Brasileiro e relógio, eterno desencontro!

Olá, Coexpat!
Eu sei, eu sei...tentar ser pontual em uma nação de atrasados - sem trocadilhos, sério! - é no mínimo pedir para entrar no rol das antipáticas pela porta da frente.
O fato é que o povo fala, sabe? E brasileiro tem uma fama péssima quando o quesito é pontualidade.
Não me refiro apenas às relações comerciais, que resultam em cancelamento de contratos e prejuízos. Falo também das coisas corriqueiras que roubam o nosso tempo. Da espera pelo médico. Do horário do voo. Do convidado que chega às 9 da noite, quando o encontro era às 8. Do almoço que começaria à uma e não às duas da tarde. Do ônibus que passaria de 15 em 15 minutos e não quando desse...
Se ajuda a convencer os atrasadinhos de como isso soa estranho e é irritante para outras culturas, a última edição da revista Veja explora - com um pouco de pressa, aliás - o assunto.
Segundo o texto, durante viagens pelo Brasil, o psicólogo americano Robert Levine ficou tão espantado com a falta de cuidado que o brasileiro tem com o próprio tempo e com o dos outros, que resolveu estudar mais o tema. Da análise nasceu o livro Uma Geografia do Tempo. O estudo - que avaliou o comportamento de moradores de 31 países - nos coloca entre os que mais tem problemas de relacionamento com a pontualidade. "Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz.
Relação social uma ova! Me inclua fora dessa, porque me sinto profundamente agredida, e fico magoada de verdade com atrasos...
O problema é que todo pamonha que não cumpre horário tem a desculpa pronta! Aí a infraestrutura fica com a má fama. Trânsito, alagamento, operação em favela, fila no elevador, apagão, neve...neve?!
De qualquer forma cuidado! É que esse negócio de tapinhas nas costas, seguido de um “puxa, desculpe” pode deixar a vítima do atraso ainda mais doida.
Ah tá...você só lida com brasileiros? E aquele negócio de expatriado virtual?
Imagem: SXC

Cinco perguntas e uma boa surpresa! Itália.

Olá, Coexpat!O destino de hoje tinha tudo para exercitar os sentidos, e a moda, a culinária, a arte, os vinhos poderiam ser alguns dos caminhos para isso.
Pena que as delícias italianas têm sido ofuscadas nos últimos tempos pela recessão - que já teria acabado - e corrupção. Uma das potências da zona do Euro está com quase 8% da população economicamente ativa sem emprego. Em 2010, o endividamento do país pode corresponder a 127% do PIB, seria o mesmo que dizer que toda a riqueza que a nação produzir no ano que vem não será suficiente para pagar a dívida.
Tem ainda a desmoralização política, com denúncias contra o primeiro ministro Silvio Berlusconi.
Mas essa é uma visão muito calculista sobre a “Bota”. Que tal uma pitada mais pessoal sobre a vida, especialmente a de brasileiros, na Itália?
A Cristiane será nossa guia. A história dela como expatriada começou há dois anos. O amor por um italiano fez com que partisse do Rio rumo a Florença.
O relato sóbrio da Cristiane só faz aumentar a crença de que, sim, somos capazes - quando queremos - de fazer seja lá o que for. “Uma frase que eu gosto muito e que devemos levar sempre no pensamento, independente do país que a gente viva: nosso tempo nesta terra é sagrado, e devemos celebrar cada momento", diz.
Para mais detalhes da vida pela Itália, dê um pulo no Notícias da Bota, o blog dela.
Valeu Cris!

Cinco Perguntas:

X - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
Cris - O processo realmente é muito lento, devagar quase parando. Não posso dizer que não me sinto adaptada (acredito que o pior já passou), mas também não posso afirmar que me sinto totalmente em casa. Vamos dizer que estou no meio do caminho, que, às vezes, me sinto em casa, mas em algumas ocasiões sinto que jamais vou conseguir. Quando estou aqui, sinto falta do Brasil, mas quando vou ao Brasil de férias, sinto falta daqui, da minha casa. Não me sinto em casa aqui, e também não me sinto em casa no Brasil. Um dia eu chego lá...

