Contratando.

Olá, X!
Essa vai para quem está “doidio” para voltar, mas não sabe por qual caminho.
Um ano depois do início da chamada maior crise econômica desde 1929, as notícias parecem ser mais amiguinhas.
Um levantamento conduzido em 35 países pela consultoria de recursos humanos, Manpower, revela que as empresas no Brasil estão entre as que mais vão contratar no último trimestre do ano, atrás apenas da Índia.
A expectativa é que os setores de serviços e financeiro sejam os campeões em contratações.
A China é outro país que vai abrir vagas. Nas Américas, Colômbia e Argentina também pretendem aumentar seus quadros de funcionários.
Já os empresários dos Estados Unidos e México indicam que vão, no máximo, conseguir manter o número de colaboradores.
O estudo está na edição de hoje do Valor Econômico - matéria disponível só para assinantes.
Pela pesquisa, as demissões no período devem ocorrer principalmente na Europa, Oriente Médio e África.
Pedro Guimarães, diretor comercial da Manpower Brasil, disse ao repórter Rafael Sigollo que "o mais importante é que não se trata apenas de simples otimismo, mas de planos concretos das companhias para aumentarem seus quadros."
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"Pirambulando"

Olá, X!
Já conversamos várias vezes sobre a importância de cuidar da saúde do corpo, da mente e da alma quando decidimos embarcar na aventura da expatriação.
É que pode acontecer cada coisa nesse processo...a lista é grande: tem de dor de barriga à depressão.
Navegando por aí, fiquei sabendo que estamos sujeitos a desarranjos ainda mais estranhos...
Por exemplo, você conhece a síndrome de Stendhal?
Pois é, ela atinge estrangeiros maravilhados com as atrações mundo afora. Sim, tem gente que enlouquece com tanta beleza! Os sintomas são vistos mais em mulheres solteiras, com menos de 40 anos, que viajavam sozinhas e se manifestam sob forma de vertigem, perda do sentido de identidade, falta de ar, taquicardia e alucinações.
Em geral, dizem os especialistas, as pessoas melhoram assim que deixam o local, fonte de tanto encanto.
Segundo a matéria publicada no Le Monde e divulgada pelo Uol, “essa síndrome acomete (principalmente) japoneses que vão morar em Paris e não conseguem se adaptar, deprimidos por uma cidade que não é como eles haviam idealizado.”
E sobre a síndrome da Índia, já ouviu falar?
Os ocidentais são as principais vítimas. Segundo Régis Airault, psiquiatra que trabalhou no consulado de Mumbai, o choque cultural é tamanho que alguns perdem a cabeça. "A viagem, como uma separação, uma mudança, pode causar um colapso nervoso nas pessoas...Essa desconexão física parece se produzir com mais facilidade em certos lugares carregados de sentido pela história e pela cultura de origem da pessoa", explica.
Então o negócio é ficar atenta. Ninguém está livre de "pirambular", de dar umas piradinhas esporádicas, o bom é que para algumas delas a gente já consegue dar - pelo menos - nome!
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Cinco perguntas e uma boa surpresa. Cingapura.

Olá, X!
Dessa vez o olhar de expatriada vem da Ásia.
Um caldeirão cultural, Cingapura - com C ou com S, as duas formas são encontradas - está entre a Malásia e a Indonésia. República parlamentarista desde 1959, quando deixou de ser colônia britânica, o país é uma potência industrial e tecnológica, além de ter um forte mercado financeiro. Diferente do que se vê nos outros tigres asiáticos, o valor do trabalho em Cingapura não é barato, um dos sinais do alto nível de escolaridade dos habitantes.
A moeda é o dólar de Cingapura, que na taxa de hoje vale R$ 1,27.
Mas quem fala um pouco mais sobre o país, inclusive no que se refere ao impacto da crise econômica, é uma paulista que fez as malas para acompanhar o namorado expatriado.
Maria Claudia Araujo desembarcou por lá há 5 meses, tempo que ainda carrega uma boa carga do que eu chamo de TPM, tensão pós-mudança.
A Relações Públicas diz que já se articula para entrar no mercado de trabalho cingapuriano. Enquanto isso ela detalha o dia-dia por lá em seu blog.

A gente agradece as dicas!

