Esposa expatriada, adaptação à nova vida e a síndrome de Ulisses: quando a dor deixa de ser tratada como doença.



Olá, Coexpat!

Você pode estar lidando com seu processo de mudança de forma errada.
Você já ouviu falar na síndrome de Ulisses?
Ela ganhou esse nome como referência à trajetória do herói grego. No poema de Homero, Ulisses é consumido pelo choro, lamento e tristeza enquanto volta pra casa depois combater na Guerra de Troia.
Segundo os estudiosos do tema, "a síndrome de Ulisses é um quadro de estresse muito intenso ligado a fatores específicos relacionados à migração, que são basicamente a solidão forçada, não ter chances de crescimento no país de acolhida, submeter-se a condições difíceis de sobrevivência, estar constantemente com medo e desamparado."
Em entrevista ao UOL, há 3 anos, o professor Joseba Achotegui, que descreveu e pesquisa a síndrome de Ulisses há anos, diz que essa síndrome atinge apenas as pessoas que foram forçadas a ir embora, não inclui os profissionais transferidos ou quem decidiu buscar oportunidades em outro lugar.
Será mesmo?
Será que essa síndrome não estaria atingindo também as Coexpats?
Tracei um paralelo, guardadas as devidas proporções, entre o dia a dia dos refugiados e da Coexpat:
• Obriga-se a partir, mesmo que inconscientemente - para que o marido não perca o emprego ou a oportunidade.
• Não tem chances de crescimento no país de acolhida, já que são raros os casos da Coexpat também ter visto de trabalho.
• Submete-se a condições financeiras humilhantes, muitas coexpatriadas "empobrecem" ao deixarem a própria renda para apoiarem a carreira do parceiro.
• Está constantemente com medo: de não voltar a ter a própria carreira, de não reencontrar a própria identidade.
• Sente-se desamparada: é vista como dondoca, mimada, ingrata ao abordar os próprios sentimentos.

Será que acabamos nos transformando em refugiadas de um sistema que prioriza o dinheiro, a realização profissional e a carreira do homem?

Enviei um email para o professor Achotegui perguntando se essa síndrome não poderia atingir também as Coexpats.
A resposta dele:
"Considero que sí que se da el Síndrome en los casos que planteas."

E qual a importância desse posicionamento do professor, que também é secretário da sessão de Psiquiatria Transcultural da Sociedade Mundial de Psiquiatria?
A ampliação do olhar em direção ao processo de adaptação da Coexpat!
O professor explica que os sintomas da síndrome de Ulisses podem ser confundidos com os de uma doença mental. Acontece que a síndrome e uma depressão, por exemplo, devem ser tratadas de formas diferentes. "Os sistemas de saúde se equivocam e tendem a psiquiatrizar o problema. Por isso, é importante que se entenda que não é uma doença mental, mas um quadro de estresse crônico e múltiplo que requer apoio, ajuda e não uma intervenção psiquiátrica."
Então ganhamos um elemento para turbinar para melhor a vida longe de casa!
RHs/família/parentes/amigos: a adaptação da Coexpat pode não ser frescura, a dor da Coexpat pode não ser depressão, a dificuldade da Coexpat em lidar com o novo modo de vida pode ser uma síndrome!
Então eu pergunto: será que o processo de transferência da Coexpat não precisa de outra abordagem ou de mais abordagens, além dos benefícios mais comuns do pacote de expatriação? Será que não é possível fazer algo para que não seja necessário chegar na medicação para a Coexpat cdfonseguir lidar com respostas que são "normais" diante de tantas perdas? Será que saber que é normal ser atingida por sentimentos "ruins" não incentivaria uma ação preventiva?
São perguntas cujas respostas exigem a valorização do papel da Coexpat nos processos de transferências profissionais. Não tem como lidar com isso sem reconhecer que o estado da Coexpat vai determinar o tom da expatriação.

Mais informações - em espanhol - sobre o assunto: http://www.elmundodelamente.com/
Carmem Galbes

Esposa expatriada e a arte de criar o próprio arco-íris.

Olá, Coexpat!
Você viu o arco-íris hoje de manhã?! 
Eu amo arco-íris. E Recife é a capital mundial do arco-íris, tenho certeza! Estou sempre vendo um, o que pode ser um 'problema', porque paro tudo e fito o arco-íris até ele desaparecer, afinal, quando vou ver algo tão fantástico assim de novo?
Além disso, arco-íris me conecta com minha espiritualidade e me lembra de que não estou desamparada, coisas da Arca de Noé...
Ah...você não viu o arco-íris?
Você não deve ter visto mesmo...

