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Cinco perguntas e uma boa surpresa! Inglaterra e França.

Olá, X!
A internet é um bicho estranho mesmo. Tem gente que rechaça! Acho que pode ser do bem e do mal, depende de quem usa. Para mim é pra lá de útil. Encurta distância, ajuda a matar a saudade e me coloca em contato com gente bem interessante. Foi navegando em blogs de expatriados que encontrei a Ingrid Mantovani.
Comunicadora social, ficou 2 anos entre Londres e Paris para estudar inglês e acompanhar o namorado envolvido com um mestrado.
Hoje Ingrid já está de volta ao Brasil, precisamente em São Paulo, mas carregará para sempre a marca da expatriação. Deve ser por isso que ela mantém o Brasil com Z e dá uma baita ajuda para a troca de informações sobre a vida em outro país.
Na ilustração, obra de Gabriel Shiguemoto, e nas respostas a seguir, você conhece um pouco mais dessa expatriada. Obrigada Ingrid!

Cinco Perguntas:
X - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
IM - Fiz dois intercâmbios, o primeiro foi em Londres onde sofri bastante nos primeiros meses, mas depois, quando fui conhecendo o ritmo da cidade, arrumando um trabalho fixo e fazendo amigos, comecei a ter um carinho especial por Londres, não sei ao certo se me senti em casa, mas me senti bem, o que já é importante. O segundo intercâmbio foi em Paris, mas acredito que nunca me senti muito confortável por lá. Tenho carinho por determinadas coisas, como o valor pela cultura e arte, mas no geral não me adaptei bem na capital francesa.

X - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
IM - Em Londres, acredito que nada em si foi realmente muito difícil. A dificuldade estava na união de pequenas coisas, busca por emprego, a língua, busca por acomodação e etc. A mudança de pais já é complicada por si só. Em Paris o mais difícil foi entender como as coisas funcionavam. O cruzamento de informações é enorme e nunca se chega à uma conclusão. Cada pessoa fala uma coisa e te manda para um lugar diferente. Parece um labirinto.

X - O que faria diferente?
IM - Nada.

X - Toparia ser expatriada de novo?
IM - Toparia sim.

X - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
IM - Eu nunca tive grandes expectativas da viagem. A única que eu tinha era de aprender inglês, e essa se concretizou. Todo o resto foi além das expectativas. O aprendizado, o amadurecimento, as amizades. O que virou pó foi à visão que eu tinha com relação aos europeus e a Europa em geral.

A boa surpresa:
Descobri uma Ingrid que não sabia que existia antes de viajar.

Cinco perguntas e uma boa surpresa! Estados Unidos.

Olá, Coexpat!
A Cris, ou Cristiane Seco Marques da Costa, é uma dessas pessoas que parecem sempre estar de bem com a vida. Talvez isso tenha ajudado no processo de expatriação. Mas vou deixar ela mesma contar como tem sido essa experiência.
Há nove anos longe do país, a analista de sistemas deixou o Brasil rumo aos States por causa da carreira do marido, mas logo ela conquistou o próprio espaço no mercado americano e hoje toca a vida na gelada, nem por isso fria, cidade de Hamden, em Connecticut.
Na foto, suspeito que um click meu, em frente ao Guggenheim, nesse inverno, em Nova York, ela e o marido - o Leandro - mostram uma das delícias da expatriação: o monte de coisas para conhecer, o monte de lugares para ir.
Obrigada Cris!

Cinco perguntas:Leve - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
Cristiane - Para mim o processo de me sentir em casa demorou um pouco. Sempre tive a sensação de estar aqui temporariamente, quase que "a passeio" e que depois voltaria pra casa, para o Brasil.
Mas até que não demorei a me adaptar, pois sempre me senti muito confortável e feliz aqui desde o primeiro dia.
Nos primeiros anos tinha a impressão que a minha estada era temporária, depois veio a impressão de ter duas casas - aqui e no Brasil.
Acho que comecei a sentir que a minha casa era realmente aqui depois de uns 5 anos, mais ou menos 1 ano depois que compramos a nossa casa.

