Expatriação em estudo.

Olá, Coexpat!
Tudo começou de repente. Foi mais forte que eu. Eu não fazia a mínima ideia de como isso funcionava, nem de como mudaria a minha vida.
Confesso que não recebi nenhum convite. Me envolvi por pura curiosidade. Começou com uma olhadela aqui, uma pesquisada ali. Quando me dei conta, não tinha mais volta! O blog estava no ar.
Essa aventura “bloguística” me ajudou um bocado nos últimos tempos. Não só por ter me envolvido com algo novo para mim - a blogosfera - mas por, entre outras coisas, ter tido a chance de conhecer mais de perto esse mundo “expatriático”.
Interessante que quando caí nessa vida - há um ano e meio - não encontrava, ou não sabia procurar? - muitos estudos e livros sobre o tema.
Agora estão pipocando.
Vira e mexe encontro algo. E mexe e vira me perguntam sobre especialistas, bibliografia e pessoas com experiência prática no assunto.
Para facilitar a ponte entre pesquisadores e pesquisados, abre-se mais um espaço nesse ambiente: “Expatriação em estudo”.
Funciona mais ou menos assim: você manda um e-mail para contato@leveorganizacao.com.br, falando um pouco sobre o estudo e quem gostaria de contactar para seguir no projeto. Para facilitar a vida de todo mundo, disponibilize um e-mail.
Começamos com um chamado da psicóloga, especialista em gestão internacional, Graziele Zwielewski.
Ela busca famílias expatriadas, com filhos de qualquer idade que tiveram dificuldade de adaptação na cultura anfitriã. Essas famílias vão embasar uma pesquisa científica sobre adaptação cultural.
O contato da Graziele é: grazizw@hotmail.com
Quem já teve de vasculhar o Google atrás de uma luz para as angústias da expatriação sabe da importância de ajudar a organizar o pensamento sobre o tema.
Ela agradece!
Carmem Galbes

O chefe global.

Olá, Coexpat!
Ao mesmo tempo que o convite para uma expatriação sugere um reconhecimento, a proposta é também um dos maiores testes na carreira de quem está partindo. A dúvida é de martelar: “será que estamos preparados?”
Por isso não é difícil ver gente bem aflita com o chamado, não é raro encontrar quem diga não à proposta.
O fato é que a expatriação exige uma adaptação na vida pessoal e profissional. No dia a dia a gente vai se adaptando. Aprende aqui, escorrega ali, tenta de novo e vai se encaixando. Mas e na vida profissional? Qual é o nível de paciência e a disposição dos colegas, subordinados e lideranças que estão nos recebendo? Até quando vão entender que estamos em fase de adaptação?
A edição de hoje do jornal Valor Econômico abre o debate. O jornalista Jacílio Saraiva ouviu quarto executivos brasileiros que atuam lá fora para reunir algumas dicas de como ter sucesso como chefe no exterior. Texto disponível só para assinantes do jornal.Se alivia a angústia, o vice-presidente de vendas da Sun Microsystems para a América Latina, Miguel Martinez, diz na matéria que “pela nossa cultura de respeitar diversidades e relacionamentos, estamos bem preparados para executar essa função."
O diretor-geral dos mercados emergentes da China, Ásia-Pacífico e América Latina da Netgear, Victor Baez, lembra que "o líder não pode ter uma postura colonizadora, porque essa atitude amedronta e causa desrespeito. Todo mundo sai perdendo."
O gerente regional para a América do Norte da Modulo, João Ambra, acrescenta que “o segredo é aproveitar as qualidades de cada indivíduo, independentemente da origem."
Então, segundo especialistas e experientes no assunto, resumindo os requisitos para o chefe expatriado seguir de bem com a carreira:
- Falar o idioma local. Por mais complicada que seja a nova língua, saber, ao menos, as principais saudações já ajuda a quebrar o gelo.
- Entender a cultura local, para não agredir e fazer exigências descabidas. O americano, por exemplo, não mistura vida pessoal e profissional. O indiano adora envolver a família...
- Respeitar prazos. Já falamos sobre isso aqui.
- Ouvir e incentivar a participação das lideranças locais.
- Não limitar o contato apenas ao e-mail. Fuso horário atrapalha, mas uma ligadinha sempre ajuda a matar aquela pulguinha.

