Expatriado, garanta seus benefícios!

É certo: você fala que está estudando uma proposta de expatriação e logo perguntam sobre os benditos benefícios.
Antes de qualquer coisa, anote aí: o trabalho de brasileiro no exterior é regulamentado pela lei 11.962.
Entre outros direitos, o expatriado tem: adicional de transferência, custeio de passagem, seguro saúde e de vida. Isso está garantido por lei.
Agora, itens como auxílio aluguel, bolsa de estudo para filhos, transporte e apoio para transição cultural são benefícios.
As empresas acostumadas com transferência têm - ou deveriam ter - uma política de expatriação. O documento detalha - ou deveria detalhar - o que se espera do expatriado, como ele vai ser remunerado, como ele e a família serão tratados no exterior, como e quando vai ocorrer a repatriação.
Geralmente, o pacote é padrão, comum a todos que são transferidos de país. Geralmente, o expatriado gosta do que é oferecido.  Geralmente, há algo mais que pode ser negociado com seu chefe, líder, diretor, como queira - que não está na política e que pode ser o que faltava para você dizer sim!
Esse é o ponto: com ou sem política de expatriação, que garantia você tem que o que está sendo prometido vai ser cumprido?
Senta que lá vem história...
São casos e mais casos de profissionais que nunca imaginaram que ficariam indo e voltando do exterior porque a empresa não tirou o visto como o combinado. E profissionais que não conseguiram exercer a função que deveria porque a empresa no outro país não recebeu o estrangeiro como combinado. E profissionais com vidas pessoais despedaçadas porque a empresa não deu o apoio à família como o combinado. E profissionais que acabaram demitidos porque a empresa não fez a repatriação como o combinado. E profissionais que se sentiram prejudicados, abandonados, desprezados ...e por aí vai, porque a empresa não fez o combinado.
Mas como isso foi acertado? No fio do bigode? Com seu chefe, demitido depois de um mês da sua expatriação?
O advogado Miguel Gondin Galbes é categórico: "um profissional não deve aceitar trabalhar no exterior sem ter formalmente tratado o que vai acontecer com ele lá fora."  A orientação é: tudo o que for definido - como benefícios, remuneração, bônus, plano de carreira, tempo de expatriação - deve estar oficializado.  O documento pode prever - inclusive - multa em caso de descumprimento de algum item." O instrumento legal, segundo o advogado, vai variar de caso para caso, pode ser desde um termo de compromisso assinado entre funcionário e empresa até um aditivo ao contrato de trabalho. 
O advogado acrescenta que a empresa que aceita detalhar os termos da expatriação em um documento já sinaliza que o processo será sério. E se - por acaso - não tiver sido sério, com um contrato, o profissional terá subsídios para recorrer à justiça.
Só um detalhe, cultural - aliás: brasileiro pensa que exigir contrato é passar atestado de desconfiança. Bom, se te ajuda: não é. Contrato esclarece. É indicativo de maturidade e profissionalismo - das duas partes.
Mas tem a euforia com as portas e os portais que uma expatriação pode abrir...Bom, aí é você tentar ser frio. É você buscar exemplos de quem se frustrou com uma expatriação e tentar fazer um pouco o exercício do "e se acontecesse isso comigo?"
E se a empresa não quiser assinar nada? Bom, aí é de se pensar se vale a pena cruzar a fronteira trabalhando em uma empresa que não quer colocar os pingos nos is.

Para saber mais sobre a Lei de Expatriação, clique aqui.
Para outros posts sobre expatriação e benefícios, clique aqui
Carmem Galbes
Imagem: SXC

Quem você pensa que é pra mudar?

Entre uma tecla e outra me veio Nelson Rodrigues à cabeça: "Nada nos humilha mais do que a coragem alheia."
Escolha bem, então, com quem você vai se aconselhar antes da transferência e com quem você vai dividir suas angústias durante a expatriação. É que sua coragem pode ter abalado gente que você nem imaginava que iria se incomodar com sua decisão de mudar. E um momento de fragilidade parece perfeito para sapatear. Proteja-se!
Carmem Galbes

Seis perguntas para se fazer antes de aceitar uma expatriação.

