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Expatriação e a importância da amizade com você mesma!

A primeira amizade que temos que fazer quando mudamos de cultura é com a gente mesma.
Claro que ter outras pessoas por perto, principalmente falando o nosso idioma, ajuda muito a alcançar aquele sentimento "quentinho e gostosinho" - quase com sabor de brigadeiro - de não estarmos sós num mar de gente e coisas estranhas!
Mas estar num bom e estável relacionamento com nós mesmas ajuda e muito no processo de adaptação a um novo lugar e à uma nova vida
Mas como assim fazer amizade comigo mesma? Eu convivo comigo 24 horas por dias! 
Aha! Mas isso não quer dizer que somos íntimas de nós mesmas. Sabe aquele negócio de viver na mesma casa, mas um não saber nada do outro: sonhos, desejos e necessidades?
Pois é, acontece com a gente também! 
A mente e o espírito residem no corpo, mas um simplesmente não conhece o outro, e assim perdemos a  noção do que realmente queremos, do que realmente importa, do que realmente nos faz bem...
Mas como é que se faz amizade com a gente mesma? É que parece tão óbvio, que nem sempre sabemos por onde começar...
Como é que você conhece mais sobre alguém? Observando e, com muito jeito para não ser inconveniente, perguntando!
Então, tenha interesse por você! Pergunte-se!
Preste atenção nos seus pensamentos: qual é o conceito que você tem sobre você mesma? Como você chegou nessa ideia sobre você? Que ações revelam esses conceitos que você tem sobre você?  Isso é realmente verdade?
Preste atenção nos seus sentimentos. O que te faz bem? O que te incomoda? O que você gosta de sentir? Que sentimentos você se esforça para ter mas que não fazem sentido pra você?
Preste atenção no seu corpo. Como seu corpo reage aos seus pensamentos e sentimentos? Como você tem tratado o seu corpo? Você está satisfeita com o seu comportamento com relação ao seu corpo?  Que relação você gostaria de estabelecer com ele?
Essas perguntas aproximam você de você mesma. Quanto mais você descobrir sobre você, mais você vai querer explorar. Nem sempre vai ser fácil, afinal, relacionamentos não são fáceis - inclusive com a gente mesma. Mas pode ser interessante porque deixa a sua vida mais produtiva! Se você sabe o que você quer e o que te faz bem de verdade (não porque alguém falou), para que você vai agir para atentar contra seu próprio bem estar? 
Eu sempre gosto de pontuar a importância da gente ficar íntima da gente mesma - especialmente em um processo de expatriação - porque, muitas vezes, é só com a gente mesma que iremos poder contar, é na gente mesma que teremos que encontrar as forças para seguir em frente!
Então trabalhe para poder contar com você. 
Não, isso não é uma defesa da solidão ou do isolamento. É só uma pausa para dizer que sim, está tudo bem você querer prestar atenção em você, atender suas necessidades e dar prioridade a você. Isso é justo e pode ser, em alguns momentos, a única maneira de se manter saudável "longe de casa".

Carmem Galbes

Quando a gente não sabe, a gente aprende!

Dia desses levei meu filho em uma pista específica para ele brincar com o hoverboard, essa coisa elétrica de duas rodas, um tipo de skate ou patinete sem guidão. 
Ele nunca tinha subido num negócio desses...
Capacete, cotoveleiras e joelheiras no lugar, lá vai ele para as instruções: para ir para frente, incline o corpo para frente. Para dar ré, jogue o corpo para a trás...sempre direcione o corpo para o lugar que você quer ir. Se cair: levante. Para subir de novo no brinquedo: pise aqui e aqui. 
Pronto!
Bora curtir?
Eu sentei e fiquei observando... como criança aprende rápido! A instrutora deve ter segurado um minutinho só nas mãos dele...
Vi como ele teve paciência e cuidado até pegar segurança...
Ele caiu? Trocentas vezes.
Levantou? Trocentas vezes. 
Percebi que a cada tombo ele levantava mais rápido, afinal ele tinha meia hora para deslizar, não podia ficar pensando muito sobre a queda. Era uma escolha: ou ele se lamentava ou voltava logo a brincar. O que ficou mais fácil a cada tombo foi subir sem ajuda no equipamento.
Eu lá sentada e mentalizando o equilíbrio do meu pequeno, resolvi abstrair...e a expatriação começou a piscar nos meus pensamentos como um luminoso.
Uau: ser coexpatriada é como andar pela primeira vez de hoverboard!
Você embarca em uma experiência totalmente nova. Mas por mais que você receba orientação, é totalmente natural você cair, cair muito e continuar caindo. Mas você foi instruída a se levantar. E a cada tombo, você se levanta e, cada vez mais rápido, volta a deslizar. É difícil? Concordo, não é fácil. Mas é um processo que pode ser aprendido a ponto de você se esquecer como tombou no começo!
Tem risco? Claro que tem! Para meu filho poder andar nesse troço, eu assinei um termo assumindo toda a responsabilidade em caso de tombos, roxos, contusões e quebradeiras.
Tem risco em uma expatriação? Zilhões! O correto seria você se informar e ser informada, como aconteceu na pista de hoverboard, sobre todos os riscos.
Mas saber sobre os riscos não torna o processo mais fácil ou seguro, só exime responsabilidades, mas te prepara em caso de emergências!
Bom, meu filho pode se machucar nisso? Qual o hospital mais próximo?
Bom, posso passar por isso e aquilo em um outro país? Onde vou buscar socorro? O que eu vou fazer para me recuperar? 
Eu poderia ter falado para meu filho: você não vai é muito perigoso! Mas ali eu achei que não era pra tanto.
Você também pode optar por não embarcar em uma expatriação se você considerar os riscos muito altos. A decisão é sua.
Se eu estivesse convicta de que andar de hoverboard é muito perigoso, meu filho poderia protestar, chorar, me odiar, que eu não deixaria...
Se você estiver convicta de que uma mudança vai machucar demais, não vá...mas aguente os protestos, choros e aquela dúvida: será que eu não aguentaria mesmo?
Então é isso: como pilotar hoverboard, expatriação tem a ver - principalmente - com aprendizado: sobre cultura, modo de vida e sobre você!! E tem muito a ver também com paciência, autonomia, responsabilidade sobre os próprios atos e sentimentos, humildade, fé e disposição de criança para começar de novo e de novo. 
Pronta para aprender?
Não sabe como fazer? Converse comigo, sei como te ajudar!
Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações em www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Estamos nos preparando direito para uma expatriação?