Leve - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
Cris - O mais difícil de tudo é a concorrência desleal com os "nativos". Eu nunca vou conseguir disputar com eles nada com igualdade de condições, isso implica na vida profissional. Eu tinha uma vida profissional definida e de sucesso no Brasil, e aqui, por mais que eu estude, retorne pra Universidade, por mais que eu me esforce, nunca vou conseguir chegar ao ponto que eu cheguei no Brasil. E tudo isso simplesmente porque sou estrangeira. Abrir mão da minha vida profissional foi o mais difícil de tudo.

Leve - O que faria diferente?
Cris - A única coisa que eu faria diferente seria estudar mais línguas...Inglês, francês, alemão, chinês...todas as línguas que eu pudesse! O motivo? Quem fala diversas línguas aqui encontra portas abertas para todos os lados. Quanto mais idiomas você fala, mais portas abertas você encontra!

Leve - Toparia ser expatriada de novo?
Cris - Taí uma pergunta que eu não sei te responder! Hoje eu diria que não, que eu não teria saco para recomeçar...Mas meu espírito aventureiro pode falar mais alto...é um mistério!!!

Leve - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
Cris - A expectativa de voltar a estudar se concretizou. Recomecei a universidade numa área diferente que eu exercia no Brasil. Acho que para o meu curriculo, principalmente se algum dia eu voltar a viver no Brasil, será algo grandioso. O que virou pó, ou está virando pó, é voltar a trabalhar na minha área de atuação, que é Recursos Humanos.

A boa surpresa:
Descobrir, através da experiência, que o ser humano é completamente adaptável e que a felicidade existe dentro da gente, independente da onde vivemos e das pessoas que nos rodeiam.

Leve Entrevista. Expatriação e alimentação.

Olá, Coexpat!
Você organiza tudo. Pesquisa os costumes no novo endereço, procura imóvel pela internet, faz as contas, prepara a mudança, fecha as 500 malas, separa os documentos e embarca nessa aventura.
Depois de um tempo você percebe que entrou para o time de Xs! Mas nem tudo é tão saboroso...Tem algo estranho na cozinha. Pode acontecer com você, com o parceiro ou parceira, com algum filho...A comida simplesmente não cai bem.
Por isso a conversa hoje com a nutricionista Pérola Ribaldo. A especialista em qualidade e segurança dos alimentos argumenta como é importante dedicar atenção especial às refeições pra lá da fronteira, mesmo antes de partir.
Para quem busca mais ingredientes sobre o tema: http://www.perolaribaldo.com.br/
Bom apetite!

Leve - O turbilhão das providências que antecedem uma expatriação desvia o foco de algo essencial, as refeições no novo endereço. É possível se preparar para reduzir os impactos de uma nova cultura alimentar?
PR - Procure pesquisar um tempinho antes quais as opções alimentares do seu novo endereço. É importante chegar sabendo o que é o que para não cair em "armadilhas". Busque na Internet, converse com amigos ou conhecidos que já moraram no país para onde você pretende mudar e tente vislumbrar os alimentos que se parecem com aqueles aos quais você está acostumado. Depois de algum tempo "adaptando" o que a região te oferece aos seus hábitos, aí sim é hora de experimentar. Em resumo, primeiro você deve buscar os alimentos mais próximos possíveis do seu hábito e só depois acrescentar a nova cultura à sua rotina... assim o choque é menor e os riscos também.

Leve - Produtos desconhecidos, temperos exóticos, preparo diferente. A culinária a que o expatriado passa a ter acesso pode ser um sonho ou um pesadelo. Os extremos podem resultar em excesso ou perda de peso, sem contar nas infecções. Como não adoecer?
PR - Nunca experimente aquilo que você não conhece. Colegas de trabalho e outras pessoas que estejam na mesma situação que você, de expatriado, podem te dar dicas e até ajudar com experiências positivas ou negativas que tiveram com a cultura alimentar local. Depois de saber o que você deve ou não comer, é hora de conhecer os novos alimentos, mas sempre em pequenas quantidades. Lembre sempre que cada corpo reage de forma diferente aos alimentos, portanto use sempre doses pequenas até estar seguro! Nunca chegue querendo conhecer tudo imediatamente, tenha calma e aos poucos vá se incorporando aos hábitos locais.

