Cinco perguntas e uma boa surpresa. Argentina.

Olá, X!
Há pouco mais de três anos Marília Pontes embarcou para a Argentina. Mas, como ela mesma diz, a especialização profissional que buscava era, na verdade, uma trilha para realizar o sonho de morar em Buenos Aires.
A história dessa expatriada é recheada de tentativas, de erros - como acontece com todo mundo - e também, claro, de conquistas pessoais e profissionais. “Essa experiência, com todas as coisas boas e ruins que me aconteceram, me fez chegar à conclusão de que é muito importante batalhar por nossos sonhos. Sinto-me uma pessoa muito mais forte hoje porque encarei obstáculos até conseguir realizar o que queria. Sempre digo que a clássica dúvida ‘E se..?’ me deixa louca e nunca poderia ter seguido minha vida com ela na cabeça. Sempre pensaria: ‘E se tivesse ido morar em Buenos Aires? O que teria acontecido?’ Para evitar fazer essa pergunta a mim mesma no futuro, corri atrás e realizei o que, na época, era o meu sonho”, conta a jornalista que, aliás, também é blogueira.
Que bom que a Marília escolheu dividir com a gente a experiência dela! Obrigada Marília!

Cinco Perguntas:
X - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
MP - Sinto que tenho dias em que me sinto em casa e poderia seguir vivendo aqui. Por outro lado, há outros que tenho vontade de sair correndo. Em linhas gerais, somos povos latinos, os brasileiros e argentinos, e temos semelhança em algumas características de nossas culturas. Entretanto, no dia-dia, é possível observar comportamentos diferentes, sobretudo em Buenos Aires. São, muitas vezes, detalhes que se tornam gigantes, dependendo de quão frágeis estamos nesse dia.
Quando eu cheguei à Argentina, há três anos e meio, queria muito me integrar com as pessoas daqui, mas não foi tão fácil assim. Passei muito tempo na companhia somente de estrangeiros, como eu. Hoje tenho amigos argentinos muito próximos, mas acredito que isso aconteceu gradualmente, depois que comecei a trabalhar.
X - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
MP - Eu sempre encarei tudo como um desafio e com muito entusiasmo. No começo foi pura empolgação, pois era tudo novo. Sinto que as dificuldades começam a partir de agora, com tanto tempo longe da família e sem poder participar de momentos importantes, como aniversários. Vejo fotos de minha família toda reunida e fico pensando que poderia ter estado ali também e se vale realmente a pena passar por tudo isso, todo esse esforço.
X - O que faria diferente?
MP - No meu primeiro ano aqui, só estudava. Hoje, penso que deveria ter começado a trabalhar antes, o que teria me ajudado a fazer amigos locais e, de quebra, economizado meu dinheiro.
Além disso, logo no princípio, comecei a namorar um rapaz daqui. Isso foi negativo por dois aspectos: Primeiro porque ele era muito ciumento e possessivo e não queria que eu tivesse contato com pessoas que ele não tivesse confiança. Em segundo lugar, porque quando o estrangeiro chega a um país diferente tem um monte de coisas novas para descobrir e o ideal é fazê-lo sozinho, trilhando seu próprio caminho.
X - Toparia ser expatriada de novo?
MP - Eu aceitaria me mudar para outro país, sim, mas não da mesma forma como fiz quando vim pra Argentina. Quando me mudei aqui, tudo dependia só de mim, e eu tinha outra energia, era mais nova. Hoje em dia eu o faria somente no caso de ser expatriada pela empresa, contando com o respaldo de uma companhia e a estrutura que ela poderia me proporcionar.
X - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
MP - Acho que quando a gente assume o desafio de ir morar em outro país há muitas ilusões e sonhos em jogo. Obviamente, grande parte das vezes, a maioria nunca vai se tornar realidade e a gente tem que estar consciente de que isso vai acontecer de qualquer maneira, porque nem tudo é como planejamos.
No meu caso, posso concluir que tive sorte. Tenho amigos muito especiais e vivo numa cidade linda, com vários parques, bares interessantes e opções culturais. Procuro aproveitar tudo que Buenos Aires tem para me oferecer e curti-lo enquanto estou aqui, porque quando não estiver mais, quero guardar boas lembranças desse período.
A boa surpresa:
Os amigos que fiz aqui. São pessoas que, mesmo que eu volte para o Brasil, estarão presentes em minha vida para sempre.