Carmem Galbes
Imagem: SXC

Leve entrevista. Expatriação, festas de fim de ano e saudade.

Olá, Coexpat!
Árvore de natal, Papai Noel, presentes, panetone, peru, caça à vaga no estacionamento do shopping...é 2009 indo embora!
Preparada para as festas? Que delícia!
Mas tem expatriada que não consegue lidar bem com esse período. Saudade da família, dos amigos, do tempero, da comilança...
Para amenizar esse aperto que algumas sentem, nada como uma boa conversa.
A psicóloga Graziele Zwielewski, especialista em gestão internacional, fala sobre a angústia comum nessa época, lembra da importância de não deixar a peteca cair, principalmente em casa que tem filhos, e sugere algumas atitudes para fazer do fim do ano a festa que sempre foi.
Então prepare o espírito e aproveite o papo!

Leve - As festas de fim de ano podem ser uma fase ainda mais difícil, principalmente para as crianças acostumadas a viver as comemorações perto de tios, primos, avós...Como minimizar a saudade nesse período?
Graziele - Saudade pode doer mesmo em dias comuns, mas sem dúvida a intensidade aumenta em datas comemorativas. Talvez os adultos sofram mais com a distância do que as crianças, porque, até pouco tempo atrás, a chamada família estendida tinha forte influência na vida dos filhos, sobrinhos, netos, primos. Hoje essa presença - mesmo que os parentes vivam na mesma cidade - já não é tão constante. Além disso, a “cara” da família nuclear vem mudando. Por causa do divórcio, hoje é comum - não que seja mais, ou menos, dolorido - a criança ter de dividir a companhia das pessoas queridas, passar o natal com a mãe e o ano novo com o pai, por exemplo.
Mas voltando ao nosso tema, à família expatriada, saliento duas regrinhas básicas para diminuir a dor da distância nesse período de festas: comemorar sempre, não importa se entre muitas ou poucas pessoas, e cultivar amizades.
Se os pais vivem a distância dos parentes de forma negativa, se lamentando pela saudade e tristes, ensinarão aos filhos distorções sobre datas importantes. Assim, o natal - que é sinônimo de alegria e paz - será aprendido pelas crianças como uma data que traz sentimentos desconfortáveis.
Por outro lado, se os pais aproveitarem para se unir, para ensinar os valores do natal, e as diferentes formas de comemoração, encorajam a criança a enxergar o aspecto positivo desse dia e a criar, de forma saudável, a sua história com essa festa.
Vale lembrar que é de extrema importância para o desenvolvimento da criança que o vínculo familiar não seja rompido. E essa é uma tarefa que os pais tem de assumir com seriedade. A criança precisa saber das suas raízes e se sentir membro de uma família, independente dos laços sanguíneos.
A tecnologia permite o contato em praticamente qualquer lugar do mundo. Por que não rever fotos e reunir os queridos em frente ao computador para uma calorosa reunião online?

Leve - Qual a importância de se preservar as tradições familiares e culturais, mesmo à distância?
Graziele - A tradição é a raiz e a origem. Desvalorizar, ou não dar continuidade à cultura de origem, é tirar o significado da própria história.

Leve - A família expatriada deve dar mais atenção às tradições locais, à própria cultura ou deve buscar uma mistura das duas?
Graziele - Vamos esclarecer algo: é importante que os pais preservem em casa a cultura de origem, com seus gostos, cheiros, regras...porque esses são alguns dos alicerces no processo de construção moral e intelectual da criança. Porém forçar alguém a seguir costumes e valores de determinada nacionalidade quando se está inserido em outra tradição é querer viver fora de contexto.
Os pais precisam lembrar que eles já estão com caráter e personalidade formados, apesar de suscetíveis à mudanças, e que a criança, para ser aceita, precisa - muitas vezes - se comportar e “ser” como os amigos. Ela não gosta de se sentir diferente.
Resgatar as tradições de origem e, ao mesmo tempo, experimentar os costumes locais pode ser um ótimo exercício sobre como lidar - de forma saudável - com o que nos parece estranho. Isso abre horizontes, permite comparações e dá ao expatriado - seja lá de qual idade - a chance de quebrar preconceitos e de eleger as tradições que aprecia.
Isso me faz lembrar de um casal de amigos que vive com a filha de 5 anos em Portugal. A família faz questão de passar as festas de fim de ano com portugueses, comendo bacalhau e esperando o “pai natal”, enquanto os avós aguardam na webcam para desejar feliz natal. Esse tipo de atitude demonstra respeito pelas raízes da família e aceitação da cultura anfitriã, o que ajuda - e muito - na adaptação.