Leve - Especialistas da área de saúde insistem na atenção que os expatriados devem dar ao consumo da água, que pode estar contaminada. Quais os cuidados com a alimentação?
PR - Comida sempre deve ser feita com água fervida. Já os vegetais devem ser lavados com água filtrada e fervida ou deixados em imersão de água com água sanitária (1 colher de sopa de água sanitária para cada litro de água) por pelo menos 15 minutos. A água de beber deve ser filtrada e fervida.

Leve - Durante essa outra entrevista sobre cuidados com a saúde, a enfermeira Adélia Apareceida Pinto fala da importância do brasileiro preparar uma “farmacinha particular” antes de deixar o país. O mesmo valeria para a cozinha? Existe algum ingrediente ou produto que facilite a adaptação alimentar em outro país?
PR - É sempre interessante ter produtos que façam a esterilização dos vegetais (tipo Puriverde) para garantir a higienização adequada dos alimentos que comemos crus. No mais, vale a pena manter alguns temperos que você goste muito e que não são fáceis de encontrar, como louro desidratado e coentro em pó. Porém, dependendo do país para onde você irá se mudar, é possível encontrar uma gama enorme de condimentos...por isso vale sempre pesquisar antes!!

Leve - Preparar a própria comida pode ser uma boa dica para o expatriado que não consegue se adaptar ao cardápio estrangeiro. Ocorre que nem sempre é fácil encontrar ingredientes que estamos acostumados. Quais as dicas para resolver essa “congestão”?
PR - Para o cardápio ficar mais leve, vale uma regrinha: as refeições devem ser sempre compostas por um carboidrato (arroz, batata, mandioca, mandioquinha ou macarrão), folhas verdes (que podem ser refogadas), legumes (que podem ser cozidos mesmo após congelados), leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, soja ou grão de bico) e uma opção de carne ou ovo. Procure fazer a receita da forma mais simples possível, usando óleo e sal, sem arriscar condimentos que você não conhece. Evite carne mal passada e molhos que você desconhece os ingredientes. Se puder use tudo o mais fresco possível ou busque alimentos coringa, como os congelados e enlatados. Depois de algum tempinho no país, com certeza você estará mais à vontade para "testar" receitinhas locais.

Leve - Com relação às crianças, qual a estratégia para apresentá-las à nova culinária sem que isso resulte em grandes traumas?
PR - Manter ao máximo a rotina da família, oferecendo receitas simples, sem muitos molhos e temperos. O cardápio acima é uma forma simples de se alimentar, que certamente não terá "erros".

Leve - Quanto às grávidas, comer “longe de casa” pode ser um desastre. Quais as orientações para quem precisa se alimentar, mas não consegue engolir as receitas do país em que vive?
PR - Procure fazer a própria comida. Não dá para buscar em outro país a comida que temos aqui, a menos que a façamos nós mesmas. Mantendo um preparo pouco elaborado fica mais simples (ex: macarrão com molho de tomate fresco ou tomate pelado batido no liquidificador, arroz e carne grelhada, batatas assadas e filé de frango, purê de batatas e lombo suíno...)

Leve - Sugere alguma fonte de pesquisa?
PR - Sites de receitas, como o Mais Você e o Tudo Gostoso, contam com receitas internacionais "adptadas" ao nosso paladar. Podem ser boas fontes de pesquisa para quem mora em outros países utilizar os ingredientes disponíveis, mas sem perder o "jeitinho brasileiro".

Leve - Gostaria de acrescentar algo?
PR - Gostaria de reforçar a idéia de, antes de arriscar, primeiro conhecer o país , conversar com nativos e especialmente com pessoas que estejam na mesma realidade que você. Assim o risco de "entrar numa fria" é bem menor.

Families in Global Tansition - conferência 2010.