Eu sempre olho de canto de olho para aquela gente que tenta minar nosso entusiasmo diante de uma mudança. Mas acho também que - em meio à vibração com o convite para uma transferência - temos que avaliar - sim - o que vai ser diferente e se estamos preparadas para encarar uma nova rotina.
Sugiro, então, que você busque a resposta para essas seis perguntas e avalie se a expatriação tem chance de dar certo. Tenho certeza que você se fará muito mais perguntas. Essas seriam só para dar início ao processo.

1 - Seus filhos são adolescentes?
A fase já é complicada no Brasil, tente vislumbrar como será o comportamento deles longe de tudo o que é importante nesse período: os amigos! Você está equilibrada para dar o suporte que eles vão precisar até se sentirem incluídos novamente? Foquei os adolescentes, mas isso pode valer para filho de qualquer idade.

2 - Você vai ficar sem trabalho?
O upgrade no salário de quem está sendo expatriado - geralmente - compensa que  a mulher deixe o emprego no Brasil. Mas dinheiro não é tudo. Você está pronta para ser - nem que seja por pouco tempo - a pessoa sem crachá, sem cargo, sem subordinados e para NÃO ter o gostinho do reconhecimento - aquele - que só a vida profissional nos dá?

3 - Você vai ficar longe dos amigos e parentes?
O quanto a presença física dessas pessoas é importante? Você está acostumada a passar todas as festas com elas? Não perde um almoço de domingo? Consegue reservar uma data ou outra para trocar ideia com as amigas?  Viagens, jantares, passeios são quase sempre em turma? Pense que nos próximos meses  - poucos ou muitos, dependendo do seu perfil - seu parceiro e seus filhos serão sua grande companhia, isso se não forem as únicas. Como você administra a saudade?

4 - Você vai ficar sem empregada ou faxineira?
Se você está acostumada com algum tipo de ajuda, o começo do período de uma transferência pode ser extremamente cansativo. Dependendo da cultura, você até vai ter ajuda de novo, mas sabe-se lá quanto tempo vai demorar até achar alguém. Você, seu marido e filhos conseguiriam se organizar para ter um tipo de vida mais prático, simples e - o melhor de tudo - autônomo? Tudo mundo está pronto para botar a mão na massa?

5 - Sua família vai ficar sem babá?
Você e seu marido estão prontos para assumir de vez e sozinhos todos os cuidados com o(s) pequeno(s)? Lidam bem com o fato de ter que levar o(s) filhote(s) para todos os lugares que vocês precisam ir? Estão prontos para não ter mais aquela chance de um restaurante, cineminha ou chopinho a dois, mesmo que seja por pouco tempo? Essas perguntas podem até carregar um tom de frieza, mas conheço gente que pira se ficar sem babá ou sem o vovô, a vovó, a dinda, a amiga para dar aquela olhadinha nos pimpolhos vez ou outra...

6 - Você vai ter que aprender um novo idioma?
Quando somos "gente grande" aprender não é fácil. Você está rindo, mas é verdade! Aprender um idioma então...Você  sempre acaba se perguntando se precisa mesmo falar com a garganta raspando ou fingir que tem língua presa para se fazer entender...O pior que leva tempo para você compreender e mais ainda para ser compreendida. Você é paciente? É humilde? Está pronta para ter uma opinião adulta sobre um tema mas só conseguir expressar "gugu dada"?

6 - Seu marido vai ter menos tempo para a família?
Isso vai ser uma afronta? Vai ser motivo de altas discussões? De prova de desamor? Pense bem, ninguém é expatriado para trabalhar menos que no Brasil...Aliás, como está seu relacionamento? Uma expatriação  pode ser uma boa oportunidade para melhorá-lo ou o que faltava para ele acabar de vez.

Precisa de ajuda para lidar com as respostas que você encontrou? Fale comigo, eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Guia Leve de Mudança - parte 5.

Pronto! O caminhão de mudança está na porta da sua casa. É hora, então, da quinta e última parte do Guia Leve de Mudança: a chegada dos móveis.

1 - Organização.
Defina a sua estratégia: vai querer que cada caixa seja deixada no cômodo correspondente ou vai preferir reservar um local específico pra elas?
No primeiro caso, você pode localizar com mais facilidade o que precisa, já que cada coisa - embora ainda encaixotada - está em seu devido ambiente.
No segundo caso, pode dar mais trabalho procurar por algo, mas você não fica com aquele labirinto dentro de casa.
A questão é saber como a empresa de mudança trabalha. A última que utilizei tinha que abrir todas as caixas na hora, para poder verificar se havia dano. Isso pode ser legal, porque abrir caixa e tirar o que tem dentro consome tempo e energia. Ter gente para te ajudar nisso parece ser uma boa ideia. Você só vai ter que trabalhar rápido para tentar deixar as coisas o menos espalhadas possível.
Dependendo do pacote, a transportadora vai deixar tudo montado. Esse é um investimento que compensa!

