Mamãe expatriada.

Dois dedinhos de prosa.
Para quem ainda tem dúvida: a profissional brasileira transferida para o exterior tem direito à licença maternidade assim como teria no Brasil. Como está explicado no site JusBrasil: "com base no dispositivo legal  infere-se que ao empregado transferido para o exterior são assegurados todos os direitos previstos na legislação trabalhista brasileira, salvo quando a legislação local for mais benéfica. Logo a gestante transferida para o exterior fará jus à licença-maternidade de 120 dias e salário-maternidade equivalente a 100% seu salário-de-contribuição, conforme preconiza a legislação previdenciária brasileira."
Tomara que você esteja em um lugar que seja super com as mamães, tipo, na Suécia, onde a mulher pode ficar em casa por até 1 ano e 4 meses, recebendo 80% do salário.
Agora, sobre amamentação pelo mundo...vixe...isso sim dá muita conversa.
Quais países encaram - de verdade - numa boa a amamentação? Posso dar de mamar em qualquer lugar? Tenho que me cobrir? Ir com meu bebê ao banheiro? Até quando amamentar? São tantas minhocas quando o normal deveria ser por o "tetê" pra fora e deixar o nenê "mama"...
Então, pra encurtar e você correr para o abraço, fica a orientação da OMS: aleitamento materno exclusivo até os seis meses e, a partir daí, com outros alimentos, pelo menos até os dois anos. 
Como vai ser o processo? Aí você avalia o que vai ser mais confortável para vocês dois. Estudar a cultura local pode ser meio caminho para evitar um estresse num período em que você "não vai estar podendo..."
Feliz dia das mães! 
Está em busca de uma orientação para lidar melhor com os papéis de mãe e expatriada? O coaching pode te ajudar! Vamos conversar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

No contrafluxo.

Crise lá fora e propaganda pesada de que as coisas vão a 1000 por aqui. Dizem que tem muito brasileiro deixando de ser ex para virar repatriado.
É...a impressão que dá é que expatriação ainda meio em baixa.
Será mesmo?
Tem gringo que garante que as empresas estrangeiras estão de olho nos profissionais daqui.
Exemplo?  A visita  de Peter Rodriguez, diretor do Centro de Iniciativas Globais da Darden School of Business, da Universidade da Virgínia. Ele veio ao Brasil divulgar cursos de pós nos Estados Unidos.
Em entrevista a revista Você SA, Peter disse que o profissional brasileiro tem chamado a atenção pelo jeito em lidar com os outros, "gostam de ter relações pacíficas", diz.
Em que o futuro expatriado precisa melhorar? "Talvez na eficiência e nas estratégias que envolvam o planejamento de longo prazo. O profissional brasileiro também precisa aprender sobre o mundo, dando abertura aos talentos de fora", avalia.
Então é isso. O mercado é global, o mundo tem girado rápido e é complicado saber quando e onde a crise vai virar oportunidade. 
Já que aqui no blog tudo é de graça mesmo, vai um toque: fique esperto!
Carmem Galbes

Quando a outra cultura violenta nossos princípios.

Quando se está longe de casa e o processo de expatriação ainda não está lá muito bem resolvido na cabeça e no coração, a gente acaba achando que tudo é pessoal. É o bom dia não correspondido, a grosseria da balconista, o descaso do atendente, a indiferença - quando não a violência - das pessoas.
Relaxa...dizem que esse modelo "who cares?" é cultural. Não é que a pessoa não se importe com você - um estrangeiro - ela não se importa com ninguém.
Tanto que quando alguém ousa olhar para o lado, acaba virando herói.
Foi o que aconteceu com um brasileiro na China. Ele alertou uma mulher que ela iria ser roubada. Resultado: ele acabou apanhando dos bandidos em meio a um monte de gente, que se limitou a assistir a cena. No fim das contas, o cara virou manchete e levou uma grana do governo que tenta convencer os chineses de que se importar com o próximo faz bem.
Na matéria divulgada no Estadão, a escritora Lijia Zhang, autora do livro A Garota da Fábrica de Mísseis, dá uma ideia de como as coisas fuincionam na China. "Na nossa cultura, há uma ausência de disposição de mostrar compaixão por estranhos. Nós somos educados para mostrar bondade às pessoas de nossa rede de guanxi, parentes, amigos e sócios, mas não particularmente a estranhos, especialmente se tal bondade puder potencialmente afetar seus interesses."
Não fosse o tal do mercado, você poderia dizer: eles que se entendam.
A questão é que você pode ser o próximo transferido pra lá. Um estudo da consultoria Mercer com as 30 maiores multinacionais brasileiras aponta que metade planeja avançar os negócios no exterior nos próximos dois anos. Um dos principais endereços? China!
Relaxa?!
E você, como lidaria com esse seu ímpeto para ajudar num país que dizem ser tão hostil a solidariedade?
Carmem Galbes

