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Hoje o óbvio: mudar cansa!

Depois de 4 anos na mesma casa...e lá vem mais uma mudança de endereço para virar a gente do avesso.
Não é só o fato de ter que lidar com a arrumação do que é importante e com o destino de tanta coisa. Acho que o urrrg de todo o processo é ter que estabelecer novos referenciais.
Só pra você ter uma ideia, tô há um mês morando aqui no Recife, mas ainda não achei um lugar pra comprar filé de peito de frango. Isso pode até parecer pequeno, ridículo diante da importância do acontecimento "a mudança"- mas que não encontrar o bendito filé, cortadinho, limpinho, bonitinho como comprava no Rio causa um desamparo danado, ah isso causa. Tá, tá bom, tô dramática, nem rodei meia dúzia de lugares pra achar a tal da carne, enfim...caixas cheias e quadros no chão me deixam meio reclamona, de má vontade, acho que é o cansaço.
Mas voltando aos referencias, se filé fosse o pior da história, tudo bem. A questão é que, além de ter que criar um "mapa de voo" por causa do novo endereço, quem muda por causa de uma transferência profissional - geralmente - encara isso sem ajuda. A família está longe, os amigos também e contato com vizinho ainda é evento pra dias mais calmos.
E a diarista de anos que não muda junto? Então, além de organizar as coisas, de ficar esperando o cara da internet - que não aparece - de brincar com o filhote - porque ele está de férias e você não iria querer que ele odiasse a nova casa se a mãe passasse o dia arrancando os próprios cabelos, você tem que limpar. É isso, tem que faxinar mesmo, varrer, lavar privada, esfregar roupa, passar... 
Tá bom, eu sei, essa é a realidade da maioria da mulherada: trabalha pacas fora de casa e horrores dentro dela. Mas gente, ninguém merece.
Certo é que a experiência - com as minhas próprias mudanças e com as mudanças das minhas coachees - me ensinaram muito. O aprendizado mais valioso: respeitar o tempo de aterrissagem! Como um processo para pousar um avião com segurança, é preciso ter um método para lidar com a mudança sem que haja mortos e feridos.
Não conhece nenhuma forma de deixar o seu pouso mais suave? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Quem sou? De onde eu vim? Pra onde eu vou? Essa eu sei: eu vou me mudar!

Não sei se você já teve a grande experiência de tentar sair de um mar bravo.
Você se posiciona estrategicamente fora da arrebentação. 
Vem uma onda atrás da outra. E você vai superando cada uma com muita classe. Em umas ondas você mergulha, em outras boia.
Você fica ali, só no balanço, até que surge uma marola. Aí você nada, nada, finca o pé na areia e sai: ereta, dourada, segura. A cena é linda, quase em câmera lenta. 
É você e o mar. 
É...você pode até ser sereia, mas o mar é poderoso: de repente, você já quase fora d'água e...chuaaaaaá! Minha amiga, que pancada. Eita onda traiçoeira. É parte de cima do biquini pra baixo, parte de baixo pro lado, pernas pro alto, língua pra fora.
Pois é assim que estou me sentindo: como se tivesse acabado de levar um baita caldo.
Depois de quatro anos em uma mesma cidade, mesma casa, estava me preparando para sair linda, leve e solta do mar e...chuaaaaá, lá vem outra mudança!
Não que eu não goste. Aliás, mudança está no meu DNA, me reinventei profissionalmente a partir das mudanças de endereço.
Mas, mesmo trabalhando com o tema, estudando  muito o assunto, você sabe, mudar é desestruturante.
Não é só o fato de organizar as "coisas", fechar contratos, lidar com despedidas e encarar as lembranças esvaziando os cantos mais esquecidos do guarda-roupa. É ter que fazer tudo isso e começar tudo de novo, em um novo lugar. É ter que levantar depois do caldo, e - ao mesmo tempo - ter que lidar com o vexame, com a água no nariz, com a areia sabe-se lá onde e por aí vai.
Eu - sinceramente - não vejo um lado bom de levar um capote à beira mar, a não ser o fato de fazer você pensar bem antes de encarar um marzão de novo. Mas consigo ver - sim - "apesar do caldo", vários pontos positivos quando a vida está embalada por uma mudança, especialmente quando ela é motivada por uma transferência profissional. 
Não consegue ver potencial na sua mudança? Não consegue identificar esses pontos positivos dos quais eu falei? Vamos conversar, eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Leve entrevista: Adaptação cultural e choque de identidade.