2 - Por onde começar.
Deixe para organizar enfeites e papelada por último. Foque nas prioridades. Se as roupas chegaram com vocês, os armários devem estar mais ou menos organizados. Uma coisa a menos pra fazer!
Comece ajeitando os quartos, pelo menos, as camas. A noite vai chegar e vocês vão estar o pó. Use os lençóis que você tinha levado na mala, lembra?
Já deixe as toalhas no banheiro. Se você se antecipou, shampoo, sabonete e afins já vão estar lá.
Se der tempo, siga para cozinha. Se preferir comer fora nos próximos dias, ignore a cozinha e arrume a sala. Ter um espaço para relaxar em família, principalmente nesse "início" de transferência, é revigorante.

3 - Seja feliz.
Eu sei que é super cansativo ajeitar uma mudança, mas tente aproveitar o processo. Curta arrumar a casa. Faça pausas para celebrar lembranças.Tire tempo para continuar conhecendo a nova cidade. Pare antes de ficar exausta! Cuide-se. Não vai ser uma boa ficar doente logo agora.
Boa sorte! Vou atualizar esse manual com toda lembrança e sugestão que tiver.

Se é um apoio personalizado - totalmente pensado na suas necessidades - que você busca, veja como a Leve pode te ajudar com a Consultoria Online de Organização da Casa Pós-Mudança. Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Leia também:

Guia Leve de Mudança - parte 4.

Vocês, finalmente, decidiram por um lugar. Se optaram por não trazer a mudança, é hora de correr atrás dos móveis. Se estão em um centro de consumo qualquer: ótimo! É ir à loja, escolher, pagar e...montar...haja mãos!
Se escolheram trazer as coisas, o momento é de aproveitar o tempo até as caixas chegarem.
Vamos lá: Guia Leve de Mudança - parte 4: enquanto os móveis não chegam.
1 - Infraestrutura do imóvel.
Energia e água estão ligados? Se não, peça  ao corretor ou a algum colega orientação sobre como ligar os serviços.
Se a casa já tem eletrodoméstico, eles estão em ordem?
Vai optar por tv a cabo?
A hora é de pesquisar preços e pacotes de serviço de internet.
E o celular? Esse pode ser um dos equipamentos mais úteis para quem precisa descobrir um novo local. Se ainda está em dúvida com relação à operadora, plano e aparelho, sugiro comprar algo barato, pré-pago, para sair da loja falando mesmo. Depois você decide o que vai querer.
Apesar de trazer a mudança, você vai precisar comprar algo pra casa? Aproveite o tempo!

2 - Conhecendo a cidade e a vizinhança.
Aproveite a empolgação com a nova cultura para descobrir o que esse novo endereço pode oferecer. Circule pelo bairro. Entre nos mercados, farmácias, padarias, shoppings. Explore os espaços abertos, o que oferecem, são seguros? Ah, e - por que não? Vá em busca de uma manicure, pedicure... cuidar da gente ajuda a dar um up naqueles dias mais difíceis.
Se há filhos e eles estão em idade escolar, já decidiram pela escola? Mesmo que as aulas ainda não tenham começando, faça uma visita no local. Faça o trajeto até o colégio - seja a pé, de carro, bicicleta...
Aventure-se pela culinária. Se for muito diferente do que você e sua família estão acostumados, vá com calma!

3- Documentos.
Se tiverem mudado de país, as primeiras semanas vão ser repletas de burocracia: retirada de documento local de identificação, abertura de conta em banco, exame para carteira de motorista...respire fundo, essa chatice vai passar.

4 - Uns dias antes de a mudança chegar.

Tire a semana para acertar os últimos detalhes.
Faça uma faxina. Limpar a casa vazia é bem mais fácil.
Faça compra no supermercado. Será a compra de casa nova, sabe? É tudo mesmo: sal, açúcar, óleo...Reforce o estoque de água: a casa vai estar cheia no dia da mudança.
Não se esqueça dos itens de higiene: papel higiênico, pasta de dente, shampoo...coisas que você só vai lembrar quando precisar usar...
Faça um planejamento do dia da mudança: onde vão tomar o café da manhã, qual será o esquema do almoço e da janta?
Avise o síndico e - se for o caso - os vizinhos sobre a chegada da mudança.

