Quando a mudança é pra...China!

Sua família planejou tudo. Tem um idioma estrangeiro - ou mais - dominado. Estudou a empresa para saber como e quando se candidatar à uma transferência para o exterior. Sabe direitinho o que quer no pacote de benefícios. Guarda - meio secretamente - os países que sonha em ver os filhos crescerem.
Aí vem o convite! Mas o destino não é nada daquilo que estava no roteiro...
Por isso que temos que saber direitinho o que a gente quer com uma expatriação.
Você pensa em um cargo no exterior porque isso poderia ajudar a sua família a ganhar mais? A ter uma melhor qualidade de vida? Ter mais segurança? Acesso às melhores escolas? Aprender um idioma? Ou para você uma transferência seria importante por acreditar que a vida pode ser vivida de várias formas e que há muitas maneiras de se viver?
Tenho pra mim que estar alinhada com a segunda proposta pode diminuir a chance de frustração.
Sim, porque de repente você pode ter que ir pra um lugar com cultura bem diferente da nossa...sei lá...um exemplo real...você pode ter que ir...pra China!
Ok, tudo bem que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, portanto ir pra lá não deveria ser uma grande surpresa. O problema é essa pesquisa da Brookfield que aponta a China como o país que oferece maior dificuldade para a adaptação de estrangeiros.
O bom é que o planeta tem bilhões de anos e a gente sempre acha alguém que trilhou o caminho antes da gente.
É o caso de uma associação criada especialmente para receber pessoas como você - virgem em China!
A Brapeq - Brasileiros na China - existe há cinco anos. É um grupo - pelo que ví - bem estruturado, mantido voluntariamente por brasileiras que estão já há algum tempo na Ásia.
Então, respira cinco vezes no saquinho de pinga (é aquele que você guardou de recordação quando comprou sua cerva nos States) e bora lá aprender a viver em mandarim!
Carmem Galbes

Intercâmbio: um bom começo para um futuro expatriado.

Para algumas pessoas o convite para expatriação chega de surpresa, cai como uma bomba, bagunça tudo e pode ser muito legal, ou não, né - caetaneando...
Mas para um outro grupo, expatriação é meta de vida. E a pessoa se prepara mesmo. Estuda outros idiomas, planeja como a carreira pode levá-la ao embarque internacional, está sempre antenada em que parte do mundo ela poderá ser útil, enfim, investe tempo, dinheiro, paixão.
Para quem tem fé que morar no exterior tem tudo para ser tuuudo de bom - mas não sabe direito por onde começar - um intercâmbio pode ser um preview interessante. Em uma experiência assim pode-se conciliar a imersão em um outro idioma, em uma outra cultura. Acho - de verdade - que dá pra dar uma ideia se temos ou não o perfil para a expatriação, se damos conta de aceitar um outro modo de viver.
Se você também acha que um intercâmbio é um bom começo para uma existência "expatriática", o site da Voce SA traz algumas dicas de como escolher uma instituição lá fora. É coisa rápida, mas não deixa de ser um norte. O link para as dicas está aqui.
Carmem Galbes

Para quem está perdido: manual de expatriação.

No Brasil, expatriar ainda é raro, ainda é caro. O processo deveria ser, então, muito bem desenhado para que a transferência fosse um sucesso para profissional e empresa. Mãssss - como diria uma amiga gaúcha - a coisa não é bem assim.
Tem companhia que começa a mandar talento pra fora sem ao menos ter uma política de expatriação. 
Política de que
Especialistas em mobilidade global dizem que política de expatriação é fundamental porque pavimenta e sinaliza caminhos.
Esses mesmos especialistas argumentam que a padronização das ações ao expatriar ajuda, por exemplo, a dar coesão às decisões. Assim as transferências não são tratadas caso a caso, o que pode evitar frustrações, demissões ou futuras brigas judiciais.
O documento também é importante para passar as regras adiante em caso de outras transferências, independente da existência de um departamento de expatriação.
Para os especialistas, uma política de expatriação bem estruturada deve contemplar tópicos como:
* Resumo do cargo a ser ocupado no exterior,
* Remuneração e benefícios,
* Que tipo de apoio que o profissional e a família terão na saída do Brasil e na chegada a outro país,
* Valores da ajuda de custo lá fora, o que é temporário e o que é fixo.
*  Processo de repatriação.
Interessante ver como o blog da Leve recebe gente em busca de informações sobre esse complexo processo de mandar alguém pro lado de lá da fronteira. 
E não é que nesse marzão que é a internet eu encontrei um manual?
Verdade, é isso mesmo, eu achei esse manual em uma página portuguesa - a Pmelink, "que trabalha para potencializar o crescimento e a rentabilidade de pequenas e médias empresas, maximizando a sua eficácia e minimizando o investimento de tempo e recursos."
Espero que o manual ajude - ao menos - a organizar as ideias. Boa sorte!
Para acessar o material é só clicar aqui
Carmem Galbes