Era pra você estar feliz, já que estão em outro país, com upgrade no salário, usufruindo de benefícios.
Era pra você estar animada, mas nem a possibilidade de comprar a um preço nunca-antes-visto-na-história-da-sua-vida te faz abrir a porta.
Era pra você estar bem, afinal  tem a chance de fazer mil coisas que nunca teve tempo. Mas você está um caco...Pior, se sentindo horrível por se sentir assim.
Caaaalma. Você não está louca e é normal passar por isso quando se está em um ambiente desconhecido. Você vai entender mais adiante.
A conversa hoje é com uma especialista em mobilidade que nos apresenta um termo novo: a psicologia da expatriação.
Heloisa Yoshida - psicóloga, coach intercultural e sócia-diretora da Sistêmica Consultoria em RH – diz que ninguém passa imune a uma mudança de endereço - seja pra perto ou longe, exatamente porque mudança pressupõe que a vida já não será como antes.
Entre orientações para quem quer viver uma linda expatriação e dicas para melhorar o processo para quem já está longe, ela enfatiza: é preciso cuidar das mulheres expatriadas. Elas são o alicerce de uma expatriação bem-sucedida.
Obrigada Heloisa pela participação!
E você, aproveite!

Leve - De cada 10 expatriados em todo o mundo, 5 voltam para casa antes do fim da missão (Pesquisa Global Mobility Effectiveness). O principal motivo: falta de adaptação pessoal e familiar. Que choque cultural é esse que faz com que tantos adultos não suportem mais ficar longe de casa - por mais que esse “longe de casa” tenha data para acabar? 
Heloisa: A mudança do ambiente cultural - seja de um estado para outro ou de um país para o outro - é considerada um dos eventos mais traumáticos na vida de uma pessoa, ao lado da morte e da separação conjugal.
Antropologicamente falando, podemos dizer que a expatriação é um processo complexo de mudança de cultura, que exigirá da pessoa conhecimento das etapas do processo de ajustamento sociocultural.
É fundamental ter disponibilidade emocional para aprender e desenvolver  competências para lidar com o estranhamento que surge quando entramos em contato com novos valores, crenças, tabus, mitos, hábitos e costumes, ou seja, novas formas de viver, de se comunicar, de pensar e de se comportar. Se não estivermos dispostos a aceitar que a mudança não é só de endereço, teremos muita dificuldade em viver plenamente essa experiência.
É importante acrescentar outras situações que contribuem para o retorno precoce dos executivos e de suas famílias, como o casal de dupla carreira - isto é, quando os dois têm cargos de média gerência. Também são mais suscetíveis famílias com crianças menores de 5 anos, profissionais que prestam assistência financeira e ou emocional aos pais e parentes e casais que estão em crise conjugal.
A questão é que - normalmente -  o profissional e sua família ainda não são informados, como deveriam, dos sintomas físicos e emocionais resultantes do chamado estresse intercultural. Quando somos afastados do nosso ambiente, todas as dimensões do nosso ser são mobilizadas emocionalmente e fisicamente. Conhecer a psicologia da expatriação - ou seja - as fases, os sentimentos e sintomas característicos do processo de mudança de endereço pode ajudar a amenizar o choque cultural e, portanto, o retorno precoce.
A postura da empresa, nesse sentido, é fundamental para o sucesso da transferência.  Ter um programa de gestão que difunda a necessidade de uma educação intercultural e avaliar adequadamente se o profissional está apto para - em termos interculturais - ser transferido, ajuda a promover o sucesso de uma mudança.

Leve- É possível dizer que uma preparação para a expatriação não se trata somente de “guiar” a família por uma nova cultura e ajudá-la na adaptação? A mudança que uma expatriação provoca na dinâmica familiar e na vida do cônjuge pode ser mais dramática que o choque cultural?
Heloisa - É verdade, porque a transferência é do sistema familiar. A dimensão do choque cultural vivenciado pelos membros da família será decorrência da qualidade da interação – ou qualidade do relacionamento - entre os cônjuges e os filhos. Por isso, é importante que o casal esteja em sintonia fina para viver junto a experiência da expatriação.