O que mais pesa em uma transferência, a mudança cultural ou a mudança da rotina da família, dos filhos, da mulher que acompanha o profissional transferido? 
É possível separar os dois?
Todas nós tememos o famoso choque cultural. Desconfio que ele pode até matar (de medo, de tristeza, de angústia, de vergonha...), tanto que muitas empresas que mandam seus funcionários para outro lugar investem pesado para tentar apresentar o máximo da cultura antes da família partir: promovem encontros em que se fala sobre os costumes, as leis, o clima, as tradições locais.  Investem em treinamento intercultural. Pagam pela mudança, pelo transporte do bichinho de estimação. Custeiam serviços especializados para ajudar a família a encontrar casa, comida, escola e contratar serviços no novo endereço. Patrocinam reuniões com brasileiros que já vivem no país de destino. Bancam cursos de idioma.
Isso tudo é fundamental! Uma ação e tanto para que a vida comece com dignidade em uma nova cultura.
Mas isso basta?
Tratar a questão cultural, entender as 4 fases da adaptação em uma nova cultura e ter paciência para passar por elas são suficientes para que, após um ano ou dois, estejamos nos sentindo confortáveis com a nova vida?
Se é isso, como explicar o sentimento ambíguo de parte das coexpatriadas: a de, sim, se sentir em casa após um tempo, mas completamente desconectada de si mesma e insatisfeita?
Se é uma questão de fazer de forma competente uma transição cultural, como explicar  a mesma dor que percebo em muitas mulheres que acompanham seus parceiros em uma transferência profissional dentro do Brasil? Aqui não há mudança de idioma, talvez de uma palavra ou outra. Há alguns costumes e comportamentos típicos do lugar, mas nada que seja ofensivo ou muito difícil de lidar.
Será que dedicamos devida atenção ao choque na rotina que sofremos quando deixamos o nosso endereço de sempre?
A  mulher pode não ser a "estrela principal" do processo de expatriação. A mudança pode não ter sido motivada pela carreira dela (como acontece em 80% dos casos), mas a sua vida é virada do avesso por causa dessa transferência: deixa amigos, referências, rede de apoio, a própria carreira, independência financeira...
O que mais me preocupa é que temos "virado nossa vida do avesso" na base da sorte, da tentativa e erro, do "vamos ver no que vai dar."
Será que esse lado B de uma expatriação entra, pelo menos, em pauta na hora de se decidir pela transferência de alguém?  Será que a equipe envolvida na expatriação pensa, em algum momento, como a mudança vai afetar a vida, a felicidade, a saúde de quem acompanha o profissional transferido? Será que quem transfere e a família transferida ainda pensa que o valor do salário compensa tudo?
Encarar essa reviravolta na vida de quem acompanha não seria um caminho pra oferecer um suporte adequado? 
Pesquisas mostram que os pacotes de expatriação oferecem, em média, 13 benefícios. Mesmo assim, das expatriações que fracassam, 75% foram porque a família diz não ter se adaptado. Como assim, se há tanto esforço para a adaptação? Não se adaptou a que, ao local ou a vida totalmente diferente da que se tinha?
Não seria a hora de começar a encarar com mais seriedade esse lado B da expatriação para que a família possa buscar e as empresas possam oferecer um suporte mais adequado e, assim, evitar danos tão profundos na vida das pessoas expatriadas?
Percebo que algumas empresas começam a olhar para esse lado que, quando mal administrado, pode afetar em cheio o desempenho de seu colaborador. Tem empresa, por exemplo, que paga um salário para a esposa do funcionário. Já vi em pacotes de expatriação que a empresa disponibiliza assessoria para recolocação profissional do acompanhante (voluntariado), isso mesmo, voluntariado entre parênteses, porque visto para a esposa trabalhar é outro assunto.   
Pela minha experiência, meu trabalho como coach de esposas expatriadas, tenho certeza que a abordagem precisa mudar. Mas preciso ter isso tabulado, passado no papel para que vire um documento! Quem sabe as coisas não mudem?
Por isso, eu gostaria que você me falasse como se sente com relação a sua experiência como a mulher que acompanha um profissional transferido.
Proponho algumas perguntas. O link dessa pesquisa está aqui e no fim do texto.
Você não precisa se identificar. Caso faça, seus dados estão protegidos.
Se queremos um resultado diferente com relação ao sucesso pessoal e profissional nos processos de expatriação, temos que começar a agir diferente.
Para responder a pesquisa, clique aqui.
Obrigada pela sua participação!


Carmem Galbes
Imagens: Freeimages

Reconstruindo a rotina da casa depois da mudança.

O que atormenta mais quando mudamos de endereço: a mudança cultural ou a mudança do modo de vida? Será que é possível separar uma coisa da outra? Será que o desconforto é proporcional à mudança da rotina, quanto mais ela é alterada, mais sofremos?
Ok. Até deixar seu ninho, você tinha uma rede de apoio, não precisava se preocupar com a casa, não se sentia tão sobrecarregada...
O fato é que tudo mudou...O que você poderia fazer de diferente para a vida ficar melhor? Que tal assumir o controle da situação? 
Mas como começar uma rotina do nada, em um lugar que você não conhece bulhufas?
Vou propor um caminho para estabelecer um esquema para a casa. Comece por ela e, depois, ficará mais fácil você organizar sua agenda, seus pensamentos, seus sentimentos, seus objetivos!
Mude, rasure, pule, experimente, descarte até encontrar um modelo que funcione para você.

Comece por fazer uma faxina nas suas ideias! 
Reconheça e entenda que você está em uma nova cultura: talvez as estratégias que funcionavam no antigo endereço não sirvam mais, seja porque os horários nesse  novo local são diferentes, porque a comida é diferente, porque o transito é mais caótico, porque cozinha e banheiro não têm ralo, porque o clima é diferente, porque a rede de apoio está distante, porque a diária da empregada é muito alta... 