Cinco Perguntas:
X
- Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
MC - Antes de mudar para Singapura passei um semestre na Holanda, a trabalho. Como meu namorado é holandês, morava com ele, o que facilitou muito o processo de adaptação. Apesar de algumas diferenças como o clima, comida e idioma, eu me sentia verdadeiramente em casa. Já em Singapura, não posso dizer o mesmo. Estamos aqui há quase 5 meses e sei que ainda é cedo para afirmar que não me sinto em casa, mas o país é realmente muito diferente do que estava acostumada, até na Europa. Mas Singapura é um país multicultural, com 4 idiomas oficiais - inglês, mandarim, malaio e tâmil - e gente do mundo inteiro, e fica difícil absolutamente todo mundo se sentir em casa, né? Mas ao mesmo tempo que não me sinto em casa, também não me sinto uma estranha no ninho. Não tive grandes choques culturais.

X - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
MC - A parte mais difícil é a busca por trabalho. Tenho uma boa formação e inglês fluente, e achei que fosse ser muito mais fácil conseguir um emprego do que está sendo. Mas há dois agravantes: o primeiro é o momento atual - as empresas não estão contratando muita gente e, se contratam, têm que dar preferência para os cingapuriano (iniciativa do governo); e o segundo é o meu visto - como não sou casada, não tenho visto de dependente. Mesmo meu visto estando atrelado ao do meu namorado, quando uma empresa quiser me contratar vai ter que tratar da papelada no ministério e muitas empresas preferem contratar alguém que já esteja com a situação regularizada.

X - O que faria diferente?
MC - No momento, ainda não posso avaliar o que gostaria de fazer diferente. Estou muito confortável com as decisões que tomei, inclusive a de não casar só por causa do visto.

X - Toparia ser expatriada de novo?
MC - Sem dúvidas!! Essa já é a terceira vez que moro fora (a primeira foi em Barcelona para estudar, a segunda na Holanda e agora Singapura) e adoro. É uma oportunidade única para viver novas experiências, se reinventar, mudar a rotina... é trabalhoso, e às vezes difícil, mas vale muito a pena!!

X - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
MC - Eu esperava um país moderno, limpo e seguro - exatamente o que encontrei. A tranquilidade de morar aqui não tem preço. Também esperava morrer de calor e não gostar da comida local, o que também aconteceu! Mas nada impossível de administrar. A expectativa de encontrar emprego rápido virou pó, mas ainda tenho esperança que, quando a economia der uma melhorada, novas oportunidades apareçam.

A boa surpresa:
A possibilidade de viajar para vários lugares tão distantes do Brasil que eu nem sonhava! Tailândia, Malásia, Bali, Ilhas Maldivas, Camboja, Vietnam... é tudo aqui "do lado"!

Quando a manicure não vai na bagagem.

Olá, X!
Diante da complexidade da experiência, você pode pensar com os seus cantinhos do dedão: “quem está preocupada com as unhas em meio à tanta coisa nova?”
Pode acreditar, se você é uma fiel cliente das profissionais brasileiras vai, sim - entre um suspiro e uma espiada para a cutícula gritando - sentir no peito a dor da saudade de quem deixava você pronta para dedilhar por aí.
Mas o interessante mesmo é perceber de que forma um episódio carregado de pecado - a vaidade - pode indicar como o preconceito ameaça deixar seu dia-dia em terras distantes menos produzido e, portanto, um pouco mais difícil.
Lembro que deixei o Brasil com a plena convicção de que ou aprenderia a cuidar das minhas próprias unhas ou iria ter de aceitá-las como são. Motivos: o alto preço e a baixa qualidade do serviço das manicures que atuam em outros países. Isso é o que falam por aí...Então, tentei de tudo: de unhas postiças - horrendas - ao faça você mesmo - um desastre.
Até que, abrindo a mente e batendo papo, consegui uma indicação. Cheguei a um salão de vietnamitas. Sim, em Houston, são elas as experts no assunto.
Claro, claro, elas tiram cutícula, lixam as unhas e fazem uma massagem que avança até ao antebraço. Nada de esmalte borrado. Trinta minutos, 15 dólares e 20% de gorjeta depois, você está pronta! Pé e mão saem por 25 dólares. Com o suporte de uma conta bem rápida, você argumenta: 50 Reais pé e mão, fora a gorjeta? Um absurdo!
Eu digo: enlouquecedor é ficar convertendo os gastos sem fazer o mesmo com os ganhos...mesmo assim rola uma culpa...O que pode acontecer é você não se dar esse trato toda semana...
Mas nem é esse o ponto que eu quero chegar. O fato é que, de volta para casa, fui, sem medo de ser feliz, para a manicure. Pasme! As duas experiências foram frustrantes até agora: as “magas” no assunto arrancaram cada bife que vou te falar.
Não sei se é a cultura americana de processar todos por tudo, se é o cuidado ou a delicadeza das profissionais, sei lá, mas nunca vi uma pontinha de sangue enquanto o alicate trabalhava no salão que eu ia em Houston!
Ok, manicure é cargo de confiança, vou ter que encontrar a minha! Será que tem vietnamita por aqui?
Olha o preconceito, menina!
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Expatriação: nem todo mundo entende o que é.