Uma expatriada em Honduras.

Olá, X!
Golpe de estado. Presidente deposto. Toque de recolher. Confrontos nas ruas. Suspensão de garantias constitucionais.
Hoje a conversa é com uma brasileira que está tendo que conviver com a confusão que se instalou em Honduras.
Elisa Vieira, casada com um hondurenho, é presidente da Associação dos Brasileiros Residentes em Honduras.
Em seguida à rápida conversa, Elisa pede que seja divulgado um relato dela sobre os acontecimentos em Honduras.

X - Os brasileiros em Honduras receberam alguma orientação especial do consulado?
EV - Não, não recebemos nenhuma orientação.

X - A sua família tomou alguma providência em especial?
EV - Não, até agora não houve nenhuma implicação grave para os cidadãos hondurenhos ou residentes de outros países. É só não andar no meio da bagunça que não tem problema.

X - Qual tem sido a sensação entre os brasileiros? Há relatos de desejo de voltar para o Brasil?
EV - Grande parte dos brasileiros que moram aqui já tem amor ao país. Muitos têm filhos aqui, negócios, muitas brasileiras são casadas com hondurenhos. Só voltaríamos ao Brasil se a coisa ficasse muito feia.

X - Vocês têm conseguido sair de casa para atividades corriqueiras, como ir ao mercado, ao trabalho, à escola, ao médico etc? Há falta de produtos?
EV - Por 2 dias não pudemos sair as ruas e tudo estava fechado. Agora as pessoas estão trabalhando normalmente. Funcionam normalmente supermercados, escolas... mas apenas das 6 da manhã às 8 da noite. Depois das 8 da noite está tendo toque de recolher.

