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Expatriação e endereço, é possível encontrar a casa ideal?

Olá, Coexpat! 

Se isso já é complicado no Brasil pesquisar, barganhar e fechar negócio, em outra língua exige - no mínimo - paciência com você mesma para definir seu novo endereço.
Ok, não tem milagre, a gente sabe que a verba é o que direciona a estratégia de busca por um teto. Mas definido o orçamento, outras coisinhas podem ajudar na escolha.

Antes de tudo, a família deve se perguntar:



  • Quem vai passar mais tempo na casa?
  • Quem vai administrar a casa na maior parte do tempo (limpar, organizar...)?A família vai ter ajuda pra isso? O tamanho pode fazer a diferença no tempo gasto com esse trabalho.
  • Que lugar faria a família se sentir em casa?
  • O profissional transferido irá viajar muito a trabalho?
  • É melhor a casa ficar mais perto do trabalho ou da escola?
  • É melhor a casa ficar mais perto de transporte público ou de lugares com ampla oferta de serviços ou os dois?

Com respostas definidas, sigam em frente!
Como cada país tem suas peculiaridades nas transações e cada cidade tem suas características, não é demais dizer que informação é o alicerce dessa empreitada.
Claro que cada caso é uma casa. Para alguns, qualidade de vida é estar em um ponto badalado ou morar longe do barulho ou em um lugar espaçoso ou poder almoçar em casa ou morar perto de outros brasileiros...Tem gente que tem que conciliar o endereço com a escola das crianças, já que em alguns lugares o cep pode definir um ensino de melhor qualidade.
Enfim...Vou partir da minha experiência. Tomo como exemplo minha busca quando mudei para os Estados Unidos.
Ainda no Brasil, fazendo aquela pesquisa frenética que toda expatriada em potencial faz, cheguei a um resumo básico sobre Houston: cidade grande, com péssimo transporte público, muito congestionamento, clima hostil - com furacões e tempestades que provocam alagamentos. Na pesquisa também levantei as principais áreas de comércio e a localização das melhores universidades.
Para o trânsito não me fazer romper com o relógio, seria importante buscar um lugar “perto de tudo”, que, para mim, é um meio termo entre trabalho, escola e comércio. Deveria ainda evitar o andar térreo - por causa das enchentes - e o último andar - para não correr o risco de ficar sem telhado durante uma ventania.
O bom é que a cidade é pensada para receber inquilino. Em cada esquina tem um condomínio de casas ou apartamentos com promoções interessantes. Está tudo ali, prontinho, gostou? E só pagar o depósito - a ser restituído no fim do contrato - e mudar.
Como em todo lugar do mundo, uma carta referência do seu trabalho ou do gerente do seu banco no Brasil pode ajudar a reduzir burocracia, ou alguns valores, como o do depósito de segurança.
Depois de uma semana de pesquisa, tempo curto se comparado com o período de procura no Brasil, e entre opções que tinham diferenças mínimas, preferi ficar com um espaço zero quilômetro. Acho que o cheirinho de lugar novo acabou dando gás àquela ideia de vida nova. Como as casas por lá já são equipadas com eletrodomésticos, poder contar com máquina de lavar, geladeira e coisas do tipo sem uso também foi um diferencial.
Acho ainda que acertei ao não escolher nada grande. Serviço doméstico é caro nos Estados Unidos e, não adianta, faxina brasileira? Só no Brasil. Então é bom facilitar a vida e se preparar para encarar o estilo “faça você mesma”.
Gostou da sua escolha? Ótimo! 

Ficou decepcionada? Se vale uma última dica: ajuda ter sempre em mente que nada é para sempre! Ainda mais para expatriado...Se o seu endereço estiver afetando muito a sua adaptação e qualidade de vida, avalie se não seria melhor buscar um novo local. Dessa vez coloque tudinho no papel. Faça uma coluna de prós e contras.
Só não deixe sua vida "parar" por uma escolha feita - muitas vezes - na sorte. Seja mais doce e tolerante com você mesma e encare alguns gastos extras como parte do pacote de mudança para uma vida completamente nova! 
No universo "expatriático" errar é mais que humano, é esperado! Então siga em frente e seja feliz!
Só uma coisinha: a ajuda do pessoal da empresa de relocation é crucial, principalmente quando o assunto é papelada, mas não deixe de fazer a SUA busca por informações. Só você e sua família sabem o que é importante para vocês!
Carmem Galbes
Imagem: SXC

Moramos na casa ou é a casa que mora em nós?