5 - Explorando as possibilidades.
Não se esqueça de pensar em você.  O que você, que está acompanhando um profissional expatriado, vai fazer? Use o tempo para imaginar um pouco que frutos você poderia colher dessa transferência.
Precisa de um curso de idiomas?
Quer aproveitar para se especializar em algum tema da sua carreira?
Quer tentar uma pós?
Quer trabalhar?
Uma academia ajudaria na socialização?

Enfim, ânimo! Eu sei que, às vezes, é difícil. Você está exausta com a mudança. Assustada com tanta novidade. Com medo de se perder, de não se fazer entender, de não entender nada, de ser ridicularizada. Pode acontecer de os filhos não estarem respondendo bem. O marido não conseguir estar tão presente por causa das novas atribuições no trabalho. Mas não deixe a peteca cair. Dê o primeiro passo. Saia de casa! É um exercício diário. Mas cada situação enfrentada, e superada, te fortalece. Você vai ficar mais segura e feliz, porque vai ter sinais de que é capaz!

Se é um apoio personalizado - totalmente pensado na suas necessidades - que você busca, veja como a Leve pode te ajudar. Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Leia também:

Guia Leve de Mudança - parte 3.

A mudança saiu e vocês já viajaram. A data para a chegada dos móveis vai depender desde a distância entre a antiga casa e o novo endereço até o estado das estradas, desembaraço alfandegário, organização da empresa, burocracia local, sorte...
Veja isso com alívio: você vai ter tempo de se organizar até se ver atolada em caixas!
Vamos, então, à parte 3 do Guia Leve de Mudança: encontrando a nova casa.
Tem muito o que você pode ir adiantando antes do caminhão estacionar na sua porta, mas hoje vamos focar na pesquisa do novo endereço. Isso pode ser divertido: vocês já vão poder ir sentindo como são as coisas na nova cultura - e casa costuma ser um retrato fiel de uma sociedade. Mas pode ser um tormento também se vocês ainda não tiverem entendido que as coisas já não são como antes. Tudo depende de como você e sua família vão querer se posicionar.
Vamos aos tópicos:

1 - Comprar ou alugar?
A hora agora é de facilitar as coisas. Você e sua família se sentem seguros para já chegar comprando um imóvel? Já conhecem bem a cidade, os bairros, ou estão tomando por base opinião de colegas que já vivem no local? Já sabem como será a rotina da família? Onde as crianças vão estudar?
De repente, o melhor caminho é experimentar uma região, e a melhor maneira de fazer isso é alugando.
Se a empresa que está transferindo tiver experiência em mobilidade de funcionários, ela indicará profissionais que possam ajudar na busca do imóvel e que estarão preparados para orientar sobre a legislação. Se vocês não tiverem esse apoio oficial, colegas de trabalho costumam ser ótimas fontes. As redes sociais e os blogs também têm se mostrando um grande canal de troca de informação. Digite nos sites de busca - por exemplo - "brasileiros em Pequim" e vá clicando nos resultados. Tem muita dica boa.

2 - Que bairro escolher?
Uma vez, durante uma entrevista - ainda quando eu era repórter - um arquiteto disse: "qualidade de vida é estar a pouco tempo da escola, do trabalho e do lazer." Difícil conciliar tudo, mas às vezes, é em uma mudança dessas - para um lugar que a gente nem sonhava - que temos a chance de alcançar alguns ideais.
Então abra a cabeça e permita-se experimentar. Ao mesmo tempo, é preciso pesar as decisões. Se você está acostumada aos grandes centros, onde tudo está a poucos passos e funciona até tarde, as regiões mais afastadas - os tais dos subúrbios - podem te deprimir. Se você vai depender de carro pra tudo e morre de medo de dirigir, também precisa pensar sobre as escolhas: ou o lugar deve ser mais central ou você vai ter que trabalhar esse seu medo da direção.
Pense no que pode facilitar a sua adaptação e da sua família. Até você se sentir tranquila para sair por aí, pode ser interessante estar pertinho de supermercado, farmácia etc e tal.
Outra questão: alguns expatriados escolhem ter como vizinhos outros brasileiros. Isso pode ser acalentador, principalmente quando mal se sabe dizer "oi" no idioma local. Pode, ainda abrir as portas da nova cultura - dependendo de como você e seus vizinhos são. Mas estar rodeado dos costumes que a gente já conhece pode também atrasar ou até barrar a imersão no dia dia do novo país, principalmente se você for uma pessoa mais fechada. Fazer amizade - hoje em dia - não é fácil, em outra língua então...Se você já está rodeado de gente conhecida, você pode acabar ficando - digamos - com preguiça, para não dizer com medo-receio de conhecer "essa gente esquisita."