Desentulhe. Menos coisas = menos trabalho e mais tempo. Avalie seus pertences e descarte o excesso. Olhe com cuidado para a decoração. Os objetos trazem mais conforto ou mais trabalho?

Estude o local, a cultura e veja as possibilidades. Vasculhe as redes sociais, pesquise sobre produtos, equipamentos e serviços disponíveis na cidade que possam facilitar a sua rotina. Nos países onde o trabalho doméstico é valorizado, é mais comum encontrar produtos mais práticos e mais em conta que no Brasil, como lenço umedecido para limpeza e aspirador de pó robô, que você programa e ele aspira a sujeira sozinho.

Divida as tarefas entre todos os moradores da casa. Exemplo? Cada um é responsável pela limpeza, organização e manutenção do próprio quarto. Cada um também assume uma tarefa diária de acordo com a idade: um fica responsável pelo lixo, outro pela louça de determinada refeição, outro pela higiene do animal de estimação e assim por diante.

Em vez de escolher uma data para fazer "aquela faxina", faça um planejamento de limpar um pouco por dia. Divida as tarefas ao longo da semana e determine quem irá fazer o que. Exemplo:
Segunda-feira: banheiros + Roupa.
Terça-feira: tirar o pó + aspirar.
Quarta feira: Cozinha + área de serviço.
Quinta-feira: Roupa + mercado.
Sexta: Alimentação.

Sobre a alimentação:
Escolha um dia para fazer a base da alimentação da semana: cozinhe arroz e outros grãos, separe em porções e congele. Limpe a carne, separe em filés e congele. Cozinhe o inhame/aipim/macaxeira e congele. Faça molho de tomate e congele em porções. Faça sopa e congele em porções. Lave todas as folhas, seque e guarde na geladeira. Lave os legumes, pique e congele. Atenção: coloque no freezer um filé separado do outro. Só junte todos em um mesmo recipiente quando já estiverem congelados.
Faça também um cardápio semanal, imprima e cole na porta da geladeira. Serão 7 almoços e 7 jantares. Isso ajuda no planejamento e na elaboração da lista do mercado, além, de acelerar o preparo das refeições.

Sobre o mercado:
Economize tempo definindo o dia que fará as compras. Baixe um app de lista de mercado ou deixe papel e caneta na cozinha. Vá anotando os produtos que precisa comprar. Confie na sua lista e evite levar o que já tem em casa.

Sobre a limpeza e a organização:
Comprometa-se com a manutenção da limpeza e da organização da casa. Não espere a sujeira tomar conta para limpar. Limpe assim que sujar. Com essa manutenção, a limpeza ficará mais rápida e simples, e a casa estará sempre limpa. 
Aceite a cultura do local. Se o banheiro não tem ralo é porque não é cultura lavar o banheiro. Ao jogar água você pode danificar o piso. Encontre uma nova forma de higienizar. Com certeza isso existe no local onde você está.
Avalie a contratação de uma empresa especializada para limpar vidros e ar-condicionado.
Não espere a bagunça se espalhar pela casa. Todas as noites certifique-se de qua cada objeto esteja no cômodo que deve ser guardado.

Sobre a lavanderia:
Repense seu guarda-roupa. Inclua a praticidade nas suas escolhas. As peças são fáceis de cuidar? Vão para máquina de lavar e secar? É preciso passar?

Priorize! 
Às vezes, com criança pequena, quando tem alguém doente em casa, visita ou alguém precisando de mais atenção não é possível seguir - como gostaríamos - uma rotina muito redondinha. Nesses períodos avalie: qual atividade que você pode adotar que vai trazer um grande impacto positivo na rotina da casa? Faça primeiro o que traz mais resultados positivos!



Carmem Galbes

Como presentear alguém que está de mudança?

Já aconteceu de você anunciar que vai pra longe e um  monte de gente, até pessoas que você não mantinha contato há tempos, querer ficar mais perto?
E ai vem aquela série dos famosos encontros de despedida. Isso é muito legal: tem beijo, abraço, risadas, lágrimas, declaração de amor e muitos votos de sucesso.
E queremos mesmo essa proximidade. Parece que nessas ocasiões conseguimos abastecer nosso reservatório de energia para encarar o desafio de viver longe de tudo o que conhecemos.
Mas como lidar com um comportamento bem comum também nessa fase, o desejo de presentear quem está de mudança? Seria essa a estratégia para ser lembrado por quem está indo embora?
A ideia aqui nem é avaliar a motivação de cada um. O propósito dessa conversa e falar sobre as coisas, a bagagem.
Quem está de partida, geralmente, está passando por um profundo processo de desapego e descarte. Desapego porque é preciso abrir mão de muitos conceitos para ter coragem de desbravar. Descarte porque transportar coisas é caro e trabalhoso. Não vai ser você que vai deixar tudo isso mais difícil, vai?
Mas como eu posso mostrar que eu quero que minha amiga que está indo para o outro lado do mundo não me esqueça?
Por outro lado, para quem está indo, como recusar um presente repleto de boas intenções?
Vamos começar por quem presenteia. Você pode usar inúmeros artifícios para ser lembrada. Prefira os artifícios do bem! Lembre-se que quem está de mudança, geralmente, está exausta e insegura. Então vamos à lista de sugestões, a ideia é presentear com seu próprio tempo, com serviços e experiências. Isso não pesa, não ocupa espaço e marca para sempre!
  • Ofereça-se para ajudar na mudança! Pode ser embalando, carregando, limpando...
  • Ofereça refeições nos dias de embalagem da mudança: acredite, por mais que haja fome, no período de mudança, nunca há espaço reservado para a comida.
  • Ofereça-se para cuidar das crianças enquanto a mudança está sendo retirada: não ter crianças "perdidas" e exaustas por perto deixa tudo mais Leve para todos!
  • Ofereça hospedagem quando a mudança já tiver saído: um hotel é sempre a solução mais fácil, mas a casa de alguém íntimo é um carinho que não tem preço.
  • Ofereça-se para levar e buscar as crianças na escola: não ter que lidar com o relógio em dias de mudança é um grande presente.
  • Ofereça uma refeição com o prato que ela mais gosta. 
  • Se puder, faça um planejamento para passar um período com a pessoa no novo endereço e ajudá-la a lidar com a organização da casa, com o novo e com toda a saudade...
  • Pesquise e marque a pessoa em páginas das redes sociais que possam facilitar a vida dela e da família no novo endereço.
  • Pesquise textos e vídeos que ajudem no processo.
  • Escreva ou grave uma mensagem.
  • Marque e pague uma massagem, um cuidado especial com os cabelos, com a pele, pés ou mãos: sabe-se lá quando esse ser vai ter tempo de cuidar dela de novo.
  • Banque uma consultoria: pode ser uma consultoria em mudança, em organização de rotina, organização da casa, em estilo, em alimentação, uma consultoria sobre a cultura para a qual a pessoa está indo...
  • Banque uma sessão de Coaching: essa sessão pode fazer com que a pessoa comece com ânimo renovado no novo endereço.
Você está de partida, ganhou um presente, não sabe o que fazer?
Sugiro fazer o que seu coração mandar.
No mais, desejo uma ótima mudança para quem vai e para quem fica!
Que tal presentear uma querida com um pacote de sessões de coaching e/ou um processo de organização de agenda e rotina? Fale comigo! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Os países em que os expatriados se dizem mais felizes.