Expatriados e a tecla sap.

Viu o estudo da Mckinsey que diz que o lucro tende a ser maior em empresas que têm diferentes nacionalidades entre os funcionários? 
A questão é como se entender entre um sí, no, wann, combien, dove... 
Simples! Mete o "inglesão velho de guerra" como idioma padrão.
Simples?! Ahã.
"As empresas subestimam o estresse psicológico que a troca do idioma pode provocar", diz Rebecca Piekkari, professora de negócios internacionais da Aalto University da Finlândia.
A reportagem "Adotar o inglês em equipes globais desmotiva quem não domina o idioma", publicada no Valor Econômico, traz uma série de "causos" de empresas que passaram por fusões, aquisições etc. e tals e acabaram embananando a comunicação ao ignorar a língua - ou línguas - nativa. 
Resultado: funcionários de bem com a vida e com o sucesso ficando mudos, perda de talentos e um clima de "the book is on the table"  de ameaçar a chance de lucar mais.
Tudo bem, mas fazer o que? Vai ser cada um com a sua cartilha?
Dizem que o Inglês pode funcionar, desde que seja usado de forma simples e direta. "Nosso idioma comum é o inglês, mas sem complicações", diz Thomas Balgheim, presidente-executivo da japonesa NTT Data. Na matéria do Valor, ele explica que para tornar os comunicados internos em inglês de sua companhia mais fáceis,  pede a alemães e italianos que produzam o primeiro esboço porque eles empregam sentenças mais simples e usam um vocabulário que atende às necessidades de uma força de trabalho multicultural."
É o tal do"globish", criado por Jean-Paul Nerrière, um ex-diretor da IBM. 
Ele garante que com 1500 palavras em Inglês dá pra trabalhar, ganhar dinheiro e se divertir em qualquer canto do mundo.
É isso aí, fala que eu te escuto, mas Coexpat que é Coexpat fala pelos cotovelos. 1500 palavrinhas dão mesmo pro gasto?
Travou no aprendizado do novo idioma? Precisa de ajuda seguir adiante? O coaching pode te ajudar! Vamos conversar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Expatriação: a viagem que nunca acaba...

Basicamente o que aprendi com a expatriação:
  • O mundo é imenso! Apesar dos 7 bilhões de habitantes, ainda há muito lugar vazio, muito espaço a ser explorado.
  • Somos imensos. Temos várias facetas e somos capazes de agir até na nossa incapacidade.
  • As pessoas são interessantes. Às vezes é preciso paciência e disposição para perceber, mas - geralmente - as pessoas têm bons ingredientes para acrescentar na nossa receita de vida.
  • A vida sempre muda! Às vezes de repente, às vezes a conta-gotas, mas sempre muda.
  • A experiência é pra sempre! O fantástico é que as lições que se aprende podem ser atualizadas à medida que o mundo, a gente e as pessoas mudam. Basta não parar de viajar...especialmente quando o destino é pra dentro! 
Carmem Galbes

Expatriado feliz, expatriadinho idem.