3 - Em qual imóvel morar?
Repetindo: esse pode ser O momento - com o maiúsculo mesmo - de você viver de uma forma que sempre quis, mas nunca conseguiu. Quem sabe você vai finalmente ter espaço para cuidar do próprio jardim?
Ao mesmo tempo, tente antecipar a rotina que a família deve ter. Em um local onde empregada é artigo de luxo - por exemplo - uma casa com trocentos quartos pode ser escravizante.
Outro lembrete: em alguns países, o endereço da casa vai definir onde seus filhos vão estudar, se a ideia for optar pelo sistema público.

4 - Infraestrutura do imóvel.
Pontos para você avaliar:
Os seus móveis vão caber? 
Tem armário suficiente?  
O número de vagas de garagem atende? 
Se tem criança pequena, o local é "amigável"? 
Quanto você deve ter que gastar para comprar itens que te façam sentir bem na nova casa? 
Se for morar em apartamento e tiver um bichinho, é permitido animal de estimação no prédio? 
Ar condicionado e calefação estão ok? 
Teste torneiras e chuveiros. 
O aquecimento da água funciona?
Primeira locação é uma delícia: tudo novinho, com cheiro de seu. Mas é no seu contrato que vai ser feito "test drive". Aí você pode correr o risco de ter alguma dor de cabeça com infiltração, vazamento...se bem que ninguém está livre disso.

Bom, devem existir muitos outros aspectos a ser considerados na escolha da nova casa. Coisas que são importantes para você - mas que eu nem imagino - justamente porque cada família tem seu "modo de funcionamento".
Esse é o ponto: vocês avaliarem o que vai fazer você e sua família serem felizes na nova casa. Para isso é preciso olhar pra dentro, identificar o que é importante para vocês e equilibrar com o que é possível conseguir na nova cultura. Mesmo levando a mudança, não dá para exportar a casa - mas dá para carregar o lar. É que lar é coisa que está dentro da gente, no núcleo da família e é ele que vocês não podem deixar se desfazer. É preciso cuidado, atenção, carinho e trabalho árduo. No começo o lar vai parecer de palha. Mas, aos poucos, vocês irão encontrar o material para deixá-lo firme e forte de novo!

Se é um apoio personalizado - totalmente pensado na suas necessidades - que você busca, veja como a Leve pode te ajudar com a Consultoria Online de Organização da Casa Pós-Mudança. Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Para ler mais:


Guia Leve de Mudança - parte 2.

Enfim foi definida a data! Você já tomou algumas providências, como as sugeridas na parte 1 do Guia Leve de Mudança.
Agora, o que fazer quando a data é marcada?

  As semanas antes da mudança.

1 - Pendências.
Verifique se já tem encaminhamento para o que andou organizando.
Já pegou todos os documentos que precisa na escola das crianças?
Definiu como as correspondências que chegarem serão tratadas?
Tem alguma peça em costureira, lavanderia, sapataria?
Em caso de imóvel alugado, a documentação está em ordem e a data para a entrega da chave está marcada?
Precisa pegar algum remédio ou receita?
O local onde vão ficar assim que chegarem no novo endereço já está definido? Se for hotel, a reserva está ok?
Se for levar o bichinho de estimação, a documentação dele está em dia?
Combine uma limpeza com uma faxineira ou sua empregada. Pode ser que ela tenha que ir limpando enquanto a mudança vai saindo. Se ainda for ficar na cidade, marque para o dia seguinte.
Já está tudo certo no local onde vão ficar na nova cidade?