Minha tese: ver arco-íris é uma experiência absolutamente pessoal. O arco-íris que eu vi hoje só eu vi, mais ninguém!
Sim, tinha Sol. Sim, tinha chuvisco e o arco-íris estava estampado lá no céu, bem no alto! Mas isso não basta. Para existir, o arco-íris depende, essencialmente, do observador. Não é o arco-íris que aparece para a gente, é a gente que revela o arco-íris! 
É preciso estar no lugar e no momento certos para ver um arco-íris! É preciso estar ao ar livre ou com a janela aberta, com os olhos abertos e é preciso estar com a cabeça erguida e olhando para o céu. É preciso estar no presente para ver um arco-íris. O arco-íris fica invisível se nossos olhos estão presos no passado ou aflitos com o futuro.
A vida que você tem - essa vida de ter deixado os próprios projetos de lado em nome do sucesso de outra pessoa -  não está propícia para arco-íris? 
Então crie um!


Material:
1. Uma folha de papel em branco.
2. Um copo com água.
3. Uma lanterna.
Como fazer:
1. Coloque o papel em frente ao copo com água.
2. Coloque a lanterna ao lado do copo e acenda .
O que acontece:
Aparece um arco-íris refletido no papel.

Ah...você acha que assim não vale? 
Então saia à caça de seu arco-íris! 
Ganhe o mundo, abra os olhos, observe o céu e se mantenha no presente que ele vai surgir. 
Mas fique atenta que arco-íris pode aparecer disfarçado. Arco-íris é mágico e é mutante: pode ser flor, pode ser bicho, pode ser sentimento, pode ser situação, pode ser palavra, pode ser gente, pode ser até você mesma, desde que você permita, desde que você crie o ambiente para ser um arco-íris!
Cadê sua luz? Cadê sua água? 
Faça seu Sol brilhar em meio a chuva! Reflita todas as suas cores e revele o que há de mais belo em você! Faça você o seu milagre. Crie você o seu espetáculo!
Deixo meu arco-íris particular de hoje. Espero que ele traga cor e inspiração também para o seu dia!
Carmem Galbes

Os 10 filmes que toda esposa expatriada deve assistir.

Em busca de inspiração para a sua vida de coexpatriada? Fiz uma lista com os dez blockbusters americanos que podem te ajudar a lidar com os temas mais ásperos dessa decisão de "deixar+seus+projetos+em+segundo+plano+em+nome+da+carreira+de+outra pessoa."
Espero que ajude!


  1. Julie & JuliaSe você quer exemplos de outras mulheres que trilharam o mesmo que você está trilhando: encontrar um motivação pessoal em uma mudança provocada pela carreira de outra pessoa. Fala sobre a importância da paciência, persistência, bom humor e parceria do casal na expatriação.
  2. Um Bom Ano. Se você quer ver - de uma forma leve - como o viver de forma diferente pode mudar a sua vida para melhor. Tem uma mensagem incrível: coisas maravilhosas podem surgir quando você permite-se olhar a vida de uma outra forma.
  3. Advogado do Diabo. Se você quer entender porque muitas Coexpats enlouquecem. Não é o foco da história, mas mostra de maneira escancarada a importãncia de toda Coexpat receber um apoio sincero e um olhar de gente do bem para que consiga lidar com o novo modo de vida de forma saudável e produtiva. Para assitir com o maridão!
  4. Divertida Mente. Se você quer entender sobre a importância dos valores e das crenças ao enfrentarmos os desafios da vida. Por sinal, o desafio retratado na animação é uma mudança de endereço.
  5. Loucuras de Consumo de Becky Bloom. Se você quer entender como o consumo pode ser usado para preencher lacunas erradas. Muito inspirador para quem quer mudar o rumo da própria história financeira.
  6. Um Senhor Estagiário. Se você quer inspiração para começar algo nessa sua nova vida. Fala sobre humildade, crenças limitantes, quebra de paradigmas e como nunca é tarde para mudar o rumo da nossa história.
  7. Yes Man. Se você quer rir e busca inpiração para se abrir para o novo!
  8. Os Incríveis. Traz uma mensagem na lata - pá: a conta chega! A gente pode deixar muita coisa de lado para apoiar a carreira de alguém em outro lugar, mas isso não pode ser algo para sempre. A animação trata sobre missão de vida, talento e como podemos nos enganar ao tentar viver uma vida que não nos completa.
  9. Sr e Sra Smith. Se você quer entender de uma vez por todas a importância do jogo limpo entre o casal, principalmente o que aceita uma expatriação. Esse filme é cheio de metáforas para os relacionamentos. Um dos trechos que mais gosto é quando o casal bota - literalmente - a casa abaixo para começar uma nova história!
  10. Orgulho e Preconceito. A indicação seria o suficiente se você quisesse apenas assistir a uma história incrível. Mas incluí o romance de mais de 200 anos por acreditar que ele retarata muito bem como nossas crenças podem limitar nossa felicidade, como nossas crenças podem nos afastar de nossa paixão. É meu filme preferido.
Agora é só relaxar e se inspirar!
Precisa de mais apoio para lidar com sua nova vida longe do ninho? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Expatriada, organize-se para ter uma vida plena! Que tal começar pelo cardápio?