Olá, Coexpat!
Dica rápida para quem quer pensar um pouco além sobre essa história de expatriação.
Families in Global Transition acaba de abrir inscrição para a conferência anual sobre o que eles chamam de mobilidade global das famílias.
Como de praxe, a texana Houston, nos Estados Unidos, vai sediar os três dias de evento, que acontece entre 4 e 6 de março do ano que vem.
Até 31 de dezembro, a taxa de inscrição é de US$ 700, depois dessa data é de US$ 750.
Se você quiser tentar uma bolsa, passe por aqui até 15 de dezembro.
Na edição de 2010, o foco é a criança expatriada. Especialistas, expatriadas e expatriados vão debater aspectos como o impacto da expatriação nos pequenos e o papel das chamadas escolas internacionais.
FIGT é uma instituição sem fins lucrativos que visa facilitar o processo de expatriação através de pesquisas, troca de experiências e debates sobre o tema.

Destino: Brasil.

Olá, Coexpat!
Sinto que em breve este espaço terá de mudar de nome. Expatriadas não servirá mais. Pelas notícias, Repatriadas será mais conveniente.
Isso mesmo, dizem que o Brasil está com tudo: bonito, rico e simpático! Pode?
Reportagem de hoje do Estadão argumenta que “na contramão das resistências legais e políticas aos imigrantes na Europa e Estados Unidos, o Brasil se tornou um atraente destino de estrangeiros, graças à boa fase da economia e a um amplo programa de anistia aos irregulares.”
Na edição desta segunda do Valor Econômico, a repórter Stela Campos conta que o Brasil anda mesmo bem falado por aí, principalmente nos States e pelas bandas do velho mundo.
A ONU já calculou que a migração para o Brasil vai começar a crescer a partir de 2010, uma mudança de rumo, já que nos últimos 50 anos esse movimento só caiu.
No texto do Valor - disponível só para assinantes do jornal - Steve Ingham, CEO da Michael Page, uma das maiores empresas de recrutamento de executivos, avalia que a entrada de estrangeiros no Brasil só não será maior por causa da língua e da dificuldade de adaptação da família do expatriado.
Mas independente do endereço da “firma”, Ingham é da turma que acredita que cruzar fronteiras pode dar um gás e tanto na carreira. É aquele negócio de estar na hora certa, no lugar certo. "Um engenheiro da área de petróleo certamente pode mudar da Austrália para o Rio pois ele vai querer estar onde o petróleo está", diz.
É...às vezes as coisas parecem simples assim...
Imagem: SXC

Viagem de dinheiro, o que pode e quanto custa.

Olá, X!Tem gente que leva na cueca, na Bíblia...
Mas entre as formas convencionais, você pode levar o dinheiro no bolso, na bolsa, mandar pelo banco, pelo cartão de crédito, por uma corretora e até pelos Correios. Aliás, com um click você movimenta a quantia que puder. Apesar da digitalização do sistema financeiro, fazer o dinheiro cruzar a fronteira ainda desperta muita dúvida. Enfim, o que é permitido na expatriação e na repatriação do dindim?
Para facilitar o processo - ou tentar - o Banco Central lançou uma cartilha sobre o assunto. O material também está disponível no canto direito do Expatriadas, em X! Utilidade.
Mas o bê-a-bá exclui um dos pontos mais nebulosos na hora de fazer o dinheiro viajar: impostos. Dá até para entender, já que essa é uma área da Receita Federal.
Se você, como eu, reclama que as informações são muito misturadas no site da Receita, vai achar interessante essa ajuda do Centro de Orientação Fiscal - Cenofisco.
Mas antes de abrir espaço para as orientações do advogado tributarista, Lázaro Rosa da Silva, vale lembrar que o governo diz que não é necessário qualquer tipo de autorização para fazer remessas do Brasil para o exterior e nem para receber recursos do fora.
O que o Banco Central e a Receita Federal querem é saber de onde vem e para onde vai esse dinheiro. Exigem explicações mais detalhadas quando o valor transferido ultrapassa os US$ 3 mil.
Os documentos com essas informações devem ser guardados pelo prazo de 5 anos.
Outra coisa: as taxas de câmbio praticadas no Brasil são livremente negociadas entre quem compra e quem vende a moeda, claro que isso obedece à lei de mercado de oferta e procura. O site do Banco Central traz as cotações diárias para as diferentes moedas.
Quanto ao valor do serviço de transferência, isso depende de como você vai mandar o dinheiro.