Leve - Em novembro a cena já é essa: presépios, presentes, papai Noel, árvore de Natal. Como entrar no clima em um ambiente em que o cenário de fim de ano não tem nada de natalino?
Graziele - O Brasil é predominantemente Cristão. As tradições natalinas - inclusive as comerciais - são muito arraigadas aqui. O clima de Natal é - sem dúvida - maravilhoso. Mas é interessante perceber que estar longe de tudo isso pode ser uma ótima oportunidade para lembrar que o natal não é vivido somente em frente às vitrines, luzes e decorações maravilhosas. O Natal é um resgate de valores que podem e devem ser repassados para as crianças dentro de casa, inseridos em uma cultura diferente ou não.

Leve - Como deve ser a conversa com as crianças sobre as diferentes tradições?
Graziele - Se pararmos para pensar, em todos os lugares encontramos pessoas diferentes, mesmo quando não enxergamos essas diferenças. Nordestinos são diferentes de paulistas, que são diferentes de gaúchos, que são diferentes de mineiros...
Quando estamos em um outro país o choque é, claro, maior. Não podemos desprezar o diferente onde o diferente somos nós... é preciso traduzir para nossas crianças o que está se passando. Mas nem sempre os pais conseguem lidar de forma tão assertiva. Viver e instalar-se em outro país não é fácil. Pode ser frustrante, estressante, dolorido... Na maioria dos casos o mal estar vem justamente da falta das nossas redes sociais. Uma alternativa para esses casos é procurar ajuda. A psicoterapia, por exemplo, pode favorecer a criação de um espaço para que os pais falem de suas frustrações, insatisfações, angústias...Trabalhando essas questões, pode-se entender melhor a realidade e, assim, colaborar para que a experiência intercultural dos filhos seja mais positiva.

Leve - Tem alguma indicação de leitura sobre o tema?
Graziele - E/Imigração - Sylvia De Biaggi, Ed. Casa do Psicólogo.Intercultura e Movimentos Sociais - R.M. Fleury, Ed. Movernup.
Pais presentes pais ausentes - Paula I. Gomide, Ed. Cia do Livro.

Expatriação na estante. Expatriado.

Olá, Coexpat!
Hoje na estante: Expatriado - O que você e sua família precisam saber e ninguém vai contar, editora AllPrint.
Com uma década de expatriação na bagagem, a autora Sofia Karr reúne em 104 páginas dicas que ela foi colecionando ao longo da própria experiência no exterior.
Agora ela conta um pouco mais sobre a vida lá longe e o motivo de ter colocado uma boa parte dessa história no papel.
Se tiver uma dica de leitura, divida com a gente: expatriadas@hotmail.com

Leve - Quando foi expatriada pela primeira vez?
Sofia - Fui (fomos, eu e meu marido) expatriada pela primeira vez no ano 2000, para Buenos Aires, Argentina. Depois moramos em Caracas, Panamá e Áustria. Antes do ano 2000 estudei e morei por um ano em Coimbra, Portugal.

Leve - Como foi a decisão? Qual era o contexto?
Sofia - Foi uma decisão muito rápida, pois ele recebeu a proposta de ir morar no exterior poucos meses antes de nosso casamento. Casamos e viajamos no dia seguinte para morar na Argentina. Ainda não tínhamos filhos, o que facilitou o deslocamento no tempo determinado pela companhia. Sou publicitária com especialização em Marketing, mas trabalhava com moda. Na época tinha 23 anos. Os brasileiros eram recebidos de forma quase sempre amistosa e a comunidade brasileira na época era grande, devido ao êxito do Mercosul que levou muitas companhias brasileiras para o país.

Leve - O que foi mais difícil?
Sofia - O choque cultural sempre é o mais complicado.

Leve - Quais foram as principais marcas da expatriação em você e em sua família?
Sofia - A multiculturalidade, que chamo de "inteligência cultural" no meu livro, e a possibilidade de vivenciar fatos marcantes e recentes da história mundial in loco.

