Íntimo e pessoal, sobre dividir a experiência da expatriação nas redes sociais.

Olá, Coexpat!

Quando resolvi me emaranhar nas redes sociais tinha três objetivos: escrever regularmente - uma das atividades mais prazerosas para mim - estabelecer um ponto de encontro e de troca para expatriadas e arranjar o que fazer!
Mas no fim, quando a gente decide abastecer essa espécie de diário virtual, o que acaba fazendo mesmo é expor as experiências, sentimentos e opiniões.
Engraçado que isso é um tema que passa muito batido: exposição.
Não é de hoje que sabemos dessa era do “ser é parecer e aparecer”, mas o propósito aqui não é flertar com a teoria.
Venho pensando no que é íntimo e pessoal. Naquelas coisas que não devem ser mostradas, que são suas, que não têm que ser divididas. Naquelas opiniões que não têm que ser dadas. Naquela conversa que não tem que acontecer.
A expatriada sabe que a vida antes de partir é escarafunchada, principalmente, se o destino exige visto especial e cambalhota a quatro.
É preciso responder questões que vão desde o registro de alguma doença contagiosa, uso de drogas e posse de arma, até quanto você tem no banco.
Para te conhecer melhor, a empresa responsável pela sua adaptação quer saber dos seus anseios, gostos e objetivos.
Sem contar no povo que você vai cruzando e que tem uma curiosidade natural sobre sua história e vice-versa.
É como se fôssemos uma vitrine. Tá tudo ali, chamativo, fácil de conferir, acessível.
Acho que isso faz parte do jogo e isso pode ser fantástico: a nossa história pode ajudar muito gente em trânsito por aí. Mas chega uma hora que é preciso balizar. É preciso respirar fundo, olhar pra dentro, pra fora...
Tem gente que nunca terá problema com isso, nem com expor, nem com guardar. Tem gente que lida bem com os dois, que é mestre no domínio dos dois.
Eu sigo pensando sobre o tema, porque um outro objetivo com meu blog, com minhas redes é aproveitar para tentar pensar um pouco mais fora da caixinha.


Carmem Galbes
Imagem: SCX

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