Cinco perguntas e uma boa surpresa! Inglaterra.

Olá, Coexpat!
Depois de uma semana de cardápio pra lá de especial, com direito a reencontros deliciosos, conversas saborosas e - claro - receitas com temperos incomparáveis, estou de volta à situação "expatriática". 
Recomeço com a presença de uma colega de profissão e de condição. Tatiana Sanchez Schnoor mora na Inglaterra. A jornalista entrou para o rol de expatriadas quando decidiu fazer as malas para acompanhar aquele que chama carinhosamente de namorido, ocupadíssimo com um mestrado. Eles estão em Londres há um ano, tempo que Tatiana está aproveitando também para dar um upgrade no Inglês e para rever projetos profissionais. O sorriso largo aí na foto indica que essa história está mesmo valendo a pena. Hoje é a vez dela falar como está sendo essa experiência. Obrigada Tati!

Cinco Perguntas:
Leve - Como foi o processo até você realmente se sentir em casa em outro país, ou isso nunca aconteceu?
TS - Isso nunca aconteceu aqui em Londres. Não me sinto nem perto de como me sinto no país de origem. O que acontece é que me sinto mais confiante porque agora consigo me comunicar melhor, entendo e sinto confiança para conversar com as pessoas. Quando cheguei aqui, pouco falava o idioma, mesmo tendo estudado inglês por anos.
Leve - O que é ou foi mais difícil durante a sua expatriação?
TS - O mais difícil foi o idioma. Entendia muito pouca coisa. O meu ouvido não estava acostumado ao acento inglês. Aos poucos, isso foi mudando, como disse acima. O segundo ponto para mim, é que sinto falta de natureza, de ar livre. Com o inverno, é impossível estar nos parques. Fora isso, como o pound é muito caro, é preciso viver de forma bastante regrada quando se está na vida de estudante. Isso é outro fato que pega. Mudar de estilo de vida demanda uma paciência, ou seja, voltar a ser estudante é difícil depois de uma certa etapa na vida. Mas não é impossível, só requer mais flexibilidade da pessoa.
Leve - O que faria diferente?
TS - Nada. Eu acho que tem certas coisas que você não consegue se preparar, tipo mudança de estilo de vida. Só é possível lidar com a situação quando se está nela.
Leve - Toparia ser expatriada de novo?
TS - Eu estou sempre disposta a viver experiências novas. Acho que quando você consegue planejar a parte financeira, ou seja, não ficar trabalhando como louca para sobreviver, vale a pena. Esse é o caso aqui. Eu e o Cris nos planejamos para estar um ano sem ter de trabalhar. Claro que dentro de um padrão de vida inferior ao de São Paulo, mas tudo numa boa. Se você vai para um país sem ter condições para tal, a experiência será bem mais dura. Eu digo por experiência própria. Há quatro anos, fui fazer um mestrado na Espanha. Lá tive que me sustentar. Bom, eu trabalhava como uma louca e não me sobrava muito tempo para estudar.
Leve - Quais expectativas se concretizaram e quais viraram pó depois da mudança?
TS - Aí é que está. O interessante é não criar grandes expectativas para não se sentir frustrado depois, caso algo dê errado. A minha expectativa aqui é aprender inglês. Isso está acontecendo naturalmente. Claro, como sou ansiosa, gostaria de já estar falando como eles, mas isso ainda vai demorar um pouco, normal. Tudo o que acontece extra o inglês é lucro, e eu tenho aproveitado bastante. Quanto ao namorido, sei que os objetivos dele estão sendo alcançados, que, no caso, é fazer o mestrado. A qualidade do curso está dentro do almejado. Agora, se você vem com grandes expectativas, digo, tanto presentes como futuras, hum... é melhor tomar cuidado.
A boa surpresa:
Encontrar tempo para mim. Voltar a estudar, algo que gosto.

Carmem Galbes

2 comentários:

  1. Tati,
    Que cabeça, que alma, que disposição...é, concordo com a outra Tati, que inveja!
    Bjs.

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