X- Na sua opinião, de alguma forma o apoio do governo Lula ao presidente deposto Manuel Zelaya pode prejudicar a futura relação cotidiana entre brasileiros e hondurenhos?
EV - A vida cotidiana da gente, não. Os hondurenhos sempre gostaram muito dos brasileiros e já temos uma vida feita aqui neste país que nos recebeu de braços abertos. Mas a situação política e comercial entre os dois países pode, sim, ser muito afetada.
A carta de Elisa Vieira:
Estimados amigos compatriotas, jornalistas, políticos, família e todos aqueles que se preocupam e querem saber a verdade sobre a situação em Honduras,
Recebi um e-mail hoje que me deixou indignada. Foi uma entrevista feita por uma jornalista brasileira a um senhor chamado Ramon Navarro. Neste e-mail, o tal Ramon falava que aqui em Honduras há “campos de concentração”, que o exército está “matando companheiros que fazem passeata” e que há “torturas, desaparecidos e mortos”. Eu moro em Tegucigalpa, Honduras, faz 6 anos e posso afirmar que não está acontecendo nada disso. Aqui não existem “campos de concentração”. Não há torturas, nem desaparecidos nem mortos pela repressão. Sim, está tendo toque de recolher e a polícia joga bombas de gás lacrimogêneo para controlar os manifestantes que estejam fazendo muita bagunça. Mas sabem por quê? Porque alguns manifestantes da “resistência” (como são chamados aqui os que defendem o Manuel Zelaya) começam a incendiar pneus, jogar pedras nas casas, atentar contra a vida das pessoas. O exército e a polícia têm sido muito tolerantes com tudo o que eles têm feito, pra não serem mal vistos pelos organismos internacionais e pelos direitos humanos. Os manifestantes da “resistência” têm saído às ruas de Tegucigalpa em plena luz do dia, pixando muros, quebrando vidros de lojas, incendiando restaurantes, saqueando supermercados, lojas e bancos! E a polícia não estava fazendo nada! Não sei se é por falta de policiais suficientes para controlar toda essa bagunça ou simplesmente para não falar que há repressão aqui. Algumas poucas vezes, em que os militares ou policiais estavam presentes, jogaram bombas de gás ou água para poder controlar a atitude violenta dos manifestantes. E claro, agora com o Manuel Zelaya instalado na Embaixada do Brasil, a situação se complicou muito mais porque os manifestantes da resistência ficaram mais violentos, queriam tirar o ex-presidente Zelaya da Embaixada e têm feito anarquia em vários lugares do país. Um dos tais “campos de concentração” ao que este Ramon deve estar se referindo é a um campo de Baseball que está perto da minha casa. É verdade que levaram várias pessoas detidas aí, pessoas que estavam fazendo alvoroço nas ruas. Mas não tinha nada de tortura nem nada. Da minha casa dá pra ver tudo o que acontece aí e os detidos estavam sentadinhos na grama, só esperando. Depois de algumas horas, a polícia liberou todo mundo, não houve nenhum fichamento na polícia nem golpes nem nada.
Agora, para que saibam a situação do povo hondurenho: o povo hondurenho está dividido. Há muitas pessoas que estão a favor do Manuel Zelaya, mas há muitos que estão contra (provavelmente a maioria). E nós, brasileiros residentes em Honduras, estamos muito tristes e decepcionados com a postura do governo brasileiro de emprestar a Embaixada do Brasil pra ser usada como Quartel General pelo ex-presidente Zelaya. Isto é uma crise política interna, que tem que ser resolvida pelos hondurenhos. O governo brasileiro está violando o princípio da não intervenção entre os países. Manuel Zelaya colocou mais de 150 pessoas dentro da Embaixada do Brasil, ativistas seguidores dele, pessoas armadas, etc. E não respeitava os funcionários brasileiros da Embaixada, fazia o que queria lá, como se fosse a casa dele. E de lá estava incitando seus seguidores a lutar nas ruas, fazer manifestações pra sua volta ao poder. E ele é muito contraditório porque tem hora que fala uma coisa e depois fala outra. No começo chegou com um discurso falando que vinha em missão de paz, que não queria voltar ao poder, que só queria estar em seu país. Algumas horas mais tarde estava gritando: “Restituição ou morte!”
E nosso querido presidente Lula (eu votei nele nas 2 eleições) fala que é necessário restituir o Zelaya na presidência para preservar a democracia. Ora, vocês sabem o que levou a retirada do Manuel Zelaya do poder? Mel Zelaya violou a Constituição Hondurenha, desrespeitou o Congresso Nacional, o Tribunal Supremo Eleitoral, o Exército Nacional. Ele estava tentando sabotar as eleições para continuar no poder como um ditador socialista, financiado e apoiado pelo Hugo Chávez, da Venezuela. Ele invadiu a sede das Forças Armadas para tirar de lá as urnas para uma suposta “Consulta Popular” que tinha sido considerada ilegal, já que esta estava diretamente relacionada com sua tentativa de permanecer no poder e dissolver o Congresso Nacional. Isto é democracia? Querer passar por cima de tudo e de todos pra continuar no poder e fazer tudo o que lhe convém, sem respeitar as leis e os demais poderes do Estado?
Muitas pessoas que o apóiam são idealistas, pessoas que acreditam no socialismo, na igualdade social, seguidores do Che Guevara, Gandhi, Martin Luther King. Eu também admiro todos eles que lutaram pelo povo e por melhores condições de vida a todos e contra o racismo. E gostaria que pudéssemos viver em um mundo melhor. Mas é idealista a pessoa que nasceu de família fazendeira rica, que estudou só o básico porque não gostava dos estudos, que nunca teve que trabalhar duro na vida, que quando chegou ao poder gastou mais de 10 milhões de lempiras (equivalente a 1 milhão de reais) em gastos pessoais, luxo, passeios das filhas no avião do governo à Cuba e a outros lugares, compra de motos e cavalos caros, tudo com o dinheiro do povo? Que colocou várias pessoas da sua família em cargos públicos onde roubaram milhões de lempiras? Que desviou milhões de lempiras dos cofres públicos para sua campanha de reeleição sem se importar com os hospitais que não tem remédios, a desnutrição no país, a falta de educação de qualidade? Alguém que só quer poder e dinheiro e que está usando o povo para conseguir isso?
Outro discurso dele e dos seus seguidores é que só a classe rica está contra ele. Mentira! Eu viajei pelo país faz pouco tempo e tive a oportunidade de conversar com pescadores, taxistas, faxineiras, camponeses. A grande maioria não está a favor dele! Ninguém quer viver numa ditadura “socialista” como a Venezuela do Hugo Chávez!
Queremos paz neste país que nos recebeu de braços abertos! E a intromissão do governo brasileiro só está causando mais problemas, mais confusão! Até quando o governo brasileiro pretende manter Mel Zelaya na Embaixada do Brasil? Até quando vai continuar a se intrometer sem saber a realidade deste país e do seu ex-governante?
Por favor, conheçam e divulguem a realidade desta pequena-grande nação chama Honduras! E se alguém puder fazer alguma coisa para nos ajudar, faça!
Elisa Rezende Vieira
Presidente da Associação de Brasileiros Residentes em Honduras (ABRAREH)