X - Em quais situações as remessas de dinheiro do Brasil para o exterior são tributadas?
Cenofisco
- As remessas para o exterior sempre são tributadas, mas há casos de:
- Isenção:
• Rendimentos pagos à pessoa física residente ou domiciliada no exterior por autarquias ou repartições do Governo brasileiro situadas fora do território nacional e que correspondam a serviços prestados a esses órgãos;
• Rendimentos auferidos no País por governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo Governo brasileiro (Lei nº. 154, de 1947, art. 5º);
• Rendimentos pagos ou creditados à empresa domiciliada no exterior, pela contraprestação de serviços de telecomunicações, por empresa de telecomunicação que centralize, no Brasil, a prestação de serviços de rede corporativa de pessoas jurídicas.
- Dispensa da retenção:
• Para pagamento de apostilas decorrentes de curso por correspondência ministrado por estabelecimento de ensino com sede no exterior;
• Os valores, em moeda estrangeira, registrados no Banco Central do Brasil, como investimentos ou reinvestimentos, retornados ao seu país de origem;
• Os valores dos bens havidos, por herança ou doação, por residente ou domiciliado no exterior;
• As importâncias para pagamento de livros técnicos importados, de livre divulgação;
• Para dependentes no exterior, em nome dos mesmos, nos limites fixados pelo Banco Central do Brasil, desde que não se trate de rendimentos auferidos pelos favorecidos ou que estes não tenham perdido a condição de residentes ou domiciliados no País, quando se tratar de rendimentos próprios;
• As aplicações do United Nations Joint Staff Pension Fund (UNJSPF), administrado pela Organização das Nações Unidas, nas Bolsas de Valores no País;
• As remessas à Corporação Financeira Internacional (International Finance Corporation - IFC) por investimentos diretos ou empréstimos em moeda a empresas brasileiras, com utilização de fundos de outros países, mesmo que o investimento conte, no exterior, com participantes que não terão nenhuma relação de ordem jurídica com as referidas empresas;
• Cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes ou domiciliadas no País, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais;
• Pagamento de salários de funcionários de empreiteiras de obras e prestadores de serviço no exterior, de que tratam os arts. 1º e 2º do Decreto 89.339, de 31 de janeiro de 1984;
• Pagamento de salários e remunerações de correspondentes de imprensa, com ou sem vínculo empregatício, bem como ressarcimentos de despesas inerentes ao exercício da profissão, incluindo transporte, hospedagem, alimentação e despesas relativas a comunicação, e pagamento por matérias enviadas ao Brasil no caso de free lancers, desde que os beneficiários sejam pessoas físicas residentes ou domiciliadas no País;
• Remessas para fins educacionais, científicos ou culturais, bem como em pagamento de taxas escolares, taxas de inscrição em congressos, conclaves, seminários ou assemelhados, e taxas de exames de proficiência;
• Remessas para cobertura de gastos com treinamento e competições esportivas no exterior, desde que o remetente seja clube, associação, federação ou confederação esportiva ou, no caso de atleta, que sua participação no evento seja confirmada pela respectiva entidade;
• Remessas por pessoas físicas, residentes e domiciliadas no País, para cobertura de despesas médico-hospitalares com tratamento de saúde, no exterior, do remetente ou de seus dependentes;
• Pagamento de despesas terrestres relacionadas com pacotes turísticos.
- Alíquota zero:
• Receitas de fretes, afretamentos, aluguéis ou arrendamentos de embarcações marítimas ou fluviais ou de aeronaves estrangeiras, feitos por empresas, desde que tenham sido aprovados pelas autoridades competentes, bem como os pagamentos de aluguel de containers, sobrestadia e outros relativos ao uso de serviços de instalações portuárias;
• Comissões pagas por exportadores aos seus agentes no exterior;
• Remessas para o exterior, exclusivamente para pagamento das despesas com promoção, propaganda e pesquisas de mercado de produtos brasileiros, inclusive aluguéis e arrendamentos de estandes e locais para exposições, feiras e conclaves semelhantes, assim como as de instalação e manutenção de escritórios comerciais e de representação, de armazéns, depósitos ou entrepostos;
• Valores correspondentes a operações de cobertura de riscos de variações, no mercado internacional, de taxas de juros, de paridade entre moedas e de preços de mercadorias (hedge);