Olá, Coexpat!
Se tem um assunto que está sempre em pauta para nós Coexpats, mesmo que a gente não perceba, é a casa.
Interessante é que tem casa pra tudo nessa vida! Casa da moeda, casa de botão, casa numérica, casa das máquinas, das caldeiras, casa dos 30, casa-da-mãe-Joana, casa da sogra, casa de câmbio, casa de detenção, casa do zodíaco, Casa-Grande, casa de apostas, casa de praia...
E há vários nomes para casa: sobrado, apartamento, quitinete, mansão, loft, lar, barraco, república, sem contar em goma, cafofo, quebrada, gruta...
O que fico pensando é, se existem tantos tipos de casa, se há tantas possibilidades, se vivemos na era da busca insana pelo "novinho em folha", por que resistimos tanto em mudar de endereço? Você pode dizer que falta dinheiro, coragem ou vontade mesmo, já que embalar e tirar da caixa é um pé...Mas será só isso? Será que estamos dentro da casa ou a casa é que está dentro da gente?
No livro “Me Larga”, o psiquiatra Marcel Rufo dá algumas pistas que podem justificar a aversão à mudança. Ele defende que a casa é o nosso primeiro universo: “com suas fundações indispensáveis, sua verticalidade, seu telhado que se eleva para a luz, a casa evoca então a construção de si. Entre o porão (as origens) e o sótão (os sonhos, as aspirações) habita o sujeito, o eu. A casa é um espaço protegido onde os pensamentos ricocheteiam nas paredes antes de voltar para nós, criando um vaivém entre interioridade e exterioridade. Entre as paredes da nossa casa, às vezes estamos sós, às vezes acompanhados. Mas estamos sempre em casa”, diz.
Vejo então que a casa é uma questão de tempo. O problema é quando não há tempo, ou não se dá tempo, para essa construção, para a casa ser erguida também dentro da gente, porque depois de 2 ou 4 anos, lá vamos nós para um próximo endereço, coisa de quem vai para o lugar que a carreira mandar...
Já sei! De agora em diante só motor home!!

Carmem Galbes

A minha estratégia "facinha" de adaptação...

Olá, Coexpat!
Na vibe de revisitar o passado, tenho me divertido com as minhas estratégias - algumas bem ordinárias -  para me adaptar à vida no exterior.
Segue um pouco do meu início em uma nova cultura...
Há dez anos, direto do túnel do tempo...

Em linha com a moda de supervalorizar o presente e ainda traumatizada pela experiência pouco agradável de esvaziar uma casa repleta de certeza de um futuro definido, resolvi que meu novo endereço - com data definida para expirar - refletiria o espírito fugaz do tempo. Me propus só ao necessário: poucos móveis, linhas retas, sem adornos...tudo muito prático para facilitar a mudança de volta!
Mas como já disseram, estamos entre o tempo e a eternidade.
Então eu simplesmente juntei a necessidade de satisfação urgente dos meus desejos consumistas, com a busca imediata de prazer e a fantasia de viver nesse novo endereço para sempre. Resultado...vou falar baixinho: compras para a casa.
Se você ainda se sente culpada por se render ao consumo nesse início de carreira como expatriada, sugiro uma dose de Santo Agostinho:
“O que agora claramente transparece é que nem há tempos futuros nem pretéritos. É impróprio afirmar que os tempos são três: pretérito, presente e futuro. Mas talvez fosse próprio dizer que os tempos são três: presente das coisas passadas, presente das presentes e presente das futuras”.

Então bora providenciar as coisas do presente e do futuro!
Ai...que alívio...

Breve atualização: o consumo pode ser uma estratégia para fazer você sair de casa e ver a vida lá fora. Se isso ajudar, vá em frente, mas consuma de forma inteligente! 
Para não se aborrecer com dificuldades no idioma ou com o comportamento dos vendedores locais, faça uma pesquisa antes: procure traduzir o nome do produto que você quer, separe uma foto e pesquise lojas e preços.
Se for fazer compras para a casa e se o atual endereço for por tempo definido, invista em itens de decoração que tragam aconchego e sejam fáceis de instalar e transportar, como almofadas e tapetes.
Se for adquirir um móvel, prefira os de menor padrão possível. É mais versátil ter - por exemplo - duas estantes iguais pequenas do que uma grande. Em um próximo endereço, você pode colocar uma estante em cada cômodo. 
Teste possibilidades! Permita-se organizar a casa de um jeito que você sempre quis, mas nunca se permitiu! É a chance que você está tendo de fazer tudo diferente!
No mais, divirta-se
Espero que ajude!

Carmem Galbes

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...