Pode acontecer...

Olá, X!
Tem coisa que pode acontecer em qualquer lugar do mundo, seja lá no idioma que for.
Pode acontecer de um comerciante conseguir manter seu negócio aberto mesmo sem alvará. Pode acontecer de a loja dele explodir. Pode acontecer de a explosão matar dois e deixar 100 desabrigados.
Também pode acontecer de um ladrão fazer como refém a dona da farmácia que iria assaltar. Pode acontecer de a polícia chegar. Pode acontecer de o atirador de elite não errar. Tiro na cabeça do bandido! E, pode acontecer, como ocorreria em qualquer parte do globo, de a imagem ser reprisada como um mantra.
Ah, pode acontecer ainda de um motorista bêbado matar uma pedestre.
Pode ser que o segurança do banco esconda uma câmera no uniforme dele. Grave toda a agência e passe aos bandidos à quadrilha que vão facilitar o roubo.
Também pode acontecer de você estar na fila para pagar seu pão na chapa com café. De a fulana cortar sua frente e ainda argumentar que você tem uma cara boa e que você não vai se importar.
Nossa, pode acontecer tanta coisa, em tantos lugares. Mas tudo em um mesmo dia, em um mesmo país? Coincidência, né?
Quem sabe um dia pode acontecer de eu me acostumar de novo com tudo isso...
Imagem: SXC

Expatriada, nem por isso descabelada.