Olá, X!
Tenho que confessar: sou da geração que ama explicar as coisas com números, apesar de admitir que a estatística é cruel quando a exceção é a gente.
Pois bem, a última edição da revista Você SA traz aqui e aqui alguns dados interessantes sobre o universo “expatriático”. As matérias procuram indicar que a expatriação já não tem mais aquele “gramourrr” todo e que tem muita gente pensando 107 vezes até fazer as malas.
E não é que as porcentagens estampadas nos textos são de arrepiar:
* 40% das expatriações são malsucedidas. O principal motivo: a família tem dificuldade em se adaptar à cultura estrangeira- Mercer Consultoria.
* 42% das empresas garantem um cargo ao funcionário que está de volta - Mercer Consultoria.
* Apenas 8% dos expatriados são promovidos quando voltam do exterior - Hay Group Consultoria.
* 15% dos repatriados pedem demissão até dois anos após o retorno - Ernst & Young. Motivos: muitos ficam sem lugar na empresa, não recebem promoção ou voltam para as mesmas tarefas.
Eu sei, eu sei, já falaram aqui que expatriação não é pra todo mundo. Concordo! Mas é fato que tem gente que só de ouvir dizer que a água está fria, nem leva o maiô.
A repórter recorre à uma pesquisa da Companhia de Talentos Consultoria para ilustrar a resistência à mudança: “entre 2003 e 2009, o item carreira internacional caiu do segundo para o nono lugar entre as prioridades dos jovens ao escolher um emprego”. Na GE, por exemplo, o assunto está prestes a virar tabu. “Atualmente, cerca de 40% dos funcionários sondados pela companhia para uma vaga lá fora não querem deixar o país.”
Eu - “humirdemente” - poderia defender que vale a experiência. Que a vivência longe de casa planta em nossas almas as sementes da liberdade e da autossuficiência, porque, apesar de todo o suporte, a estrada da expatriação tem muitos trechos que devem ser trilhados sozinho.
E tem outra verdade que pouca gente gosta de encarar: carreira é uma, e apenas uma, das motivações da vida...
Imagem: SXC

Off road.

Olá, X!
O Estadão de hoje traz duas histórias típicas de gente que nasceu em um país marcado por tormentas econômicas, mas que nem por isso está preparada para lidar com o problema lá fora.
Na reportagem, uma brasileira - manicure na Espanha - conta como a clandestinidade e a crise fizeram com que ela voltasse para a prostituição em Madrid.
No Japão, é um operário de 52 anos - agora sem teto - quem relata como as exigências tem afunilado o já estreito mercado de trabalho nipônico.
Toda vez que recebo notícias sobre dramas de brasileiros no exterior a linguística furta meus pensamentos.
O dicionário Michaelis traz que imigrante é aquele que se estabelece em país estranho. Expatriado é quem deixa voluntariamente a pátria. Então, todo aquele que vive pra lá da fronteira é imigrante ou expatriado, tanto faz - ou faria. É que a semântica trata de diferenciar bem os dois. Tanto é que o imigrante pode carregar o adjetivo clandestino. Nunca vi um expatriado ilegal.
Diria que enquanto o imigrante parte com um planejamento próprio, o expatriado conta com uma rede de apoio que envolve aspectos psico-sócio-econômicos, o que ajuda - e muito - a integração e a permanência no exterior.
O fato é que, na recessão ou não, com ou sem apoio, quem decide partir tem que carregar na bagagem uma maleta pessoal de primeiros socorros.
É que se o imigrante não tem nenhuma garantia de que vai viver bem ao chegar ao novo endereço, o expatriado não tem nenhuma certeza de sucesso na volta para casa.
Portanto, mesmo que a viagem tenha começado em uma linda estrada pavimentada,
quem está longe corre sempre o risco de cruzar com trechos off-road, e sem GPS!
Mas...o que levar mesmo na maletinha? Cada um sabe onde o calo aperta.
Imagem: SXC

X! Entrevista. Expatriação e guarda-roupa.

