de rir da própria cara.
Mas a questão nem é essa. Quero falar mesmo é com o galã dessa história.
"Vamu-quebrá-o-pau-que-nem-gente-grande?"
 É muito difícil ter almoço grátis nessa vida. Você foi além da fronteira e alguém bancou essa viagem louca com você. Então não me venha com esse nhenhenhém de que sente o peso da cobrança quando a coexpatriada resolve abrir o coração e falar da angústia ou até mesmo da frustração de ter mudado tanto a própria vida em nome de...alguém...
Ok, tudo bem, quando se é grande de verdade é proibido jogar a responsabilidade das próprias escolhas nas costas alheias, mas é preciso entender que não se pode pensar que a madre Teresa ou a altruísta aí do lado não vai, vez em quando, questionar tamanha doação.
Então pra não ficar brincando de gente-legal-pra-caramba e ficar se entupindo de mágoa até o relacionamento desmoronar, vamos fazer uma listinha
Primeiro para quem acompanha:
- A expatriação exige uma tremenda doação de quem acompanha o expatriado. Por um período, o outro será a prioridade. Você será a centralizadora dos problemas, das angústias, das chatices, das alegrias também, mas não será o centro das atenções. Suas ambições, desejos, sonhos ficarão para um capítulo seguinte. Entonces, se você não aprendeu a a trabalhar na coxia ou não quer atuar assim, PEDE PRA SAIR da sala de embarque.
Essa é para quem é o motivo da expatriação:
- É fato, assim como vai ser cobrado para dar resultado na empresa, você vai ser cobrado pelas mudanças que provocou na vida - ou vidas - em torno. Dica: pega bem  reconhecer tamanha doação. Agora, se você faz beicinho quando tem um dedo apontando pro seu nariz, dá meia volta e fala pro chefinho que seu lugar é por aqui mesmmm, sabe.
Essa é para todo mundo:
- Se você acha que de certo na vida só a morte, então agarra o passaporte e carimba essa oportunidade - ou seria o contrário? Enfim, comece a exercitar a despadronização, porque o que era embaixo vai pra dentro, o que estava fora, enraíza e o que era um tornado tende a virar uma brisa suave com o passar das estações.
Já embarcaram? Você está tentando mas não está conseguindo segurar sozinha a barra de ser uma coexpatriada? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Rede de apoio a expatriados.

Nessas de botar a casa abaixo e ir em busca de nova estrutura, novo revestimento, nova decoração...a gente encontra tanta coisa interessante...
Sabia que o governo editou um guia para artistas, modelos e jogadores de futebol que vão trabalhar no exterior? O material reúne desde informação sobre a legislação para esse tipo de trabalho lá fora até a documentação necessária e particularidades dos países mais visitados por esse time.
E navegando por aí ancorei na Suiça. A rede de apoio a expatriados por lá é super organizada.
O Ciga-Brasil, Centro de Integração e Apoio, é uma associação sem fins lucrativos. Entre as atividades: "Oferecer apoio e solidariedade aos brasileiros no processo de adaptação à nova cultura. Promover o contato e maior integração entre os brasileiros residentes na Suíça e cidades fronteiriças da França e da Alemanha. Cultivar e divulgar a nossa cultura. Desenvolver as seguintes atividades : Serviço de Informação e Aconselhamento nas áreas jurídica, médica, social, psicológica e pedagógica, acompanhamento a hospitais e órgãos oficiais, serviço de tradução e interpretação, divulgação do trabalho realizado pelos brasileiros e promoções sócio-culturais." 
Pelo que entendi, o Ciga é quase uma empresa de cross-culture, só que feita por brasileiros que já sentiram na pele a experiência e não cobram nada para ajudar!
Precisa de um apoio mais expecífico? O que você quer mesmo é encontrar uma motivação pessoal nessa mudança provocada pela carreira de outra pessoa? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Guia rápido a expatriada que está voltando.