Quer aproveitar seu dia para fazer coisas que importam para você? Organize-se!
Esse é o primeiro passo para a gente criar um ambiente produtivo e fértil para ouvir nossas necessidades, atender aos nossos desejos, realizar  nossos sonhos, alcançar nossos objetivos!
Por onde começar?
Pelo básico: pela casa. Pelo lugar que te abriga, te protege e te fortalece, pelo menos é isso que a gente espera de uma casa.
Odeia o trabalho de casa? Mas ele tem que ser feito! Por você ou por alguém. O problema é quando estamos em um lugar que a mão de obra para serviços domésticos não é comum, não é farta, nem barata.
Aí é hora de uma reunião em família para divisão de tarefas de forma justa. Quem vai fazer o que e quando? Esse planejamento deve ir para o papel, para evitar sobrecarga e culpa.
Feito isso, é mão na massa.
Algumas práticas podem facilitar o processo.
Uma que eu sempre recomendo para as minhas coechees (as Coexpatriadas que apoio na realização de projetos pessoais) é o planejamento de um cardápio.
Parece bobagem? Tira a autenticidade da alimentação? Mas ele ajuda a poupar um super tempo, além de evitar desperdício dos alimentos que estão no fundo da geladeira ou esquecidos no armário. O cardápio também é um super parceiro para quem busca uma alimentação saudável e balanceada.
Na minha casa funciona o cardápio semanal, que vou repetindo com uma alteração ou outra, dependendo dos ingredientes disponíveis e das sobras de alimentos. Avalie como será melhor na sua casa, de acordo com os hábitos da sua família.
Daqui a pouco, deixo um PDF disponível, pronto para você ir preenchendo os espaços de almoço e janta. Não, não vou deixar um menú. Admito; culinária não é meu forte. Santo app de receitas!
Ainda sobre a organização das refeições: manter um controle de estoque e já ir criando a lista de compra conforme os produtos são usados é outra estratégia que ajuda a poupar tempo e dinheiro.
Agora, como prometido: o cardápio para você imprimir e colar na porta da geladeira! Não se esqueça de ir fazendo a lista de compras.



Precisa de mais apoio para organizar a sua rotina, a sua agenda e assim poder olhar para você nessa expatriação? Fale comigo! Eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
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Carmem Galbes

Coaching para esposa expatriada já! Porque expatriação é um projeto em família!