Cartilha de Orientação Jurídica para Expatriados.

Se é um guia para expatriado, pode ter certeza que será um link aqui no blog da Leve.
Você sabe que eu sou doida por listas, esquemas e tudo quanto é coisa que ajude a gente - ao menos - a organizar as dúvidas.
Então... a Cartilha de Orientação Jurídica foi elaborada pelo Ministério das Relações Exteriores e Defensoria Pública da União a partir da demanda de brasileiros que vivem lá fora.
O guia da vez é voltado - principalmente - para o expatriado sem recursos financeiros para bancar um apoio jurídico no exterior. Mas mesmo que seu caso não seja para um defensor, o guia pode facilitar a vida ao trazer informações sobre procedimentos burocráticos de tirar o sono, como validação de casamento - ou divórcio - feito em outro país, autorização de viagem de criança e coisas do tipo.
O caminho para a cartilha é por aqui.
Precisa de um apoio mais específico? No seu caso, o que você quer mesmo é encontrar uma realização pessoal nessa mudança provocada pela carreira de outra pessoa? Converse comigo! Eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br

Carmem Galbes

Quando um novo idioma abre as portas, a mente, o coração...

“Setembrochove?”
“Se eu tenho o que?”
“Setembrochove?”
“Ã?”
“Uhahahahahahahahaha”
O pequeno Orlando ficou mal, muito mal. Sim, ele era da turma que não levava zoação pra casa.
Minúsculo no tamanho, não podia partir pra porrada. Gigante na inocência, tentava desenvolver o tema: “que cê tá falando, o que que é brochove?”
E a galera - cruel que só: “Uhahahahahahaha”
Tudo bem vai, quem nunca  teve  que parar e pensar para poder responder: “chove, em setembro chove.” Babaquisse, viu!
Mas, como disse, o Orlando não era de brincadeira, não embarcava mesmo! E no seu íntimo prometeu que ninguém jamais  esculhambaria com ele de novo por causa desse inglês.
Coitado do Orlando, né gente?
Mas não teve jeito, ele achou porque achou que o povo estava sacaneando em outra língua.
E Orlando não era de piada, era de trabalho duro.
E lá foi ele para as aulas de Inglês.  Novas palavras, novas pessoas, tudo novo!  Orlando virou bilíngue! 
Seu mundo perdeu a legenda. Ele não precisava mais de ninguém para entender as músicas que ouvia, os filmes que assistia, a comida que engolia.  
Com o inglês, Orlando saiu da caixa. Ele passou a pensar grande e longe! E  lá foi ele cursar o terceiro ano nos Estados Unidos,  e com bolsa de estudo e tudo!
De volta ao Brasil, sucesso no vestibular!
E como Orlando cresceu! 
Da faculdade para a pós no Canadá foi um pulo.
Pulo do gato, aliás, foi a cena incrível que garantiu um estágio em Londres! O diretor da universidade Inglesa havia acabado de dar uma palestra na pós do Orlando. 
Orlando, esperto que agora era, percebeu que o mestre procurava algo. Orlando não hesitou: “Can I help you?”
O professor - perdido em sua mente cheia de teorias - se limitou a pensar alto: “where is the book?”