Leve - Nesse trabalho de avaliar como somos capazes de lidar com o novo e o desconhecido, o que seria um indicativo de que ainda não estamos preparados para mudar de vida?
Heloisa - A globalização da economia internacionalizou o capital, as empresas, os profissionais, a família – enfim, as pessoas. Nesse contexto, os profissionais deverão, desde o início da carreira, procurar desenvolver competências como: comunicação intercultural, adaptabilidade social, habilidade de explorar outras culturas, motivação, flexibilidade, estabilidade emocional, habilidade de escuta, habilidade em administrar a ansiedade, habilidade de se afastar da família, habilidade de aprender na nova cultura, habilidade de administração do estresse intercultural, etc..

Leve - Para quem já está longe, como trabalhar a insatisfação para - assim - salvar a missão?
Heloisa - Uma sugestão para o executivo e sua família expatriada que estão vivenciando o choque cultural, ou seja, experimentando determinado grau de desconforto psicológico frente à psicodinâmica do estilo de vida em outra cultura, diria que procurasse entender e compreender o modo de se comunicar e de se comportar dos cidadãos desta cultura. Evitar impor seu ponto de vista cultural e passar a se comportar como os cidadãos desta cultura, que não violentem os seus valores culturais, sabendo que a sua permanência neste contexto é temporária e que o mal estar intercultural vai diminuir de acordo com a sua capacidade de relativizar e de flexibilizar.
Vale, também, procurar consumir cultura, fazer atividades esportivas de modo a diminuir os sintomas do estresse intercultural, além de manter contato com os parentes e amigos deixados na cultura de origem.

Leve - Gostaria de acrescentar algo?
Heloisa - O apoio e suporte para a mulher do executivo expatriado é um fator vital para o sucesso da missão  em outro contexto intercultural,  seja no Brasil ou no exterior. É a mulher que fica cara a cara com a cultura. É ela que vai lidar diretamente com as diferenças culturais, nas interações com os vizinhos, com a escola, com a rede de saúde, empregados, compras etc. Desse modo, prepará-la com antecedência para lidar objetivamente com a realidade do novo contexto terá reflexos sistêmicos no desempenho do executivo expatriado, na empresa e no sucesso da expatriação.

Esse é o seu caso? Está a frente dessa expatriação? Deixou os próprios interesses em segundo plano para apoiar a carreira do seu marido em outro lugar? Não está feliz com a sua mudança? Vamos conversar que eu sei como te ajudar!
Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Expatriação e maternidade.

Em se tratando de maternidade, tenho certeza que nos seus sonhos, assim como nos meus, o mundo é perfeito. 
E a maternidade é mesmo incrível. A parte linda é maravilhosa. O amor, o carinho, os sorrisos, as brincadeiras, as palavrinhas, o desenvolvimento, as conquistas. A possibilidade de reeditar a própria infância! De recriar a própria vida. Um mundo de descobertas e a descoberta de um novo mundo!
A questão é a parte difícil.
Vamos lá:
Pense em náusea. Agora pense em um enjoo que deveria - eu disse de-ve-ria - terminar passando o terceiro mês de gravidez. 
Pense no parto. No que você deseja e no que será possível fazer. 
Agora pense nos primeiros dias em casa com um ser que depende absolutamente de você.
Pense em você sem dormir direito, sem comer direito, sem tomar banho direito e sem saber direito o motivo daquele choro...o do bebê e o seu. 
Pense em como vai ser quando ele deixar o peito, o que vai comer, se vai comer direito. 
Pense na febre que não passa, na tosse que insiste, no sintoma que você nunca tinha ouvido falar.
Ainda, pense no desenvolvimento, pode ser que ele fale mais tarde, ande bem depois, não ganhe tanto peso, não cresça tanto...
Pense no primeiro dente, nos tombos, nas birras. 
Imagine a escolinha, a escolinha perfeita que não existe. Pense no choro pela separação nos primeiros dias, primeiras semanas, primeiros meses...Pense na primeira mordida...
Agora pense em tudo isso em outra língua, num ambiente com costumes diferentes dos seus, longe de casa. Pior, longe de casas: dos avós, tias, primas, amigas e de toda aquela gente que poderia te dar uma tremenda força!
Mas por que tudo isso agora?  Porque a blogueira e mãe Gisa Hangai pediu para contar no blog Mãe Bacana como é a experiência de criar filhos no exterior. 
Então se você está em busca de experiências mais concretas, dá uma passada lá no blog da Gisa que ela fez uma série de posts com mamães expatriadas. Interessante!!
Não está lá sabendo como conciliar os papeis de mulher, esposa, mãe expatriada? A expatriação não está sendo a experiência enriquecedora que você esperava? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Expatriação: as primeiras informações depois da notícia.