Pergunte para qualquer família que pensa um dia em morar em outro país: onde vocês gostariam de viver? Quase sempre a resposta vem em um disparo sem pausa para a respiração: um lugar rico, com ótima infraestrutura e um alto índice de qualidade de vida. 
Eu até suponho o motivo:  se não tivéssemos que nos preocupar com dinheiro, educação, saúde e segurança, a vida seria o máximo!
Interessante é que um estudo da rede Internations revela que a resposta não é tão óbvia assim, nem a minha suposição...
Os pesquisadores ouviram 14.300 expatriados, de 174 nacionalidades, espalhados por 191 países! 
É muita gente!
Esse povo todo avaliou 43 aspectos da vida no exterior. As respostas levaram a um ranking: os países em que os expatriados se dizem mais felizes.
E...tcharam...no topo da lista nada de mega potência...
Então estar em um lugar que se pode ganhar muito dinheiro e ter tudo funcionando não é garantia de que o expatriado será feliz?
Pelo resultado da pesquisa: não.
Obviamente que isso ajuda, mas o pulo do gato é que os expatriados conseguem conciliar - por exemplo - o acesso à educação de qualidade - com fatores como clima ameno, baixo custo de vida, boa comida, boa bebida, população local receptiva e belezas naturais.
Pelo jeito, a conta que se faz não é quanto se ganha, mas o quanto se paga para conseguir viver bem. É conseguir bancar  serviços de qualidade e ainda aproveitar outros fatores que não são exclusividade de países ricos.
Então, se está rolando um convite para um lugar que não é assim o seu destino dos sonhos, em que você tem a sensação que está "subindo para baixo", pense um pouco e reflita sobre o que te motiva.
Faça um exercício: coloque no papel as coisas que te fazem bem. Não tenha filtros e libere os preconceitos e crenças limitantes. Pode ser que esse destino que se mostra tão decepcionante venha a ser o endereço da sua vida super feliz!
Para ajudar, segue a lista com os 17 países em que os expatriados dizem que é maior a chance de se viver uma experiência show:
  1. Costa Rica
  2. Malta
  3. México 
  4. Filipinas
  5. Equador
  6. Nova Zelândia
  7. Tailândia
  8. Vietnã
  9. Panamá
  10. Espanha
  11. Taiwan
  12. Uganda
  13. Hungria
  14. Perú
  15. Quênia
  16. Omã
  17. Portugal
Carmem Galbes

Aceite ou não o convite, você vai mudar!

Olá, Coexpat!
Você até que está feliz com sua vida.  
Há equilíbrio no casamento.
Com as crianças está tudo bem. Vão para a escola que tem os mesmos valores que vocês. O dia a dia é na paz.
Você conseguiu formar sua rede de apoio. Tem um contratempo ou outro, mas você geralmente tem a ajuda que precisa.
No trabalho, as coisas estão fluindo super bem.  
A rotina está redondinha. Com muito foco, você está conseguindo ter tempo para se alimentar direito, para escapar para  um lanche com seus pais durante a semana, consegue malhar e ir à maioria dos encontros com as amigas.
A sua casa está do jeitinho que você sempre quis. Finalmente cada coisa tem o seu lugar e a parede chegou ao tom perfeito.
E é durante um jantar,  entregue pelo restaurante que vocês amam, servido à mesa feita sob medida, que - envolto à uma atmosfera de orgulho - o maridão dispara: fui promovido...É brinde pra cá, você merece pra lá e ele continua: vou ser ________(preencha como quiser) em ________(preencha como quiser).
Pronto! Aquela comidinha deliciosa parece dar um iiiiá no seu estômago. Que soco!
É uma mistura louca de sentimentos. Você está super animada, o pacote de benefícios é show! O lugar da transferência é top! Mas mexer em time que está ganhando?!
Como vai ser com as crianças? O idioma? Onde vão estudar? E esse clima?! E minha carreira? E nossa casa? E meus pais? Minhas amigas? E nós, você vai ter tempo pra nós?! Como vai ser a nossa rotina?!
Numa dessas o ser, agora sentado em uma cadeira, amarrado com as mãos para trás, com um holofote na cara, só pensa: por que, Senhor? Por que me fizeram esse maldito convite?!
Esse é um daqueles momentos "ou vai ou racha". É aquele negócio de olho no olho sem filtros. Todo mundo fica desnudado, escancarado. Pode ser muito pesado, mas é uma daquelas grandes chances que a gente tem de checar valores: "na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe?"
Um convite desses ilumina lugares dentro da gente que estão escondidos ou que nunca foram explorados. Faz a gente pensar; "hummm...uma vida diferente do que todo mundo diz ser o normal? Vixe...ele só pensa na carreira dele... Hummm...um desafio? Vixe...ela não é tão parceira como eu pensei...
Hummm...Vixe...
Nesse exercício de hummm...vixe...muita conversa vai rolar. Algumas mais tranquilas, outras do tipo quebra pau. As coisas podem se acertar, os objetivos podem ser alinhados - ou não - mas aí é outra história...
Fato mesmo é que depois que sua família recebe um convite de transferência, nada será como antes! Aceite a oferta ou não!
Pode ser que naquela noite mesmo vocês decidam continuar onde estão. Pode ser que vocês nunca mais falem sobre isso.
Mas, mesmo não mudando de endereço, você vai mudar, seu parceiro vai mudar, sua visão sobre a vida provavelmente será outra.
E mudança vem de qualquer jeito, porque dizem que de certo mesmo na vida só a inconstância...

