Cinco perguntas e uma boa surpresa. Suécia.

Olá, X!
O Expatriadas volta a receber a valorosa impressão de brasileiras que cruzaram fronteiras.
Dessa vez o relato vem da Suécia, precisamente da capital Estocolmo.
Essa monarquia parlamentarista tem como vizinhos a Noruega e a Finlândia.
Um dos países mais desenvolvidos da Europa, com a economia baseada no setor de serviços, a Suécia assumiu esse ano a presidência da União Europeia. 1 Euro (EUR) = R$ 2,64.
As temperaturas médias variam de -3 a 18 graus.
Já são quase 8 anos longe. Tudo começou quando Paola - aos 23 anos - deixou o Rio Grande do Sul rumo à Inglaterra, onde passou um período estudando.
Em 2007 o amor ao parceiro definiu o novo endereço: Suécia.
Quando Paola aceitou gentilmente o convite para essa troca de experiência, se classificava como “jornalista e relações públicas no passado e atualmente estudante 200%” do tempo. Mas como não existe essa de ex-jornalista, ela já tratou de atualizar as informações no seu blog “
Na Suécia não tem barata!” Paola é agora a professora de Global Media na universidade de Karlstad.
A gente agradece a conversa e aproveita para desejar sorte nesse novo desafio “expatriático”: a carreira em terras estrangeiras.

Cinco Perguntas:
X - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
PS - Para falar a verdade eu não sei o que é se sentir em casa, já me perguntei várias vezes. É falar a língua? Ser independente? Gostar do lugar? Ter amigos? Eu me pergunto porque nos dois primeiros anos em que eu morei em Londres eu me sentia bastante em casa, tinha muitos amigos, era independente, mas depois eu fui me cansando de outras coisas que me incomodavam na cidade. Aqui na Suécia eu sinto que ainda falta alguma coisa para eu me sentir "em casa", aprender a língua ajudou bastante, mas eu acho que ainda falta alguma coisa que eu preciso resolver comigo mesma e não consigo explicar o que é, apesar de gostar bastante do país.

X - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
PS - O mais difícil sempre é ficar longe das pessoas que eu gosto, não fazer mais parte da vida diária dessas pessoas, não poder chamar para sair ou encontrar com frequencia. Dificuldade de adaptação eu nunca tive porque eu sempre procuro aceitar a cultura do país onde estou, sem ficar me lamentando que no Brasil é muito melhor.

X - O que faria diferente?
PS - Eu acho que ajudaria muito se eu tivesse estudado um pouco de sueco antes de mudar para cá, mas eu sou uma pessoa que não consegue estudar por conta própria, preciso de professor e sala de aula e na época isso não era possível.

X - Toparia ser expatriada de novo?
PS - Sem dúvida nenhuma, o mundo é muito grande para passar a vida inteira num lugar só.

X - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
PS - Bom, quando eu saí do Brasil não tinha planos de morar por muito tempo no exterior, então não tinha muitas expectativas. Por conta disso as coisas foram acontecendo meio que de surpresa. Hoje em dia tenho expectativas (e muita angústia) quanto à minha carreira, quero poder fazer algo que eu goste, num lugar em que eu me sinta útil e que me realize pessoalmente.

A boa surpresa:
Londres: ter feito amigos muito queridos, ter conhecido meu parceiro.
Suécia: o fato de as pessoas serem mais abertas do que eu imaginava.

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