A imagem é típica. A pessoa chega em casa, conta que recebeu um convite para expatriação e - enquanto o frio na barriga passeia pelo corpo - revela qual será o destino. O que vem depois? A família  teclando como louca na internet atrás de informações sobre o país.
Como a ansiedade com a notícia impede uma busca mais tranquila, segue uma dica para satisfazer - pelo menos na hora - a curiosidade.
O IBGE tem uma página que reúne informações de 192 países. São dados sobre economia, política, além de indicadores sociais locais.
O material é interessante porque é literalmente desenhado. Você clica no mapa, clica no que quer saber e uma janela se abre com as informações. Simples assim!
Então enquanto vocês ainda estão meio aéreos com a possibilidade de tamanha mudança, espero que a dica ajude!
Para acessar a página do IBGE, clique aqui.
Mudou ou está de mudança por causa da carreira de outra pessoa? Quer encontrar uma motivação pessoal, só sua nessa jornada? Fale comigo, eu sei como te ajudar!
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Carmem Galbes

Saber mudar: a regra de ouro dos expatriados!

Expatriação não é pra todo mundo, é só pra gente grande, gente que consegue escolher, e abrir mão.
Ok, mas pode acontecer de você conhecer aquela pessoa super madura, ultra competente, mega envolvida, mas que acabou falhando exatamente em uma experiência internacional.
E aí?
Poderia listar mil motivos para o fracasso: não adaptação da parceira, dos filhos. Problemas com a comida, intolerância com a cultura, dificuldade com o idioma, etc, etc, etc...
É fato que a transferência para o exterior ainda é tida como uma promoção. Tudo bem, entendo, já que o processo não é barato para a empresa. A questão é que quando se trata o assunto assim, como um prêmio, parece que fica meio impossível pensar que o profissional não vá fazer de tudo para  ser um expatriado de sucesso. Parece que sai um pouco das "costas" da empresa a responsabilidade de fazer o processo vingar.
Mas como disse, expatriação é tema para os grandes. Jogo de empurra é coisa pequena. 
O mundo é gigante, e quando se quer transitar nele é preciso comprometer-se, não importa se você está expatriando ou sendo expatriado.
Mas isso basta? Basta responsabilizar-se, treinar, preparar?
Basta se for feito com a pessoa certa - melhor - com a família certa.
Pensando nisso, me veio uma frase ótima da psicóloga Andréa Sebben sobre uma das principais qualidades do funcionário global: "É necessário uma disposição sincera para a mudança – mudança de casa, de idioma, de pais, de alimentação e principalmente, mudança de si mesmo."
Embora não haja nada mais certo na vida que a mudança, somos resistentes à ela, somos mesmo. A diferença é que uns são mais, outros menos. Resta  definir a qual grupo pertencemos. Mais ainda, resta descobrir se podemos aprender a lidar melhor com as mudanças. 
Pensando bem, se conseguirmos aprender essa lição: a de bem administrar as mudanças - viveramos melhor, aqui ou na Conchinchina, expatriado - ou não, né?
Se você não está conseguindo lidar comn toda essa reviravolta na sua vida, se não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
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Carmem Galbes

Expatriação: quando a carreira da esposa fica de lado.