Olá, X!
Dia desses a gente conversava sobre aquelas coisinhas da vida que podem dar um up no dia-dia de quem está longe. Uma manicure, por exemplo.
Pensar na morte da bezerra, lidar com os medos, tratar das angústias pode ser mais fácil, ou no mínimo mais belo, quando fazemos isso fitando - mesmo com aquele despretensioso olhar baixo - unhas com cutícula em ordem, esmalte inteiro...
Naquele bate-papo eu dizia da dificuldade de se encontrar uma profissional no exterior mestre na arte de tratar as pontas dos dedos.
Mas para a expatriada Bianca - que vive na Espanha - difícil mesmo é encontrar depiladora e cabeleireiro competentes. Vai ver que é por isso que tantas Xs! conseguem deixar as madeixas mais longas durante a experiência “expatriática”...Vou parar na cabeleira...
A Bianca tem razão. Se no Brasil já é difícil você sair do salão com o corte que sonhava, imagine lá longe.
A primeira barreira é a da língua. Leva um tempo até você descobrir como pedir para cortar só as pontinhas, desfiar só um pouquinho, etc e tal.
Outra coisa, para evitar reclamação, tem profissional que faz exatamente o que você pede, se você não pede, não vai ter...No começo pode ser difícil aquela troca de ideia, tipo: “ai...o que você acha, vai ficar legal?”
E tem mais, entender a cultura local é fator decisivo para um bom relacionamento entre cliente e fornecedora. Por exemplo, não sei se os profissionais nos salões da Califórnia conseguem entender as tais das luzes californianas, bem famosas no Brasil.
Complicado mesmo pode ser na hora de acertar as contas. Não tem jeito, nas primeiras vezes é normal você ficar com aquela sensação de estar esbanjando...Mas cabelo é assunto delicado, na minha leiga opinião, vale o investimento em um profissional que vai te fazer sentir melhor e não pior!
O fato é que, mesmo pagando caro, tem serviço que exige muita reflexão, caso da “queridésima” escova progressiva.
A Veja dessa semana traz em uma matéria aquilo que a gente já desconfiava: a escova brasileira está domando os fios mundo afora.
Boa notícia para quem esperava as férias de fim de ano para correr ao salão brasileiro. Mas vamos com calma.
Dois pontos: no exterior o tratamento custa em média US$ 300, no câmbio de hoje R$ 540 - se bem que já defendi aqui que não acredito ser muito saudável ficar fazendo essa conta o tempo todo. A outra questão é a fórmula. No Brasil, muitos salões avisam já na recepção que não usam formol em seus tratamentos, por ser perigoso à saúde e por haver restrição da Agência de Vigilância Sanitária. Lá fora não há nenhuma restrição. Só que ninguém quer couro cabeludo queimado, fios danificados...ainda mais longe de casa.
Bom, o que posso fazer para tentar ajudar é dividir minha primeira experiência “cabelística” no exterior. Evitei tratamentos químicos no começo. Preferi conhecer a profissional testando a destreza dela com a tesoura. Resumindo: para não ter mal-entendido, tentei me garantir com um recorte de revista. Cheguei e disse que gostaria de um corte daquele jeito. Tudo bem que tem profissional que não gosta de ficar copiando. Mas senti que a cabeleireira ficou mais à vontade com a minha estratégia. Gostei do resultado. Ela da gorjeta. Fui para casa feliz!
Imagem: SXC

Comprar x alugar, mais um pitaco na sua dúvida.

Olá, X!
Ainda sobre o dilema comprar ou alugar lá fora.
Um brasileiro - dono de 60 propriedades em Londres - é um exemplo de como essa decisão exige pesquisa e sangue frio.
Expatriado há 9 anos, ele conta à reportagem da BBC que, em um ano de crise, perdeu 10% do que tem investido em imóveis.
No caso dele, o ciclo escassez do crédito - queda do consumo - desemprego resultou na perda de 40 inquilinos, a maioria estrangeiros que voltaram para a terra natal.
Para tentar estancar a debandada de moradores, o investidor teve que baratear o aluguel. Ele diz que o prejuízo só não foi maior porque os juros dos financiamentos das casas dele também cairam.
Como acompanhamos na entrevista abaixo, os especialistas dizem que o momento está bom para as compras.
O expatriado brasileiro ouvido pela reportagem diz que não pretende por a mão no bolso pelo menos até o ano que vem. Aí vai de cada um...
Imagem: SXC

X! Entrevista. Mercado Imobiliário.

Olá, X!
Comprar ou alugar?
Para quem está longe de casa e sabe que vai ficar nessa condição por um tempo determinado a resposta é quase certa. Mas em um momento em que os economistas dizem que o mundo já está na fase pós-crise e em que os preços de imóveis ainda está em baixa, a pergunta merece um pouco mais de reflexão.

O CEO do Grupo Catena&Castro, Inácio Rodrigo de Castro, especialista em marketing imobiliário, nos ajuda nesse processo.
Ele fala sobre os locais que apresentam as grandes oportunidades de investimento e alerta para os cuidados a serem tomados quando buscamos um imóvel no exterior.
Aproveite a entrevista!