Leve - Quando decidiu colocar tudo em um livro?
Sofia - Quando percebi que os familiares que acompanhavam os executivos expatriados tinham as mesmas dificuldades que eu e não encontravam apoio, nem mesmo um livro ou folheto/apostila de referência à família expatriada.

Leve - Que tipos de dicas o livro traz?
Sofia - Traz um calendário das ações que precisam ser tomadas antes da expatriação ou repatriação (reserva de escola, vacinas, vistoria de apartamento, documentação, contratação da mudança e seus tipos de seguros etc); O que é Choque Cultural e como superá-lo; Criando filhos no exterior (dicas de como escolher escola, alfabetização, médicos, educação bilingue etc).

Leve - Na sua opinião, as empresas brasileiras estão preparadas para expatriar, dão o apoio adequado à família?
Sofia - Algumas, principalmente as que já estão no mercado externo há muito tempo, entenderam que - para que os executivos(as) sejam tão produtivos quanto no Brasil - as famílias devem se sentir felizes e acolhidas e não queiram retornar, já que os custos da expatriação são altos.

Leve - Com uma década de experiência prática em expatriação, na sua opinião, quais características o expatriado deve ter para ser feliz (em seu conceito mais amplo) no exterior?
Sofia - Acredito que deva ter otimismo acima de tudo, capacidade de superar obstáculos, transformar experiências negativas em um aprendizado importante, ter "jogo de cintura", capacidade de adaptação, paciência - mas muita paciência mesmo - para estar sempre recomeçando e aprendendo, e bom humor.

Leve - Recomenda uma experiência em outro país?
Sofia - Recomendo, acho que todos que tiverem a oportunidade deveriam ir.

Leve - Como está a sua vida hoje? Quais foram as principais mudanças? Onde vive? Há nova chance de expatriação?
Sofia - Atualmente estou em Salvador, na Bahia, passando pela fase de "aclimatação", depois do período no exterior. Acho que todos os expatriados voltam com um olhar mais crítico sobre tudo, mas também com a sensação que nosso país é a nossa verdadeira casa, apesar de sermos cidadãos do mundo. Sempre podem surgir convites para expatriação, já houve até mesmo um convite, mas hoje, queremos que nossa filha vivencie um pouco da cultura de seu país e conviva mais com os avós e as nossas famílias.

Expatriação e fim de ano: oba, visita!

Olá, Coexpat!
Fim de ano é sempre muito intenso para quem está longe, por dois motivos: ou a coexpat vai continuar distante ou vai visitar o Brasil.
A época é marcante para quem fica, porque a família expatriada tem uma grande oportunidade de se envolver com outras tradições. Tem a chance também de se afundar na saudade e no “como seria...”, aí é uma questão de escolha.
Para quem está de viagem marcada, o momento é sempre de correria. O bom é que entre pousos e decolagens vamos aprendendo a lidar melhor com essa viagem, pelo menos deveríamos.
Se ajuda, resolvi dividir uma das minhas principais manias com você: fazer lista. Botei no papel o que acho importante para que a visitona - sim porque para expatriada não tem essa de visitinha - seja a mais prazerosa possível, apesar do caminho no fim de ano ser, geralmente, tumultuado.

Para começar:1 - Óbvio: uma lista com todas as providências! Eu costumo reunir os tópicos em um papel só, uma estratégia para a gente se encontrar quando tudo parece perdido.
2 - Agende o pagamento das contas. Se tiver boleto para chegar, tente pedir para uma amiga pagar, ou se prepare para fazer - do Brasil, ou de onde quer que esteja - o pagamento via internet. Aí são necessários alguns números, como o do cliente. Uma dica é mandar essas informações por e-mail para você mesma.
3 - Se for inverno onde você vive hoje, cheque se é preciso tomar alguma providência para evitar problemas na volta, como água congelada no encanamento.

Documentos:
1 - Passaporte.
2 - Carteira nacional de motorista. Já que a carteira traz todas as informações, eu costumava deixar os originais do RG e CPF na casa expatriada.
3 - Dedique um tempo especial para separar os documentos da criançada. Atente para a burocracia, principalmente, quando for voltar.
4 - Pense se terá de tomar alguma providência - como venda ou compra de algum bem no Brasil - e separe os documentos necessários.