Em tempo, dia desses reformaram parte do calçadão aqui perto de casa. Tiraram os postes e aterraram os fios. Moral da história: até poste sai do lugar.
Em tempo dois: digo que o marido recebeu o convite para ser fiel à realidade: de acordo com levantamento da consultoria Brookfield, de cada 10 profissionais transferidos, 8 são homens.

Carmem Galbes

Normal aqui, estranho lá...e vice versa...

Você sabia que os suíços observam seus sapatos para fazer uma análise da sua personalidade?
Sabia que, em Taiwan, se o homem estiver com barba, provavelmente, está de luto pela morte do pai ou irmão?
Já tinha ouvido falar que a grande paixão dos venezuelanos é o baseball?
Imaginava que o gesto de figa para um romeno é um insulto?
Pois é, eu também não sabia de nada disso!
Sorte que a gente encontra sempre um porto seguro por esse marzão internético!
Algumas curiosidades e informações sobre mais de 50 países foram reunidas e disponibilizadas pela Global Line, consultoria em mobilidade global.
Achei a página interessante pela forma rápida com que a gente acessa informações que podem salvar a nossa pele: eu nunca iria imaginar, por exemplo, que eu poderia ofender um francês ao levar uma garrafa de vinho para um jantar que ele oferece...é que pode parecer que eu não confio no gosto do anfitrião...então, tá!
Para acessar a página com as curiosidades, clique aqui.
Carmem Galbes

Sou errada, sou errante, sempre na estrada, sempre distante...

Para essa "gente de fora", que - por mais que diga: nunca mais!" - sempre acaba atraindo um novo endereço, um pouco de Kid Abelha.
Destaquei algumas partes, acho que ajudam a traduzir de forma linda o que sentimos entre uma mudança e outra...

"Nada sei dessa vida
Vivo sem saber
Nunca soube, nada saberei
Sigo sem saber


Que lugar me pertence
Que eu possa abandonar
Que lugar me contém
Que possa me parar


Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto tempo me deixar
Errando enquanto tempo me deixar

Nada sei desse mar
Nado sem saber
De seus peixes, suas perdas
De seu não respirar


Nesse mar, os segundos
Insistem em naufragar
Esse mar me seduz
Mas é só pra me afogar


Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto o tempo me deixar
Errando enquanto o tempo me deixar

Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto o tempo
Me deixar passar
Errando enquanto o tempo me deixar



Quando a mãe vira uma expatriada...

Pense em um filho demorando para andar, para falar, que prende o cocô, que não come nem ar, com aquele nariz que não para de escorrer, sem se adaptar na escolinha. 
Mesmo que esteja tudo ok, que o pequeno esteja demonstrando todos os sinais esperados de desenvolvimento - inclusive com as devidas birras - pense em você tendo que lidar com o dia dia - normalmente - sozinha da Silva. Lembre de você podre de cansaço. Agora imagine tudo isso em outra língua!
Imaginou? Tudo bem, um-dois,três, respira, vooolta é só um exercício. E olha, tranquilo, tem gente que garante ser possível sobreviver a isso. Melhor, tem mulher que fala que maternidade no exterior pode ser fortificante.
Achei bem interessante o relato  da publicitária Camila Furtado sobre criar filho em outro país. No caso dela, na Alemanha.
Ela faz uma lista - daquelas que a gente adora por aqui - sobre tudo o que já aprendeu sendo uma mãe expatriada.
Dá um pulo lá no blog "Tudo sobre minha mãe." Espero que o texto te encoraje, te de um norte, um alívio. Porque ser mãe é...nossa não tenho nem palavras para qualificar as maravilhas da maternidade, mas todas nós também sabemos que não é fácil...pra lá da fronteira então...
Para ler o texto da Camila, clique aqui.
Precisa de ajuda para por as coisas, as ideias, os sentimentos no lugar para poder aproveitar todo o potencial da vida longe do ninho? Vamos converar, eu sei como te ajudar!
Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais iformações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Seis perguntas para se fazer antes de aceitar uma expatriação.

Eu sempre olho de canto de olho para aquela gente que tenta minar nosso entusiasmo diante de uma mudança. Mas acho também que - em meio à vibração com o convite para uma transferência - temos que avaliar - sim - o que vai ser diferente e se estamos preparadas para encarar uma nova rotina.
Sugiro, então, que você busque a resposta para essas seis perguntas e avalie se a expatriação tem chance de dar certo. Tenho certeza que você se fará muito mais perguntas. Essas seriam só para dar início ao processo.

1 - Seus filhos são adolescentes?
A fase já é complicada no Brasil, tente vislumbrar como será o comportamento deles longe de tudo o que é importante nesse período: os amigos! Você está equilibrada para dar o suporte que eles vão precisar até se sentirem incluídos novamente? Foquei os adolescentes, mas isso pode valer para filho de qualquer idade.

2 - Você vai ficar sem trabalho?
O upgrade no salário de quem está sendo expatriado - geralmente - compensa que  a mulher deixe o emprego no Brasil. Mas dinheiro não é tudo. Você está pronta para ser - nem que seja por pouco tempo - a pessoa sem crachá, sem cargo, sem subordinados e para NÃO ter o gostinho do reconhecimento - aquele - que só a vida profissional nos dá?