• Valores correspondentes aos pagamentos de contraprestação de arrendamento mercantil de bens de capital, celebrados com entidades domiciliadas no exterior;
• Comissões e despesas incorridas nas operações de colocação, no exterior, de ações de companhias abertas, domiciliadas no Brasil, desde que aprovadas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários;
• Solicitação, obtenção e manutenção de direitos de propriedade industrial, no exterior;
• Juros decorrentes de empréstimos contraídos no exterior, em países que mantenham acordos tributários com o Brasil, por empresas nacionais, particulares ou oficiais, por prazo igual ou superior a quinze anos, à taxa de juros do mercado credor, com instituições financeiras tributadas em nível inferior ao admitido pelo crédito fiscal nos respectivos acordos tributários;
• Juros, comissões, despesas e descontos decorrentes de colocações no exterior, previamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, de títulos de crédito internacionais, inclusive commercial papers, desde que o prazo médio de amortização corresponda, no mínimo, a 96 meses;
• Juros de desconto, no exterior, de cambiais de exportação e as comissões de banqueiros inerentes a essas cambiais;
• Juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento de exportações.
X - Quais são as taxas?
Cenofisco
: Alíquota de 15%, quando não tiverem tributação específica, inclusive:
• Os ganhos de capital relativos a investimentos em moeda estrangeira;
• Os ganhos de capital auferidos na alienação de bens ou direitos;
• As pensões alimentícias e os pecúlios;
• Os prêmios conquistados em concursos ou competições;
- Alíquota de 25%:
• Os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, e os da prestação de serviços;
• Ressalvadas as hipóteses a que se referem os incisos V, VIII, IX, X e XI do art. 691, do Decreto nº. 3.000/99, os rendimentos decorrentes de qualquer operação, em que o beneficiário seja residente ou domiciliado em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a vinte por cento, a que se refere o art. 245.
X - Qual valor máximo é possível enviar por período (exemplo: mensal) do Brasil para o exterior?
Cenofisco -
A legislação tributária não estabelece qualquer limite neste sentido.
X - As remessas do exterior para o Brasil são tributadas?
Cenofisco -
Sim. Se efetuada, a pessoa física estará sujeita ao carnê leão, cujo pagamento do imposto incidente deverá ser efetuado até o último dia útil do mês seguinte ao do recebimento.
X - Quais as taxas e quais as possibilidades de isenção?
Cenofisco
- Em se tratando de beneficiário Pessoa Física, a tributação se dará pela aplicação de tabela progressiva, cuja alíquota corresponde a 0%, 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%, conforme o montante recebido.
X - A Receita Federal estipula valor máximo a ser enviado do exterior para o Brasil por período, exemplo mensal?
Cenofisco
- Não.
X - Qual é a legislação sobre envio de dinheiro do ou para o Brasil?
Cenofisco
- O art. 682 e seguintes do Decreto nº. 3.000/99 tratam de remessa do Brasil para o exterior. Já quanto ao recebimento por pessoa física no Brasil, o art. 106 do mesmo Decreto define a tributação.
X - Há algum planejamento tributário que possa ajudar a reduzir impostos entre aqueles que se preparam para partir ou estão voltando para o Brasil?
Cenofisco
- Qualquer planejamento neste sentido deve observar a real necessidade do contribuinte, pois o pagamento do imposto deverá ser feito sempre por ocasião da remessa ou do recebimento, considerando os respectivos valores.
Imagem: SXC

Senta que lá vem mais lista...

Olá, X!Sigo matutando na lista de itens e atitudes fundamentais na bagagem de quem cruza a fronteira.
Encontrei mais sete:
- Livros, para você se atualizar e não perder o contato com as formalidades da língua materna.
- MP3,4,5..., porque as músicas preferidas são um santo remédio para a melancolia.
- O telefone de alguma brasileira legal - aquela amiga da amiga - um socorro e tanto no início.
- Estoque de lentes de contato, porque tem país que não vende sem receita.
- Resultados de exames de rotina, para facilitar a sua conversa com o médico.
- Produtos típicos do Brasil, porque - como ensinaram os portugueses - as lembrancinhas abrem caminho.
- Santos, amuletos, patuás, porque fé e proteção suavizam o processo.
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Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...