Dinheiro:
1 - Cartão do banco brasileiro.
2 - Cartão de crédito.
3 - Se tiver Real em espécie, leve! Ok, cartões são aceitos em todo canto, mas panes acontecem... Imagine você, depois de séculos de viagem, exausta, na fila do caixa eletrônico?
4 -Carregue também a moeda do país onde vive, precaução na volta!

Bagagem:
1 - Cheque peso e dimensões da bagagem no site da companhia que você irá viajar, isso pode te preparar para gastos extras - já que as empresas não estão facilitando com o excesso. Pior é quando elas não permitem que a bagagem seja despachada. Para evitar o mico de ter que abrir a mala e dividir a bagagem ali no check in, siga as regras.
2 - Use lacres plásticos para trancar as malas. Leve alguns extras na bolsa, em caso de ter que abrir alguma mala. Não se iluda, cadeado não é garantia de mais segurança.
3 - Lembre-se de que é verão no Brasil e tem feito um baita calor!
4 - Vale a pena investir em mala com quatro rodinhas!
5 - Se estiver carregada de presentes, pense em colocá-los em uma mala que possa deixar no Brasil...isso facilita a viagem de volta.
6 - Se estiver do lado de cima do Equador, lembre-se de estar preparada para o calor no desembarque no Brasil. Ah, não se esqueça de que você v ai voltar, então separe a pele para retorno...ai, chique...
7 - Organize sua bagagem de mão. Ajuda muito separar os documentos por pessoa: seu passaporte, com a sua passagem dentro, passaporte do Jr, com a passagem dele dentro e assim por diante.
8 - Separe seus remedinhos e dos queridinhos em um zip lock. Facilita na busca por aquele alívio para dor de cabeça!
9 - Por falar em criança, lembra quando foi uma? Sim, é chato ter que esperar, ficar trancado por horas em um espaço limitado, sem poder correr...Então pense em estratégias para passar o tempo dos pequenos. Reserve espaço para brinquedinhos, DVD, bolachinha, etc e tal. Outra coisa, a pressão pode dar dor de ouvido na gente, imagine nos petiticos? Chupeta e mamadeira ajudam a aliviar a dor.
10 - Vai levar o bichinho de estimação? Confira a documentação necessária aqui.

Compras:
1 - Faça uma lista de presentes, e com previsão de gastos! Além de diminuir o risco de deixar alguém para trás, os valores no papel podem ajudar a controlar o orçamento.
2 - Eu costumava levar os presentes em uma mesma mala, mais uma forma de garantir que todos os queridos seriam devidamente mimados. O problema é que, em caso de extravio, todos os presentes podem sumir. Vale lembrar que objetos de valor não devem ser despachados.
3 - E por falar no monstro do sumiço de bagagem, encontrei algumas dicas interessantes nesse site que podem afastar essa ameaça.
4 - Junte todas as notas das compras, leve na bagagem de mão. Pode ser que tenha que apresentá-las à Receita. Confira aqui a legislação sobre bagagem.

Voo:
1 - Chegue com a antecedência indicada, geralmente é o tempo suficiente para resolver imprevistos e não se estressar.
2 - Se você está nos Estados Unidos, fique pronta para o Raio X. Quanto mais penduricalhos, mais tempo para passar. Sapatos difíceis de calçar também são o ó do borogodó.
3 - Escolha um estilo confortável. Você nunca sabe quanto tempo nem em quais condições terá de esperar pelo voo.
4 - Prepare-se para o excesso de passageiros, uma oportunidade para substituir o estresse pelo lucro! Você pode até ser candidata a trocar de voo, é só avisar no check in. É possível ganhar um dindim, ou passagem, dando lugar a um passageiro que tem pressa para chegar. Mas, atente para a dica de quem já foi ressarcido com bilhete por causa do overbooking: nem sempre é uma boa, porque a passagem não pode ser usada quando você quiser. Prefira o dinheiro vivo.
5 - Se você quer embarcar e não está conseguindo, veja seus direitos aqui. Se bem que a lei varia de lugar para lugar...

No mais, não se esqueça de que o percurso faz parte do passeio. Então, aproveite tudinho!
Imagem: SXC

Bonzinhos demais!