3 - Você vai ficar longe dos amigos e parentes?
O quanto a presença física dessas pessoas é importante? Você está acostumada a passar todas as festas com elas? Não perde um almoço de domingo? Consegue reservar uma data ou outra para trocar ideia com as amigas?  Viagens, jantares, passeios são quase sempre em turma? Pense que nos próximos meses  - poucos ou muitos, dependendo do seu perfil - seu parceiro e seus filhos serão sua grande companhia, isso se não forem as únicas. Como você administra a saudade?

4 - Você vai ficar sem empregada ou faxineira?
Se você está acostumada com algum tipo de ajuda, o começo do período de uma transferência pode ser extremamente cansativo. Dependendo da cultura, você até vai ter ajuda de novo, mas sabe-se lá quanto tempo vai demorar até achar alguém. Você, seu marido e filhos conseguiriam se organizar para ter um tipo de vida mais prático, simples e - o melhor de tudo - autônomo? Tudo mundo está pronto para botar a mão na massa?

5 - Sua família vai ficar sem babá?
Você e seu marido estão prontos para assumir de vez e sozinhos todos os cuidados com o(s) pequeno(s)? Lidam bem com o fato de ter que levar o(s) filhote(s) para todos os lugares que vocês precisam ir? Estão prontos para não ter mais aquela chance de um restaurante, cineminha ou chopinho a dois, mesmo que seja por pouco tempo? Essas perguntas podem até carregar um tom de frieza, mas conheço gente que pira se ficar sem babá ou sem o vovô, a vovó, a dinda, a amiga para dar aquela olhadinha nos pimpolhos vez ou outra...

6 - Você vai ter que aprender um novo idioma?
Quando somos "gente grande" aprender não é fácil. Você está rindo, mas é verdade! Aprender um idioma então...Você  sempre acaba se perguntando se precisa mesmo falar com a garganta raspando ou fingir que tem língua presa para se fazer entender...O pior que leva tempo para você compreender e mais ainda para ser compreendida. Você é paciente? É humilde? Está pronta para ter uma opinião adulta sobre um tema mas só conseguir expressar "gugu dada"?

6 - Seu marido vai ter menos tempo para a família?
Isso vai ser uma afronta? Vai ser motivo de altas discussões? De prova de desamor? Pense bem, ninguém é expatriado para trabalhar menos que no Brasil...Aliás, como está seu relacionamento? Uma expatriação  pode ser uma boa oportunidade para melhorá-lo ou o que faltava para ele acabar de vez.

Precisa de ajuda para lidar com as respostas que você encontrou? Fale comigo, eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Fato: a família é quem aceita ou não a expatriação.

Empresas brasileiras estariam planejando fazer com que os expatriados assumam algumas contas no exterior que, tradicionalmente, compõem o pacote de benefícios, caso do aluguel de casa e mensalidade escolar.  A justificativa: esse tipo de gasto é muito alto. A constatação é da consultoria EY. A informação é da jornalista Maria Cristina Frias, da Folha.
Ok, os gastos são altos e alguns cálculos apontam que um expatriado pode custar até 3 vezes mais que um funcionário local.
Mas por que mesmo a empresa oferece um pacote de benefícios ao propor uma transferência?
Porque convencer alguém a mudar de vida não é fácil. Podem falar que vão cortar ajuda de custo, a questão é manter a mobilidade atrativa. Agora se vai ser pagando isso ou aquilo, aumentando o salário ou dando um abraço, aí vai mesmo do perfil de cada empresa.
Eu fico aqui pensando...se o mundo corporativo olhasse um pouco melhor para as motivações pessoais, talvez fosse possível aliar economia com satisfação do expatriado.
É que um outro levantamento - dessa vez da Cartus Relocation - aponta que antes de qualquer benefício, para a maioria dos profissionais - 40%  - a ideia de que a família vai ser feliz no novo endereço é o que mais pesa na hora de aceitar uma transferência, seja dentro ou para fora do país.
De cada 10 entrevistados, apenas 2 consideram o impacto no salário como o fator mais importante na hora da decisão.
Então, em se tratando de mobilidade profissional, a conversa não pode se resumir à casa, comida e roupa lavada.
Ok, você quer uma orientação mais prática: como convencer o profissional e - principalmente - a esposa - ou o marido - e os filhos a aceitarem a expatriação?
Respondo com outra pergunta: O que seria de fato importante para aquela família, naquele momento?
Tem família que precisa só de uma orientação sobre possibilidades numa nova cidade, tem outras que precisam mesmo que se pegue na mão. Tem gente que requer apoio psicológico. Na maioria dos casos, na minha opinião, um processo de coaching para a esposa que acompanha o profissional transferido traz impacto positivo para toda a família.
A questão é que os pacotes de benefícios são no atacado, e mobilidade é varejo, mais que isso, é butique. Exige tratamento exclusivo, não só porque se está investindo alto num funcionário que - se tudo der certo - quando transferido, vai dar um alto retorno também, é porque uma transferência mexe profundamente com um grupo de seres humanos, inclusive com aqueles que ficam.
É...como muita coisa na vida, transferência de profissional dá trabalho. É...não dá para o RH cuidar de tudo...É pessoal, dói dizer, mas, nesse caso, apenas dinheiro não é suficiente. Seria fácil se fosse tão simples assim... 
Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
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Não desperdice nenhuma chance de viver a vida que você quer.
Carmem Galbes

Expatriação e o namoro antes do sim.