Olá, X!
A cama abarrotada de roupa. Você enrolada na toalha, plantada em frente às portas escancaradas do armário e com aquela pergunta atormentando enquanto o relógio não espera: com que roupa em vou?Se até Noel Rosa ficou em dúvida, imagine quem está bem longe de casa e dos costumes?
O bom é que sempre tem alguém para facilitar o caminho de quem precisa se ajustar a um guarda-roupa gringo.
A consultora de imagem
Alana Rodrigues Alves - uma das pioneiras no Brasil - é quem conversa com a gente. Ela ressalta a importância de se conciliar o gosto próprio aos costumes locais e traz um roteiro pra lá de útil para expatriadas e expatriados viverem com elegância essa fase da vida.
Aproveite as dicas!

X - Roupa, cabelo, unha, maquiagem...Respeitar a cultura que nos recebe é fundamental, ainda assim é possível a adequação aos padrões locais sem agredir o próprio conceito do que é belo?
A história da vestimenta surgiu com a necessidade de proteção do corpo contra agentes externos, como o frio - por exemplo. Mas já faz tempo que percebemos como uma pessoa pode se diferenciar da outra por meio da roupa. Hoje a imagem que refletimos é de extrema importância e de rápida absorção por todos os meios - pessoal, social ou profissional.
Muitos locais possuem códigos de vestimentas diferentes da nossa cultura, por isso é importante que se pesquise sobre o destino para diminuir as chances de gafes e constrangimentos.
Interessante que os problemas podem ocorrer dentro de um mesmo país. Acompanhe essa história: uma brasileira integrada aos costumes de uma metrópole americana vivia seu dia-dia com roupas de grifes, saltos, maquiagem marcante e cabelo sempre escovado.Um dia se deparou com a transferência do marido para uma cidade do interior, onde tudo era calmo, pacato e com quase nenhuma opção de consumo. Ela continuou usando o que estava acostumada, até sair de casa e perceber que as pessoas olhavam de forma diferente para ela. Na escola de seus filhos ninguém nem a cumprimentava, nos lugares que frequentava - como mercados, farmácia, shoppings - se sentia um peixe fora d'água.
O problema é que, naquele lugar, ela transmitia ostentação excessiva e um ar de superioridade. Essa imagem afastava as pessoas que se sentiam ofendidas e incomodadas com a presença dela.
Percebendo isso, ela passou a usar roupas mais simples - mas sempre de excelente caimento e qualidade de tecido - uma maquiagem mais suave e reservou a escova só para os finais de semana. Restringiu o uso de jóias e acessórios muito pesados e trocou saltos altos pelos mais baixos e sapatilhas. Isso a deixou mais suave, com uma aparência mais receptiva. Ao mesmo tempo ela não perdeu sua personalidade e estilo. Ela teve sabedoria para unir o que sempre considerou belo ao que era aceitável em sua nova comunidade. Então é importante - sim - manter sua identidade em qualquer lugar do mundo, mas é preciso adequar seus gostos à vestimenta local.

X - A mudança de endereço provocada pela expatriação pode ser um bom motivo para reavaliar o guarda-roupa. Sabemos que essa seleção depende de preferências pessoais, mas quais peças deveriam definitivamente ficar no Brasil - pois só são usadas aqui - e quais deveriam embarcar nessa nova fase da vida?
Eu desconheço peças que SÓ podem ser usadas aqui. O que pode acontecer é que, dependendo do país de destino - por exemplo a Turquia, você com certeza não irá usar uma mini-saia ou decotes profundos. Por isso, se informar sobre os costumes no novo endereço é o melhor caminho, isso ajudará você a conhecer os códigos da região, facilitando a adaptação do seu estilo ao guarda-roupa local.
Vale a dica: é sempre bom dar especial atenção a tudo que mostre muito corpo - das roupas curtas e muito justas, aos decotes profundos e até as rasteirinhas.
Peças muito características de um local devem ficar nesse local. Explico: se você mora no Rio de Janeiro e está de mudança para Paris, não leve cangas, shorts muito curtos, tops, rasteirinhas e regatas simples, pois lá - por mais que seja verão - a mulher é menos casual.
Caso esteja indo para um local muito frio, valem as botas, casacos, mantôs e tricots mais pesados.