Olá, Coexpat!
Não sei qual foi o impacto da notícia para você que está longe de casa. Mas aqui no Brasil, o povo não gostou nadinha da participação de Robin Williams no programa Late Show. O âncora David Letterman - sim, o mesmo que admitiu ter traído a mulher com colegas de equipe - riu muito do que o ator falou sobre a vitória do Rio para sediar a Olimpíada de 2016.
Para o Williams, nem Oprah, nem senhora Obama - que defendiam Chicago - foram páreo suficiente para as strippers e a cocaína que teriam regado a campanha para o Rio receber os jogos.
Não, não vou contorcer cara e boca como forma de reprovação ao que muitos chamaram de piada de mau gosto. Por um único motivo: o Brasil dá brecha para a constante campanha difamatória a que está exposto!
Exemplo: zapeando pelos televisivos requentados de hoje cedo, fiquei sabendo que a Interpol tenta desmantelar um mega esquema de prostituição de mulheres brasileiras em hotéis de luxo na República Dominicana e em Cassinos de Las Vegas.
De acordo com a matéria exclusiva da Rede Record, 14 pessoas comandavam a exploração.
Ainda segundo a reportagem, na chegada, as mulheres recebiam um manual de como lidar com os clientes, numa “oportunidade para ganhar dinheiro e fazer amigos.”
Pelo texto, eu entendi que tinham as garotas que embarcavam nessa sabendo de tudo e as que caiam de gaiatas...
Interessante foi ver a entrevista, na penumbra - claro - de uma profissional do sexo comentando como pode ser perigoso aceitar um convite para se prostituir fora do Brasil!
Gente?!
É...o Brasil pode bancar uma empresa super profissional para conquistar a sede das Olimpíadas, mas enquanto não patrocinar a mudança de mentalidade, vai ficar sujeito aos tais dos comentários “injustos”.
Você pode perguntar, “como assim?” As autoridades fizeram bonito, usaram vários idiomas. Lotamos Copacabana, torcemos pelo Rio, fizemos uma linda festa, legítima, sem baixaria...
Sim, fizemos tudo isso, mas não deixamos de fazer as coisas que mancham - lá fora - a imagem do brasileiro de verdade: aquele que trabalha honestamente, que é criativo, receptivo...
Continuamos achando tudo muito normal. É normal expor o bundão, porque o que é bonito tem que ser mostrado! É normal uma mulher gostosa fazer um dinheirinho com um ricaço! É normal não contabilizar dinheiro guardado na meia! É normal ultrapassar o sinal vermelho! É normal não ter escola pra todo mundo!
Qual é? Somos felizes e bonzinhos! Só não pode ter menos ingresso que torcedores, aí a gente fica uma fera. Também não pode tirar traficante da favela. Aí tem ônibus que pega fogo e granada que explode do nada!
Eu sei, o texto ficou uma lambança. Sem buscar justificativas...é que o comentário de Robin Willians parece ser só a pontinha de um grande nó, parece ser mais do que um sintoma de pura grosseria...apesar de ser o autor do comentário, nem Robin Williams tem consciência da gravidade da situação por aqui...


Imagem: SXC

Hora de planejar!

Olá, Coexpat!
Primeiro de dezembro. Começa a temporada oficial de planejamento de curto e longo prazos.
O natal será assim, o réveillon assado e 2010 será o ano para isso, aquilo e aquilo outro.
Com a ressalva daquelas decisões pessoais: poucas guloseimas, menos estresse, mais amor próprio, etc e tal - muitas resoluções requerem um mínimo de patrocínio.
Se entre as suas metas para o próximo ano está a de ser uma expatriada, fique atenta: dólar em baixa ajuda e muito!
Gustavo Cerbasi já deu aqui dicas preciosas para quem está para embarcar, e também para quem está voltando.
A última edição da revista Você SA reúne - em vídeo - outras orientações bem práticas, entre elas: quantos dólares comprar? Em que investir até a viagem? Pagar com dinheiro ou cartão lá fora?
Então nada de desviar o foco! Eu sei que o 13º. cintila na conta. Mas se o seu desejo é entrar para o time, carimbe o X! na sua alma e vá em frente sem perder o rumo!
Imagem: SXC

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...