Expatriação: quando todo dia pode ser incrível!

Olá, Coexpat

12 de outubro: feriado aqui no Brasil!!
Isso me leva à uma reflexão: hoje feriado pra mim é legal porque a família fica reunida! Ponto!
Mas quantas vezes o feriado foi FAN TÁS TI CO? Não pelo que ele me proporcionava, mas pelas coisas das quais ele me afastava! Coisas que eu simplesmente detestava fazer mas não me desapegava...Por que? Salário, reconhecimento alheio, medo, preguiça, desconhecimento...
Quantas vezes passei a semana à espera do sábado e do domingo - domingo que ficava deprimente já no fim da tarde...
Quantas vezes passava o mês esperando o feriadão ou o ano não vendo a hora de o período de férias chegar? 


Quantas vezes fiquei doente de verdade - gripada, com garganta infeccionada? De pensar que o tratamento que precisava mesmo era de uma folga, de um tempo. O que eu precisava de verdade era fazer o que eu realmente gostava, o que fizesse sentido para mim.
Foi fácil descobrir?
Não! 
Foi preciso uma coexpatriação, melhor - várias - foi preciso largar crachá, terninhos...foi preciso descer do salto para perceber o que me faz bem.
Foi fácil abraçar isso?
Não! Todo dia preciso descartar um monte de lixo para seguir em frente.
O que me ajudou e ajuda ainda hoje? Autoconhecimento, método, prática, paciência e essa perguntinha:
O que você faria até de graça? 
Aí vem aquela pulguinha: fazer o que ama? Ser feliz? Como? E a fome, a miséria, as desgraças do planeta?
Então tá, deixa eu adocicar a pergunta: como a sua paixão pode ajudar a salvar o mundo? 

O que falta você fazer o que ama e amar o que você faz
Não sabe por onde começar para conseguir essas respostas? 
O coaching pode ser o caminho.
Não sabe o que é coaching? 
Coaching é um processo com início, meio e fim, que te leva de uma situação A (não desejada) para uma situação B (desejada). O coach, que é o profissional que conduz o processo, adota uma metodologia para isso.  
É assim que funciona! Você quer mudar, às vezes  nem sabe o que, não sabe como, mas quer fazer diferente, quer ser diferente e busca a parceira com um coach para te ajudar nisso.
Mas e quando a pessoa tinha a vida que queria e não tem mais? Quando tinha a casa que amava, as amigas por perto, a rede de apoio funcionando, uma carreira que trazia independência financeira e reconhecimento social? Pior, e quando ela perde isso e sabe que não voltará a ter, pelo menos igual ao que tinha antes de embarcar nessa vida "longe de casa", em um outro estado, em um outro país?
Para a mulher que coloca os próprios interesses em segundo plano para apoiar a carreira do parceiro em outro lugar, ter força para reconhecer no coaching uma fonte de apoio nem sempre é algo simples.
Quase ouço pensamentos agora: "Para que fazer coaching se 'virei' dona de casa? Como vou pensar em um objetivo se não tenho ânimo para planejar um jantar? De onde vou tirar dinheiro para bancar isso?"
Aí que está a importância de um processo especialmente desenhado para a esposa expatriada.
Nesse caso, o coaching é conduzido como um grande processo de organização externa e interna. É preciso que a esposa expatriada - que eu, carinhosamente chamo de coexpatriada - aterrisse de forma suave nesse novo ambiente. E, se por acaso despencou, é preciso que ela junte as peças e organize-se.
O endereço mudou. A alimentação mudou. Os horários mudaram. A rotina mudou. As demandas da família mudaram. A mulher mudou.
É preciso um passo a passo É preciso abrir e organizar - também - todas essas caixas: a agenda da mulher tem que voltar a existir, a rotina tem que ser restabelecida, os recursos internos, os talentos têm que ser novamente identificados, as ideias tem que ser limpas, o ânimo restaurado e um objetivo tem que ser declarado! Não importa o que, não importa o tamanho, pode ser qualquer coisa, desde que seja único e exclusivo da mulher! 
Tudo isso para que a coexpatriada tenha, também, a oportunidade de ter uma realização pesssoal, só dela, nessa transferência, apesar de ela ter sido motivada pela carreira de outra pessoa.
Para mim, coaching para quem acompanha o profissional transferido já deveria estar no pacote de benefícios faz tempo! Já deveria ser um acordo do casal quando a conversa sobre a transferência começa.
Esse suporte tem que chegar rápido, o quanto antes, se possível, antes do embarque, antes de a mulher entristecer, antes de a mulher perder a fé em si mesma, antes de a mulher adoecer, antes de uma família desmoronar!
Poderia argumentar que isso é fundamental porque expatriação mexe com gente, mexe com vidas, e todos merecem viver em sua melhor versão.
Mas, talvez, os números falem mais alto. A pesquisa Mobility Brasil indica que expatriação é algo caro e de alto risco de fracasso. Dos motivos para esse fracasso, a situação de quem acompanha o profissional transferido é o que tem o maior peso.
Não desperdice nenhuma chance de viver a vida que você quer!

Carmem Galbes

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