Mobilidade profissional é coisa pra gente grande.
A transferência é um processo que só vinga no mundo das pessoas que sabem que na vida não dá pra ter tudo. A mudança só será um sucesso entre as pessoas que sabem que vão ter que escolher, que vão ter que abrir mão de algumas coisas para alcançar outras. 
O drama - sim, porque somos adultas, mas amamos um drama - é que as escolhas mais drásticas acabam recaindo sobre a coexpatriada. 
O drama - olha ele aí de novo - é que ainda é a mulher- 8 em cada 10 casos - que deixa trabalho, carreira, colegas etc e tals para seguir o maridão - o titular do convite para a transferência.
É...a conversa sobre esse lance de deixar tudo de lado para seguir os projetos do outro não é fácil, mas ela tem que existir. 
Não dá pra partir nessa viagem sem esclarecer direitinho como vai ser esse negócio de pausa na carreira, período sabático, férias longas ou chame lá do que quiser.
Além de conversar muuuuito sobre o tema, interessante também é traçar um plano antes de partir. 
Ok, você vai deixar o trabalho, mas vai fazer o que lá longe? Descansar, estudar, trabalhar em uma coisa completamente diferente, voluntariar, dar mais atenção aos filhos, mais atenção a você? Possibilidades não faltam!
E como vai ser na volta? A quem você vai recorrer, como você vai se recolocar no mercado?
De qualquer forma essa experiência vai te mudar pra sempre e, talvez, você não queira mais a vida pré-expatriação.
Bom, tem sempre alguém tentando emplacar uma receita. Mas receita mesmo -  aquela do tipo faça isso que aquilo dará certo - não tem, porque cada casal, cada família tem seus acordos, ambições e crenças....enfim...
Mas e se você se pegou nessa angústia - nisso de ver seus planos de escanteio - já no meio da expatriação, e está aí cheia de crise, no maior climão em casa
Aí...bom...aí...senta e conversa com o amor  e tenta resolver. Esse é um trabalho que não dá pra transferir. Não dá pra terceirizar. Vocês embarcaram juntos nessa, e para a casa não cair os dois vão ter que bater laje! 
Vai ser cansativo, dolorido, vai ter dedo apontando, vai ter choro e ranger de dentes...
O trabalho é pesado, afinal de contas mexeram com a sua carreira, tocaram   na sua vaidade, nas suas referências, na sua fonte de energia e conexão com o mundo!
Ok, tudo bem, concordo que nada garante que vocês vão sair juntos dessa tentativa de botar os pingos no is, mas há grandes chances de - pelo menos - vocês saírem mais maduros desse processo. Ajuda?
Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
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Carmem Galbes

Portal para Repatriados.

Governo lança o Portal do Retorno. Objetivo: facilitar a vida do brasileiro que está voltando pra casa.
Mas antes de seguir nos detalhes, pausa para pensar um pouco sobre o tema.
Expatriação é linda! Tem um certo brilho, um glamour na palavra. Carrega a promessa de uma vida nova, cheia de boas possibilidades. 
Já repatriação...vixe!
Primeiro que seu significado gera muita confusão. Tem gente que acha que repatriação apenas ocorre com o sujeito que foi expulso do país onde vivia ou estava numa situação sub-humana no exterior e só conseguiu voltar para o Brasil por causa de uma  ajuda do governo.
Mas num mundo em que os profissionais vão e voltam a todo momento, repatriação não tem - ou não deveria ter - essa conotação de ilegalidade. 
Ok, tudo bem, a repatriação é - sim - ainda empurrada lá pra debaixo do tapete até pelas empresas mais empenhadas em promover um processo de transferência que gere satisfação para patrão e funcionário.
Ainda acontece com muitos profissionais expatriados: voltam com a família deslocada na cultura, sem função na companhia e acabam partindo para outros desafios. Levam um patrimônio riquíssimo, mas que acabou não rendendo na empresa que expatriou por causa da falta de cuidado com o retorno.
Nossa...isso dá livro, e é óbvio que tem gente analisando o assunto por aí.
Mas...voltando ao Portal do Retorno, o Ministério das Relações Exteriores avisa que a proposta com  a página é dar um apoio especialmente para o brasileiro que partiu por conta própria e não tem o respaldo de uma empresa para voltar. 
É que a repatriação pode ficar ainda mais dramática quando a pessoa volta porque seu sonho no exterior acabou afundando junto com alguns países. O governo estima que, com essa crise econômica mundo afora, o número de brasileiros no exterior caiu de 3 milhões para 2.5 milhões nos últimos cinco anos.
Por isso é que o Portal não se limita às dicas práticas, relacionadas - por exemplo - à mudança, bagagem e documentação. Aborda questões como empreendedorismo e investimento. 
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a proposta com esse apoio é possibilitar uma readaptação de fato no Brasil: "O retorno ao Brasil tem se mostrado um desafio para grande parte dos emigrantes. Após buscar a reinserção econômica no Brasil, sem êxito, durante alguns meses ou anos, muitos são levados a re-emigrar, novamente em condições de vulnerabilidade - ou seja, sem visto de trabalho, e muitas vezes assumindo dívidas para reembolso dos gastos de viagem. As causas mais comuns para a re-emigração nessas condições são: incapacidade em reinserir-se no mercado de trabalho; insucesso dos empreendimentos no Brasil; e queda de nível de vida e de renda em relação ao período passado no exterior."
Algumas dicas podem não fazer muito sentido para o expatriado que tem um apoio corporativo - mesmo que não seja o ideal - para voltar ao Brasil. De qualquer forma, o novo Portal é uma fonte de informação e uma mobilização importante em prol de um retorno mais cuidadoso.
Para saber mais clique em: Portal do Retorno.
Está voltando para o Brasil? Não sabe como lidar com a sua nova vida em um antigo lugar? Vamos conversar, eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes
Imagem: Desenho: Gabriela Misaki Kojima, menção honrosa no III Concurso de Desenho Infantil "Brasileirinhos no Mundo".