Orlando ia soltar um “the book is on the table”, ele viu que o livro estava sobre a mesa!  Mas não! Agora Orlando tinha repertório! Além do mais ele havia prometido que jamais seria humilhado novamente por causa do inglês.
Coitado do Orlando, né gente?
Coitado nada,  Orlando arrasou! Descreveu em detalhes onde estava o livro, usou as palavras mais requintadas e se esquivou heroicamente do “the book is on the table.”
O professor - que lecionava literatura comparada - se encantou  com o texto de Orlando, quase um poema. E veio assim, desse encontro inesperado, com Orlando  rasgando seu inglês -  o convite para o estágio que, no futuro , viraria vaga efetiva.
E Orlando rodou o planeta!
Em suas andanças é bonito de se ver como Orlando nunca recorreu a um “the book is on the table” sequer!
Mas o passado bateria à porta...
Durante umas férias, Orlando esbarrou com o fantasma...
Mal soltou um “Orlandoooo!! Quanto tempo!!”,  o abençoado lascou um: “E aí Orlando, setembrochove?”
Orlando ficou enrugado, nossa, nunca vi um rosto se transformar daquele jeito, nem o Hulk - o incrível - me assustaria tanto!
É...Orlando era o tal, mas ele tinha um trauma. Não, não era do Inglês.  Na verdade não era trauma, acho que era uma trava, um enrosco mesmo  com essa maldita pergunta.
E em  meio à sua angústia, a beldade ao lado ria. Não, não estou falando do abençoado, falo da beldade mesmo, da lindona que acompanhava a cena de longe.
Gente, o Orlando surtou!
“Dessa vez não!”, ordenou aos céus, e - no mesmo timbre do He-man - liberou um: “cheeegggaaaaa.” Lá foi ele tirar satisfação com a ruiva.
Coitado do Orlando, né gente?
“Qual é o seu problema?”
A ruiva sorriu sem graça. Balançou a cabeça sem jeito. Mal sabia Orlando...
Na sua aventura pela língua portuguesa, a gringa havia acabado de pedir  um caixão em vez de uma caixa grande para suas compras...Nem preciso falar que a raça no mercado rolou de rir.
A mulher ficou tão zureta, que ria um riso trêmulo, feio até, mas ria olhando para o Orlando, que - naquele instante - não passava de um poste para ela...
Mas vai explicar tudo isso, ela só falava Inglês...
Então, com o olhar mais delicado do mundo, fitou o enfurecido Orlando e limitou-se a um: ”Excuse me.”
Pronto, bastou para Orlando baixar a guarda e cair nas graças daqueles cachos vermelhos, olhos azuis, pele rosada, hálito fresco...
Bom, já sabe que o final da história é feliz, né? Orlando casou e se multiplicou. Formou uma linda família bilíngue. Ok que está tendo um trabalho danado com o Orlando Jr.
O pequeno é terrível: “o, pai?”
Orlando, docemente: “sim, meu anjo.”
O anjo: “setembrochove?”
“Já pro quarto, moleque!”
E foi do quarto que o anjo gritou: “Eu tenho brochove e o Mussum tinha forevis, né pai?”
Com o riso entalado, Orlando: “Pra cama, Júnior!”
Bom, se tem, não tem, o que é, como é, Orlando nunca entendeu esse tal de brochove. O que ele sabe é que se não fosse o brochove ele nunca teria se envolvido com o Inglês, e - talvez  - passasse uma vida sem ter a alegria assim tão por perto.
Carmem Galbes









Expatriação: cobrança e culpa.