Tenho a impressão de que tem mãe ou pai por aí que acredita estar criando um ser global pelo simples fato de o pequeno - aos 3 anos de idade - já dizer hello, yellow e Thank you.
Claro que não vou contestar o fato de que aprender mais de um idioma - e logo na primeira infância - pode incrementar nossa mobilidade entre lugares e entre situações.
Mas penso que a lapidação de um expatriado feliz está muito mais nas entrelinhas, nos detalhes, no dia a dia mesmo, do que em um esquema "the book is on the table". Acontece que ensinar pela cartilha do cotidiano exige presença, disponibilidade e um olhar atento de quem cuida.
A gente não pode querer, por exemplo, que o filho entre sem traumas em uma outra cultura se briga para que a prefeitura remova um albergue ou não construa uma estação de metrô porque vai trazer um povo "diferenciado" para o bairro.
Não dá pra acreditar que ele estará apto a experimentar novos sabores se o que sempre provou foi a mesmice das comidas industrializadas, congeladas, de isopor.
É loucura achar que o filho vai se aventurar em ir e vir se ele nunca teve um porto seguro, se nunca soube onde encontrar apoio e amor.
Também não se pode desejar que ele tenha a disposição de encarar o estranho se toda a vida teve que se espremer em um padrão. Aqui faço questão de ser mais específica.
A cena: procura por jardim da infância.
Coordenadora pedagógica de uma escola tida como exemplar diz: "vamos conversar lá fora, parece que seu filho não gosta de lugar fechado."
Aproveitando: "como lidam com uma alma que tem certa resistência à paredes?"
"Então", começa a expert em crianças: "tem que vir da rotina da famíia. Você tem que diminuir as saídas, acostumá-lo a ficar mais dentro de casa."
Ah...tá! Poderia, imagino, começar dizendo a ele que lá fora tem bicho papão, que correr na areia da praia é nojento e que brincar no parquinho pode ser muito perigoso, já pensou no tombo do escorregador?

Ah, e poderia ainda convencê-lo de que vento, Sol e chuva só existem para atrapalhar a vida.
COMO UMA COORDENADORA PEDAGOGICA PODE SUGERIR TAL DOMESTICAÇÃO? Tá, desculpe, me exaltei.

Mas será que não existem outras maneiras de mostrar que também pode ser interessante ficar em sala de aula?
Mas, enfim, não é esse o ponto.
O que penso ser importante na formação do tal ser global - seja na busca por colégio, na escolha do lazer, no emitir uma opinião, no oferecer um prato, é ajudar a armazenar ferramentas para desbravar, abrir caminhos, vasculhar, atravessar opiniões, preconceitos e fronteiras.
Meu papel como mãe é ampliar e não conter. É expandir e não reter. É mostrar que o mundo é grande e repleto de vertentes.
Quero é passar adiante um dos meus principais aprendizados sobre a vida: a de que ela é repleta de possibilidades. E quanto mais arraigada essa ideia, desconfio que mais felizes poderemos ser.
Carmem Galbes

Expatriação: o motivo legalzinho pra chutar todos os baldes!

De todas as possibilidades que envolvem a vida de uma coexpatriada - quem vai pra lá da fronteira por alguém - penso que a mais interessante seja a possibilidade de tirar um período sabático sem ter que dar grandes explicações pra gente mesma e para os outros.
A resposta para todos os questionamentos é sempre "é que ele foi transferido." Simples assim! Pode ser também: "ela foi transferida." É menos comum, mas acontece.
O interessante é notar a expressão de quem iria te escrachar por largar casa, emprego, família, vizinho: "ah, tá...", em uma espécie de tá explicado temperado com uma minhoquinha: por que ela e não eu?
Pra ilustrar:
- O queeee? Vai pedir demissãaaaao, vai deixar a posição que custou zilhões de horas extras, fins de semana, férias adiadas, cabelos brancos e rugas?
- É que ele foi transferido.
- Ah, tá...
- O queeee? Vai alugar o apartamento que você acabou de reformar?
- É que ele foi transferido.
- Ah, tá...
- O queeee? Vai tirar as crianças da escola? Você ficou décadas na fila!
- É que ele foi transferido.
- A tá...
- O queee? Vai vender aquele sofa retrô ma-ra-vi-lhoooooo-so?
- É que ele foi transferido.
- Quanto é?
O fato é que ter a chance de fazer uma pausa pode ser uma grande viagem. A questão é saber onde isso vai dar.
Para mim o que vale mesmo é que o caminho seja cheio de descobertas. Pode ter um atraso ou outro, pneu furado, mapa de ponta cabeça...Mas o importante é que a gente permita a circulação, seja de ideias, energia, emoções.
Um toque: nesse caso a viagem costuma ser só de ida. Nunca mais seremos as mesmas!
Bom trajeto!
Precisa de mais apoio para lidar com sua nova vida longe do ninho? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br

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Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...