Se você chegou até aqui em busca de alguma luz que ajude a decidir por um convite de expatriação, a matéria da Revista Exame "Sete pontos para avaliar antes de aceitar um emprego no exterior" traz pontos bem interessantes a serem pesados. 
Basicamente, o especialista no tema, o professor do ISE  - Fernando Bagnoli - orienta o profissional a avaliar se os benefícios compensam a saída do Brasil; se você e a empresa estão afinados no motivo da transferência; e se você e a família estão realmente prontos para tamanha mudança de vida.
Eu achei  a matéria bem útil, mas é um banho de água fria!
A turma que está com barriga gelada e olhos brilhando por causa dessa oportunidade quer mais é  ter o visto de trabalho e partir. Só que eu também sou defensora do pensar-bem-até-cansar-sobre-o-assunto. Isso é fundamental para essa experiência ter chance de ser bem sucedida.
Mas e se você pensou, pesou, pesquisou e decidiu dizer não?
Bom, esse não foi um ponto abordado na matéria: o que vai acontecer se você recusar uma proposta dessas?
Sim,  porque o professor pode até ter dito que "expatriação não é garantia de carreira", mas quando uma empresa decide mandar um profissional pra lá da fronteira é porque acredita que ele vai dar bons resultados.
Então, dizer não - mesmo que justificado - também pode frustrar quem apostou em você e prejudicar sua trajetória profissional.
O que fazer então?
Não sei. Vou tentar perguntar para o professor.
Por enquanto, uma saída é ir ticando prós e contras e pesquisar livros, cursos, coaches, psicólogos, colegas, amigos...tudo, mas tudo mesmo que possa ajudar a te preparar para essa vivência.
Boa sorte!
Para ler a matéria da revista Exame, clique aqui.
Para mais textos no blog sobre expatriação e benefícios, clique aqui e aqui.
Se você precisa de um apoio mais de perto para decidir se a família aceita ou não o convite, fale comigo! Sei como ajudar!
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Carmem Galbes

Hoje o óbvio: mudar cansa!

Depois de 4 anos na mesma casa...e lá vem mais uma mudança de endereço para virar a gente do avesso.
Não é só o fato de ter que lidar com a arrumação do que é importante e com o destino de tanta coisa. Acho que o urrrg de todo o processo é ter que estabelecer novos referenciais.
Só pra você ter uma ideia, tô há um mês morando aqui no Recife, mas ainda não achei um lugar pra comprar filé de peito de frango. Isso pode até parecer pequeno, ridículo diante da importância do acontecimento "a mudança"- mas que não encontrar o bendito filé, cortadinho, limpinho, bonitinho como comprava no Rio causa um desamparo danado, ah isso causa. Tá, tá bom, tô dramática, nem rodei meia dúzia de lugares pra achar a tal da carne, enfim...caixas cheias e quadros no chão me deixam meio reclamona, de má vontade, acho que é o cansaço.
Mas voltando aos referencias, se filé fosse o pior da história, tudo bem. A questão é que, além de ter que criar um "mapa de voo" por causa do novo endereço, quem muda por causa de uma transferência profissional - geralmente - encara isso sem ajuda. A família está longe, os amigos também e contato com vizinho ainda é evento pra dias mais calmos.
E a diarista de anos que não muda junto? Então, além de organizar as coisas, de ficar esperando o cara da internet - que não aparece - de brincar com o filhote - porque ele está de férias e você não iria querer que ele odiasse a nova casa se a mãe passasse o dia arrancando os próprios cabelos, você tem que limpar. É isso, tem que faxinar mesmo, varrer, lavar privada, esfregar roupa, passar... 
Tá bom, eu sei, essa é a realidade da maioria da mulherada: trabalha pacas fora de casa e horrores dentro dela. Mas gente, ninguém merece.
Certo é que a experiência - com as minhas próprias mudanças e com as mudanças das minhas coachees - me ensinaram muito. O aprendizado mais valioso: respeitar o tempo de aterrissagem! Como um processo para pousar um avião com segurança, é preciso ter um método para lidar com a mudança sem que haja mortos e feridos.
Não conhece nenhuma forma de deixar o seu pouso mais suave? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Quem sou? De onde eu vim? Pra onde eu vou? Essa eu sei: eu vou me mudar!

Não sei se você já teve a grande experiência de tentar sair de um mar bravo.
Você se posiciona estrategicamente fora da arrebentação. 
Vem uma onda atrás da outra. E você vai superando cada uma com muita classe. Em umas ondas você mergulha, em outras boia.
Você fica ali, só no balanço, até que surge uma marola. Aí você nada, nada, finca o pé na areia e sai: ereta, dourada, segura. A cena é linda, quase em câmera lenta. 
É você e o mar. 
É...você pode até ser sereia, mas o mar é poderoso: de repente, você já quase fora d'água e...chuaaaaaá! Minha amiga, que pancada. Eita onda traiçoeira. É parte de cima do biquini pra baixo, parte de baixo pro lado, pernas pro alto, língua pra fora.
Pois é assim que estou me sentindo: como se tivesse acabado de levar um baita caldo.
Depois de quatro anos em uma mesma cidade, mesma casa, estava me preparando para sair linda, leve e solta do mar e...chuaaaaá, lá vem outra mudança!
Não que eu não goste. Aliás, mudança está no meu DNA, me reinventei profissionalmente a partir das mudanças de endereço.
Mas, mesmo trabalhando com o tema, estudando  muito o assunto, você sabe, mudar é desestruturante.
Não é só o fato de organizar as "coisas", fechar contratos, lidar com despedidas e encarar as lembranças esvaziando os cantos mais esquecidos do guarda-roupa. É ter que fazer tudo isso e começar tudo de novo, em um novo lugar. É ter que levantar depois do caldo, e - ao mesmo tempo - ter que lidar com o vexame, com a água no nariz, com a areia sabe-se lá onde e por aí vai.
Eu - sinceramente - não vejo um lado bom de levar um capote à beira mar, a não ser o fato de fazer você pensar bem antes de encarar um marzão de novo. Mas consigo ver - sim - "apesar do caldo", vários pontos positivos quando a vida está embalada por uma mudança, especialmente quando ela é motivada por uma transferência profissional. 
Não consegue ver potencial na sua mudança? Não consegue identificar esses pontos positivos dos quais eu falei? Vamos conversar, eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Leve entrevista: Adaptação cultural e choque de identidade.