2 - Roupas e acessórios.
Avalie quanto tempo elas demoram para secar na sua casa. Não dá para correr o risco de embalar alguma coisa úmida. 
Separe as roupas e sapatos que todos vão usar no dia da viagem.
Em caso de criança pequena, já deixe pronta a bagagem de mão, com troca de roupa, lenço umedecido, agasalho, brinquedos (principalmente se a viagem for longa), lanchinhos ou guloseimas, remédios, mamadeira, leite em pó, fralda, creme para assadura - se for o caso.
Comece a fazer as malas. Já dá para guardar o que você não vai usar nos próximos dias. Vai precisar das roupas de festa, das mais sociais, de sapato de salto?
Você vai levar todas as roupas na mala ou vai mandar alguma na mudança? Lembre-se que as caixas podem demorar meses para chegar. Se não quiser colocar tudo na mala -  avalie bem o que não vai levar com você. O que facilita levar o máximo que pode nas malas, é que você já consegue ir organizando os armários enquanto a avalanche de caixas não chega. O problema é ter que administrar o excesso de bagagem. Isso dá trabalho e custa caro.
Guarde joias e relógios. Há embalagens compactas para isso, perfeitas para que você leve o que for de valor na bagagem de mão. Se você não pretende levar tudo, aproveite para já deixar essas peças no local onde ficarão aguardadas.
Coloque na mala também um jogo de roupa de cama e toalhas. Ninguém vai querer ficar revirando caixa para encontrar lençol no dia em que a cama chegar, né?
Em caso de criança, vai ser preciso colocar os brinquedos, pelo menos os preferidos, na mala. Se não couberem, uma dica é comprar alguma coisa chegando lá para marcar a nova fase.
Necessaire: seja prática. Não se preocupe com os produtos que podem ser comprados no novo endereço: shampoo, condicionador, sabonete...Mas não se esqueça dos produtos que você não vive sem e que você pode ter dificuldade de comprar logo que chegar lá, caso de cremes, remédios, perfumes...

3 - Documentos.
Separe em uma pasta que caiba na bagagem de mão:
Passagem;
Passaporte;
Endereço do local onde vão ficar hospedados;
Contato, com celular, de um funcionário local - que possa ajudar em caso de algum contratempo na imigração.
Cartão de crédito e dinheiro;
Carteira de Habilitação;
Carteira de vacinação, para os países que exigem certas vacinas;
Registro de nascimento;
Diplomas, histórico escolar e documento de transferência.
Cartas de apresentação, se for o caso.
Para evitar perda, recomendo levar com você também os documentos que você só usa no Brasil: CPF, RG, Carteira de Trabalho.

4 - Encaixotando a mudança.
Se uma equipe de mudança foi contratada, deixe o trabalho para eles. Não use seu precioso tempo nem sua disposição para ficar embalando o que vai ser transportado. Confie. Eles são preparados - pelo menos é o que se espera - para preservar as suas coisas.
O que você pode é acompanhar a embalagem para saber o que está em cada caixa. A própria equipe de mudança faz as anotações do que tem na caixa. Mas se for o caso, você pode detalhar mais alguma coisa. Às vezes, não basta estar escrito "roupa de cama". Ajuda se estiver "roupa de cama do quarto da Maria. Sapatos do Joãozinho..."
Pode acontecer de a equipe de mudança passar uns dias na sua casa, se muita coisa tiver que ser embalada. Então, incremente o estoque de água e combine com sua ajudante, com parentes ou amigos para te dar uma força. Você vai ter que almoçar, pode acontecer de ter que levar os filhos na escola...O bom é ter sempre alguém em casa acompanhando o movimento.

5 - O dia M de mudança!
O dia da retirada dos móveis tende a ser crítico. É peça que não passa na porta, uma coisa ou outra que pode quebrar, vizinho fazendo cara feia para elevador preso, gente passando de um lado para o outro.
Minha dica: no dia anterior solicite que o sindico deixe um aviso no elevador informando sobre a mudança. Durma cedo (sei que isso é quase impossível). Acorde com tempo suficiente para um bom banho e um café da manhã reforçado. Respire fundo: isso vai passar. No fim do dia tudo vai estar vazio! 
Cheque os armários antes da equipe de mudança sair. Já esqueceram uma caixa na minha casa com todos os potes plásticos.
Agora tente descansar e se preparar para a viagem!

Se é um apoio personalizado - totalmente pensado na suas necessidades - que você busca, veja como a Leve pode te ajudar com a Consultoria Online de Organização da Casa Pós-Mudança. Saiba mais em www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Leia também:


Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...