Expatriação na estante. Expatriado.

Olá, Coexpat!
Hoje na estante: Expatriado - O que você e sua família precisam saber e ninguém vai contar, editora AllPrint.
Com uma década de expatriação na bagagem, a autora Sofia Karr reúne em 104 páginas dicas que ela foi colecionando ao longo da própria experiência no exterior.
Agora ela conta um pouco mais sobre a vida lá longe e o motivo de ter colocado uma boa parte dessa história no papel.
Se tiver uma dica de leitura, divida com a gente: expatriadas@hotmail.com

Leve - Quando foi expatriada pela primeira vez?
Sofia - Fui (fomos, eu e meu marido) expatriada pela primeira vez no ano 2000, para Buenos Aires, Argentina. Depois moramos em Caracas, Panamá e Áustria. Antes do ano 2000 estudei e morei por um ano em Coimbra, Portugal.

Leve - Como foi a decisão? Qual era o contexto?
Sofia - Foi uma decisão muito rápida, pois ele recebeu a proposta de ir morar no exterior poucos meses antes de nosso casamento. Casamos e viajamos no dia seguinte para morar na Argentina. Ainda não tínhamos filhos, o que facilitou o deslocamento no tempo determinado pela companhia. Sou publicitária com especialização em Marketing, mas trabalhava com moda. Na época tinha 23 anos. Os brasileiros eram recebidos de forma quase sempre amistosa e a comunidade brasileira na época era grande, devido ao êxito do Mercosul que levou muitas companhias brasileiras para o país.

Leve - O que foi mais difícil?
Sofia - O choque cultural sempre é o mais complicado.

Leve - Quais foram as principais marcas da expatriação em você e em sua família?
Sofia - A multiculturalidade, que chamo de "inteligência cultural" no meu livro, e a possibilidade de vivenciar fatos marcantes e recentes da história mundial in loco.

Leve - Quando decidiu colocar tudo em um livro?
Sofia - Quando percebi que os familiares que acompanhavam os executivos expatriados tinham as mesmas dificuldades que eu e não encontravam apoio, nem mesmo um livro ou folheto/apostila de referência à família expatriada.

Leve - Que tipos de dicas o livro traz?
Sofia - Traz um calendário das ações que precisam ser tomadas antes da expatriação ou repatriação (reserva de escola, vacinas, vistoria de apartamento, documentação, contratação da mudança e seus tipos de seguros etc); O que é Choque Cultural e como superá-lo; Criando filhos no exterior (dicas de como escolher escola, alfabetização, médicos, educação bilingue etc).

Leve - Na sua opinião, as empresas brasileiras estão preparadas para expatriar, dão o apoio adequado à família?
Sofia - Algumas, principalmente as que já estão no mercado externo há muito tempo, entenderam que - para que os executivos(as) sejam tão produtivos quanto no Brasil - as famílias devem se sentir felizes e acolhidas e não queiram retornar, já que os custos da expatriação são altos.

Leve - Com uma década de experiência prática em expatriação, na sua opinião, quais características o expatriado deve ter para ser feliz (em seu conceito mais amplo) no exterior?
Sofia - Acredito que deva ter otimismo acima de tudo, capacidade de superar obstáculos, transformar experiências negativas em um aprendizado importante, ter "jogo de cintura", capacidade de adaptação, paciência - mas muita paciência mesmo - para estar sempre recomeçando e aprendendo, e bom humor.

Leve - Recomenda uma experiência em outro país?
Sofia - Recomendo, acho que todos que tiverem a oportunidade deveriam ir.

Leve - Como está a sua vida hoje? Quais foram as principais mudanças? Onde vive? Há nova chance de expatriação?
Sofia - Atualmente estou em Salvador, na Bahia, passando pela fase de "aclimatação", depois do período no exterior. Acho que todos os expatriados voltam com um olhar mais crítico sobre tudo, mas também com a sensação que nosso país é a nossa verdadeira casa, apesar de sermos cidadãos do mundo. Sempre podem surgir convites para expatriação, já houve até mesmo um convite, mas hoje, queremos que nossa filha vivencie um pouco da cultura de seu país e conviva mais com os avós e as nossas famílias.

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