Definição clássica de coaching: processo com início, meio e fim, que te leva de uma situação A (não desejada) para uma situação B (desejada). O coach, profissional que conduz o processo, adota uma metodologia para isso.  
É assim que funciona! Você quer mudar, às vezes  nem sabe o que, não sabe como, mas quer fazer diferente, quer ser diferente e busca a parceira com um coach para te ajudar nisso.
Ok, mas quando a pessoa tinha a vida que queria e não tem mais? Quando tinha a casa que amava, as amigas por perto, a rede de apoio funcionando, uma carreira que trazia independência financeira e reconhecimento social? Pior, e quando ela perde isso e sabe que não voltará a ter, pelo menos igual ao que tinha antes de embarcar nessa vida "longe de casa", em um outro estado, em um outro país?
Para a mulher que coloca os próprios interesses em segundo plano para apoiar a carreira do parceiro em outro lugar, ter força para reconhecer no coaching uma fonte de apoio nem sempre é algo simples.
Quase ouço pensamentos agora: "Para que fazer coaching se 'virei' dona de casa? Como vou pensar em um objetivo se não tenho ânimo para planejar um jantar? De onde vou tirar dinheiro para bancar isso?"
Aí que está a importância de um processo especialmente desenhado para a esposa expatriada.
Nesse caso, o coaching é conduzido como um grande processo de organização externa e interna. É preciso que a esposa expatriada - que eu, carinhosamente chamo de coexpatriada - aterrisse de forma suave nesse novo ambiente. E, se por acaso despencou, é preciso que ela junte as peças e organize-se.
O endereço mudou. A alimentação mudou. Os horários mudaram. A rotina mudou. As demandas da família mudaram. A mulher mudou.
É preciso um passo a passo É preciso abrir e organizar - também - todas essas caixas: a agenda da mulher tem que voltar a existir, a rotina tem que ser restabelecida, os recursos internos, os talentos têm que ser novamente identificados, as ideias tem que ser limpas, o ânimo restaurado e um objetivo tem que ser declarado! Não importa o que, não importa o tamanho, pode ser qualquer coisa, desde que seja único e exclusivo da mulher! 
Tudo isso para que a coexpatriada tenha, também, a oportunidade de ter uma realização pesssoal, só dela, nessa transferência, apesar de ela ter sido motivada pela carreira de outra pessoa.
Para mim, coaching para quem acompanha o profissional transferido já deveria estar no pacote de benefícios faz tempo! Já deveria ser um acordo do casal quando a conversa sobre a transferência começa.
Esse suporte tem que chegar rápido, o quanto antes, se possível, antes do embarque, antes de a mulher entristecer, antes de a mulher perder a fé em si mesma, antes de a mulher adoecer, antes de uma família desmoronar!
Poderia argumentar que isso é fundamental porque expatriação mexe com gente, mexe com vidas, e todos merecem viver em sua melhor versão.
Mas, talvez, os números falem mais alto. A pesquisa Mobility Brasil indica que expatriação é algo caro e de alto risco de fracasso. Dos motivos para esse fracasso, a situação de quem acompanha o profissional transferido é o que tem o maior peso. 
Se você não está feliz longe de casa, apesar de todo o potencial de enriquecimento que uma expatriação traz, não se convença que é assim mesmo. Converse comigo que eu sei como te ajudar!
Estou no contato@leveorganizacao.com.br
Não desperdice nenhuma chance de viver a vida que você quer!

Carmem Galbes

Expatriada e dona de casa. De onde vem tanta dor?

Não, você não está sozinha, nem é mais fraca ou menos preparada por sentir esse cansaço, essa angústia, esse tédio em lidar com a casa!
Sabe qual é uma das maiores queixas das esposas que apoiam o marido transferido? 
Sobrecarga por cuidar da casa, dos filhos, da rotina e tudo sozinha, muitas vezes!
Aí vem a Organização Internacional do Trabalho e divulga o seguinte dado: O Brasil é o país com o maior número de empregadas domésticas. São 7 milhões, quase a população da Dinamarca! 
Aí a historiadora Marília Ariza, ouvida nessa matéria do Uol, explica: "A ideia de ter um servo na família era muito comum, mesmo entre quem não era rico e vivia nas regiões semiurbanas do século 19 (...) O Brasil do século 21 herdou do passado colonial, imperial e escravista uma profunda desigualdade na sociedade que não foi resolvida." 
Aí eu concluo: ter empregada está no DNA do brasileiro!
Mas você pode perguntar (meio chorando de tristeza ou quase gritando de raiva): "o que isso tem a ver exatamente comigo, que deixei muita coisa de lado para apoiar a carreira do meu marido em outro lugar? Tinha minha vida, meu trabalho, minha renda e hoje eu tenho uma atividade que não termina nunca, o trabalho de cuidar da vida doméstica da família!"
Eu respondo: "eu acho que esse número da OIT pode explicar muito dessa coisa ruim e desconcertante que você vem sentindo."
Ok, posso estar julgando. Então, vou lançar umas perguntas:

  • Será que o cansaço por não ter ajuda 'longe do ninho' tem mais a ver com uma batalha interna por causa de uma crença que está em xeque do que com o trabalho propriamente dito de lidar com a casa? 
  • Será que a angústia por ter que assumir as tarefas de casa tem mais a ver com o fato de nós brasileiros, especialmente - mas não somente nós - não valorizarmos o trabalho doméstico, por acreditarmos que o trabalho doméstico só é 'digno' de ser feito por gente pobre e sem estudo? 
  • Será que se o normal fosse não ter empregada ou faxineira seria mais fácil tocar a casa em um outro lugar, sem ficar sobrecarregada?
  • Até que ponto a cultura de ter empregada tira a autonomia doméstica da nossa família e a responsabilidade nossa, do marido e de nossos filhos por limpar a própria sujeira?
  • Até que ponto a cultura de ter empregada impede que as tarefas sejam divididas de forma justa? 