Era pra você estar feliz, já que estão em outro país, com upgrade no salário, usufruindo de benefícios.
Era pra você estar animada, mas nem a possibilidade de comprar a um preço nunca-antes-visto-na-história-da-sua-vida te faz abrir a porta.
Era pra você estar bem, afinal  tem a chance de fazer mil coisas que nunca teve tempo. Mas você está um caco...Pior, se sentindo horrível por se sentir assim.
Caaaalma. Você não está louca e é normal passar por isso quando se está em um ambiente desconhecido. Você vai entender mais adiante.
A conversa hoje é com uma especialista em mobilidade que nos apresenta um termo novo: a psicologia da expatriação.
Heloisa Yoshida - psicóloga, coach intercultural e sócia-diretora da Sistêmica Consultoria em RH – diz que ninguém passa imune a uma mudança de endereço - seja pra perto ou longe, exatamente porque mudança pressupõe que a vida já não será como antes.
Entre orientações para quem quer viver uma linda expatriação e dicas para melhorar o processo para quem já está longe, ela enfatiza: é preciso cuidar das mulheres expatriadas. Elas são o alicerce de uma expatriação bem-sucedida.
Obrigada Heloisa pela participação!
E você, aproveite!

Leve - De cada 10 expatriados em todo o mundo, 5 voltam para casa antes do fim da missão (Pesquisa Global Mobility Effectiveness). O principal motivo: falta de adaptação pessoal e familiar. Que choque cultural é esse que faz com que tantos adultos não suportem mais ficar longe de casa - por mais que esse “longe de casa” tenha data para acabar? 
Heloisa: A mudança do ambiente cultural - seja de um estado para outro ou de um país para o outro - é considerada um dos eventos mais traumáticos na vida de uma pessoa, ao lado da morte e da separação conjugal.
Antropologicamente falando, podemos dizer que a expatriação é um processo complexo de mudança de cultura, que exigirá da pessoa conhecimento das etapas do processo de ajustamento sociocultural.
É fundamental ter disponibilidade emocional para aprender e desenvolver  competências para lidar com o estranhamento que surge quando entramos em contato com novos valores, crenças, tabus, mitos, hábitos e costumes, ou seja, novas formas de viver, de se comunicar, de pensar e de se comportar. Se não estivermos dispostos a aceitar que a mudança não é só de endereço, teremos muita dificuldade em viver plenamente essa experiência.
É importante acrescentar outras situações que contribuem para o retorno precoce dos executivos e de suas famílias, como o casal de dupla carreira - isto é, quando os dois têm cargos de média gerência. Também são mais suscetíveis famílias com crianças menores de 5 anos, profissionais que prestam assistência financeira e ou emocional aos pais e parentes e casais que estão em crise conjugal.
A questão é que - normalmente -  o profissional e sua família ainda não são informados, como deveriam, dos sintomas físicos e emocionais resultantes do chamado estresse intercultural. Quando somos afastados do nosso ambiente, todas as dimensões do nosso ser são mobilizadas emocionalmente e fisicamente. Conhecer a psicologia da expatriação - ou seja - as fases, os sentimentos e sintomas característicos do processo de mudança de endereço pode ajudar a amenizar o choque cultural e, portanto, o retorno precoce.
A postura da empresa, nesse sentido, é fundamental para o sucesso da transferência.  Ter um programa de gestão que difunda a necessidade de uma educação intercultural e avaliar adequadamente se o profissional está apto para - em termos interculturais - ser transferido, ajuda a promover o sucesso de uma mudança.

Leve- É possível dizer que uma preparação para a expatriação não se trata somente de “guiar” a família por uma nova cultura e ajudá-la na adaptação? A mudança que uma expatriação provoca na dinâmica familiar e na vida do cônjuge pode ser mais dramática que o choque cultural?
Heloisa - É verdade, porque a transferência é do sistema familiar. A dimensão do choque cultural vivenciado pelos membros da família será decorrência da qualidade da interação – ou qualidade do relacionamento - entre os cônjuges e os filhos. Por isso, é importante que o casal esteja em sintonia fina para viver junto a experiência da expatriação.

Leve - Nesse trabalho de avaliar como somos capazes de lidar com o novo e o desconhecido, o que seria um indicativo de que ainda não estamos preparados para mudar de vida?
Heloisa - A globalização da economia internacionalizou o capital, as empresas, os profissionais, a família – enfim, as pessoas. Nesse contexto, os profissionais deverão, desde o início da carreira, procurar desenvolver competências como: comunicação intercultural, adaptabilidade social, habilidade de explorar outras culturas, motivação, flexibilidade, estabilidade emocional, habilidade de escuta, habilidade em administrar a ansiedade, habilidade de se afastar da família, habilidade de aprender na nova cultura, habilidade de administração do estresse intercultural, etc..

Leve - Para quem já está longe, como trabalhar a insatisfação para - assim - salvar a missão?
Heloisa - Uma sugestão para o executivo e sua família expatriada que estão vivenciando o choque cultural, ou seja, experimentando determinado grau de desconforto psicológico frente à psicodinâmica do estilo de vida em outra cultura, diria que procurasse entender e compreender o modo de se comunicar e de se comportar dos cidadãos desta cultura. Evitar impor seu ponto de vista cultural e passar a se comportar como os cidadãos desta cultura, que não violentem os seus valores culturais, sabendo que a sua permanência neste contexto é temporária e que o mal estar intercultural vai diminuir de acordo com a sua capacidade de relativizar e de flexibilizar.
Vale, também, procurar consumir cultura, fazer atividades esportivas de modo a diminuir os sintomas do estresse intercultural, além de manter contato com os parentes e amigos deixados na cultura de origem.

Leve - Gostaria de acrescentar algo?
Heloisa - O apoio e suporte para a mulher do executivo expatriado é um fator vital para o sucesso da missão  em outro contexto intercultural,  seja no Brasil ou no exterior. É a mulher que fica cara a cara com a cultura. É ela que vai lidar diretamente com as diferenças culturais, nas interações com os vizinhos, com a escola, com a rede de saúde, empregados, compras etc. Desse modo, prepará-la com antecedência para lidar objetivamente com a realidade do novo contexto terá reflexos sistêmicos no desempenho do executivo expatriado, na empresa e no sucesso da expatriação.

Esse é o seu caso? Está a frente dessa expatriação? Deixou os próprios interesses em segundo plano para apoiar a carreira do seu marido em outro lugar? Não está feliz com a sua mudança? Vamos conversar que eu sei como te ajudar!
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Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...