Leve - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
Cristiane - Para falar a verdade não sofri nesse processo. Mesmo porque não me via como expatriada, mas como numa viagem explorando um novo território, uma cultura.
No começo tudo era novidade e muito interessante e depois se tornou parte do meu dia a dia.
Acho que por ter a impressão de ser temporário, tentei aproveitar tudo o que pude.
Bom, pensando bem, teve uma coisa difícil que me marcou, estar desempregada no inverno de Connecticut.
Como normalmente faz muito frio eu acabava ficando muito em casa e isso não me agradou nada.
Depois que comecei a trabalhar o inverno deixou de parecer assim tão brutal. Ainda prefiro o verão, no entanto.

Leve - O que faria diferente?
Cristiane - Não sei dizer...

Leve - Toparia ser expatriada de novo?
Cristiane - Sim, achei que me adaptei fácil e curti muito o processo, então não teria problema começando de novo em outro lugar. Só uma ressalva, dependendo muito de onde fosse.
Não toparia ir para qualquer  país. Teria que ser um pais que me interessasse.

Leve - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
Cristiane - Continuar a evoluir na minha carreira foi uma expectativa que felizmente se concretizou e que ainda continuará se concretizando, se Deus quiser.
Passar todos os finais de ano no Brasil e ter total controle de quando visitar o país foram expectativas inocentes que rapidamente viraram pó.

A boa surpresa:
As boas surpresas pra mim foram descobrir que existem pessoas boas e ruins em todos os lugares, que se pode fazer verdadeiros bons amigos em qualquer lugar e que esses amigos se tornam a sua família no seu novo lar.


Carmem Galbes

Cinco perguntas e uma boa surpresa! Inglaterra.

Olá, Coexpat!
Depois de uma semana de cardápio pra lá de especial, com direito a reencontros deliciosos, conversas saborosas e - claro - receitas com temperos incomparáveis, estou de volta à situação "expatriática". 
Recomeço com a presença de uma colega de profissão e de condição. Tatiana Sanchez Schnoor mora na Inglaterra. A jornalista entrou para o rol de expatriadas quando decidiu fazer as malas para acompanhar aquele que chama carinhosamente de namorido, ocupadíssimo com um mestrado. Eles estão em Londres há um ano, tempo que Tatiana está aproveitando também para dar um upgrade no Inglês e para rever projetos profissionais. O sorriso largo aí na foto indica que essa história está mesmo valendo a pena. Hoje é a vez dela falar como está sendo essa experiência. Obrigada Tati!

Cinco Perguntas:
Leve - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
TS - Isso nunca aconteceu aqui em Londres. Não me sinto nem perto de como me sinto no país de origem. O que acontece é que me sinto mais confiante porque agora consigo me comunicar melhor, entendo e sinto confiança para conversar com as pessoas. Quando cheguei aqui, pouco falava o idioma, mesmo tendo estudado inglês por anos.
Leve - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
TS - O mais difícil foi o idioma. Entendia muito pouca coisa. O meu ouvido não estava acostumado ao acento inglês. Aos poucos, isso foi mudando, como disse acima. O segundo ponto para mim, é que sinto falta de natureza, de ar livre. Com o inverno, é impossível estar nos parques. Fora isso, como o pound é muito caro, é preciso viver de forma bastante regrada quando se está na vida de estudante. Isso é outro fato que pega. Mudar de estilo de vida demanda uma paciência, ou seja, voltar a ser estudante é difícil depois de uma certa etapa na vida. Mas não é impossível, só requer mais flexibilidade da pessoa.
Leve - O que faria diferente?
TS - Nada. Eu acho que tem certas coisas que você não consegue se preparar, tipo mudança de estilo de vida. Só é possível lidar com a situação quando se está nela.
Leve - Toparia ser expatriada de novo?
TS - Eu estou sempre disposta a viver experiências novas. Acho que quando você consegue planejar a parte financeira, ou seja, não ficar trabalhando como louca para sobreviver, vale a pena. Esse é o caso aqui. Eu e o Cris nos planejamos para estar um ano sem ter de trabalhar. Claro que dentro de um padrão de vida inferior ao de São Paulo, mas tudo numa boa. Se você vai para um país sem ter condições para tal, a experiência será bem mais dura. Eu digo por experiência própria. Há quatro anos, fui fazer um mestrado na Espanha. Lá tive que me sustentar. Bom, eu trabalhava como uma louca e não me sobrava muito tempo para estudar.
Leve - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
TS - Aí é que está. O interessante é não criar grandes expectativas para não se sentir frustrado depois, caso algo dê errado. A minha expectativa aqui é aprender inglês. Isso está acontecendo naturalmente. Claro, como sou ansiosa, gostaria de já estar falando como eles, mas isso ainda vai demorar um pouco, normal. Tudo o que acontece extra o inglês é lucro, e eu tenho aproveitado bastante. Quanto ao namorido, sei que os objetivos dele estão sendo alcançados, que, no caso, é fazer o mestrado. A qualidade do curso está dentro do almejado. Agora, se você vem com grandes expectativas, digo, tanto presentes como futuras, hum... é melhor tomar cuidado.
A boa surpresa:
Encontrar tempo para mim. Voltar a estudar, algo que gosto.

