Cinco perguntas e uma boa surpresa! Estados Unidos.

Olá, Coexpat!
A Cris, ou Cristiane Seco Marques da Costa, é uma dessas pessoas que parecem sempre estar de bem com a vida. Talvez isso tenha ajudado no processo de expatriação. Mas vou deixar ela mesma contar como tem sido essa experiência.
Há nove anos longe do país, a analista de sistemas deixou o Brasil rumo aos States por causa da carreira do marido, mas logo ela conquistou o próprio espaço no mercado americano e hoje toca a vida na gelada, nem por isso fria, cidade de Hamden, em Connecticut.
Na foto, suspeito que um click meu, em frente ao Guggenheim, nesse inverno, em Nova York, ela e o marido - o Leandro - mostram uma das delícias da expatriação: o monte de coisas para conhecer, o monte de lugares para ir.
Obrigada Cris!

Cinco perguntas:Leve - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
Cristiane - Para mim o processo de me sentir em casa demorou um pouco. Sempre tive a sensação de estar aqui temporariamente, quase que "a passeio" e que depois voltaria pra casa, para o Brasil.
Mas até que não demorei a me adaptar, pois sempre me senti muito confortável e feliz aqui desde o primeiro dia.
Nos primeiros anos tinha a impressão que a minha estada era temporária, depois veio a impressão de ter duas casas - aqui e no Brasil.
Acho que comecei a sentir que a minha casa era realmente aqui depois de uns 5 anos, mais ou menos 1 ano depois que compramos a nossa casa.

Leve - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
Cristiane - Para falar a verdade não sofri nesse processo. Mesmo porque não me via como expatriada, mas como numa viagem explorando um novo território, uma cultura.
No começo tudo era novidade e muito interessante e depois se tornou parte do meu dia a dia.
Acho que por ter a impressão de ser temporário, tentei aproveitar tudo o que pude.
Bom, pensando bem, teve uma coisa difícil que me marcou, estar desempregada no inverno de Connecticut.
Como normalmente faz muito frio eu acabava ficando muito em casa e isso não me agradou nada.
Depois que comecei a trabalhar o inverno deixou de parecer assim tão brutal. Ainda prefiro o verão, no entanto.

Leve - O que faria diferente?
Cristiane - Não sei dizer...

Leve - Toparia ser expatriada de novo?
Cristiane - Sim, achei que me adaptei fácil e curti muito o processo, então não teria problema começando de novo em outro lugar. Só uma ressalva, dependendo muito de onde fosse.
Não toparia ir para qualquer  país. Teria que ser um pais que me interessasse.

Leve - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
Cristiane - Continuar a evoluir na minha carreira foi uma expectativa que felizmente se concretizou e que ainda continuará se concretizando, se Deus quiser.
Passar todos os finais de ano no Brasil e ter total controle de quando visitar o país foram expectativas inocentes que rapidamente viraram pó.

A boa surpresa:
As boas surpresas pra mim foram descobrir que existem pessoas boas e ruins em todos os lugares, que se pode fazer verdadeiros bons amigos em qualquer lugar e que esses amigos se tornam a sua família no seu novo lar.


Carmem Galbes

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