As respostas podem servir como um inventário das crenças que adquirimos ao longo da vida, desde muito pequenininhos. Das crenças que temos, não percebemos e que acabamos perpetuando. Das crenças que não nos ajudam, que nos deixam exaustas e até deprimidas. Das crenças que nos impedem de olhar para a vida de expatriada com olhos mais positivos. Das crenças que ceifam a autonomia em vez de adubá-la! Crenças que fazem com que a gente monte uma casa que nos escraviza e aprisiona em vez de nos servir.
Sei que esse é um assunto árido! É muito difícil porque mexe com valores muito primitivos. Mexe com o seu orgulho, com o brio do seu marido - que pode pensar que, como um profissional expatriado, tem a hora muito cara para usá-la lidando com a casa. Mas esse tema precisa ser abordado. Tem que ser tratado como prioridade na família. Porque a casa é 'coisa' da família, criação e responsabilidade de todos que moram nela. Como resume Hilda Hilst: 

"A minha Casa é guardiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências."

Quer lidar melhor com esse tema? Sou Coach de Esposas Expatriadas e Organizadora Profissional especializada em famílias transferidas. Saiba como eu posso te ajudar clicando em www.leveorganizacao.com.br



Carmem Galbes

Imagem: Freeimages

Esposa expatriada, mude-se para o presente!

Eu amo o filme O Diabo Veste Prada. Gosto do enredo, das roupas e, principalmente, como aborda temas como arrogância, culpa, estratégia e superação.
Separei um dos trechos mais interessantes para mim, o que eu chamo de "estrelinha na testa". Acredito que ele sirva como uma bela metáfora para o discurso de muita Coexpatriada (se você não sabe o significado do termo, clique aqui).
Por favor, não pense que vou cair no julgamento. Já já chego onde pretendo. Antes, pausa para relembrar a cena, clique ao lado.
Mas onde exatamente está a metáfora? Para mim, em dois pontos: em querer a tal estrelinha na testa e em acreditar que já fez tudo o que podia para estar feliz em um processo de expatriação.
Como assim?
Já ouviu uma conversa ou parou para falar com uma Coexpatriada que não está feliz com a vida em outro lugar?
É mais ou menos assim: "Quando eu era...Quando eu fazia...Quando eu morava...Quando eu trabalhava...Quando eu acontecia...Quando eu recebia" É uma conversa totalmente conjugada no passado! E é exatamente daí que eu acho que nasce tanta dor, tanto desencaixe, desconforto que vem de uma história de recebimentos de estrelinhas que a Coexpat viveu, amou e que passou na prática, só que permanece na memória, não como uma lembrança feliz, mas como um crítico cruel lembrando a todo momento que ela era muito melhor do que essa pessoa que está sendo agora: "olha quem você era e no que se tornou! Como você deixou isso acontecer na sua vida? Looser! Você tinha sua carreira, seu salário, era A executiva, tinha subordinados, tinha tempo para comer apenas durante as reuniões com CEO, CFO e todos os outros 'CEILÁOQUE' e agora é essa pessoainhainhainha que só cuida da casa e das crianças."
Certo e daí? A pessoa não pode lamentar escolhas? 
NÃO! Ela pode tirar lições das escolhas que considera mal feitas. 
Tá, e ela não pode odiar essa vida sem carreira, sem status, ausente de reconhecimento social? Pode. Mas defendo que não pare por aí. Não pare no sentir esse ódio e no lamentar. 
Escuto muitas Coexpats dizendo,  "o que eu queria fazer..." pois então faça! Queira e faça! E se der errado? Faça outra coisa! Mas faça! Quer estrelinha? Quer ser olhada? Quer ser reconhecida? Olhe-se! Reconheça-se! Agora é hora de fazer brilhar a sua própria estrela, estrelona! 
Ok , quer usar o seu passado? Use,  mas como um incentivador para mostrar como você é capaz, como você já conquistou  tanta coisa e como você pode fazer de novo! 
Faça as pazes com o seu passado e siga adiante! 
Quer retomar a carreira? Retome! Quer estudar? Estude! Quer ser "só" dona de casa? Seja" Quer ficar sem fazer nada? Fique! Quer fazer qualquer outra coisa? Faça! Mas que essa seja uma decisão por escolha consciente, não por falta de opção, por falta de vontade, por falta de coragem. 
Mas como eu faço? Por onde eu começo? Eu sei...não é fácil reestruturar-se depois de um furacão, depois de ter a identidade virada do avesso,  mas é absolutamente possível! 
Considero o Coaching uma estratégia bem poderosa! Saiba como ele funciona e como eu posso te ajudar! Visite: www.leveorganizacao.com.br 

Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...