Expatriada: é hora de assumir a sua âncora!

Para você que anda triste que só, com saudade da sua ex-casa, da sua ex-rotina, do seu ex-emprego, dos seus lugares prediletos, das festas de família, do almoço com as amigas, do bate-papo descompromissado com conhecidas.
Pra você que anda vivendo com aquele buraco imenso no peito e um nó bem apertado na garganta porque ainda não conseguiu se reconhecer no seu novo endereço, não tem vontade de descobrir a cidade, de arriscar um dedo de prosa nem com o porteiro.
Pra você que anda comendo demais, ou sem apetite, ou não aguenta de sono ou vem sofrendo com uma insônia danada porque perdeu suas raízes...Ah...essas raízes.
Então para você que pensa que nosso dia a dia ainda comporta raízes trago uma sugestão de Zygmunt Bauman: não pense em raízes, pense em âncoras!
"Quando extraídas do solo em que cresceram, as raízes tendem a secar, matando a planta que nutriam e tornando sua restauração algo próximo do miraculoso - as âncoras são içadas apenas para serem lançadas novamente, e o podem ser com facilidade semelhante em muitos portos de escala. Além disso, as raízes designam e determinam antecipadamente a forma a ser assumida pelas plantas que crescem a partir delas, e excluem a possibilidade de qualquer outra. Mas as âncoras são apenas utensílios que servem para a anexação ou desanexação explicitamente temporária, a um lugar, e de maneira alguma definem as características e qualidades do navio (...) A escolha do porto em que a âncora será lançada da próxima vez é mais provavelmente determinada pelo tipo de carga que o navio transporta no momento: um porto que é bom para um tipo de carga pode ser totalmente inadequado para outro."
Então vem cá e dá um abraço!
Caso precise de mais Bauman para se animar, esse trecho que separei foi tirado do livro "A Arte da Vida", da editora Zahar.
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Carmem Galbes

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