Tailândia, do conflito à vontade de voltar...

Olá, Coexpat!
Meu trabalho, que eu amo, é ajudar a esposda do profissional transferido a ter uma realização pessoal em um mudança de vida provocada por outra pessoa.
Mas, vez ou outra, uma Coexpat ou uma candidata a, entra em contato para trocar ideias sobre temas bem complicados: quais benefícios negociar, que remuneração pedir, que tempo acordar no processo de transferência.
Ainda é muito difícil chegar a um ponto em comum - principalmente no Brasil - porque as empresas ainda estão estruturando departamento e política de expatriação.
Eu sei, você anda suando de tanto garimpar informação desse tipo. Se ajudar, a última edição da
newsletter da Mercer consultoria traz um ponto interessante: em que moeda receber o salário.
O texto fala sobre as dores e delícias de três cenários: receber na moeda do local para onde se está sendo expatriado, receber na moeda do país de origem ou ter uma remuneração mista.
Aí é avaliar o que é melhor para você e sua poupança e ver se a sua empresa concorda.
Tem que ver, ainda, se vale a pena alguns custos - como o de se estar, por exemplo, em uma zona com nervos expostos.
Isso mesmo, falo da Tailândia. Conflito armado entre governo e oposição civil, mortos e feridos, toque de recolher e muita apreensão entre a sociedade civil - ou melhor - povão mesmo, gente como a gente! O governo diz que já está tudo "dominado" novamente.
É aquela história de questionar a legitimidade da turma não eleita por voto direto. Mas o espaço aqui é para os brasileiros que estão tendo que enfrentar tudo isso.
A Embaixada Brasileira no país está atendendo as emergências nos seguintes telefones:
- (02) 679 8567 / 679 8568 / 285 6080 - ligando de fora da Tailândia, eliminar o zero inicial e acrescentar o prefixo 66.
- O telefone do Plantão Consular é 081-906 4238.
- De fora da Tailândia: +66-81-906 4238.

Quem dá uma ideia da situação por lá é a Renata, que vive com marido e três filhos em uma província próxima à capital Bangkok.

Leve - O que mudou na vida de vocês desde o início de toda essa confusão?
Renata - Na minha vida e na da minha família - por enquanto - nada mudou. Mas estamos atentos! Meu marido tem reuniões diárias no trabalho acerca dos conflitos dos oposicionistas “camisas vermelhas”, em Bangkok.

Leve- Vocês estão conseguindo levar uma vida normal? Conseguem trabalhar, ir à escola, ao supermercado?

Renata - Meu marido continua a trabalhar. Eu e as crianças também estamos indo à escola e à ginástica. Ao mercado vou rapidinho... Como não estamos na capital Bangkok, ficamos há uma hora e 45 minutos de lá, ainda estamos um pouco mais protegidos. Mas, por exemplo, os bancos não estão abrindo. Desde que o governo determinou toque de recolher, não podemos sair das 9 da noite às 5 da manhã. Também começamos a evitar shoppings centers. Sabe o shopping Central queimado quarta-feira em Bangkok? Então, tem um igualzinho aqui em Pattaya, onde moramos! E eu vou, ou ia, todo dia lá!

Leve- Receberam alguma orientação do consulado brasileiro?
Renata  - Sim. Aliás, a Embaixada está fechada! O Consulado enviou um e-mail a todos os brasileiros residentes na Tailândia. Desde então, estou colocando posts atualizados sobre o caso, e preparamos um vídeo sobre o assunto.

Leve - A empresa onde seu marido trabalha deu alguma orientação?
Renata  - Sim, muitas. Eles prepararam já o plano B, C e D!!! Estão dando total apoio e condições de segurança aos expatriados que ali trabalham.

Leve - Vocês se sentem em perigo?
Renata  - Não muito. Mas estou deixando malas prontas, passaporte na mão, essas coisas.

Leve - Podem voltar ao Brasil por causa dos conflitos?
Renata  - Sim, com certeza! Estamos com passagem marcada para Julho, mas tudo pode acontecer e podemos antecipar nossa chegada por aí!

Leve- O que mais tem chamado sua atenção nesses dias?
Renata  - O fato de que o Tailandês é realmente um povo calmo, tranquilo, apaziguador, sereno e nada do que está acontecendo combina com isso.

Leve - Gostaria de acrescentar algo?
Renata  - Gostaria de dizer a todos os amigos e amigas expatriados que estão em Bangkok e precisam de apoio ou ajuda, que estamos à disposição em Pattaya, que - por enquanto - está tranquila!
Aos parentes e amigos, peço que fiquem tranquilos.
Aos leitores do Blog da Leve, convido-os a ler o meu Blog e a conhecer o de uma amiga querida, que se diz refugiada, pois morava em Bangkok e teve que sair por conta dos confrontos! O site dela é: http://travessias.wordpress.com/
Meu abraço a todos, e a você Carmem, um beijo especial e um agradecimento público pela preocupação e envolvimento demonstrados. Espero que o nosso próximo post possa trazer boas notícias!

Carmem Galbes
Foto: AP

2 comentários:

  1. Carme, querida! Obrigada pelo apoio a situação lamentável aqui na Tailandia... vamos aguardar os proximos acontecimentos! Que sejam de PAZ e SORRISOS, afinal, a Tailandia é conhecida como a TERRA DO SORRISO, sabia?
    Bjs!

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  2. oi meu blog e http://graziaadiosonoitaliano.blogspot.com .. falo sobre direitos e solucoes para extracumintarios na europa Asia etc... deem uma olhada .....obrigado

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Olá! É um prazer falar com você!

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Olá, Coexpa t ! Eu poderia começar esse texto com números sobre a taxa de separação entre os casais que embarcam em uma expatriação. Númer...