X - O que não pode faltar no guarda-roupa de uma expatriada?
O que não deve faltar é sempre um bom jeans - para quem gosta, calças de alfaiataria, camisas brancas, camisetas em bom tecido - aqui não falo das largas, de algodão, da Hering e sim daquelas que deixam o look mais arrumado. Um blazer casual é sempre útil. Um vestido discreto e em excelente tecido - o famoso pretinho básico - é indispensável. Tricots em fio modal são simples e fazem ótimas produções. Sapatos que goste e se sinta confortável, claro que chinelo é só para praia.

X - É possível ter um guarda-roupa global, que “sirva” em qualquer cultura?
Acredito que as peças discretas são globais. Menos é mais, isso vale em qualquer lugar do planeta.

X - Que tal dicas de um look global para certas ocasiões que os expatriados enfrentam?
Jantar de negócios
Feminino
: um vestido em cor neutra - preto, marinho, cinza, bege, marrom - em excelente tecido, com comprimento no joelho e decote discreto - o canoa é perfeito. Pode ou não ter mangas, dependendo do clima. Sapato fechado com salto médio - no máximo 5 cm e formal, nada de plataformas ou salto de madeira. Bolsa carteira, jóia ou acessórios discretos - brinco, anel ou colar - e caso esteja um pouco frio, um casaquinho de tricot de seda finaliza bem a produção. Dependendo do país, o uso da calça é obrigatório.
Aqui o que deve chamar a atenção são os negócios e não o seu corpo ou um acessório em especial.

Masculino: Sempre mais fácil. Terno em excelente qualidade com comprimentos de mangas, calça e paletó corretos e em cor preto, marinho ou cinza escuro - nada de ternos em cores claras. Uma bela camisa e gravata que combine com a camisa e o terno escolhido. Um bom relógio e sapatos im-pe-cá-veis. Barba sempre feita.

Encontro com colegas e suas famílias
Feminino
: uma calça em jeans ou sarja em bom estado e que esteja vestindo bem. Uma blusa que esteja de acordo com o clima, mas nada de peças justas, muito decotadas, cavadas, que apareça a alça do sutiã. Sapatilha ou um sapato mais confortável, nem pensar em tênis e roupa de ginástica. Se estiver mais quente, pode-se usar um vestido discreto em modelagem, mas com estampas e cores mais vivas - comprimento no joelho, e uma sandália confortável.
Se estiver frio, um bom trench com uma bela echarpe ou pashimina e bota.
Aqui o que conta é o estado da sua roupa e se está se vestida adequadamente ao corpo que tem. Se esses dois pontos estiverem ok, estará bem. Isso vale para os homens também.

Masculino: uma calça jeans ou casual com uma pólo e sapatênis fazem bem o papel. O que não dá são bermudões floridos, chinelos, camiseta estampada, camisas em poliéster, sapatos ou tênis muito gastos.
A regra para homens e mulheres que querem transmitir uma boa aparência é: roupas em boas condições, que vistam bem - isso não quer dizer que se estiver em forma pode usar roupas justas e curtas. Os sapatos devem estar sempre limpos e bonitos.

X - No caminho inverso, que dicas daria para a expatriada que está voltando para o Brasil? O que não deixar de trazer?
Tudo para um clima de verão, afinal tudo aqui é mais usável. Quanto ao guarda-roupa, não temos muitos pudores. As peças muito invernais - como casacos e blusas de lã, peles, luvas, boinas, um monte de botas, roupas térmicas e de esqui - ficarão guardadas no armário por um bom tempo. Aqui o inverno é muito sutil e rápido.

X - Faz alguma indicação de leitura ou pesquisa?
Os livros da Gloria Kalil: Chic Homem e Chic Mulher, Chic(érrimo) e Alô Chics.

X - Gostaria de acrescentar algo?
A arte de se vestir bem e de causar uma boa impressão está baseado no auto-conhecimento. Como isso não é fácil e, muitas vezes, nosso senso crítico não vem acompanhado de técnicas, o auxílio de um consultor de imagem pode ajudar muito no
processo.

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...