Carmem Galbes

Cinco perguntas e uma boa surpresa! Estados Unidos.

Olá, Coexpat!
É um misto de euforia e preocupação. Quem já viveu ou está para encarar a experiência da expatriação sabe dessa mistura de sentimentos que envolvem desde a primeira informação da partida até as decisões práticas da chegada. Apesar do esquema cada vez mais profissional que embasa a mudança, nem tudo é tão claro. Para mim o horizonte demorou um pouco a desembaçar. Mas à medida que ia vivendo as situações e trocando informações, o ambiente foi clareando. Esse é o ponto, troca de informações. Com cinco perguntas e uma boa surpresa proponho a exploração de diferentes vivências para, quem sabe, facilitar a nossa própria experiência.
Na estréia desse espaço a advogada Carol Guerra conta um pouco do seu processo - com o perdão do trocadilho. Há dois anos em Houston, Estados Unidos, ela divide com a gente como tem sido seu dia a dia em terras texanas. Obrigada Carol!


Cinco Perguntas:
Leve - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
CG - Para mim, CASA é para onde eu e meu núcleo familiar (marido e eu, por enquanto!) voltamos no final do dia - um lugar aconchegante e gostoso. Para ser sincera, eu não tive muito tempo para me preocupar com "sentir em casa" no meio do caminho. Antes de responder à sua pergunta, eu nunca tinha parado para pensar no assunto. Quando resolvemos aceitar o desafio, estávamos em um período de correria muito louco na vida: casamento, casa nova, vida turbinada no trabalho, mudança para outro país etc. Quando dei conta, já estava aqui! Fui muito bem recebida e já conhecia a cidade e algumas das pessoas com quem iria trabalhar, o que ajudou muito. Desta forma, acho que comecei a me sentir mais em casa quando alugamos o apartamento que queríamos, mesmo durante as primeiras semanas, quando ainda estávamos morando "acampados" na própria casa. A mudança ainda não havia chegado e só tínhamos os itens básicos na casa. Apesar de ter sido um período cheio de coisas acontecendo ao mesmo tempo e cansativo, foi muito legal.


Leve - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
CG - O que foi mais difícil: o processo burocrático (na saída e chegada - oficiais e do trabalho). O que é mais difícil: não poder estar com a família e amigos a qualquer momento.

Leve - O que faria diferente?
CG - Não sei. Estou feliz.

Leve - Toparia ser expatriada de novo?
CG - Sem dúvidas, mas sempre depende do local e condições.

Leve - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
CG - Tudo aconteceu mais ou menos como eu esperava. Na vida pessoal e no trabalho. Sou bastante pé no chão, então não estava cheia de ilusões ou deslumbrada. Como havia mencionado, já conhecia o lugar e algumas pessoas, o que faz tudo ficar mais fácil e menos misterioso. Por isso, nada foi extremamente maravilhoso nem decepcionante. Falando assim, parece que foi meio sem sal. Não é isso, mas o que eu esperava e queria (experimentar nova vida, cultura, trabalho) aconteceu. Ou seja, foi e é muito bom. Talvez onde eu mais tenha sentido diferença quando comparado com que eu esperava, tenha sido no trabalho. Para minha surpresa, estou tendo a oportunidade de fazer coisas ainda mais interessantes profissionalmente do que imaginava. Claro que encontrei vários obstáculos e tive que ir me adaptando, mas prefiro concentrar minha vida nas coisas positivas.

A boa surpresa:
Os novos amigos! Claro que a maioria é brasileira, mas eles adicionam mais um "estou em casa" no dia-a-dia, que é muito bom.

Carmem Galbes

Imagem: SXC

Expatriação e divórcio.

Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...