Quando a mudança é pra...China!

Sua família planejou tudo. Tem um idioma estrangeiro - ou mais - dominado. Estudou a empresa para saber como e quando se candidatar à uma transferência para o exterior. Sabe direitinho o que quer no pacote de benefícios. Guarda - meio secretamente - os países que sonha em ver os filhos crescerem.
Aí vem o convite! Mas o destino não é nada daquilo que estava no roteiro...
Por isso que temos que saber direitinho o que a gente quer com uma expatriação.
Você pensa em um cargo no exterior porque isso poderia ajudar a sua família a ganhar mais? A ter uma melhor qualidade de vida? Ter mais segurança? Acesso às melhores escolas? Aprender um idioma? Ou para você uma transferência seria importante por acreditar que a vida pode ser vivida de várias formas e que há muitas maneiras de se viver?
Tenho pra mim que estar alinhada com a segunda proposta pode diminuir a chance de frustração.
Sim, porque de repente você pode ter que ir pra um lugar com cultura bem diferente da nossa...sei lá...um exemplo real...você pode ter que ir...pra China!
Ok, tudo bem que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, portanto ir pra lá não deveria ser uma grande surpresa. O problema é essa pesquisa da Brookfield que aponta a China como o país que oferece maior dificuldade para a adaptação de estrangeiros.
O bom é que o planeta tem bilhões de anos e a gente sempre acha alguém que trilhou o caminho antes da gente.
É o caso de uma associação criada especialmente para receber pessoas como você - virgem em China!
A Brapeq - Brasileiros na China - existe há cinco anos. É um grupo - pelo que ví - bem estruturado, mantido voluntariamente por brasileiras que estão já há algum tempo na Ásia.
Então, respira cinco vezes no saquinho de pinga (é aquele que você guardou de recordação quando comprou sua cerva nos States) e bora lá aprender a viver em mandarim!
Carmem Galbes

Intercâmbio: um bom começo para um futuro expatriado.

Para algumas pessoas o convite para expatriação chega de surpresa, cai como uma bomba, bagunça tudo e pode ser muito legal, ou não, né - caetaneando...
Mas para um outro grupo, expatriação é meta de vida. E a pessoa se prepara mesmo. Estuda outros idiomas, planeja como a carreira pode levá-la ao embarque internacional, está sempre antenada em que parte do mundo ela poderá ser útil, enfim, investe tempo, dinheiro, paixão.
Para quem tem fé que morar no exterior tem tudo para ser tuuudo de bom - mas não sabe direito por onde começar - um intercâmbio pode ser um preview interessante. Em uma experiência assim pode-se conciliar a imersão em um outro idioma, em uma outra cultura. Acho - de verdade - que dá pra dar uma ideia se temos ou não o perfil para a expatriação, se damos conta de aceitar um outro modo de viver.
Se você também acha que um intercâmbio é um bom começo para uma existência "expatriática", o site da Voce SA traz algumas dicas de como escolher uma instituição lá fora. É coisa rápida, mas não deixa de ser um norte. O link para as dicas está aqui.
Carmem Galbes

Para quem está perdido: manual de expatriação.