X - O expatriado é um morador que está de passagem. Mesmo longe de casa ele considera a famosa questão “comprar ou alugar” um imóvel?
IRC - Nossa experiência comprova que 90% dos expatriados procuram imóveis para alugar. Quando compra um imóvel, o expatriado está buscando um investimento, não uma moradia.

X - A inadimplência no setor imobiliário levou a uma queda no preço das moradias. Em países como Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo, os preços seguem cerca de 11% mais baixos em comparação a 12 meses atrás. O momento é de comprar?
IRC - Nos últimos 2 meses cresceu significativamente o interesse em compra de imóveis em cidades como Nova York e Miami. Isso é um sinal de que o investidor está otimista com relação à recuperação desse setor. A crise - apesar de cruel para quem perdeu a casa - acabou criando um terreno interessante para investimento, com excelentes ofertas e forte tendência de retomada de preços.

X - Quais países guardam grandes oportunidades de negócios? De quais lugares os brasileiros devem ficar longe das compras?
IRC - Rússia é um dos países emergentes mais promissores tratando-se de mercado imobiliário. Os países da América do Sul também. Mas o brasileiro deve voltar os olhos mesmo é para o Brasil. Relatórios, como o do Banco Mundial, colocam o Brasil entre os cinco países mais interessantes para investimentos no setor.Ressalto que um dos fatores mais relevantes na aquisição e investimentos imobiliários é a segurança do capital investido. Não aconselho investir em países com sérios problemas políticos e instabilidade governamental.

X - O que levar em consideração na hora de comprar um imóvel no exterior?
IRC - Comprar imóveis por preço que tenham liquidez no futuro, ou seja, que não fuja da média de preço da região. Buscar lugares e cidades que tenham sempre uma grande demanda por investimento e contar com uma assessoria profissional para verificação da documentação e todos os impostos devidos a serem recolhidos.

X - Quais as principais armadilhas do mercado imobiliário internacional?
IRC - A compra de imóveis no exterior não é tão simples como parece, pois existem inúmeros procedimentos a serem seguidos - desde o envio da remessa financeira para o pagamento do imóvel desejado até o recolhimento de impostos que é peculiar em cada país. O importante nesse processo de compra internacional é a contratação de profissional especializado para assessoria completa. A compra direta entre investidor e proprietário não é aconselhada em lugar algum do mundo, principalmente tratando-se de uma compra em outro país.

X - Há fontes de pesquisa ou de informação para o brasileiro que pensa em comprar uma casa em outro país?
IRC - Existem sites internacionais que podem auxiliar no estudo de mercado e preços, tanto de venda como de locação. Indicamos o condo.com.
Orientamos ainda que o investidor pesquise a situação da cidade em que pretende adquirir um imóvel. Podem ajudar na decisão informações como segurança, infraestrutura, investimento público, potencial de valorização, sistema de transporte...

Contratando.

Olá, X!
Essa vai para quem está “doidio” para voltar, mas não sabe por qual caminho.
Um ano depois do início da chamada maior crise econômica desde 1929, as notícias parecem ser mais amiguinhas.
Um levantamento conduzido em 35 países pela consultoria de recursos humanos, Manpower, revela que as empresas no Brasil estão entre as que mais vão contratar no último trimestre do ano, atrás apenas da Índia.
A expectativa é que os setores de serviços e financeiro sejam os campeões em contratações.
A China é outro país que vai abrir vagas. Nas Américas, Colômbia e Argentina também pretendem aumentar seus quadros de funcionários.
Já os empresários dos Estados Unidos e México indicam que vão, no máximo, conseguir manter o número de colaboradores.
O estudo está na edição de hoje do Valor Econômico - matéria disponível só para assinantes.
Pela pesquisa, as demissões no período devem ocorrer principalmente na Europa, Oriente Médio e África.
Pedro Guimarães, diretor comercial da Manpower Brasil, disse ao repórter Rafael Sigollo que "o mais importante é que não se trata apenas de simples otimismo, mas de planos concretos das companhias para aumentarem seus quadros."
Imagem: SXC

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...