Olha o cenário: você tocando a vida. Trabalhando, estudando, cuidando, limpando, economizando, gastando, planejando, acertando, errando...mas tocando a sua vida. Aí chega o gato com o olhar cintilante  e dispara: promoção! Para na seguinte tomada de ar erguer as sobrancelhas, arregalar os olhos e soltar a bomba: vou trabalhar no...no...no cafundó de Judas.
Mesmo sem saber ao certo se isso é legal ou se é uma pegadinha do Mallandro (nossa, essa foi trash)  você grita: "uhu!" e dá aquela olhadinha de lado para um último: "yeah..."
E vem a lista de benefícios. Você: "pô, legal!" Aí vem a lista de orifícios, sim, porque você vai ver que o buraco - quando se vai pra longe - é mais embaixo.
Adeus "eu sei, eu sou.
Pirei! será a única certeza. 
Hello bagunça!  
A coisa pode ser linda, maravilhosa mesmo, ou horripilante. Vai depender muito do quanto você é capaz de se reinventar e de rir da própria cara.
Mas a questão nem é essa. Quero falar mesmo é com o galã dessa história.
"Vamu-quebrá-o-pau-que-nem-gente-grande?"
 É muito difícil ter almoço grátis nessa vida. Você foi além da fronteira e alguém bancou essa viagem louca com você. Então não me venha com esse nhenhenhém de que sente o peso da cobrança quando a coexpatriada resolve abrir o coração e falar da angústia ou até mesmo da frustração de ter mudado tanto a própria vida em nome de...alguém...
Ok, tudo bem, quando se é grande de verdade é proibido jogar a responsabilidade das próprias escolhas nas costas alheias, mas é preciso entender que não se pode pensar que a madre Teresa ou a altruísta aí do lado não vai, vez em quando, questionar tamanha doação.
Então pra não ficar brincando de gente-legal-pra-caramba e ficar se entupindo de mágoa até o relacionamento desmoronar, vamos fazer uma listinha
Primeiro para quem acompanha:
- A expatriação exige uma tremenda doação de quem acompanha o expatriado. Por um período, o outro será a prioridade. Você será a centralizadora dos problemas, das angústias, das chatices, das alegrias também, mas não será o centro das atenções. Suas ambições, desejos, sonhos ficarão para um capítulo seguinte. Entonces, se você não aprendeu a a trabalhar na coxia ou não quer atuar assim, PEDE PRA SAIR da sala de embarque.
Essa é para quem é o motivo da expatriação:
- É fato, assim como vai ser cobrado para dar resultado na empresa, você vai ser cobrado pelas mudanças que provocou na vida - ou vidas - em torno. Dica: pega bem  reconhecer tamanha doação. Agora, se você faz beicinho quando tem um dedo apontando pro seu nariz, dá meia volta e fala pro chefinho que seu lugar é por aqui mesmmm, sabe.
Essa é para todo mundo:
- Se você acha que de certo na vida só a morte, então agarra o passaporte e carimba essa oportunidade - ou seria o contrário? Enfim, comece a exercitar a despadronização, porque o que era embaixo vai pra dentro, o que estava fora, enraíza e o que era um tornado tende a virar uma brisa suave com o passar das estações.
Já embarcaram? Você está tentando mas não está conseguindo segurar sozinha a barra de ser uma coexpatriada? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Rede de apoio a expatriados.

Nessas de botar a casa abaixo e ir em busca de nova estrutura, novo revestimento, nova decoração...a gente encontra tanta coisa interessante...
Sabia que o governo editou um guia para artistas, modelos e jogadores de futebol que vão trabalhar no exterior? O material reúne desde informação sobre a legislação para esse tipo de trabalho lá fora até a documentação necessária e particularidades dos países mais visitados por esse time.
E navegando por aí ancorei na Suiça. A rede de apoio a expatriados por lá é super organizada.
O Ciga-Brasil, Centro de Integração e Apoio, é uma associação sem fins lucrativos. Entre as atividades: "Oferecer apoio e solidariedade aos brasileiros no processo de adaptação à nova cultura. Promover o contato e maior integração entre os brasileiros residentes na Suíça e cidades fronteiriças da França e da Alemanha. Cultivar e divulgar a nossa cultura. Desenvolver as seguintes atividades : Serviço de Informação e Aconselhamento nas áreas jurídica, médica, social, psicológica e pedagógica, acompanhamento a hospitais e órgãos oficiais, serviço de tradução e interpretação, divulgação do trabalho realizado pelos brasileiros e promoções sócio-culturais." 
Pelo que entendi, o Ciga é quase uma empresa de cross-culture, só que feita por brasileiros que já sentiram na pele a experiência e não cobram nada para ajudar!
Precisa de um apoio mais expecífico? O que você quer mesmo é encontrar uma motivação pessoal nessa mudança provocada pela carreira de outra pessoa? Vamos conversar que eu sei como te ajudar! Estou sempre no contato@leveorganizacao.com.br
Mais informações: www.leveorganizacao.com.br
Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...