No Brasil, expatriar ainda é raro, ainda é caro. O processo deveria ser, então, muito bem desenhado para que a transferência fosse um sucesso para profissional e empresa. Mãssss - como diria uma amiga gaúcha - a coisa não é bem assim.
Tem companhia que começa a mandar talento pra fora sem ao menos ter uma política de expatriação. 
Política de que
Especialistas em mobilidade global dizem que política de expatriação é fundamental porque pavimenta e sinaliza caminhos.
Esses mesmos especialistas argumentam que a padronização das ações ao expatriar ajuda, por exemplo, a dar coesão às decisões. Assim as transferências não são tratadas caso a caso, o que pode evitar frustrações, demissões ou futuras brigas judiciais.
O documento também é importante para passar as regras adiante em caso de outras transferências, independente da existência de um departamento de expatriação.
Para os especialistas, uma política de expatriação bem estruturada deve contemplar tópicos como:
* Resumo do cargo a ser ocupado no exterior,
* Remuneração e benefícios,
* Que tipo de apoio que o profissional e a família terão na saída do Brasil e na chegada a outro país,
* Valores da ajuda de custo lá fora, o que é temporário e o que é fixo.
*  Processo de repatriação.
Interessante ver como o blog da Leve recebe gente em busca de informações sobre esse complexo processo de mandar alguém pro lado de lá da fronteira. 
E não é que nesse marzão que é a internet eu encontrei um manual?
Verdade, é isso mesmo, eu achei esse manual em uma página portuguesa - a Pmelink, "que trabalha para potencializar o crescimento e a rentabilidade de pequenas e médias empresas, maximizando a sua eficácia e minimizando o investimento de tempo e recursos."
Espero que o manual ajude - ao menos - a organizar as ideias. Boa sorte!
Para acessar o material é só clicar aqui
Carmem Galbes

Expatriação: cobrança e culpa.

Olha o cenário: você tocando a vida. Trabalhando, estudando, cuidando, limpando, economizando, gastando, planejando, acertando, errando...mas tocando a sua vida. Aí chega o gato com o olhar cintilante  e dispara: promoção! Para na seguinte tomada de ar erguer as sobrancelhas, arregalar os olhos e soltar a bomba: vou trabalhar no...no...no cafundó de Judas.
Mesmo sem saber ao certo se isso é legal ou se é uma pegadinha do Mallandro (nossa, essa foi trash)  você grita: "uhu!" e dá aquela olhadinha de lado para um último: "yeah..."
E vem a lista de benefícios. Você: "pô, legal!" Aí vem a lista de orifícios, sim, porque você vai ver que o buraco - quando se vai pra longe - é mais embaixo.
Adeus "eu sei, eu sou.
Pirei! será a única certeza. 
Hello bagunça!  
A coisa pode ser linda, maravilhosa mesmo, ou horripilante. Vai depender muito do quanto você é capaz de se reinventar e de rir da própria cara.
Mas a questão nem é essa. Quero falar mesmo é com o galã dessa história.
"Vamu-quebrá-o-pau-que-nem-gente-grande?"
 É muito difícil ter almoço grátis nessa vida. Você foi além da fronteira e alguém bancou essa viagem louca com você. Então não me venha com esse nhenhenhém de que sente o peso da cobrança quando a coexpatriada resolve abrir o coração e falar da angústia ou até mesmo da frustração de ter mudado tanto a própria vida em nome de...alguém...
Ok, tudo bem, quando se é grande de verdade é proibido jogar a responsabilidade das próprias escolhas nas costas alheias, mas é preciso entender que não se pode pensar que a madre Teresa ou a altruísta aí do lado não vai, vez em quando, questionar tamanha doação.
Então pra não ficar brincando de gente-legal-pra-caramba e ficar se entupindo de mágoa até o relacionamento desmoronar, vamos fazer uma listinha
Primeiro para quem acompanha:
- A expatriação exige uma tremenda doação de quem acompanha o expatriado. Por um período, o outro será a prioridade. Você será a centralizadora dos problemas, das angústias, das chatices, das alegrias também, mas não será o centro das atenções. Suas ambições, desejos, sonhos ficarão para um capítulo seguinte. Entonces, se você não aprendeu a a trabalhar na coxia ou não quer atuar assim, PEDE PRA SAIR da sala de embarque.
Essa é para quem é o motivo da expatriação:
- É fato, assim como vai ser cobrado para dar resultado na empresa, você vai ser cobrado pelas mudanças que provocou na vida - ou vidas - em torno. Dica: pega bem  reconhecer tamanha doação. Agora, se você faz beicinho quando tem um dedo apontando pro seu nariz, dá meia volta e fala pro chefinho que seu lugar é por aqui mesmmm, sabe.
Essa é para todo mundo:
- Se você acha que de certo na vida só a morte, então agarra o passaporte e carimba essa oportunidade - ou seria o contrário? Enfim, comece a exercitar a despadronização, porque o que era embaixo vai pra dentro, o que estava fora, enraíza e o que era um tornado tende a virar uma brisa suave com o passar das estações.
Já embarcaram? Você está tentando mas não está conseguindo segurar sozinha a barra de ser uma coexpatriada? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...