A vida é assim mesmo: uns vão, outros voltam...
Se você  está para alcançar o status de repatriada, essa conversa é com você
Conhece o  Portal do Retorno? A página é administrada pelo Ministério das Relações Exteriores e traz uma série de informações que bem interessantes.
O conteúdo aborda desde o retorno do bichinho de estimação até a classificação dos bens comprados lá fora e que estão livres de imposto, no caso de quem morou mais de um ano no exterior.
No Portal também estão orientações sobre como proceder antes da mudança, quais documentos deixar por perto e sobre a validação no Brasil de certidões emitidas em outro país. Trata ainda de imposto de renda, título de eleitor e até dá alguma orientação para quem pensa em abrir um negócio no Brasil.
Enfim...são coisas simples, às vezes chatas...mas só mesmo com uma lista na mão e alguém lembrando a gente para não ficar nada pra trás nesse momento tão conturbado que - geralmente - é a volta pra casa.
A vida de volta para casa não está como imaginava? Precisa de um apoio para deixar a sua repatriação mais positiva e produtiva? O coaching pode te ajudar! Vamos conversar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Mamãe expatriada.

Dois dedinhos de prosa.
Para quem ainda tem dúvida: a profissional brasileira transferida para o exterior tem direito à licença maternidade assim como teria no Brasil. Como está explicado no site JusBrasil: "com base no dispositivo legal  infere-se que ao empregado transferido para o exterior são assegurados todos os direitos previstos na legislação trabalhista brasileira, salvo quando a legislação local for mais benéfica. Logo a gestante transferida para o exterior fará jus à licença-maternidade de 120 dias e salário-maternidade equivalente a 100% seu salário-de-contribuição, conforme preconiza a legislação previdenciária brasileira."
Tomara que você esteja em um lugar que seja super com as mamães, tipo, na Suécia, onde a mulher pode ficar em casa por até 1 ano e 4 meses, recebendo 80% do salário.
Agora, sobre amamentação pelo mundo...vixe...isso sim dá muita conversa.
Quais países encaram - de verdade - numa boa a amamentação? Posso dar de mamar em qualquer lugar? Tenho que me cobrir? Ir com meu bebê ao banheiro? Até quando amamentar? São tantas minhocas quando o normal deveria ser por o "tetê" pra fora e deixar o nenê "mama"...
Então, pra encurtar e você correr para o abraço, fica a orientação da OMS: aleitamento materno exclusivo até os seis meses e, a partir daí, com outros alimentos, pelo menos até os dois anos. 
Como vai ser o processo? Aí você avalia o que vai ser mais confortável para vocês dois. Estudar a cultura local pode ser meio caminho para evitar um estresse num período em que você "não vai estar podendo..."
Feliz dia das mães! 
Está em busca de uma orientação para lidar melhor com os papéis de mãe e expatriada? O coaching pode te ajudar! Vamos conversar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

No contrafluxo.

Crise lá fora e propaganda pesada de que as coisas vão a 1000 por aqui. Dizem que tem muito brasileiro deixando de ser ex para virar repatriado.
É...a impressão que dá é que expatriação ainda meio em baixa.
Será mesmo?
Tem gringo que garante que as empresas estrangeiras estão de olho nos profissionais daqui.
Exemplo?  A visita  de Peter Rodriguez, diretor do Centro de Iniciativas Globais da Darden School of Business, da Universidade da Virgínia. Ele veio ao Brasil divulgar cursos de pós nos Estados Unidos.
Em entrevista a revista Você SA, Peter disse que o profissional brasileiro tem chamado a atenção pelo jeito em lidar com os outros, "gostam de ter relações pacíficas", diz.
Em que o futuro expatriado precisa melhorar? "Talvez na eficiência e nas estratégias que envolvam o planejamento de longo prazo. O profissional brasileiro também precisa aprender sobre o mundo, dando abertura aos talentos de fora", avalia.
Então é isso. O mercado é global, o mundo tem girado rápido e é complicado saber quando e onde a crise vai virar oportunidade. 
Já que aqui no blog tudo é de graça mesmo, vai um toque: fique esperto!
Carmem Galbes

Quando a outra cultura violenta nossos princípios.

Quando se está longe de casa e o processo de expatriação ainda não está lá muito bem resolvido na cabeça e no coração, a gente acaba achando que tudo é pessoal. É o bom dia não correspondido, a grosseria da balconista, o descaso do atendente, a indiferença - quando não a violência - das pessoas.
Relaxa...dizem que esse modelo "who cares?" é cultural. Não é que a pessoa não se importe com você - um estrangeiro - ela não se importa com ninguém.
Tanto que quando alguém ousa olhar para o lado, acaba virando herói.
Foi o que aconteceu com um brasileiro na China. Ele alertou uma mulher que ela iria ser roubada. Resultado: ele acabou apanhando dos bandidos em meio a um monte de gente, que se limitou a assistir a cena. No fim das contas, o cara virou manchete e levou uma grana do governo que tenta convencer os chineses de que se importar com o próximo faz bem.
Na matéria divulgada no Estadão, a escritora Lijia Zhang, autora do livro A Garota da Fábrica de Mísseis, dá uma ideia de como as coisas fuincionam na China. "Na nossa cultura, há uma ausência de disposição de mostrar compaixão por estranhos. Nós somos educados para mostrar bondade às pessoas de nossa rede de guanxi, parentes, amigos e sócios, mas não particularmente a estranhos, especialmente se tal bondade puder potencialmente afetar seus interesses."
Não fosse o tal do mercado, você poderia dizer: eles que se entendam.
A questão é que você pode ser o próximo transferido pra lá. Um estudo da consultoria Mercer com as 30 maiores multinacionais brasileiras aponta que metade planeja avançar os negócios no exterior nos próximos dois anos. Um dos principais endereços? China!
Relaxa?!
E você, como lidaria com esse seu ímpeto para ajudar num país que dizem ser tão hostil a solidariedade?
Carmem Galbes

Expatriados e a tecla sap.

Viu o estudo da Mckinsey que diz que o lucro tende a ser maior em empresas que têm diferentes nacionalidades entre os funcionários? 
A questão é como se entender entre um sí, no, wann, combien, dove... 
Simples! Mete o "inglesão velho de guerra" como idioma padrão.
Simples?! Ahã.
"As empresas subestimam o estresse psicológico que a troca do idioma pode provocar", diz Rebecca Piekkari, professora de negócios internacionais da Aalto University da Finlândia.
A reportagem "Adotar o inglês em equipes globais desmotiva quem não domina o idioma", publicada no Valor Econômico, traz uma série de "causos" de empresas que passaram por fusões, aquisições etc. e tals e acabaram embananando a comunicação ao ignorar a língua - ou línguas - nativa. 
Resultado: funcionários de bem com a vida e com o sucesso ficando mudos, perda de talentos e um clima de "the book is on the table"  de ameaçar a chance de lucar mais.
Tudo bem, mas fazer o que? Vai ser cada um com a sua cartilha?
Dizem que o Inglês pode funcionar, desde que seja usado de forma simples e direta. "Nosso idioma comum é o inglês, mas sem complicações", diz Thomas Balgheim, presidente-executivo da japonesa NTT Data. Na matéria do Valor, ele explica que para tornar os comunicados internos em inglês de sua companhia mais fáceis,  pede a alemães e italianos que produzam o primeiro esboço porque eles empregam sentenças mais simples e usam um vocabulário que atende às necessidades de uma força de trabalho multicultural."
É o tal do"globish", criado por Jean-Paul Nerrière, um ex-diretor da IBM. 
Ele garante que com 1500 palavras em Inglês dá pra trabalhar, ganhar dinheiro e se divertir em qualquer canto do mundo.
É isso aí, fala que eu te escuto, mas Coexpat que é Coexpat fala pelos cotovelos. 1500 palavrinhas dão mesmo pro gasto?
Travou no aprendizado do novo idioma? Precisa de ajuda seguir adiante? O coaching pode te ajudar! Vamos conversar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...